Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
variável
Médias

A disfunção autonômica ocorre em 40% a 50% dos pacientes com diabetes.[20] Isso pode resultar em desequilíbrio simpatovagal, que reduz o limite para arritmias com risco de vida.[20] Os pacientes com diabetes e FA apresentam um risco substancialmente maior de mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular, AVC, doença renal e insuficiência cardíaca.[7]

Os pacientes com arritmias devem ser monitorados e encaminhados para o tratamento apropriado. O rastreamento oportunístico da FA, através da medição do pulso ou por ECG, é recomendado nas diretrizes europeias para todos os pacientes com diabetes com idade inferior a 65 anos; o rastreamento sistemático deve ser considerado para as pessoas com 75 anos ou mais ou com alto risco de AVC.[7]

Quando indicada pela estratificação de risco (por exemplo, escore CHA₂DS₂-VASc), a terapia anticoagulante oral de longo prazo é usada nos pacientes com FA para redução dos AVCs isquêmicos e de outros eventos isquêmicos. Um escore de risco de sangramento também deve ser usado para identificar e abordar potenciais fatores de risco de sangramento, por exemplo uso concomitante de agentes antiplaquetários.[7]

variável
Médias

As diretrizes conjuntas da American Heart Association e do American College of Cardiology recomendam que todos os pacientes com história ou achados ao exame físico sugestivos de doença arterial periférica (DAP) meçam o índice tornozelo-braquial (ITB) em repouso, com ou sem registros do volume de pulso do tornozelo e/ou das formas de onda por Doppler.[29] O rastreamento com ITB em repouso é também considerado razoável nos pacientes com qualquer uma das seguintes características: idade ≥65 anos ou mais; idade entre 50 e 64 anos com fatores de risco para aterosclerose (por exemplo, diabetes, história de tabagismo, dislipidemia, hipertensão), doença renal crônica (DRC) ou história familiar de DAP; idade <50 anos com diabetes e um fator de risco adicional para aterosclerose; pacientes com doença aterosclerótica conhecida em outro leito vascular (por exemplo, estenose da artéria coronária, carótida, subclávia, renal, mesentérica, ou aneurisma da aorta abdominal).[29] A American Diabetes Association recomenda o rastreamento de DAP com o ITB em pacientes assintomáticos com qualquer uma das seguintes características: idade ≥50 anos; diabetes com duração ≥10 anos; doença microvascular comórbida; evidências clínicas de complicações nos pés; ou qualquer lesão em órgão-alvo causada pelo diabetes.[30] Resultados do ITB: 1.0 a 1.4 é normal; 0.91 a 0.99 é limítrofe; ≤0.9 é anormal.

variável
Médias

O diabetes está associado a um aumento do risco de demência. Os fatores etiológicos incluem fatores vasculares (doença vascular cerebral, fatores de risco cardiovasculares, aterosclerose e doença arterial periférica) e fatores não vasculares (hiperglicemia que leva à formação excessiva de produtos finais da glicação avançada, sinalização neuronal distorcida que leva à amiloidose cerebral).[408]

variável
Médias

A prevalência dos transtornos depressivos é duas vezes maior nos pacientes com diabetes em comparação com aqueles sem diabetes. A depressão também é comum nos pacientes com doença coronariana, principalmente após um infarto agudo. Ela está associada a comportamentos de saúde piores e, possivelmente, piores desfechos cardiovasculares.[409]

As evidências sobre os efeitos cardíacos do tratamento para a depressão são limitadas, mas é aconselhável rastrear os pacientes e tratar conforme indicado.[318][319][410]

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