Gepirona
A gepirona é um agonista seletivo do receptor de serotonina 5-HT1A oral. O mecanismo de ação ainda não está totalmente compreendido. Ela tem um mecanismo de ação diferente em relação aos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), que bloqueiam a reabsorção da serotonina nas células, o que significa que é provável que ela tenha um perfil de efeitos adversos ligeiramente diferente dos outros tratamentos disponíveis para depressão, notadamente com menor potencial de disfunção sexual. Ela está aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento do transtorno depressivo maior em adultos com base em dois ensaios clínicos randomizados que demonstraram eficácia superior em comparação com o placebo, com tamanhos de efeito demonstrados semelhantes aos de outros antidepressivos aprovados.[380]Bielski RJ, Cunningham L, Horrigan JP, et al. Gepirone extended-release in the treatment of adult outpatients with major depressive disorder: a double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel-group study. J Clin Psychiatry. 2008 Apr;69(4):571-7.
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A gepirona ainda não é usada rotineiramente na prática clínica. Atualmente não se sabe ao certo se existe algum subgrupo de pacientes com maior probabilidade de responder à gepirona; evidências de uma análise de acompanhamento de dados de ensaios clínicos sugerem que os adultos com depressão com sintomas de ansiedade proeminentes (depressão ansiosa) tiveram uma resposta maior do que aqueles sem sintomas de ansiedade proeminentes.[381]Alpert JE, Franznick DA, Hollander SB, et al. Gepirone extended-release treatment of anxious depression: evidence from a retrospective subgroup analysis in patients with major depressive disorder. J Clin Psychiatry. 2004 Aug;65(8):1069-75.
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A gepirona ainda não está aprovada na Europa.
Novos antidepressivos
Depois de quase meio século em que os únicos tratamentos farmacológicos padrão para a depressão se baseavam na neurotransmissão da serotonina e da noradrenalina, houve uma explosão de novos métodos promissores que surgiram na última década.[382]Borbély É, Simon M, Fuchs E, et al. Novel drug developmental strategies for treatment-resistant depression. Br J Pharmacol. 2022 Mar;179(6):1146-86.
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Há uma variedade de agentes novos e antigos reformulados em desenvolvimento que, diferentemente de antidepressivos tradicionais, nem sempre têm um mecanismo de ação principal que envolve a neurotransmissão monoaminérgica. O dextrometorfano e a bupropiona foram aprovados pela Food and Drug Association (FDA) dos EUA. O dextrometorfano é o primeiro antagonista oral do receptor de N-metil-D-aspartato (NMDA) (e agonista do receptor sigma-1) a ser aprovado para o tratamento do transtorno depressivo maior. Ele é de ação rápida, mas o mecanismo exato de ação no tratamento da depressão não está claro. A bupropiona é formulada em conjunto com o dextrometorfano para aumentar e prolongar os níveis plasmáticos de dextrometorfano através da inibição competitiva do citocromo P450 2D6. A aprovação seguiu-se aos resultados de dois ensaios clínicos positivos; o primeiro em que demonstrou superioridade em relação ao placebo, e o segundo em que demonstrou superioridade em relação à bupropiona isoladamente. É importante observar que a eficácia do dextrometorfano/bupropiona foi observada no início do tratamento (em 1-2 semanas) e mantida após isso.[383]Iosifescu DV, Jones A, O'Gorman C, et al. Efficacy and safety of AXS-05 (dextromethorphan-bupropion) in patients with major depressive disorder: a phase 3 randomized clinical trial (GEMINI). J Clin Psychiatry. 2022 May 30;83(4):21m14345.
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[384]Tabuteau H, Jones A, Anderson A, et al. Effect of AXS-05 (dextromethorphan-bupropion) in major depressive disorder: a randomized double-blind controlled trial. Am J Psychiatry. 2022 Jul;179(7):490-9.
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A psilocibina, uma droga psicodélica, recebeu a designação de terapia inovadora da FDA para a depressão resistente a tratamento.[385]Rucker JJ, Jelen LA, Flynn S, et al. Psychedelics in the treatment of unipolar mood disorders: a systematic review. J Psychopharmacol. 2016 Dec;30(12):1220-9.
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Em um estudo de fase 2 comparando o tratamento com psilocibina ao tratamento com escitalopram, houve graus semelhantes de melhora em ambos os grupos de tratamento.[386]Carhart-Harris R, Giribaldi B, Watts R, et al. Trial of psilocybin versus escitalopram for depression. N Engl J Med. 2021 Apr 15;384(15):1402-11.
