Monitoramento

Tuberculose (TB)

  • Os pacientes devem, de preferência, ser monitorados durante o tratamento. A terapia diretamente observada é recomendada a todos os pacientes com TB relacionada ao HIV.

  • Um acompanhamento mensal do paciente, incluindo avaliações clínicas, bacteriológicas e exames laboratoriais e radiográficos periódicos, é essencial para garantir o sucesso do tratamento.

  • Recomenda-se realizar testes da função hepática (TFHs) (aminotransferases, bilirrubina e fosfatase alcalina) e da função renal (creatinina sérica), hemograma completo com diferencial e contagem de CD4 em todos os pacientes.

  • Para os pacientes com TB pulmonar, deve ser obtida pelo menos uma amostra de escarro para esfregaço de bacilos álcool-ácido resistentes e para cultura micobacteriana a cada mês até que 2 amostras consecutivas apresentem cultura negativa. As amostras de escarro também devem ser obtidas após 8 semanas de tratamento para orientar a duração da fase de manutenção da terapia.[199]

Complexo Mycobacterium avium disseminado

  • Para os pacientes que não obtiverem resposta clínica ao esquema de tratamento inicial, deve-se repetir a hemocultura depois de 4-8 semanas do início do tratamento.​[1]​​

Pneumonia por Pneumocystis jirovecii

  • O monitoramento cuidadoso durante o tratamento é importante para avaliar a resposta ao tratamento e para detectar toxicidade inicial o quanto antes possível.

  • O acompanhamento após a terapia é recomendado, em especial quando a terapia utilizou um agente diferente de sulfametoxazol/trimetoprima ou foi abreviada em decorrência da toxicidade.[1]

Toxoplasmose

  • Os pacientes devem ser monitorados em relação a eventos adversos e à melhora clínica e radiológica.[1]

Meningite criptocócica

  • Os pacientes devem ser rigorosamente monitorados durante o tratamento.

  • Qualquer sinal neurológico de pressão intracraniana (PIC) elevada, como confusão, visão turva, papiledema ou clônus dos membros inferiores, deve ser manejado com a aplicação de medidas para diminuir a PIC com punções lombares. Após 2 semanas de tratamento, deve ser realizada a repetição da punção lombar para confirmar a eliminação do organismo do líquido cefalorraquidiano.

  • Monitorar o teste da função hepática (fluconazol), a função renal e os eletrólitos (anfotericina) ao longo do tratamento.[1]

Citomegalovírus (CMV)

  • Os pacientes devem realizar acompanhamento oftalmológico regular, pois pode ocorrer recidiva da retinite após a recuperação imune a contagens de CD4 de até 1250 células/microlitro.[256] Deve ser realizada uma oftalmoscopia indireta com dilatação da pupila no momento do diagnóstico da retinite por CMV, após a finalização da terapia de indução, 1 mês depois do início da terapia e subsequentemente mensalmente, enquanto o paciente estiver em tratamento anti-CMV. O acompanhamento oftalmológico pode ser reduzido para a cada 3 meses para pacientes que apresentaram recuperação imunológica.[257]

  • Deve ser realizado um monitoramento de hemograma completo, função renal e eletrólitos séricos duas vezes por semana durante a terapia de indução e uma vez por semana subsequentemente, em pacientes que estão tomando ganciclovir ou foscarnete.[1]

Coccidioidomicose

  • Pode ser necessário acompanhamento por toda a vida. Nos pacientes que descontinuarem o tratamento, é importante o acompanhamento para detectar uma eventual recidiva da infecção.

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