Prognóstico

Tuberculose (TB)

O desfecho do tratamento da TB nas pessoas que vivem com HIV é relativamente bom após 6-9 meses de tratamento, mas há aumento do risco recidiva. A terapia diretamente observada melhora o desfecho e é enfaticamente recomendada para esses pacientes. Entretanto, após a melhora clínica inicial, foi observada uma piora paradoxal da doença nos pacientes que começaram a receber terapia antirretroviral (TAR). Foram observadas altas taxas de fracasso e de mortalidade em pessoas que vivem com HIV infectadas com TB altamente resistente a medicamentos.[144][239][240]

Complexo Mycobacterium avium disseminado

O uso de esquemas combinados, incluindo 2 ou mais agentes antimicrobianos, seguido por profilaxia secundária e TAR, melhorou a sobrevida e reduziu as taxas de mortalidade. Para pacientes com doença mais extensiva ou com imunossupressão avançada, a resposta clínica pode ser retardada.[1][241]

Pneumonia por Pneumocystis jirovecii (PCP)

A taxa de mortalidade é alta nos pacientes que apresentam insuficiência respiratória aguda. Nos pacientes com PPC que requerem suporte ventilatório, a sobrevida a 12 meses se aproxima de 50%.[217] O uso de TAR é um preditor independente de mortalidade reduzida na PCP grave e pode representar uma terapia potencial para melhorar o desfecho nessa doença.[213]

Toxoplasmose

A TAR melhora os desfechos do tratamento e a sobrevida e previne recidivas. Sinais de deterioração neurológica preveem uma resposta desfavorável para o tratamento. Deficits neurológicos persistentes geralmente estão presentes nos pacientes que sobrevivem.[242][243] Raramente, doença disseminada pode se desenvolver.[244]

Meningite criptocócica

Uma mortalidade significativa associada à meningite criptocócica persiste, apesar da administração de anfotericina B e da TAR.[245]​ O estado mental anormal e a alta carga de organismos, medida pela cultura quantitativa no líquido cefalorraquidiano (LCR) ou por título do antígeno no LCR, são os determinantes mais importantes de óbito. Além disso, uma pressão de abertura elevada no LCR e uma baixa contagem de leucócitos no LCR também estão associadas a um desfecho desfavorável.[150][246]

Citomegalovírus (CMV)

O uso disseminado da TAR reduziu a incidência e complicações da retinite por CMV. Entretanto, a retinite por CMV e a uveíte associadas à recuperação imunológica ainda são causas de perda da visão nesta população.[247]

Candidíase mucocutânea

A maioria dos pacientes responde ao tratamento dentro de 48-72 horas. Há relatos de candidíase refratária oral ou esofágica em aproximadamente 4% a 5% dos indivíduos que vivem com HIV. Esses pacientes normalmente apresentam contagem de CD4 abaixo de 50 células/microlitro e terão recebido múltiplos ciclos de azóis.[1][248]

Coccidioidomicose

A falta de supressão viral e contagens de CD4 <250 células/mm³ estão associadas ao aumento da gravidade da doença em pacientes com HIV.[1]

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