Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

HbA1c

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Um valor de ≥48 mmol/mol (≥6.5%) é um exame diagnóstico para diabetes do tipo 2 se confirmado com uma repetição de HbA1c ou outro tipo de teste (glicemia de jejum ou glicose plasmática 2 horas após 75 g de glicose oral).[30]

A HbA1c também é usada para se monitorar o controle glicêmico de longo prazo.

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≥6.5% (≥48 mmol/mol)

perfil lipídico

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Consiste em colesterol total (CT), triglicerídeos e colesteróis LDL, HDL e não HDL.

Os níveis de colesterol total, colesterol HDL (HDL-C) e colesterol LDL (LDL-C) são necessários para o cálculo do risco de DCV aterosclerótica. O nível de LDL-C é um fator para determinar a intensidade da terapia de redução do LDL, como estatinas, inibidores da pró-proteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK9) ou outro tratamento.[114]

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pode apresentar níveis elevados de colesterol total, LDL-C e triglicerídeos, e um HDL-C baixo

Investigações a serem consideradas

Peptídeo natriurético do tipo B (PNB)/fragmento N-terminal do peptídeo natriurético do tipo B (NT-proPNB)

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Pode ser considerado para rastrear adultos assintomáticos com diabetes para insuficiência cardíaca.[30] Se forem detectados níveis anormais de peptídeos natriuréticos, recomenda-se uma ecocardiografia. A identificação, a estratificação dorisco e o tratamento precoce dos fatores de risco nas pessoas com diabetes e estágios assintomáticos de insuficiência cardíaca reduzem o risco de progressão para insuficiência cardíaca sintomática.[30]

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níveis elevados (PNB ≥35 nanogramas/L [≥35 picogramas/mL] ou NT-proPNB ≥125 nanogramas/L [≥125 picogramas/mL]) são sugestivos de insuficiência cardíaca e justificam avaliação adicional com ecocardiografia

ecocardiografia transtorácica com Doppler

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A ecocardiografia bidimensional transtorácica com avaliação por Doppler em repouso é um exame diagnóstico fundamental na avaliação de uma dor torácica ou dispneia, bem como no estabelecimento do diagnóstico inicial e da causa clínica da insuficiência cardíaca.[141] A visualização da função ventricular esquerda e direita e das anormalidades da contratilidade da parede regional permite a avaliação do risco de DAC e pode ajudar a orientar a tomada de decisões clínicas. A realização de ecocardiografia à beira do leito é ideal para pacientes com dor torácica aguda e pode ser realizada usando dispositivos portáteis ou no local de atendimento em instituições onde tais recursos estão disponíveis.[30]

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pode estar normal; anormalidades focais de contratilidade da parede podem indicar infarto do miocárdio prévio e a extensão de qualquer impacto na função cardíaca

eletrocardiografia de esforço

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O eletrocardiograma de esforço, com ou sem ecocardiografia, pode ser usado como um teste inicial para pacientes com sintomas cardíacos associados a ECG de repouso anormal.[30] Ele é adequado para os pacientes que podem se exercitar e que têm um ECG em repouso que permite a interpretação de desvios do segmento ST.[142][143]

O eletrocardiograma de esforço limitado por sintomas envolve exercícios graduais até que ocorra fadiga física, dor torácica limitante, isquemia acentuada ou queda na pressão arterial. Os candidatos a um eletrocardiograma de esforço são aqueles: a) sem comorbidade incapacitante (por exemplo, fragilidade, obesidade acentuada [índice de massa corporal >40 kg/m²], doença arterial periférica, doença pulmonar obstrutiva crônica ou limitações ortopédicas) e capazes de realizar exercícios com segurança; e b) sem anormalidades de ST-T no ECG de repouso (por exemplo, infradesnivelamento do segmento ST >0.5 mm, hipertrofia ventricular esquerda, ritmo estimulado, bloqueio de ramo esquerdo, padrão de Wolff-Parkinson-White ou uso de digoxina).[143]

Existe uma escassez de dados sobre o poder preditivo do teste ergométrico em pacientes com diabetes, mas os dados disponíveis sugerem que um achado isquêmico no eletrocardiograma de esforço é preditivo de prognóstico.[144] Em um estudo com 1282 pacientes (15% com diabetes), a sensibilidade (47% versus 52%) e a especificidade (81% versus 80%) para o teste ergométrico foram similares nas pessoas com e sem diabetes.[145]

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infradesnivelamento do segmento ST ou arritmia induzida pelo exercício

teste ergométrico (estresse) com imagem

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Os pacientes com sintomas cardíacos e ECG de repouso anormal que conseguirem se exercitar devem realizar um teste ergométrico, com ou sem imagem.[30] Se for usado um exame de imagem, a modalidade (ecocardiografia ou imagem nuclear [TC/PET por emissão de fóton único]) pode depender da disponibilidade.[142][143] A ecocardiografia por estresse pode ser usada para definir a gravidade da isquemia e para fins de estratificação do risco. A imagem nuclear permite a detecção de anormalidades da perfusão, medidas da função ventricular esquerda e achados de alto risco, como dilatação isquêmica transitória.[143]

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anormalidades reversíveis ou irreversíveis na contratilidade da parede

teste farmacológico (estresse) com imagem

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Os pacientes nos quais o teste sob estresse é indicado, mas que apresentam anormalidades eletrocardiográficas em repouso que impedem o teste ergométrico (por exemplo, bloqueio de ramo esquerdo, estimulação ventricular) ou que não conseguem se exercitar devem ser submetidos a testes sob estresse farmacológico com ecocardiografia ou imagens nucleares (TC por emissão de fóton único ou PET).[30][142][143] A ecocardiografia por estresse pode ser usada para definir a gravidade da isquemia e para fins de estratificação do risco. A imagem nuclear permite a detecção de anormalidades da perfusão, medidas da função ventricular esquerda e achados de alto risco, como dilatação isquêmica transitória.[143]

