Monitoramento

Os pacientes com diabetes se beneficiam do monitoramento por pelo menos a cada 3 meses quando o diabetes não estiver bem controlado, e a cada 6 a 12 meses quando bem controlado.[30] A pressão arterial, o peso e o nível de atividade devem ser monitorados a cada visita, e modificações saudáveis no estilo de vida devem ser encorajadas.[30]

As diretrizes conjuntas da American Heart Association e do American College of Cardiology recomendam que todos os pacientes com sinais ou sintomas sugestivos de doença arterial periférica (DAP) (por exemplo, claudicação na panturrilha; redução ou ausência de pulsos pediosos; feridas que não cicatrizam) meçam o índice tornozelo-braquial (ITB), com ou sem registros do volume de pulso do tornozelo e/ou das formas de onda por Doppler.[29] O rastreamento com ITB em repouso é também considerado justificável em pacientes com qualquer uma das seguintes características: idade ≥65 anos ou mais; idade entre 50 e 64 anos com fatores de risco para aterosclerose (por exemplo, diabetes, história de tabagismo, dislipidemia, hipertensão), doença renal crônica ou história familiar de DAP; idade <50 anos com diabetes e um fator de risco adicional para aterosclerose; pacientes com doença aterosclerótica conhecida em outro leito vascular (por exemplo, estenose de artéria coronária, carótida, subclávia, renal, mesentérica, ou aneurisma da aorta abdominal).[29] A American Diabetes Association recomenda o rastreamento da DAP com ITB nos pacientes assintomáticos com diabetes que tiverem qualquer uma das seguintes características: idade ≥50 anos; diabetes com duração ≥10 anos; doença microvascular comórbida; evidências clínicas de complicações nos pés; ou qualquer lesão em órgão-alvo causada pelo diabetes.[30] Consulte Doença dos pés relacionada a diabetes.

Nos pacientes em uso de terapia hipolipemiante, deve-se verificar o perfil lipídico: ao se iniciar o uso de estatinas ou de outra terapia hipolipemiante, 4-12 semanas após o início ou uma mudança na dose, e anualmente a partir de então.[30]

A creatinina sérica/taxa de filtração glomerular estimada e o potássio devem ser verificados dentro de 7-14 dias após o início do tratamento com um inibidor da ECA, antagonista do receptor de angiotensina II, antagonista da aldosterona ou diurético, bem como após aumentos da dose e, em seguida, pelo menos uma vez por ano.[30]

O rastreamento para insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes é importante para iniciar o tratamento precocemente e otimizar o prognóstico. A American Diabetes Association recomenda o rastreamento para insuficiência cardíaca anual em adultos assintomáticos com diabetes.[30] A European Society of Cardiology recomenda o rastreamento oportunístico para fibrilação atrial em todos os pacientes com diabetes com menos de 65 anos; o rastreamento sistemático deve ser considerado para aqueles com 75 anos ou mais ou com alto risco de AVC.[7]

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