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Há evidências de que, em alguns pacientes, os efeitos benéficos da psilocibina sobre os sintomas depressivos podem durar pelo menos até 12 meses após a intervenção.[387]Gukasyan N, Davis AK, Barrett FS, et al. Efficacy and safety of psilocybin-assisted treatment for major depressive disorder: Prospective 12-month follow-up. J Psychopharmacol. 2022 Feb;36(2):151-8.
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Um esquema de dose única de psilocibina mostrou evidências de eficácia, de acordo com dois ensaios clínicos randomizados.[388]Goodwin GM, Aaronson ST, Alvarez O, et al. Single-dose psilocybin for a treatment-resistant episode of major depression. N Engl J Med. 2022 Nov 3;387(18):1637-48.
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[389]Raison CL, Sanacora G, Woolley J, et al. Single-dose psilocybin treatment for major depressive disorder: a randomized clinical trial. JAMA. 2023 Sep 5;330(9):843-53.
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Tem-se sugerido que os benefícios positivos são mediados mais diretamente pela terapia psicológica administrada com psilocibina em vez de por um efeito farmacológico direto.[390]Davis AK, Barrett FS, May DG, et al. Effects of psilocybin-assisted therapy on major depressive disorder: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2021 May 1;78(5):481-9.
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O óxido nitroso produziu alguns resultados positivos preliminares em um ensaio aberto.[391]Nagele P, Palanca BJ, Gott B, et al. A phase 2 trial of inhaled nitrous oxide for treatment-resistant major depression. Sci Transl Med. 2021 Jun 9;13(597):eabe1376.
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A agomelatina, um agonista do receptor de melatonina e antagonista do receptor 5-HT2c da serotonina, mostrou-se efetiva e está disponível na Europa.[392]Taylor D, Sparshatt A, Varma S, et al. Antidepressant efficacy of agomelatine: meta-analysis of published and unpublished studies. BMJ. 2014 Mar 19;348:g1888.
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[
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In people with sexual dysfunction induced by antidepressant medication, how do different drugs affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.532/fullMostre-me a resposta O antibiótico minociclina tem gerado alguns resultados preliminares positivos quando usado como tratamento adjuvante com antidepressivos, embora os resultados sejam mistos.[393]Zazula R, Husain MI, Mohebbi M, et al. Minocycline as adjunctive treatment for major depressive disorder: pooled data from two randomized controlled trials. Aust N Z J Psychiatry. 2021 Aug;55(8):784-98.
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[394]Cai DB, Zheng W, Zhang QE, et al. Minocycline for depressive symptoms: a meta-analysis of randomized, double-blinded, placebo-controlled trials. Psychiatr Q. 2020 Jun;91(2):451-61.
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[395]Al Jumaili W, Vora D, Trivedi C, et al. Role of minocycline as an adjunct neuroinflammatory modulator in treatment-resistant depression: a systematic review of randomized controlled trials. Prim Care Companion CNS Disord. 2023 Sep 14;25(5):22r03467.
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O direcionamento da minociclina para pessoas com evidências de depressão com inflamação sistêmica de baixo grau (aumento da proteína C-reativa) é uma nova área de pesquisa.[396]Nettis MA, Lombardo G, Hastings C, et al. Augmentation therapy with minocycline in treatment-resistant depression patients with low-grade peripheral inflammation: results from a double-blind randomised clinical trial. Neuropsychopharmacology. 2021 Apr;46(5):939-48.
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Cetamina intravenosa
A cetamina intravenosa, um antagonista do receptor NMDA, juntamente com seu isômero inalatório escetamina (veja abaixo) continuaram a ter um desempenho melhor que o placebo no alívio dos sintomas depressivos, mas ainda não são usados na prática clínica padrão.[397]Dean RL, Hurducas C, Hawton K, et al. Ketamine and other glutamate receptor modulators for depression in adults with unipolar major depressive disorder. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Sep 12;9(9):CD011612.
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[398]Sanacora G, Frye MA, McDonald W, et al. A consensus statement on the use of ketamine in the treatment of mood disorders. JAMA Psychiatry. 2017 Apr 1;74(4):399-405.
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[399]Dean RL, Marquardt T, Hurducas C, et al. Ketamine and other glutamate receptor modulators for depression in adults with bipolar disorder. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Oct 8;10(10):CD011611.
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[400]Marcantoni WS, Akoumba BS, Wassef M, et al. A systematic review and meta-analysis of the efficacy of intravenous ketamine infusion for treatment resistant depression: January 2009 - January 2019. J Affect Disord. 2020 Dec 1;277:831-41.
