Epidemiologia

A cirrose é uma importante causa de morbidade e mortalidade. A cirrose e outras doenças hepáticas crônicas são classificadas como a 14ª causa de morte mais comum no mundo.[4] Em 2019, cerca de 2.4% das mortes no mundo foram devidas a cirrose.[5] Estima-se que 1.5 bilhão de pessoas no mundo tenham doenças hepáticas crônicas, com uma incidência padronizada por idade de doenças hepáticas crônicas e cirrose de 25.35 por 100,000 pessoas em 2019.[4][6] Em 2017, a prevalência global de cirrose compensada foi estimada em 112 milhões de casos, e a prevalência global de doença descompensada foi estimada em 10.6 milhões de casos.[7]

Nos EUA, a cirrose afeta cerca de 2.2 milhões de adultos e está associada a taxas de mortalidade de 21.9 por 100,000 pessoas.[3] As internações hospitalares relacionadas a cirrose hepática têm aumentado nos EUA, passando de 3056 por 100,000 internações hospitalares em 2012 para 3757 por 100,000 internações hospitalares em 2016.[8]

No Reino Unido, a cirrose é uma causa significativa de mortalidade prematura e anos de vida profissional perdidos.[9]

A maioria dos casos de doença hepática crônica é causada por hepatite viral, doença hepática relacionada ao álcool e doença hepática gordurosa associada a disfunção metabólica (DHGDM), anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).[7] A incidência de cirrose devida a hepatites virais diminuiu após a implementação de programas de vacinação bem-sucedidos.[6][10]​ A prevalência da DHGDM aumentou proporcionalmente à epidemia de obesidade.[10] Se essa tendência continuar, prevê-se que a DHGDM se tornará a causa mais comum de doença hepática avançada e de insuficiência hepática no século XXI.[11][12]

Na Europa, a cirrose relacionada a infecção viral (21% [13% infecção pelo vírus da hepatite C; 7% infecção pelo vírus da hepatite B]) ou a abuso de álcool (19%) são as principais indicações para transplante de fígado. A cirrose hepática de dupla etiologia causada por hepatite viral e doença hepática relacionada ao álcool representa 3% dos casos.[13]

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