Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

em risco de probabilidade de suicídio

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1ª linha – 

mitigação do risco de suicídio personalizado

Crianças e adolescentes que apresentam ideação suicida, principalmente aqueles que têm ideação suicida e história de tentativa de suicídio, necessitam de um planejamento de segurança.[68]​ O planejamento de segurança é uma intervenção realizada em colaboração entre o paciente e o profissional de saúde, por exemplo, terapeuta ou prestador de cuidados, que engloba ajudar o paciente a identificar seus fatores de risco para ideação suicida, bem como uma série de apoios que podem ser utilizados para reduzir o risco de autolesão.[68]​ Parte do plano de segurança envolve ajudar o paciente a estar ciente dos serviços locais de apoio a crises e, idealmente, envolveria os cuidadores em seu desenvolvimento.

É essencial perguntar sobre o acesso a meios letais (armas de fogo, medicamentos, substâncias ilícitas, facas, cordas) quando é revelada uma ideação suicida ou plano, seguido pelo aconselhamento e mitigação de risco personalizados.[68][70]

Ao considerar a confidencialidade e suas limitações, é importante observar que ideação suicida recente ou ativa (inclusive tentativas de suicídio) devem sempre ser comunicadas a um adulto responsável, para proteger o paciente de danos, e para envolver o cuidador no tratamento necessário.[68]​ Idealmente e, se for possível, isso deve ser feito com consentimento do paciente. A confidencialidade e suas limitações, por exemplo, quando é necessário romper a confidencialidade para proteger o paciente e/ou a segurança pública, pode ser algo desafiador e requer critério clínico, bem como conhecimento das estruturas legais locais/estaduais/nacionais; orientações externas de um especialista em gestão de risco e ética podem ser benéficas.

Crianças e adolescentes deprimidos com probabilidade grave de suicídio cuja segurança não pode ser garantida, ou com psicose importante, requerem encaminhamento urgente para o pronto-socorro.

Pode ser necessário hospitalização para avaliação psicológica urgente, para garantir a segurança do paciente e/ou de outros, e para estabilizar o paciente.[90]

Consulte: Mitigação do risco de suicídio.

AGUDA

leve

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1ª linha – 

monitoramento ativo + cuidados de suporte

Para depressão leve ou breve sem complicações, pode ser adequado um breve período de até 6 semanas de monitoramento ativo, com cuidados de suporte, incluindo psicoeducação para a criança e pais.[67]​​​[85][86][91]​​​​​ A depressão leve geralmente se resolve com tratamento inespecífico.

Uma avaliação do estilo de vida e recomendações para alterações na dieta e exercício podem facilitar o tratamento e obter desfechos melhores. Vários estudos controlados demonstraram que o exercício tem eficácia comparável à da terapia com antidepressivos, e superior ao placebo, na redução dos sintomas depressivos em adultos, mas as evidências pediátricas ainda são limitadas.[92]

Uma metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados sobre o exercício (4 ensaios clínicos, 159 participantes) confirmou as análises prévias ao encontrar um efeito de tamanho médio do tratamento (tamanho do efeito -0.59, IC de 95% -1.08 a -0.10) a favor do exercício, mas os pesquisadores alertaram que existe alto risco de viés nos estudos incluídos.[94] Outra metanálise que incluiu ensaios clínicos randomizados e não randomizados sobre o exercício (10 ensaios clínicos, 431 participantes) encontrou um efeito de tamanho pequeno a médio na redução dos sintomas (tamanho do efeito -0.49, IC de 95% -0.71 a -0.24), mas novamente os autores alertaram que a qualidade dos estudos incluídos era baixa.[95]

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários tratamento imediato e cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão leve (por exemplo, agitação), e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responde a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro ambiente especializado.

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2ª linha – 

psicoterapia específica + cuidados de suporte

Se a resposta ao monitoramento ativo for inadequada, pode-se utilizar um ciclo de psicoterapia específica baseada em evidências, como terapia cognitivo-comportamental (TCC; incluindo TCC digital) ou psicoterapia interpessoal, se disponível e apropriado.[67][97][98]

No Reino Unido, as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence recomendam considerar a terapia familiar baseada no apego para crianças com depressão, continuando após um período de vigilância ativa.[67]

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários tratamento imediato e cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão leve (por exemplo, agitação), e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, alguns pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responde a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro ambiente especializado.

moderada ou grave

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1ª linha – 

inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) + cuidados de suporte

Para depressão moderada ou grave, o tratamento antidepressivo com um ISRS pode ser iniciado. [ Cochrane Clinical Answers logo ]