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Em relatos de caso, séries de casos e ensaios clínicos selecionados, a cetamina mostrou ter um efeito rápido na redução dos escores de diversas escalas da depressão.[401]Murrough JW, Iosifescu DV, Chang LC, et al. Antidepressant efficacy of ketamine in treatment-resistant major depression: a two-site randomized controlled trial. Am J Psychiatry. 2013 Oct;170(10):1134-42.
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[402]Kraus C, Rabl U, Vanicek T, et al. Administration of ketamine for unipolar and bipolar depression. Int J Psychiatry Clin Pract. 2017 Mar;21(1):2-12.
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[403]Singh JB, Fedgchin M, Daly EJ, et al. A double-blind, randomized, placebo-controlled, dose-frequency study of intravenous ketamine in patients with treatment-resistant depression. Am J Psychiatry. 2016 Aug 1;173(8):816-26.
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Há algumas evidências de efeito antidepressivo sustentado por até 6 semanas.[404]Conley AA, Norwood AEQ, Hatvany TC, et al. Efficacy of ketamine for major depressive episodes at 2, 4, and 6-weeks post-treatment: a meta-analysis. Psychopharmacology (Berl). 2021 Jul;238(7):1737-52.
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A cetamina intravenosa parece ser mais eficaz que a escetamina intranasal.[405]Bahji A, Vazquez GH, Zarate CA Jr. Comparative efficacy of racemic ketamine and esketamine for depression: a systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2021 Jan 1;278:542-55.
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No entanto, sua segurança e eficácia para uso em longo prazo permanecem desconhecidas.[406]Covvey JR, Crawford AN, Lowe DK. Intravenous ketamine for treatment-resistant major depressive disorder. Ann Pharmacother. 2012 Jan;46(1):117-23.
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[407]Newport DJ, Carpenter LL, McDonald WM, et al; APA Council of Research Task Force on Novel Biomarkers and Treatments. Ketamine and other NMDA antagonists: early clinical trials and possible mechanisms in depression. Am J Psychiatry. 2015 Oct;172(10):950-66.
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Os efeitos colaterais agudos são comuns e têm maior probabilidade de ocorrer nos pacientes que recebem cetamina intravenosa. A maioria dos efeitos colaterais tem resolução logo após a administração do medicamento. Eles incluem efeitos psiquiátricos (mais comumente ansiedade), psicotomiméticos, cardiovasculares e neurológicos. Os efeitos somáticos mais comuns foram cefaleia, tontura, dissociação, pressão arterial elevada e visão turva.[408]Short B, Fong J, Galvez V, et al. Side-effects associated with ketamine use in depression: a systematic review. Lancet Psychiatry. 2018 Jan;5(1):65-78.
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O uso repetido de cetamina em outros grupos de pacientes foi vinculado à toxicidade urológica e hepática, a deficits cognitivos e à dependência.[408]Short B, Fong J, Galvez V, et al. Side-effects associated with ketamine use in depression: a systematic review. Lancet Psychiatry. 2018 Jan;5(1):65-78.
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Spray nasal de escetamina
A escetamina é o isômero ativo da cetamina. Em março de 2019, a FDA aprovou o spray nasal de escetamina para ser utilizado juntamente com um antidepressivo oral para a depressão resistente a tratamento em adultos e, em agosto de 2020, a FDA ampliou sua aprovação para incluir adultos com transtorno depressivo maior com ideação suicida aguda ou comportamento suicida. A administração do medicamento só está disponível através de um sistema de distribuição restrito, mediante uma avaliação de risco e estratégia de mitigação (REMS, Risk Evaluation and Mitigation Strategy) na qual tanto o médico quanto o paciente assinam um formulário de inscrição do paciente. O medicamento deve ser autoadministrado pelo paciente, que é supervisionado por um profissional de saúde em um consultório médico certificado, e o paciente é monitorado por ao menos 2 horas devido ao risco de sedação, problemas de atenção, julgamento e raciocínio (dissociação), pensamentos e comportamentos suicidas, e ao potencial para uso indevido do medicamento. Esteja ciente de que pacientes com hipertensão mal controlada ou transtorno vasculares aneurismáticos preexistentes podem ter um aumento do risco de efeitos cardiovasculares ou cerebrovasculares adversos. A eficácia da escetamina foi avaliada em dois ensaios clínicos de curto prazo (quatro semanas) e um ensaio de manutenção do efeito de prazo mais longo. Em um dos estudos de curto prazo, o spray nasal de escetamina demonstrou efeito estatisticamente significativo comparado com o placebo na gravidade da depressão, e algum efeito foi observado em um prazo de dois dias.[409]Popova V, Daly EJ, Trivedi M, et al. Efficacy and safety of flexibly dosed esketamine nasal spray combined with a newly initiated oral antidepressant in treatment-resistant depression: a randomized double-blind active-controlled study. Am J Psychiatry. 2019 May 21;176(6):428-38.
