Epidemiologia

As taxas de prevalência da depressão na infância variam um pouco, dependendo da amostra e do período avaliados.

Nos EUA, dados da National Survey of Children’s Health de 2016 sugerem que 3.2% das crianças de 3 a 17 anos têm diagnóstico atual de depressão.[3] Em adolescentes, a prevalência de 12 meses aumenta para aproximadamente 8%.[4] Antes da puberdade, garotos e garotas têm taxas similares de depressão, mas surge uma diferença entre os gêneros no início da adolescência, a partir dos 12 anos, quando o diagnóstico se torna mais comum em meninas.[4] A depressão se torna mais de duas vezes prevalente em mulheres jovens do que em homens, da metade da adolescência até o início da fase adulta (14-25 anos).[4][5] As idades de 13 a 18 anos representam um período crucial para o início da depressão em meninos e meninas; os índices de depressão aumentam consideravelmente para ambos os sexos nesse período.[3][6] A maioria das doenças depressivas em adultos pode ser associada a suas origens na adolescência.[7]

Há evidências que sugerem um aumento no transtorno depressivo maior em determinadas áreas nas últimas duas décadas; na Austrália, uma pesquisa nacional constatou um aumento de aproximadamente 50% da prevalência de depressão na comunidade entre 1998 e 2014.[8] No Reino Unido, o número de jovens de 12 a 17 anos que receberam prescrição de antidepressivos mais que dobrou entre 2005 e 2017 (embora a prescrição de antidepressivos tenha apresentado ligeira queda para crianças entre 5-11 anos entre 1999 e 2017).[9] Não está claro até que ponto isso representa uma mudança nos índices de depressão ou uma diferença no diagnóstico e tratamento durante esse período.

A presença da pobreza foi associada ao aumento do risco de crianças que precisam de tratamento para depressão.[3][9][10] Os transtornos depressivos podem ser mais comuns em crianças indígenas e em crianças com afecções clínicas crônicas.[11][12]

A depressão na infância com frequência está associada a comorbidades psiquiátricas e comportamentais. Nos EUA, cerca de 73.8% das crianças de 3 a 17 anos com depressão também têm ansiedade, e 47.2% têm problemas comportamentais concomitantes.[3]

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