O ISRS fluoxetina é o tratamento de primeira escolha com base em dados de metanálises, embora se observe que os efeitos do tratamento podem variar entre os indivíduos e, portanto, é necessária uma análise individualizada de risco:benefício ao se selecionar um ISRS.[105][106][107][108] Em particular, a fluoxetina é preferível a outros ISRSs quando o tempo de remissão é uma alta prioridade e pode ser complementada por avaliação regular do risco em relação à probabilidade de suicídio por qualquer profissional. A terapia psicológica é o tratamento de primeira escolha quando a manutenção da segurança for uma alta prioridade. Isso é evidente quando um jovem com transtorno depressivo maior tem ideação suicida proeminente, ou tiver se envolvido em autolesão.

Os resultados de uma metanálise sugerem que os ISRSs apresentam mais benefícios que o placebo para tratar crianças e adolescentes com depressão, embora o tamanho do efeito seja pequeno. O efeito do placebo parece ter papel significativo na eficácia dos ISRSs. Crianças e adolescentes tratados com ISRSs relataram maior incidência de efeitos adversos que aqueles tratados com placebo, incluindo efeitos adversos graves, como probabilidade de suicídio, o que enfatiza a necessidade de uma análise cuidadosa e individualizada dos riscos e benefícios antes de considerar o tratamento.[109]

Ao discutir o uso de um ISRS para o tratamento da depressão, é importante estabelecer expectativas realistas para a criança e seu cuidador. Nem todas as crianças com depressão responderão a um ISRS. A resposta, se positiva, é sutil e gradual e requer acompanhamento médico. Nem todos os sintomas depressivos responderão a um ISRS; assim, é importante considerar intervenções adjuvantes, principalmente ambientais, para esses sintomas (por exemplo, cronogramas de sono e atividades prazerosas, nutrição e exercícios adequados e acomodações em sala de aula). Além disso, ao iniciar o medicamento, assegure-se de que o cuidador compreenda a importância de monitorar a administração do medicamento e de mantê-lo em local seguro.

O paciente deve comparecer ao consultório no mínimo 1 a 2 vezes a cada 4 semanas nos meses iniciais de tratamento com antidepressivos.

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

Os limites de dose e idade indicados aqui podem ser off-label em alguns países; consulte a orientação local. Estes medicamentos só devem ser prescritos por um especialista experiente no tratamento de transtornos psiquiátricos pediátricos nos referidos países. Estão disponíveis diretrizes para prescrição na América do Norte e no Reino Unido.​[67][85]​​​[91]​​​​​

Opções primárias

fluoxetina: crianças <8 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥8 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

escitalopram: crianças <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 20 mg/dia

ou

sertralina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 200 mg/dia

ou

citalopram: crianças <7 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥7 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia (20 mg/dia em metabolizadores fracos de CYP2C19)

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responde a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro ambiente especializado.

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1ª linha – 

psicoterapia + cuidados de suporte

Psicoterapias específicas podem também ser usadas com crianças e jovens com depressão moderada ou mais grave como tratamento de primeira linha.[100]

As diretrizes do Reino Unido recomendam um estudo inicial de psicoterapia para todos os jovens com depressão moderada ou mais grave. As diretrizes dos EUA recomendam outras psicoterapias específicas, medicamentos ou uma combinação de ambos para jovens com depressão de moderada ou maior gravidade.[85]

Psicoterapias específicas podem incluir terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia interpessoal e terapia comportamental dialética.[67]

A importância da psicoterapia concomitante ou de primeira linha é apoiada por resultados de longo prazo e desfechos de segurança. Os resultados de um estudo indicam que a terapia combinada pode diminuir a ideação suicida mais do que os medicamentos isolados.[103]

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

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1ª linha – 

inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) + psicoterapia + cuidados de suporte

As diretrizes dos EUA recomendam outras psicoterapias específicas, medicamentos ou uma combinação de ambos para jovens com depressão de moderada ou maior gravidade.[85] As diretrizes do Reino Unido recomendam um estudo inicial de psicoterapia para todos os jovens com depressão moderada ou mais grave. Os antidepressivos só são recomendados em conjunto com a psicoterapia e, geralmente, após uma tentativa de psicoterapia; no entanto, a terapia combinada com fluoxetina e psicoterapia pode ser considerada para o tratamento inicial de depressão moderada a grave em jovens de 12 a 18 anos.[67]

O ISRS fluoxetina é o tratamento de primeira escolha com base em dados de metanálises, embora se observe que os efeitos do tratamento podem variar entre os indivíduos e, portanto, é necessária uma análise individualizada de risco:benefício ao se selecionar um ISRS.[105][106][107][108]​​​​ Em particular, a fluoxetina é preferível a outros ISRSs quando o tempo de remissão é uma alta prioridade e pode ser complementada por avaliação regular do risco em relação à probabilidade de suicídio por qualquer profissional. A terapia psicológica é o tratamento de primeira escolha quando a manutenção da segurança for uma alta prioridade. Isso é evidente quando um jovem com transtorno depressivo maior tem ideação suicida proeminente, ou tiver se envolvido em autolesão.

