Complicações
A exposição à terapia antirretroviral (TAR) no útero pode ter efeitos de longo prazo nas crianças, incluindo toxicidades do sistema de órgãos e neoplasia; porém, as evidências disponíveis não permitem conclusões definitivas sobre esse risco. Os dados coletados ao longo das últimas duas décadas são tranquilizadores, principalmente em relação à exposição à zidovudina. Mais estudos são necessários. Crianças que desenvolvem anormalidades significativas no sistema de órgãos após exposição à TAR, particularmente aquelas do sistema nervoso ou do coração, devem ser avaliadas para disfunção mitocondrial.[7]
A transmissão perinatal do vírus, de mãe para filho, pode ocorrer durante a gestação, trabalho de parto e nascimento, e pós-parto através do leite materno.
O aumento do uso da terapia antirretroviral (TAR) durante a gestação gerou uma diminuição drástica na transmissão perinatal. Sem tratamento, o risco de transmissão perinatal do HIV varia entre 15% e 45%, mas pode ser reduzido para 1% ou menos por meio de uma combinação de medidas preventivas incluindo terapia antirretroviral (TAR) para mães e profilaxia para neonatos.[6][7]
Geralmente, a terapia antirretroviral (TAR) durante a gestação não aumenta o risco de malformação congênita, com base em múltiplos estudos que não indicam diferenças nas taxas de malformação congênita total para exposição no primeiro trimestre, em comparação com exposições mais tardias ao medicamento. No entanto, os dados sobre riscos de malformação congênita para muitos medicamentos são limitados e estão em desenvolvimento.[7]
Medicamentos para os quais um número suficiente de exposições no primeiro trimestre foi monitorado para detectar um aumento de, pelo menos, duas vezes no risco de malformação congênita no geral, mas esse aumento não foi detectado: cobicistate, darunavir, didanosina, dolutegravir, elvitegravir, indinavir, raltegravir, rilpivirina, estavudina, tenofovir alafenamida.[7]
Medicamentos para os quais um número suficiente de exposições no primeiro trimestre foi monitorado para detectar um aumento de, pelo menos, 1.5 vez no risco de malformação congênita no geral, mas esse aumento não foi detectado: abacavir, atazanavir, efavirenz, entricitabina, lamivudina, lopinavir/ritonavir, nelfinavir, nevirapina, ritonavir, tenofovir desoproxila, zidovudina.[7]
Medicamentos para os quais um número insuficiente de exposições foi relatado para avaliar o nível de risco: bictegravir, cabotegravir, doravirina, enfuvirtida, fostemsavir.[7]
Consulte um especialista, ou um serviço especializado de informações sobre medicamentos, para obter orientações adicionais sobre as informações de segurança mais recentes relativas a medicamentos antirretrovirais específicos.
Estudos observaram dados conflitantes sobre a associação entre a terapia antirretroviral (TAR) e o aumento do risco de nascimento pré-termo.[79][80][81][82][83][84][85][86] Devido a esses dados conflitantes, nenhuma alteração na TAR é indicada na gestação.
Vários estudos observaram índices elevados de nascimento pré-termo em mulheres com HIV sem terapia antirretroviral, especialmente as com doença mais avançada.[93][94][95]
Os dados relativos ao efeito da TAR no peso ao nascer são mistos, e os dados relativos à TAR e natimortos são limitados.[7]
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