Monitoramento

Os pacientes com cirrose devem ser monitorados a cada 6 a 12 meses com exames laboratoriais (função renal/eletrólitos, testes da função hepática, albumina, hemograma completo, tempo de protrombina, alfafetoproteína) e estudos de imagem (ultrassonografia abdominal semestral) para verificar:

  • Sinais e sintomas de doença hepática avançada

  • Progressão da doença

  • Desenvolvimento de complicações da hipertensão portal, como ascite, encefalopatia hepática, icterícia e hemorragia por varizes.

O rastreamento do carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com cirrose é considerado de alto valor, permitindo detecção e tratamento precoces e melhorando as chances de sobrevida.[200]​ Os pacientes com cirrose, principalmente aqueles com hepatite viral (tipo B e C), doença hepática relacionada ao álcool e hemocromatose, estão em alto risco de evoluir para carcinoma hepatocelular e, portanto, devem ser submetidos a uma vigilância com ultrassonografia, com ou sem alfafetoproteína, a cada 6 meses.[170]​​​ Na prática clínica, a tomografia computadorizada (TC) é usada como modalidade de imagem diagnóstica de segunda linha. No entanto, ela pode não ter acurácia para descartar o CHC; uma metanálise constatou que, se a TC for usada na detecção do CHC de qualquer tamanho e estádio, 22.5% dos indivíduos com CHC não serão diagnosticados, e 8.7% dos indivíduos sem CHC serão tratados desnecessariamente. No entanto, todos os estudos incluídos foram considerados com alto risco de viés, limitando a capacidade do autor de tirar conclusões seguras com base nesses resultados.[201]​ Em outra metanálise em rede, o exame de sangue com múltiplos alvos para CHC apresentou maior sensibilidade que a ultrassonografia para detecção em estágio inicial; a sensibilidade foi comparável à combinação da ultrassonografia associada ao teste de alfafetoproteína.[202]

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