A importância da psicoterapia concomitante ou de primeira linha é apoiada por resultados de longo prazo e desfechos de segurança. A terapia combinada pode diminuir a ideação suicida mais do que os medicamentos isolados.[103] Em uma metanálise da combinação de medicamento e psicoterapia versus somente medicamento, houve maior melhora no funcionamento global com o tratamento combinado, mas não houve diferença entre os grupos quanto à redução dos sintomas depressivos.[104]

Os resultados de uma metanálise sugerem que os ISRSs apresentam mais benefícios que o placebo para tratar crianças e adolescentes com depressão, embora o tamanho do efeito seja pequeno. O efeito do placebo parece ter papel significativo na eficácia dos ISRSs. Crianças e adolescentes tratados com ISRSs relataram maior incidência de efeitos adversos que aqueles tratados com placebo, incluindo efeitos adversos graves, como probabilidade de suicídio, o que enfatiza a necessidade de uma análise cuidadosa e individualizada dos riscos e benefícios antes de considerar o tratamento.[109]

Ao discutir o uso de um ISRS para o tratamento da depressão, é importante estabelecer expectativas realistas para a criança e seu cuidador. Nem todas as crianças com depressão responderão a um ISRS. A resposta, se positiva, é sutil e gradual e requer acompanhamento médico. Nem todos os sintomas depressivos responderão a um ISRS; assim, é importante considerar intervenções adjuvantes, principalmente ambientais, para esses sintomas (por exemplo, cronogramas de sono e atividades prazerosas, nutrição e exercícios adequados e acomodações em sala de aula). Além disso, ao iniciar o medicamento, assegure-se de que o cuidador compreenda a importância de monitorar a administração do medicamento e de mantê-lo em local seguro.

O paciente deve comparecer ao consultório no mínimo 1 a 2 vezes a cada 4 semanas nos meses iniciais de tratamento com antidepressivos.

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

Os limites de dose e idade indicados aqui podem ser off-label em alguns países; consulte a orientação local. Estes medicamentos só devem ser prescritos por um especialista experiente no tratamento de transtornos psiquiátricos pediátricos nos referidos países. Estão disponíveis diretrizes para prescrição na América do Norte e no Reino Unido.​[66]​​[67][85]​​​

Opções primárias

fluoxetina: crianças <8 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥8 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

escitalopram: crianças <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 20 mg/dia

ou

sertralina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 200 mg/dia

ou

citalopram: crianças <7 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥7 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia (20 mg/dia em metabolizadores fracos de CYP2C19)

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com a terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responder a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

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2ª linha – 

trocar para um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) diferente + psicoterapia + cuidados de suporte

Se, após 8 semanas de tratamento com dose adequada de um ISRS, não houver resposta (sem alteração na gravidade da depressão ou no comprometimento funcional), ou se houver somente resposta parcial (menos que uma redução na gravidade da depressão ou melhora funcional significativas), recomenda-se trocar para outro ISRS, assim como a adição de terapia cognitivo-comportamental.

Os resultados de uma metanálise sugerem que os ISRSs apresentam mais benefícios que o placebo para tratar crianças e adolescentes com depressão, embora o tamanho do efeito seja pequeno. O efeito do placebo parece ter papel significativo na eficácia dos ISRSs. Crianças e adolescentes tratados com ISRSs relataram maior incidência de efeitos adversos que aqueles tratados com placebo, incluindo efeitos adversos graves, como probabilidade de suicídio, o que enfatiza a necessidade de uma análise cuidadosa e individualizada do custo-benefício antes de considerar o tratamento.[109]

Ao discutir o uso de um ISRS para o tratamento da depressão, é importante estabelecer expectativas realistas para a criança e seu cuidador. Nem todas as crianças com depressão responderão a um ISRS. A resposta, se positiva, é sutil e gradual e requer acompanhamento médico. Nem todos os sintomas depressivos responderão a um ISRS; assim, é importante considerar intervenções adjuvantes, principalmente ambientais, para esses sintomas (por exemplo, cronogramas de sono e atividades prazerosas, nutrição e exercícios adequados e acomodações em sala de aula). Além disso, ao iniciar o medicamento, assegure-se de que o cuidador compreenda a importância de monitorar a administração do medicamento e de mantê-lo em local seguro.

