Critérios
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição, texto revisado (DSM-5-TR): classificação dos transtornos depressivos[1]
Classifica os transtornos depressivos da infância nas seguintes categorias: transtorno depressivo maior (TDM), transtorno depressivo persistente, transtorno disruptivo de desregulação do humor (TDDH), transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra condição médica, outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo inespecífico. O foco deste tópico é o TDM e o transtorno depressivo persistente.
DSM-5-TR: critérios para transtorno depressivo maior[1]
O diagnóstico do transtorno depressivo maior requer que a criança tenha 5 ou mais do 9 sintomas a seguir, indicando alteração significativa em relação à sua avaliação inicial, durante o mesmo período de 2 semanas, e pelo menos um dos sintomas deve ser humor depressivo ou irritável, ou anedonia.
Humor depressivo ou irritável
Diminuição do interesse ou incapacidade de sentir prazer
Diminuição da concentração ou indecisão
Insônia ou hipersonia
Mudanças no apetite ou no peso
Fadiga excessiva
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva
Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, plano de suicídio específico ou tentativa de suicídio.
Agitação ou retardo psicomotor.
Além disso, estes sintomas devem causar comprometimentos funcionais significativos na escola, em ambientes sociais e/ou na família. Eles não são melhor explicados como reação de luto, e não são decorrentes do uso de uma substância ou afecção clínica. Não deve haver história de episódios maníacos ou hipomaníacos.
De maneira geral, a Classificação Internacional de Doenças, 11a revisão (CID-11) é consistente com os critérios do DSM-5-TR. O limiar da CID-11 para "episódio depressivo" é o mesmo: pelo menos cinco sintomas de uma lista de dez sintomas, em vez de nove como no DSM-5-TR. O sintoma adicional é "desesperança".[2]
O TDM pode ser classificado de acordo com o número de episódios que já ocorreram.
TDM, episódio único: a presença de 1 episódio depressivo maior, que não seja parte de um transtorno esquizoafetivo ou sobreposto a um transtorno psicótico; sem história de episódio maníaco ou hipomaníaco.
TDM, recorrente: os critérios são os mesmos do episódio único de TDM, mas com pelo menos 2 episódios depressivos maiores.
O TDM também é classificado de acordo com 3 níveis de gravidade:
Leve
Moderado
Grave, com ou sem características psicóticas.
As características exatas de cada um destes níveis de gravidade não estão bem definidas. Cada médico deve julgar o nível de gravidade do transtorno depressivo, avaliando os comprometimentos funcionais, bem como a gravidade e o número de sintomas presentes. No entanto, se for necessária internação hospitalar para o tratamento de TDM, é classificado como grave. No caso da forma grave com características psicóticas, as características psicóticas podem ser congruentes ou não com o humor, dependendo se o conteúdo dos delírios ou alucinações for congruente ou não com os temas depressivos.
Existem 9 especificadores:
Com aflição ansiosa
Com características mistas
Com catatonia
Com características melancólicas
Com características atípicas
Com características psicóticas congruentes com o humor
Com características psicóticas incongruentes com o humor
Com início no periparto
Com padrão sazonal.
DSM-5-TR: critérios para transtorno depressivo persistente[1]
A criança deve apresentar pelo menos 3 dos sintomas a seguir, que devem estar presentes na maior parte do dia, devem ser mais frequentes que ausentes, e estarem presentes por pelo menos 1 ano, e um dos sintomas deve ser humor triste ou irritável:
Humor triste ou irritável
Aumento ou redução do apetite
Insônia ou hipersonia
Baixa energia ou fadiga
Baixa autoestima
Baixa concentração ou indecisão
Sentimentos de desesperança.
Além disso, os seguintes critérios devem ser preenchidos para que seja feito um diagnóstico de transtorno depressivo persistente:
Durante o ano, o humor da criança não deixou de ser triste ou irritável e combinado com 2 outros sintomas por >2 meses consecutivos
Estes sintomas causam sofrimento significativo ou prejuízo a várias áreas importantes do funcionamento
Ausência de qualquer episódio maníaco ou hipomaníaco, ou de sintomas que preenchem os critérios de transtorno ciclotímico
Os sintomas não são causados por uma substância ou condição médica
Os sintomas não são melhor explicados por transtorno esquizoafetivo ou outro transtorno psicótico.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal