Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

IgG antitoxoplasma (sérica)

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Pode ser requisitado durante o rastreamento de exposição prévia, como em possíveis receptores de transplantes de órgãos, pacientes infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou mulheres em consulta de planejamento pré-concepção.

IgG detectável indica infecção anterior (em casos raros, pacientes com toxoplasmose que estejam imunocomprometidos podem não ter IgG anti-Toxoplasma detectável).

O título não guarda relação com a gravidade da doença.[16]

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IgG anti-Toxoplasma detectável, com título

IgM antitoxoplasma (sérica)

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Pode ser requisitado na avaliação da infecção aguda.

Um teste negativo descarta infecção aguda.

teste positivo não significa infecção aguda. Muitos testes disponíveis comercialmente apresentam índices altos de falsos-positivos (até 60%), podendo a IgM permanecer detectável durante vários meses após a infecção inicial.

O ensaio da imunoabsorção-aglutinação de IgM encontra-se disponível em laboratórios de referência para testes de neonatos, sendo mais sensível e mais específico que os testes disponíveis comercialmente. A demonstração de IgM no soro do neonato aos 5 dias de idade ou após é diagnóstica da doença congênita.[11]

Parte da bateria de testes usada por laboratórios de referência no diagnóstico da infecção durante a gestação e no neonato.

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IgM anti-Toxoplasma detectável, com título

TC (com contraste intravenoso) ou RNM do cérebro

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Deve ser requisitada em todos os pacientes imunocomprometidos que apresentem redução do nível de consciência ou deficits neurológicos focais.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia computadorizada: cérebro da toxoplasmose no sistema nervoso centralDo acervo de Louis M. Weiss, MD, MPH; uso autorizado [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@4a471983

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lesões cerebrais com realce em anel, geralmente múltiplas, muitas vezes afetando os gânglios da base

Investigações a serem consideradas

IgA antitoxoplasma (sérica)

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Mais útil no diagnóstico da doença congênita. A IgA não atravessa a placenta, portanto sua presença reflete a resposta imune do neonato à infecção por Toxoplasma.[11]

A demonstração de IgA no soro do neonato a 10 dias ou após é diagnóstica da doença congênita.[11]

A detecção de IgA no paciente adulto tem pouco valor no diagnóstico de infecção recente (o resultado pode permanecer positivo durante mais de um ano após a infecção aguda).

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IgA anti-Toxoplasma detectável

Índice de avidez da IgG específica para Toxoplasma (sérica)

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Útil em gestantes que apresentem IgG e IgM detectáveis, pois identifica infecção recente em comparação com uma infecção crônica.

Resultados altos de avidez nas primeiras 12 a 16 semanas de gestação descarta infecções adquiridas durante a gestação.

Resultados baixos de avidez de IgG não devem ser interpretados como indicação de infecção recente, já que a resposta de IgG pode amadurecer lentamente durante vários meses em alguns indivíduos.[38]

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índices elevados de avidez indicam resposta de IgG madura ao Toxoplasma gondii, sugerindo que a infecção não seja aguda

teste de aglutinação diferencial (CA/HS)

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Usado como parte da bateria de testes usada por laboratórios de referência no diagnóstico da infecção durante a gestação.

Usa duas preparações de antígenos encontradas precocemente durante a infecção aguda (CA) e nos estágios mais avançados da infecção (HS)

As proporções de títulos de CA e HS são interpretadas como agudas, equivocadas, não agudas ou não reativas.

O padrão agudo pode persistir durante 1 ou mais anos após a infecção.

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proporção do título de CA/HS interpretada como aguda

reação em cadeia da polimerase (tecido ou fluido corporal)

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Deve ser feito no líquido amniótico se a mãe apresentar evidência sorológica de toxoplasmose recente, a fim de diagnosticar a transmissão da infecção ao feto.

A sensibilidade diagnóstica é de cerca de 70% e a especificidade de cerca de 90%.[10] A reação em cadeia da polimerase do líquido amniótico deve ser realizada ≥ 4 semanas após a infecção materna primária aguda e ≥ 18 semanas de gestação para reduzir o risco de resultados falsos-negativos.[11]

Considere a reação em cadeia da polimerase do sangue, do líquido cefalorraquidiano (LCR) e da urina em neonatos com possível doença congênita.[11]

Deve ser feito no fluido aquoso ou vítreo em pacientes com lesões retinianas atípicas que apresentam resposta insatisfatória ao tratamento anti-Toxoplasma.[16]

Nos pacientes imunocomprometidos e com suspeita de doença localizada ou disseminada, pode-se realizar uma reação em cadeia da polimerase no sangue (camada leucoplaquetária), em outros fluidos corporais, no aspirado ou no tecido da medula óssea ou como auxílio diagnóstico.