O paciente deve comparecer ao consultório no mínimo 1 a 2 vezes a cada 4 semanas nos meses iniciais de tratamento com antidepressivos.

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

Os limites de dose e idade indicados aqui podem ser off-label em alguns países; consulte a orientação local. Estes medicamentos só devem ser prescritos por um especialista experiente no tratamento de transtornos psiquiátricos pediátricos nos referidos países. Estão disponíveis diretrizes para prescrição na América do Norte e no Reino Unido.[66]​​​[67][85]​​​

Opções primárias

fluoxetina: crianças <8 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥8 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

escitalopram: crianças <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 20 mg/dia

ou

sertralina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 200 mg/dia

ou

citalopram: crianças <7 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥7 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia (20 mg/dia em metabolizadores fracos de CYP2C19)

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[67]​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com a terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responder a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

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3ª linha – 

trocar para um inibidor de recaptação de serotonina não seletivo + psicoterapia + cuidados de suporte

Neste estágio é importante fazer uma reavaliação do paciente para verificar o diagnóstico e eliminar outros fatores que podem contribuir, como doença comórbida não detectada ou emergente (por exemplo, transtorno relacionado ao uso de substâncias), inadequação da intervenção psicossocial, estresse não resolvido ou novo trauma.

A troca para um antidepressivo diferente dos ISRS é recomendada se um segundo ISRS não produzir resposta ou esta for mínima. As opções para troca incluem mirtazapina, bupropiona e venlafaxina. Estes agentes só devem ser iniciados por especialistas experientes no manejo da depressão na infância. As diretrizes do Reino Unido recomendam que a venlafaxina não seja usada no tratamento da depressão em crianças e jovens.[67]

Os resultados de uma metanálise sugerem que os inibidores da recaptação de serotonina–noradrenalina (ISRSs) apresentam mais benefícios que o placebo para tratar crianças e adolescentes com depressão, embora o tamanho do efeito seja pequeno. O efeito do placebo parece ter papel significativo na eficácia dos ISRSs. Crianças e adolescentes tratados com ISRSs relataram maior incidência de efeitos adversos que aqueles tratados com placebo, incluindo efeitos adversos graves, como probabilidade de suicídio, o que enfatiza a necessidade de uma análise cuidadosa e individualizada do custo-benefício antes de considerar o tratamento.[109]

A venlafaxina, comparada ao placebo, provocou significativamente mais eventos adversos relacionados a suicídio em uma avaliação.[122]

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

Estes medicamentos só devem ser prescritos por um especialista experiente no tratamento de transtornos psiquiátricos pediátricos nos referidos países. Estão disponíveis diretrizes para prescrição na América do Norte e no Reino Unido.[66][67]​​​[85]​​​

Opções primárias

mirtazapina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

bupropiona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com a terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responder a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

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4ª linha – 

potencialização do segundo inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) com psicoterapia ou com outro medicamento + cuidados de suporte

Neste estágio é importante fazer uma reavaliação do paciente para verificar o diagnóstico e eliminar outros fatores que podem contribuir, como doença comórbida não detectada ou emergente (por exemplo, transtorno relacionado ao uso de substâncias), inadequação da intervenção psicossocial, estresse não resolvido ou novo trauma.

Como alternativa à troca para um antidepressivo diferente dos ISRS, é possível potencializar o ISRS em uso com psicoterapia ou com outro medicamento.

Antipsicóticos atípicos e bupropiona foram usados mais frequentemente na população pediátrica como agentes potencializadores em comparação a outros agentes. No entanto, não foram realizados estudos pediátricos controlados. Estes agentes só devem ser iniciados por especialistas experientes no manejo da depressão na infância.

