Infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV) na gestação

A infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV) na gestação, além de representar uma ameaça à saúde imunológica materna, pode provocar transmissão do HIV no útero, intraparto ou por meio do aleitamento materno pós-parto.

Recomenda-se que todas as gestantes façam o teste para detecção do HIV o mais cedo possível durante a gestação. A repetição do teste é recomendada no terceiro trimestre para gestantes com testes iniciais negativos que tenham alto potencial de exposição ao HIV, vivam em uma área com alta prevalência de HIV ou recebam atendimento em uma unidade com alta incidência de HIV.

Bebês expostos ao HIV devem ser testados para infecção por HIV no nascimento e devem receber cuidados especializados para testes de acompanhamento e tratamento.

Todas as gestantes com HIV devem receber terapia antirretroviral (TAR), o mais rápido possível na gravidez, independentemente da contagem de CD4 ou da carga viral. A TAR deve ser prescrita de maneira contínua durante os períodos anteparto, intraparto e pós-parto, bem como profilaxia para o neonato.

A orientação baseada em evidências e voltada para a paciente em relação à amamentação e ao substituto do leite materno é recomendada para informar a tomada de decisão compartilhada.

O HIV é um retrovírus que causa infecção por HIV ao infectar células T CD4 e pode causar a síndrome da imunodeficiência adquirida.[1]Van de Perre P, Simonon A, Msellati P, et al. Postnatal transmission of human immunodeficiency virus type 1 from mother to infant. A prospective cohort study in Kigali, Rwanda. N Engl J Med. 1991 Aug 29;325(9):593-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1812850?tool=bestpractice.com A gestação em mulheres com HIV é complicada não apenas pela infecção por HIV em si, mas também pelas comorbidades clínicas e psicossociais associadas ao HIV.