Prognóstico
Infecção não ocular em um paciente imunocompetente
Geralmente, a infecção é leve e o prognóstico é bom sem tratamento.
Coriorretinite
A coriorretinite responde de forma variável ao tratamento. Embora pacientes cuja visão esteja ameaça devam receber tratamento, uma análise dos estudos disponíveis não determinou nenhum benefício do tratamento com relação seja à duração dos sintomas ou à gravidade da doença.[59] O risco de recorrência é alto, sendo que o tratamento dos episódios sintomáticos não reduz o risco de doença recorrente. Dessa forma, faz-se necessário acompanhamento oftalmológico frequente. Além disso, caso apresentem recorrências frequentes, os pacientes podem se beneficiar da supressão crônica com sulfametoxazol/trimetoprima.[59][66]
Infecção em um paciente imunossuprimido
A infecção é vitalícia. Dessa forma, se permanecer imunocomprometido, o paciente continuará apresentando risco de doença sintomática e deverá prosseguir com a terapia de supressão crônica. Iniciar a terapia antirretroviral em pacientes infectados com HIV com subsequente aumento de linfócitos T CD4+ para >200 células/microlitro ou >100 células/microlitro com níveis plasmáticos de HIV detectáveis é a única forma de interromper com segurança a terapia de supressão crônica.
Infecção durante a gestação
As pacientes podem interromper o tratamento após o parto. Mulheres infectadas durante a gestação são quase sempre assintomáticas e não irão se tornar sintomáticas com a interrupção do tratamento. Essas pacientes não apresentam risco de transmissão da infecção durante gestações subsequentes, salvo em caso de imunossupressão subjacente. O rastreamento e a melhora do diagnóstico pré-natais se correlacionam com redução significativa do índice de infecção congênita e um melhor desfecho aos 3 anos de idade em crianças infectadas.[11][67]
Doença congênita
Muitos casos são subclínicos ao nascimento. Achados mais sutis (como alterações no QI), deficiência intelectual, convulsões, paralisias ou surdez podem se apresentar posteriormente. Além disso, esses pacientes apresentam risco de ter coriorretinite mesmo na segunda década de vida. Dessa forma, as crianças infectadas de forma congênita devem ser acompanhadas rigorosamente por um neurologista pediátrico e um oftalmologista.[11][37]
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