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

Os limites de dose e idade indicados aqui podem ser off-label em alguns países; consulte a orientação local. Estes medicamentos só devem ser prescritos por um especialista experiente no tratamento de transtornos psiquiátricos pediátricos nos referidos países. Estão disponíveis diretrizes para prescrição na América do Norte e no Reino Unido.[66]​​​[67][85]​​​

Opções primárias

fluoxetina: crianças <8 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥8 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

escitalopram: crianças <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 20 mg/dia

ou

sertralina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo 200 mg/dia

ou

citalopram: crianças <7 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥7 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia (20 mg/dia em metabolizadores fracos de CYP2C19)

--E--

bupropiona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

quetiapina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

aripiprazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

ziprasidona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

risperidona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

olanzapina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

lítio: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com a terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responder a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

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5ª linha – 

novas abordagens alternativas + cuidados de suporte

Se a resposta continuar inadequada, apesar de todos os possíveis tratamentos descritos até este ponto, deve-se considerar tratamentos novos e alternativos. Estes agentes só devem ser iniciados por especialistas experientes no manejo da depressão na infância.

Outros antidepressivos, como antidepressivos tricíclicos (ADTs) ou inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), podem ser utilizados em crianças e adolescentes que não responderam a ISRSs ou não ISRSs. Os ADTs não se mostraram eficazes no tratamento da depressão pediátrica e tendem a produzir mais efeitos adversos.[143] [ Cochrane Clinical Answers logo ] As diretrizes do Reino Unido recomendam que os ADTs não sejam usados no tratamento para depressão em crianças e jovens.[67]​ Os IMAOs não foram recomendados para o uso na depressão pediátrica por causa dos seus efeitos adversos e dificuldade de manejo da dieta em crianças e adolescentes.

Tratamentos biológicos incluem fototerapia e eletroconvulsoterapia (ECT). Nenhum ensaio controlado da ECT foi realizado com a população pediátrica. Em vários estados dos EUA, a ECT foi proibida em crianças e adolescentes.

Se houver progressão aguda dos sintomas e a depressão se tornar grave, ou se o paciente desenvolver probabilidade de suicídio ou psicose, podem ser necessários cuidados de alto nível (por exemplo, tratamento com o paciente hospitalizado).

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Considerar – 

manejo dos sintomas associados e transtornos comórbidos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Transtornos comórbidos: esta é uma consideração importante em todas as etapas do tratamento. Transtornos de ansiedade e TDAH são transtornos comórbidos comuns. A psicoterapia para o transtorno de ansiedade deve ser iniciada concomitantemente com o tratamento com antidepressivos. No entanto, não se recomenda iniciar um antidepressivo e outro medicamento para tratar o transtorno comórbido ao mesmo tempo. A doença primária, ou o transtorno que estiver causando o maior comprometimento funcional, deve ser tratado primeiro. Então, subsequentemente, se necessário, pode-se iniciar um segundo ou terceiro tratamento para os transtornos comórbidos (por exemplo, pode-se iniciar o uso de um estimulante após o antidepressivo).

Sintomas associados: tipicamente, os medicamentos adjuvantes são introduzidos para o manejo de sintomas associados com a depressão (por exemplo, agitação) e são descontinuados quando o sintoma-alvo tratado se resolve. Pode ser necessária terapia adjuvante em qualquer estágio do tratamento para todos os níveis de gravidade da depressão. Alguns sintomas depressivos (por exemplo, agitação) podem demorar mais para se resolver, portanto, certos pacientes podem necessitar de tratamento adjuvante logo no início da fase aguda do tratamento.

A insônia é um sintoma comum da depressão e também é um sintoma residual frequente.[96]​ O uso de uma intervenção psicossocial baseada em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), pode ser útil para resolver a insônia precocemente durante o tratamento agudo. Ocasionalmente, medicamentos em combinação com a terapia comportamental podem ser considerados para crianças e adolescentes cuja insônia não responder a intervenções comportamentais. Os médicos devem consultar os modelos de serviço locais, mas normalmente a consideração de medicação para insônia em crianças requer encaminhamento a uma clínica pediátrica do sono ou outro cenário especializado.

CONTÍNUA

após estabilização dos sintomas agudos

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1ª linha – 

continuação da terapia por 6 a 12 meses

Quando tiver-se atingido a remissão, seja após o tratamento medicamentoso ou psicoterápico, ou após várias tentativas de tratamento, o tratamento continua por 6 a 12 meses para evitar recidiva, com a mesma dose utilizada no tratamento agudo. A recomendação é de 6 meses para o primeiro episódio, e 12 meses para episódio recorrente.

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Considerar – 

terapia de manutenção por 1 a 2 anos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Após o período de continuação, pode ser necessário 1 a 2 anos de tratamento de manutenção para crianças em risco de depressão recorrente (episódios múltiplos, depressão crônica, transtornos comórbidos).

Foi relatado um pequeno estudo de manutenção na depressão pediátrica.[89] Embora seja necessário um estudo maior, o tratamento de manutenção é recomendado por diretrizes de tratamento.

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