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O outro ensaio de curto prazo não apresentou eficácia estatisticamente significativa, mas os autores observaram que o efeito do tratamento com spray nasal de escetamina excedeu o nível considerado clinicamente significativo para antidepressivos aprovados em comparação com placebo.[410]Fedgchin M, Trivedi M, Daly EJ, et al. Efficacy and safety of fixed-dose esketamine nasal spray combined with a new oral antidepressant in treatment-resistant depression: results of a randomized, double-blind, active-controlled study (TRANSFORM-1). Int J Neuropsychopharmacol. 2019 Oct 1;22(10):616-30.
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No ensaio de manutenção do efeito de prazo mais longo, a escetamina associada a um antidepressivo oral resultou em um tempo significativamente maior em termos estatísticos até a recidiva dos sintomas depressivos em comparação com o spray nasal placebo associado a um antidepressivo oral.[411]Daly EJ, Trivedi MH, Janik A, et al. Efficacy of esketamine nasal spray plus oral antidepressant treatment for relapse prevention in patients with treatment-resistant depression: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2019 Sep 1;76(9):893-903.
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Um estudo aberto de longo prazo encontrou evidências de efeito sustentado, com duração de 1 ano, em pessoas que responderam à escetamina.[412]Wajs E, Aluisio L, Holder R, et al. Esketamine nasal spray plus oral antidepressant in patients with treatment-resistant depression: assessment of long-term safety in a phase 3, open-label study (SUSTAIN-2). J Clin Psychiatry. 2020 Apr 28;81(3):19m12891.
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Um estudo duplo-cego de fase 3 não conseguiu demonstrar evidências de eficácia em idosos com 65 anos de idade ou mais.[413]Ochs-Ross R, Daly EJ, Zhang Y, et al. Efficacy and safety of esketamine nasal spray plus an oral antidepressant in elderly patients with treatment-resistant depression-TRANSFORM-3. Am J Geriatr Psychiatry. 2020 Feb;28(2):121-41.
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Algumas evidências sugerem que a escetamina pode ter um efeito anti-suicida rápido em pessoas com depressão maior e ideação suicida.[414]Wang SM, Kim NY, Na HR, et al. Rapid onset of intranasal esketamine in patients with treatment resistant depression and major depression with suicide ideation: a meta-analysis. Clin Psychopharmacol Neurosci. 2021 May 31;19(2):341-54.
https://www.cpn.or.kr/journal/view.html?doi=10.9758/cpn.2021.19.2.341
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Um ECRC aberto de fase 3b constatou que, em pacientes com depressão resistente ao tratamento, a escetamina associada a um ISRS ou um inibidor de recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN) foi superior à quetiapina associada a um ISRS ou IRSN.[415]Reif A, Bitter I, Buyze J, et al. Esketamine nasal spray versus quetiapine for treatment-resistant depression. N Engl J Med. 2023 Oct 5;389(14):1298-309.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2304145
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Os efeitos colaterais mais comuns são dissociação, tontura, náuseas, sedação, vertigem, diminuição da sensação ou sensibilidade (hipoestesia), ansiedade, letargia, aumento da pressão arterial, vômitos e sensação de embriaguez. No entanto, a escetamina não prejudicou a capacidade de dirigir em um pequeno estudo duplo-cego controlado por placebo.[416]van de Loo AJAE, Bervoets AC, Mooren L, et al. The effects of intranasal esketamine (84 mg) and oral mirtazapine (30 mg) on on-road driving performance: a double-blind, placebo-controlled study. Psychopharmacology (Berl). 2017 Nov;234(21):3175-83.
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A European Medicines Agency (EMA) aprovou o spray nasal de escetamina para a depressão resistente a tratamento em outubro de 2019 e, em dezembro de 2020, ampliou sua indicação para incluir o tratamento de adultos com depressão moderada a grave como tratamento agudo de curto prazo, para a redução rápida dos sintomas depressivos, o que, de acordo com o julgamento clínico, constitui uma emergência psiquiátrica.
Estimulação magnética transcranial (EMT)
Desde a sua introdução em 2008, a EMT - aplicação de um campo magnético através do crânio até o cérebro para induzir atividade elétrica, em sessões diárias ao longo de 1 a 2 meses - tornou-se amplamente disponível em alguns cenários clínicos. Dados apoiam um efeito antidepressivo da EMT repetitiva de alta frequência administrada ao córtex pré-frontal esquerdo, e diretrizes para as melhores práticas foram desenvolvidas.[417]Gershon AA, Dannon PN, Grunhaus L. Transcranial magnetic stimulation in the treatment of depression. Am J Psychiatry. 2003 May;160(5):835-45.
