Complicações
A pirimetamina pode suprimir a medula óssea. A prevenção dessa toxicidade é feita administrando-se folinato de cálcio. É possível aumentar a dosagem de folinato de cálcio para compensar os efeitos na medula óssea. Se essa abordagem não for eficaz, talvez seja necessário reduzir a dosagem de pirimetamina.
Pode surgir erupção cutânea de fundo medicamentoso a qualquer tempo durante o tratamento. Se ocorrer a erupção cutânea típica da reação medicamentosa, a clindamicina ou a atovaquona poderão ser substituídas pela sulfadiazina.
A ineficácia precoce do tratamento pode ser causada pela ineficácia do esquema prescrito. A ineficácia tardia do tratamento tem maior probabilidade de ser causada pela observância inadequada dos medicamentos prescritos por parte do paciente. Em pacientes infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a ineficácia precoce pode indicar diagnóstico incorreto de toxoplasmose. Caso não tenha sido feita anteriormente, será necessário realizar biópsia do cérebro para confirmar o diagnóstico em pacientes com sintomas e sinais de envolvimento do sistema nervoso central. Pacientes infectados com o HIV também apresentam alto risco de intolerância ao medicamento, incluindo erupção cutânea e hepatite causadas pelo componente sulfa.
Embora muitos casos de infecção congênita pareçam assintomáticos ao nascimento, o exame rigoroso pode revelar evidências de doença ocular, comprometimento neurológico, hepatoesplenomegalia ou comprometimento da medula óssea. As sequelas em longo prazo incluem problemas de visão ou cegueira, perda da audição, convulsões, paralisias, dificuldade de aprendizagem, deficiência intelectual, hidrocefalia ou microcefalia. As crianças devem repetir a avaliação audiométrica (aos 24-30 meses se tiverem seguido o tratamento recomendado, ou anualmente se não tiverem sido tratadas ou tiverem recebido outro tratamento).[11][54]
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