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áreas reversíveis ou irreversíveis de perfusão diminuída

RNM cardíaca ou RNM cardíaca sob estresse

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Em pacientes selecionados, como pacientes com diabetes/doença multivascular e disfunção ventricular esquerda grave, a RNM cardíaca ou a RNM cardíaca sob estresse podem ser úteis.[146] Esses testes têm a capacidade de avaliar de maneira acurada as funções ventriculares esquerda e direita global e regional, detectar e localizar isquemias e infartos do miocárdio, e determinar a viabilidade do miocárdio, sem a necessidade de radiação.[143][146] Eles também podem detectar edema do miocárdio e obstrução microvascular, o que pode ajudar a diferenciar o infarto do miocárdio agudo do crônico, bem como de outras causas de dor torácica aguda, incluindo a miocardite.[143]

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áreas reversíveis ou irreversíveis de perfusão diminuída; também define a anatomia cardíaca, tamanho/função da câmara e patologia valvar

índice tornozelo-braquial (ITB)

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As diretrizes conjuntas da American Heart Association e do American College of Cardiology recomendam que todos os pacientes com história ou achados de exame físico sugestivos de doença arterial periférica (DAP) tenham o ITB em repouso medido, com ou sem registros do volume de pulso do tornozelo e/ou das formas de onda ao Doppler.[29] O rastreamento com ITB em repouso também é considerado razoável em pacientes com qualquer uma das seguintes características: idade ≥65 anos; idade entre 50 e 64 anos com fatores de risco para aterosclerose (por exemplo, diabetes, história de tabagismo, dislipidemia, hipertensão), doença renal crônica ou história familiar de DAP; idade <50 anos com diabetes e um fator de risco adicional para aterosclerose; pacientes com doença aterosclerótica conhecida em outro leito vascular (por exemplo, estenose de artéria coronária, carótida, subclávia, renal, mesentérica, ou aneurisma da aorta abdominal).[29] A American Diabetes Association recomenda o rastreamento de DAP com o ITB em pacientes assintomáticos com qualquer uma das seguintes características: idade ≥50 anos; diabetes com duração ≥10 anos; doença microvascular comórbida; evidências clínicas de complicações nos pés; ou qualquer lesão em órgão-alvo causada pelo diabetes.[30]

O ITB pode não ser preciso nos pacientes com artérias não comprimíveis, como aqueles com diabetes mellitus ou doença renal crônica (DRC) de longa duração, especialmente aqueles em diálise. O diagnóstico de DAP não deve ser descartado com base apenas em um índice tornozelo-braquial normal ou elevado nas pessoas com diabetes ou DRC.[29] Consulte Doença arterial periférica.

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ITB 1.0 a 1.4 é normal; 0.91 a 0.99 é limítrofe; ≤0.9 é anormal

angiografia coronariana por tomografia computadorizada

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A angiotomografia pode ser útil para pacientes com cintilografia de perfusão miocárdica duvidosa, para aqueles com possível doença arterial coronariana (DAC) no tronco da coronária esquerda ou em três vasos, para pacientes com cardiomiopatia não isquêmica e para pacientes jovens que passam por cirurgia valvar.[148]

O rastreamento de DAC obstrutiva assintomática em pacientes de alto risco com diabetes usando angiotomografia não é recomendado.[149]

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define a anatomia coronária, a localização e o grau de estenoses

TC com escore de cálcio coronário

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Estudos usando aparelhos para TC de ≥16 cortes mostraram que um escore de cálcio nas artérias coronárias (CAC) >400 está associada a uma alta probabilidade de isquemia miocárdica induzível e deve levar a testes adicionais.[147] Nos pacientes com probabilidade de DAC <50% pré-exame, um escore de CAC de 0 fornece fortes evidências contra a presença de DAC, com alto grau de certeza.[148]

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define a carga de cálcio coronário

angiografia coronariana invasiva

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A angiografia coronária após injeção de corante radiopaco é geralmente reservada para os pacientes com síndrome coronariana aguda, angina frequente, alto risco e/ou alta probabilidade pré-teste de DAC que requeiram intervenção cirúrgica ou percutânea, e/ou achados de alto risco em testes de estresse.[143]

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define a anatomia coronária, o local e o grau da estenose; direciona a terapia clínica ou mecânica

tomografia computadorizada (TC) de crânio sem contraste

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Primeiro exame a ser obtido quando os sintomas sugerem possível acidente vascular cerebral (AVC) agudo.

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acidente vascular cerebral agudo

ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica

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Usada para avaliar para um possível AVC agudo, especialmente lesões na substância branca, no tronco encefálico e na fossa posterior.

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acidente vascular cerebral agudo, subagudo ou prévio

ultrassonografia duplex das artérias carótidas

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Pacientes com estenose sintomática ≥50% podem ser candidatos a intervenção, bem como pacientes assintomáticos com estenose ≥70%.[161]

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grau de estenose nas artérias carótidas

proteína C-reativa

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Não é exame de rotina, mas pode ser útil para estratificação de risco.[82][83][84][162]

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pode estar elevada

radiografia torácica

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A radiografia torácica não é um exame de rotina, mas pode ser útil para avaliar o tamanho do coração e a congestão pulmonar e avaliar causas alternativas de dispneia.

A radiografia torácica tem pouca sensibilidade para fazer um diagnóstico. Por exemplo, 1 em cada 5 indivíduos com insuficiência cardíaca aguda não apresenta sinais de congestão em uma radiografia torácica.[141]

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pode avaliar o parênquima pulmonar, espaço pleural e cardiomegalia

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