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[418]Perera T, George MS, Grammer G, et al. The Clinical TMS Society consensus review and treatment recommendations for TMS therapy for major depressive disorder. Brain Stimul. 2016 May-Jun;9(3):336-46.
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[419]McClintock SM, Reti IM, Carpenter LL, et al. Consensus Recommendations for the Clinical Application of Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation (rTMS) in the Treatment of Depression. J Clin Psychiatry. 2018 Jan/Feb;79(1):.
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Embora já haja consenso sobre alguns aspectos das indicações e da aplicação do tratamento, ele continua sendo um tratamento novo, pois ainda há muitas perguntas importantes sobre quando, como e em quem usá-lo. Em comparação com os antidepressivos, a EMT envolve um alto custo em termos de tempo e dinheiro. No momento, geralmente, é reservada a pacientes que não apresentaram resposta a antidepressivos. A ausência de psicose e uma idade mais jovem podem prever o sucesso.[417]Gershon AA, Dannon PN, Grunhaus L. Transcranial magnetic stimulation in the treatment of depression. Am J Psychiatry. 2003 May;160(5):835-45.
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A revisão da literatura encontrou evidências inconsistentes de um benefício na depressão e algumas evidências de efeito sinérgico com tratamento antidepressivo concomitante.[420]Martin JLR, Barbanoj MJ, Schlaepfer TE, et al. Transcranial magnetic stimulation for treating depression. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(2):CD003493.
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[421]Herrmann LLE. Transcranial magnetic stimulation. Psychiatry. 2009;8:130-4.[422]Allan CL, Herrmann LL, Ebmeier KP. Transcranial magnetic stimulation in the management of mood disorders. Neuropsychobiology. 2011;64(3):163-9.
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[424]Berlim MT, Van den Eynde F, Daskalakis ZJ. High-frequency repetitive transcranial magnetic stimulation accelerates and enhances the clinical response to antidepressants in major depression: a meta-analysis of randomized, double-blind, and sham-controlled trials. J Clin Psychiatry. 2013 Feb;74(2):e122-9.
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Em um estudo de durabilidade, a terapia com EMT demonstrou efeitos duráveis, podendo ser usada com sucesso como estratégia de resgate intermitente para impedir recidivas iminentes.[426]Janicak PG, Nahas Z, Lisanby SH, et al. Durability of clinical benefit with transcranial magnetic stimulation (TMS) in the treatment of pharmacoresistant major depression: assessment of relapse during a 6-month, multisite, open-label study. Brain Stimul. 2010 Oct;3(4):187-99.
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Outro estudo sugere que o tratamento de manutenção pode aumentar a durabilidade dos efeitos antidepressivos da EMT.[427]Senova S, Cotovio G, Pascual-Leone A, et al. Durability of antidepressant response to repetitive transcranial magnetic stimulation: Systematic review and meta-analysis. Brain Stimul. 2019 Jan - Feb;12(1):119-128.
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Com base em uma amostra de pequeno tamanho, parece ser segura e eficaz durante a gestação, embora os dados sejam limitados e mais estudos controlados sejam necessários.[428]Lee HJ, Kim SM, Kwon JY. Repetitive transcranial magnetic stimulation treatment for peripartum depression: systematic review & meta-analysis. BMC Pregnancy Childbirth. 2021 Feb 9;21(1):118.
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Os trabalhos continuam no sentido de determinar se uma variação nos parâmetros de tratamento poderia afetar os resultados.[429]Brunoni AR, Chaimani A, Moffa AH, et al. Repetitive transcranial magnetic stimulation for the acute treatment of major depressive episodes: a systematic review with network meta-analysis. JAMA Psychiatry. 2017 Feb 1;74(2):143-52.
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Outras evidências sugerem que a EMT não é diferente do tratamento simulado de EMT nos pacientes com depressão.[430]Couturier JL. Efficacy of rapid-rate repetitive transcranial magnetic stimulation in the treatment of depression: a systematic review and meta-analysis. J Psychiatry Neurosci. 2005 Mar;30(2):83-90.
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Estudos de larga escala são necessários.[431]Lopez-Ibor JJ, Lopez-Ibor MI, Pastrana JI. Transcranial magnetic stimulation. Curr Opin Psychiatry. 2008 Nov;21(6):640-4.
