Complicações
Embora seja raro, antidepressivos podem induzir ativação, ou episódios maníacos ou hipomaníacos. Uma revisão cuidadosa da história familiar e dos sintomas é importante para excluir doença bipolar e baixa tolerância a antidepressivos.
Além disso, o monitoramento cuidadoso e avaliação contínua das alterações dos sintomas e respostas são importantes para detectar precocemente tais ocorrências, e tomar as medidas necessárias para evitar desfechos negativos.
A ideação suicida ocorre mais frequentemente que comportamento suicida e tentativas de suicídio em jovens com transtorno depressivo. No entanto, a depressão é a doença psiquiátrica mais comum entre aqueles que cometeram suicídio.[174] Pensamentos e comportamentos suicidas podem ocorrer antes ou durante o tratamento.
Há um risco ligeiramente elevado de probabilidade de suicídio (1% a 2%) associado ao uso de antidepressivos (3% a 4%) em relação ao placebo (2%).[121][122] A Food and Drug Administration dos EUA publicou uma advertência sobre a probabilidade de suicídio associada ao uso pediátrico de antidepressivos em crianças, em 2004.[110]
É importante avaliar continuamente a segurança, e crianças precisam ser monitoradas rigorosamente, especialmente durante as primeiras semanas do início do tratamento com antidepressivos e durante ajustes de dose.
É importante alertar os cuidadores para esta possibilidade e desenvolver em conjunto um plano de segurança com a criança.[175]
Os menores não devem administrar seus próprios medicamentos em casa na maioria das circunstâncias.
Crianças e adolescentes com transtorno depressivo podem ser irritáveis e bravos. A depressão na infância também é altamente comórbida com transtornos do comportamento disruptivo. Ocasionalmente, antidepressivos podem aumentar a agitação.
É importante fazer uma avaliação cuidadosa da irritabilidade, da raiva e do comportamento agressivo, antes e durante o tratamento, para prevenir consequências graves.
O nível de cuidados e os medicamentos podem ter que ser ajustados, e pode ser necessário considerar outros transtornos.
A depressão aumenta o risco de transtorno relacionado ao uso de substâncias.[66] São menos comuns em crianças mais novas, mas aumentam em adolescentes mais velhos. Se uma criança não estiver respondendo ao tratamento, um uso ou abuso concomitante de substâncias deve ser descartado.
Perguntas sobre o uso de substâncias precisam ser feitas rotineiramente e, se o uso regular de substâncias for identificado, é indicada entrevista motivacional sobre o impacto percebido do uso de substâncias e desejo de reduzir seu uso. Quando há preocupações sobre quadros clínicos atípicos ou intoxicações, o rastreamento periódico de drogas pode ajudar a esclarecer as exposições a drogas. O rastreamento de drogas não é necessário para o tratamento da depressão em crianças e adolescentes sem problemas relacionados ao uso de substâncias conhecidos.
Visão geral dos transtornos relacionados ao uso de substâncias e overdose
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