Epidemiologia

O Toxoplasma gondii ocorre em todo o mundo, com maior prevalência em áreas tropicais e países de baixa e média rendas.[1][6]

Em muitos países, a prevalência tem diminuído constantemente nas últimas décadas. Nos EUA, a soroprevalência entre pessoas de 12-49 anos de idade, de 2011 a 2014, foi de 7.7%, ou seja, uma diminuição de 10.1% em 2009 para 2010 e de 16% em 1988 para 1994.[7][8]​ Pesquisas nacionais na França demonstraram uma diminuição da soroprevalência de Toxoplasma entre gestantes, com modelos estimando uma diminuição na prevalência de 76% em 1980 para 27% em 2020.[9] Acredita-se que a alta soroprevalência no sul da Europa seja decorrente da ingestão de carne malcozida e da higiene inadequada nas cozinhas. A soroprevalência na América do Sul também é alta, variando entre 43% e 73%, afetada pela transmissão pela água e pela ingestão de carne malcozida.[10]

A soroprevalência é baixa na maioria dos países asiáticos (1% em gestantes na Coreia e 10% em pacientes com vírus da imunodeficiência humana [HIV] positivo em Formosa), embora a Índia (45%) e a Malásia (56%) apresentem taxas de prevalência mais elevadas.[10]

No mundo todo, aproximadamente 33% das gestantes têm toxoplasmose latente.[6] ​Menos de 1 em cada 1000 gestantes adquire Toxoplasmose durante a gravidez, e a incidência de toxoplasmose congênita nos EUA é de aproximadamente 0.23 casos por 10,000 nascidos vivos.[11]​ Há um aumento do risco de transmissão de mãe para filho com o aumento da idade gestacional na soroconversão (15%, 44% e 71% após infecções primárias agudas em 13, 26 e 37 semanas de gestação, respectivamente). O tratamento adequado na primeira oportunidade reduz a transmissão de mãe para filho e também pode reduzir a infecção sintomática no bebê.[11]

Para aprimorar a precisão dos registros de toxoplasmose e permitir estratégias de prevenção e controle mais eficazes, é necessário desenvolver uma vigilância padronizada e definições de caso. O diagnóstico da toxoplasmose pode ser desafiador devido às altas taxas de infecção aguda assintomática entre indivíduos imunocompetentes (inclusive gestantes), ao risco de reativação da doença em pacientes imunocomprometidos e o potencial para infecções congênitas se manifestarem mais adiante.[12]

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