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Terapia de neuromodulação de Stanford (SNT)
A SNT é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva, de ação rápida, que utiliza direcionamento funcional guiado por ressonância nuclear magnética, a qual é administrada durante um período de 5 dias. Ela é uma variante de um tipo de EMT que utiliza estimulação intermitente do tipo "theta-burst". Ela está aprovada pela FDA para adultos com depressão maior resistente ao tratamento, após dados de um ECRC demonstrarem não inferioridade ao protocolo de EMT padrão, mais longo, bem como dados de um ECRC realizado com 29 adultos com depressão resistente a tratamento que apresentaram redução média de 62% nas pontuações da Escala de Classificação da Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) após 5 dias de tratamento, em comparação com uma redução média de 14% nas pontuações da MADRS no grupo de estimulação simulada.[432]Blumberger DM, Vila-Rodriguez F, Thorpe KE, et al. Effectiveness of theta burst versus high-frequency repetitive transcranial magnetic stimulation in patients with depression (THREE-D): a randomised non-inferiority trial. Lancet. 2018 Apr 28;391(10131):1683-92.
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[433]Cole EJ, Phillips AL, Bentzley BS, et al. Stanford neuromodulation therapy (SNT): a double-blind randomized controlled trial. Am J Psychiatry. 2022 Feb;179(2):132-41.
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Estimulação do nervo vago (ENV)
A ENV envolve a estimulação do nervo vago cervical esquerdo, usando um dispositivo comercial.[434]Grimm S, Bajbouj M. Efficacy of vagus nerve stimulation in the treatment of depression. Expert Rev Neurother. 2010 Jan;10(1):87-92.
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Um gerador, com o tamanho aproximado de um relógio de bolso, é implantado por via subcutânea na parede torácica esquerda e é conectado aos eletrodos bipolares fixados no nervo vago esquerdo.[435]Carpenter LL, Friehs GM, Tyrka AR, et al. Vagus nerve stimulation and deep brain stimulation for treatment resistant depression. Med Health RI. 2006 Apr;89(4):137;140-1.
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O gerador é programado para aplicar pulsos elétricos leves em ciclos contínuos, normalmente com 30 segundos de estimulação seguidos por 5 minutos desligado.[435]Carpenter LL, Friehs GM, Tyrka AR, et al. Vagus nerve stimulation and deep brain stimulation for treatment resistant depression. Med Health RI. 2006 Apr;89(4):137;140-1.
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A ENV foi aprovada no Canadá, Europa e EUA para o tratamento adjuvante de longo prazo da depressão crônica para pacientes de 18 anos de idade ou mais, que estejam apresentando um episódio depressivo maior e não tiveram uma resposta adequada a ≥4 tratamentos com antidepressivos adequados.[436]Howland RH. Vagus nerve stimulation for depression and other neuropsychiatric disorders. J Psychosoc Nurs Ment Health Serv. 2006 Sep;44(9):11-4.
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[437]Murphy JV, Patil A. Stimulation of the nervous system for the management of seizures: current and future developments. CNS Drugs. 2003;17(2):101-15.
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As evidências sobre a eficácia da ENV são mistas.[438]Martin JL, Martín-Sánchez E. Systematic review and meta-analysis of vagus nerve stimulation in the treatment of depression: variable results based on study designs. Eur Psychiatry. 2012 Apr;27(3):147-55.
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Em um estudo de acompanhamento de longo prazo, no entanto, os benefícios da ENV sobre o tratamento de costume ainda puderam ser observados ao longo de 5 anos.[440]Aaronson ST, Sears P, Ruvuna F, et al. A 5-Year Observational Study of Patients With Treatment-Resistant Depression Treated With Vagus Nerve Stimulation or Treatment as Usual: Comparison of Response, Remission, and Suicidality. Am J Psychiatry. 2017 Jul 1;174(7):640-648.
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Estimulação cerebral profunda (ECP)
Como intervenção neurocirúrgica, a ECP das estruturas do prosencéfalo tem apresentado efeitos promissores contra a depressão resistente a tratamento em um pequeno grupo de indivíduos, mas está longe de ser um método de tratamento de rotina ou de baixo risco.[441]Bergfeld IO, Mantione M, Hoogendoorn ML, et al. Deep brain stimulation of the ventral anterior limb of the internal capsule for treatment-resistant depression: a randomized clinical trial. JAMA Psychiatry. 2016 May 1;73(5):456-64.
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Os resultados são limitados pelo pequeno tamanho da amostra e dados randomizados de controle insuficientes.[443]Naesström M, Blomstedt P, Bodlund O. A systematic review of psychiatric indications for deep brain stimulation, with focus on major depressive and obsessive-compulsive disorder. Nord J Psychiatry. 2016 Oct;70(7):483-91.