Em pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), a reação em cadeia da polimerase de LCR apresenta alta especificidade (97% a 100%) e baixa sensibilidade (50% a 60%). A sensibilidade é ainda menor após o início do tratamento.[39]

Deve-se considerar a realização de um exame da reação em cadeia da polimerase em intervalos regulares para efetuar rastreamento naqueles pacientes que apresentam alto risco de doença disseminada (por exemplo, transplante de células-tronco alogênicas hematopoéticas ou cardíaco).[40]

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a detecção de ácido desoxirribonucleico (DNA) de Toxoplasma gondii no líquido amniótico indica infecção fetal. A detecção de DNA de T gondii em fluidos corporais em um indivíduo imunocomprometido estabelece a infecção. A detecção de DNA de T gondii no fluido vítreo indica infecção oftalmológica.

biópsia

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O método da imunoperoxidase, que usa antissoro contra Toxoplasma gondii, é usado nos cortes teciduais, sendo a coloração de Wright-Giemsa usada em espécimes em lâminas.

A biópsia de lesões cerebrais deve ser realizada em pacientes com suspeita de toxoplasmose que não apresentam melhora das lesões em exames de imagens cranioencefálicas após 2 semanas de tratamento clínico. É realizado para descartar outras causas possíveis dessas lesões.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Patologia cerebral: embora esta seja uma patologia do tecido de camundongo, ela é muito semelhante em aparência à do tecido humanoDo acervo de Louis M. Weiss, MD, MPH; uso autorizado [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1d22461c

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cistos, taquizoítos livres, células inflamatórias, abscessos necrosantes

Novos exames

imunoblot de IgG ou IgM (sérico)

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Usado no diagnóstico da doença congênita.

Mais útil em neonatos sem IgM e/ou IgA detectáveis por métodos sorológicos convencionais, neonatos de mães com infecção aguda confirmada ou altamente suspeita.[38]

Distingue a IgG materna transferida pela placenta da IgG sintetizada pelo neonato.

O imunoblot apresente sensibilidade de cerca de 70% nos neonatos. Essa sensibilidade sobe para 85% nos primeiros 3 meses após o nascimento.[10]

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IgG/IgM anti-Toxoplasma detectáveis sintetizadas pelo neonato indicam infecção congênita

ensaio de immunospot ligado a enzimas

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Mede a produção de gamainterferona das células mononucleares sanguíneas periféricas do paciente em resposta a antígenos do Toxoplasma gondii.[33]

Pode ser útil na estratificação do risco de recorrência da encefalite toxoplásmica em pacientes infectados com o HIV e T gondii com IgG+: maiores quantidades de spots, indicando níveis mais intensos de produção de gamainterferona e, dessa forma, resposta imune mais intensa ao T gondii, podem estar relacionados a riscos mais baixos de recorrência da encefalite toxoplásmica.

Não é usado nos laboratórios de referência porque ainda não foram determinados os valores de corte visando a diferenciação de pacientes com respostas imunes específicas de T gondii adequadas ou insuficientes.

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o número de spots está relacionado à quantidade de produção de gamainterferona; um número mais alto indica uma resposta imune mais intensa ao T gondii

testes de liberação de gamainterferona

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Mede a produção de gamainterferona no sangue total estimulado com antígeno de Toxoplasma gondii. A sensibilidade e a especificidade do teste em lactentes com suspeita de doença congênita foram de 94% e 98%, respectivamente.[32]

A ausência de produção de gamainterferona em resposta ao antígeno de T gondii pode ser usada para descartar a infecção congênita em neonatos, evitando, dessa forma, a necessidade de acompanhamento sorológico. A produção de gamainterferona em resposta ao antígeno de T gondii pode determinar um diagnóstico de toxoplasmose congênita.

Requer apenas 1 mL de sangue total, o que pode representar um critério importante no teste de neonatos. Pode ajudar a interpretar situações sorológicas ambíguas durante a gestação. Não está comercialmente disponível nem é realizado rotineiramente nos laboratórios de referência.

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presença de gamainterferona

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