Diagnósticos diferenciais
Angina instável
SINAIS / SINTOMAS
A angina instável apresenta-se como novo episódio de angina grave, angina em repouso ou de atividade mínima, ou como aumento recente na frequência ou intensidade da angina crônica.
Investigações
O eletrocardiograma (ECG) geralmente mostra infradesnivelamento do segmento ST e/ou inversão da onda T para angina instável, mas também pode ser normal. Os níveis de troponina devem estar normais.
Infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST)
SINAIS / SINTOMAS
O infarto agudo do miocárdio pode apresentar-se como novo episódio de angina grave, angina em repouso ou de atividade mínima, ou como aumento recente na frequência ou intensidade da angina crônica.
Em uma minoria de pessoas com diabetes, o IAM pode não apresentar sintomas.
Investigações
Alterações no ECG para IAMCSST incluem supradesnivelamento do segmento ST, inversão da onda T e formação da onda Q. Os níveis de troponina são elevados no IAMCSST.
Infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST)
SINAIS / SINTOMAS
O infarto agudo do miocárdio pode apresentar-se como novo episódio de angina grave, angina em repouso ou de atividade mínima, ou como aumento recente na frequência ou intensidade da angina crônica.
Em uma minoria de pessoas com diabetes, o IAM pode não apresentar sintomas.
Investigações
O ECG geralmente mostra infradesnivelamento do segmento ST e/ou inversão da onda T para IAMSSST, mas também pode ser normal. Os níveis de troponina são elevados no IAMSSST.
Angina estável crônica
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes geralmente apresentam dor torácica por esforço, aliviada com repouso.
Investigações
O ECG geralmente é normal entre episódios, mas, durante os episódios de angina, pode haver infradesnivelamento do segmento ST e/ou inversão da onda T. As enzimas cardíacas geralmente não estão elevadas.
Insuficiência cardíaca congestiva
SINAIS / SINTOMAS
Sintomas de tosse, dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna ou edema periférico.
Achados de estase jugular, congestão pulmonar e B3 em galope.
Investigações
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, mas vários estudos podem auxiliar quando o diagnóstico não é claro.
Radiografia torácica pode revelar cardiomegalia, edema pulmonar e cefalização da vasculatura pulmonar.
O nível sérico de peptídeo natriurético do tipo B geralmente é elevado.
A ecocardiografia fornece informações sobre a função ventricular esquerda, diferencia a disfunção sistólica da diastólica e identifica cardiopatia valvar ou estrutural subjacente.
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada
SINAIS / SINTOMAS
Síndrome clínica de insuficiência cardíaca, com sintomas de congestão pulmonar e periférica.
Investigações
Função sistólica do ventrículo esquerdo normal e pressões de enchimento diastólico elevadas na ecocardiografia.
Ataque isquêmico transitório (AIT)
SINAIS / SINTOMAS
Início súbito de déficit neurológico. A maior parte dos AITs dura entre 5 e 15 minutos.
Investigações
O diagnóstico é feito pela resolução completa de sintomas em <24 horas e nenhum achado isquêmico agudo em imagens do cérebro. Agudamente, uma TC sem contraste de crânio é usada para excluir hemorragia intracerebral.
Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico
SINAIS / SINTOMAS
Início súbito de déficit neurológico. Sintomas que duram ≥24 horas são classificados como AVC.
Investigações
A TC ou a RNM mostrarão um AVC isquêmico. Agudamente, uma TC de crânio sem contraste é usada para descartar hemorragia intracerebral.
AVC hemorrágico
SINAIS / SINTOMAS
Início súbito de déficit neurológico. Sintomas que duram ≥24 horas são classificados como AVC.
Investigações
Agudamente, uma TC sem contraste de crânio pode mostrar hemorragia intracerebral.
Doença arterial periférica (DAP)
SINAIS / SINTOMAS
Claudicação intermitente: dor, desconforto, cãibras, queimação, fadiga, fraqueza ou dormência nos músculos das pernas que se desenvolve previsivelmente com o exercício, aumenta com a progressão da intensidade do exercício e é aliviada pelo repouso (geralmente dentro de 10 minutos).[29] Dor nas nádegas e nas coxas sugere doença aortoilíaca, enquanto dor muscular na panturrilha sugere doença arterial femoral ou popliteal. Os pacientes com doença mais grave podem apresentar dor em repouso (geralmente afetando o antepé) ou úlceras nas pernas que não cicatrizam ou cicatrizam lentamente. A disfunção erétil também é um sintoma em alguns pacientes.[29]
Investigações
As diretrizes conjuntas da American Heart Association e do American College of Cardiology recomendam que todos os pacientes com história ou achados de exame físico sugestivos de DAP tenham o índice tornozelo-braquial (ITB) em repouso medido, com ou sem registros do volume de pulso do tornozelo e/ou das formas de onda por Doppler.[29] O rastreamento com ITB em repouso é também considerado razoável em pacientes com uma das seguintes características: idade ≥65 anos ou mais; idade entre 50 e 64 anos com fatores de risco para aterosclerose (por exemplo, diabetes, história de tabagismo, dislipidemia, hipertensão), doença renal crônica ou história familiar de DAP; idade <50 anos com diabetes e um fator de risco adicional para aterosclerose; pacientes com doença aterosclerótica conhecida em outro leito vascular (por exemplo, estenose de artéria coronária, carótida, subclávia, renal, mesentérica, ou aneurisma de aorta abdominal).[29] A American Diabetes Association recomenda o rastreamento de DAP com o ITB nas pessoas assintomáticas com diabetes que tiverem qualquer uma das seguintes características: idade ≥50 anos; diabetes com duração ≥10 anos; doença microvascular comórbida; evidências clínicas de complicações nos pés; ou qualquer lesão em órgão-alvo causada pelo diabetes.[30] Resultados do ITB: 1.0 a 1.4 é normal; 0.91 a 0.99 é limítrofe; ≤0.9 é anormal.[29]
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