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[445]Dandekar MP, Fenoy AJ, Carvalho AF, et al. Deep brain stimulation for treatment-resistant depression: an integrative review of preclinical and clinical findings and translational implications. Mol Psychiatry. 2018 May;23(5):1094-1112.
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Estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC)
Uma corrente elétrica fraca é aplicada ao couro cabeludo, geralmente por meio de um eletrodo. Semelhante à EMT na localização do tratamento e na tolerabilidade, mas usa corrente elétrica em vez de campo magnético. Embora o tamanho do efeito tenha sido semelhante ao da EMT em um estudo, os resultados de outros ensaios foram mistos.[446]De Smet S, Nikolin S, Moffa A, et al. Determinants of sham response in tDCS depression trials: a systematic review and meta-analysis. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2021 Jul 13;109:110261.
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[447]Moffa AH, Martin D, Alonzo A, et al. Efficacy and acceptability of transcranial direct current stimulation (tDCS) for major depressive disorder: an individual patient data meta-analysis. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2020 Apr 20;99:109836.
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A ETCC parece apresentar um desempenho melhor para a depressão aguda do que para a depressão resistente a tratamento e parece ser uma opção relativamente segura, com apenas efeitos adversos menores observados até o momento.[448]Palm U, Hasan A, Strube W, et al. tDCS for the treatment of depression: a comprehensive review. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci. 2016 Dec;266(8):681-94.
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Medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais
Duas revisões sistemáticas e metanálises da eficácia dos AINEs na depressão sugerem que eles podem ser efetivos (particularmente, o celecoxibe) e seguros para essa indicação, embora os resultados sejam mistos, sendo necessários mais trabalhos para determinar em quais pacientes os AINEs podem ser mais efetivos.[449]Kohler O, Benros ME, Nordentoft M, et al. Effect of anti-inflammatory treatment on depression, depressive symptoms, and adverse effects: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials. JAMA Psychiatry. 2014 Dec 1;71(12):1381-91.
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[450]Bai S, Guo W, Feng Y, et al. Efficacy and safety of anti-inflammatory agents for the treatment of major depressive disorder: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2020 Jan;91(1):21-32.
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[451]Husain MI, Chaudhry IB, Khoso AB, et al. Minocycline and celecoxib as adjunctive treatments for bipolar depression: a multicentre, factorial design randomised controlled trial. Lancet Psychiatry. 2020 Jun;7(6):515-27.
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Buprenorfina
A buprenorfina, um agonista parcial de receptor opioide atualmente em uso disseminado no tratamento da dependência de opioides, demonstrou eficácia de curta duração para a depressão resistente ao tratamento.[452]Serafini G, Adavastro G, Canepa G, et al. The Efficacy of Buprenorphine in Major Depression, Treatment-Resistant Depression and Suicidal Behavior: A Systematic Review. Int J Mol Sci. 2018 Aug 15;19(8):.
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Faltam dados de segurança e eficácia de longo prazo.
Nutracêuticos
O uso adjuvante de nutrientes de grau farmacêutico, como a S-adenosilmetionina (SAMe), a acetilcisteína, o metilfolato, ácidos graxos ômega-3, vitamina D, probióticos e outros, mostrou ser efetivo na melhora da resposta aos antidepressivos em alguns estudos e agrega pouco, ou nenhum, risco para o paciente.[453]Sarris J, Murphy J, Mischoulon D, et al. Adjunctive nutraceuticals for depression: a systematic review and meta-analyses. Am J Psychiatry. 2016 Jun 1;173(6):575-87.
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A erva-de-são-joão pode ser efetiva para o tratamento da depressão leve a moderada.[462]Linde K, Berner MM, Kriston L. St John's wort for major depression. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Oct 8;(4):CD000448.
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[Evidência C]b6183919-8ac7-424f-a8cd-762cbc7aaabesrCQuais são os efeitos da erva-de-são-joão em adultos com transtorno depressivo maior, comparada com antidepressivos?[463]Apaydin EA, Maher AR, Shanman R, et al. A systematic review of St. John's wort for major depressive disorder. Syst Rev. 2016 Sep 2;5(1):148.
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[Evidência C]c2fc346c-8a40-4df1-82dc-5e281d7d921fsrCQuais são os efeitos da erva-de-são-joão em adultos com transtorno depressivo maior, comparada com placebo?[463]Apaydin EA, Maher AR, Shanman R, et al. A systematic review of St. John's wort for major depressive disorder. Syst Rev. 2016 Sep 2;5(1):148.
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No entanto, vários relatos indicam a possibilidade de interações medicamentosas clinicamente significativas, que devem ser levadas em consideração antes que ela seja usada.[464]Schulz V. Safety of St. John's Wort extract compared to synthetic antidepressants. Phytomedicine. 2006 Feb;13(3):199-204.
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O ácido fólico tem sido de particular interessante devido à observação de que os pacientes com depressão apresentam níveis séricos mais baixos de folato que pacientes sem depressão, incluindo pessoas com outras doenças psiquiátricas.[144]Morris DW, Trivedi MH, Rush AJ. Folate and unipolar depression. J Altern Complement Med. 2008 Apr;14(3):277-85.
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A suplementação com ácido fólico pode ser benéfica para pacientes deprimidos com deficiência de folato. A suplementação com folato também pode ser eficaz quando adicionada ao tratamento padrão com antidepressivos em pacientes que nunca foram tratados ou que são resistentes ao tratamento. No entanto, os resultados foram inconsistentes.[144]Morris DW, Trivedi MH, Rush AJ. Folate and unipolar depression. J Altern Complement Med. 2008 Apr;14(3):277-85.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18370582?tool=bestpractice.com
[466]Bedson E, Bell D, Carr D, et al. Folate augmentation of treatment-evaluation for depression (FolATED): randomised trial and economic evaluation. Health Technol Assess. 2014 Jul;18(48):vii-viii;1-159.
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[467]Roberts E, Carter B, Young AH. Caveat emptor: folate in unipolar depressive illness, a systematic review and meta-analysis. J Psychopharmacol. 2018 Apr;32(4):377-84.
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Um ensaio clínico randomizado fatorial 2×2 de multinutrientes (ácidos graxos ômega-3, selênio, ácido fólico e vitamina D3 associada a cálcio), terapia (em grupo ou individual) ou uma combinação, administrada em pacientes com sobrepeso e sintomas depressivos subsindrômicos, mostrou que os multinutrientes não reduziram os episódios de transtorno depressivo maior ao longo de 1 ano.[468]Bot M, Brouwer IA, Roca M, et al. Effect of multinutrient supplementation and food-related behavioral activation therapy on prevention of major depressive disorder among overweight or obese adults with subsyndromal depressive symptoms: the MooDFOOD randomized clinical trial. JAMA. 2019 Mar 5;321(9):858-68.
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Farmacogenética
O surgimento de testes genéticos rápidos e economicamente acessíveis tem propiciado o uso cada vez mais difundido de testes genéticos para orientar a seleção dos antidepressivos para a depressão.[469]Bousman CA, Arandjelovic K, Mancuso SG, et al. Pharmacogenetic tests and depressive symptom remission: a meta-analysis of randomized controlled trials. Pharmacogenomics. 2019 Jan;20(1):37-47.
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Os testes geralmente transmitem dois tipos de informação: alguns dos testes detectam variantes alélicas de enzimas importantes que provaram estar associadas com variações na resposta ao tratamento; a maioria delineia as variantes das enzimas metabolizadoras hepáticas de um indivíduo.[470]Nassan M, Nicholson WT, Elliott MA, et al. Pharmacokinetic pharmacogenetic prescribing guidelines for antidepressants: a template for psychiatric precision medicine. Mayo Clin Proc. 2016 Jul;91(7):897-907.
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Esta informação não revela quais medicamentos um indivíduo pode achar eficaz, mas sim se um paciente pode precisar de altas doses de um medicamento (sendo um metabolizador rápido que excreta o medicamento antes que ele possa perfundir adequadamente o cérebro), ou doses baixas ( para um metabolizador lento que pode achar que as doses recomendadas do medicamento têm efeitos colaterais intoleráveis). Estes testes podem melhorar o desfecho.[471]Rosenblat JD, Lee Y, McIntyre RS. Does pharmacogenomic testing improve clinical outcomes for major depressive disorder? A systematic review of clinical trials and cost-effectiveness studies. J Clin Psychiatry. 2017 Jun;78(6):720-9.
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[472]Rosenblat JD, Lee Y, McIntyre RS. The effect of pharmacogenomic testing on response and remission rates in the acute treatment of major depressive disorder: A meta-analysis. J Affect Disord. 2018 Dec 1;241:484-491.
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No entanto, eles não provaram ser custo-efetivos na prática. A análise farmacogenômica ainda não é recomendada para uso rotineiro.[473]Pyzocha N. GeneSight Psychotropic Genetic Testing for Psychiatric Medication Selection. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):89-90.
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