Diagnósticos diferenciais
Doença do coronavírus 2019 (COVID-19)
SINAIS / SINTOMAS
Importante considerar a situação epidemiológica atual da COVID-19 e eventuais surtos recentes. Pode fornecer história de exposição à COVID-19.
Os sinais e sintomas são semelhantes, e por isso pode ser difícil de se diferenciar clinicamente essas condições.
Investigações
Reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) em tempo real: positiva para RNA do SARS-CoV-2. Testes rápidos de antígenos também podem ser usados.
Não é possível diferenciar a COVID-19 de outras causas de pneumonia à imagem do tórax.
Pneumonia adquirida na comunidade
SINAIS / SINTOMAS
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação.
Investigações
Os estudos diagnósticos devem ser considerados com base nas orientações locais bem como nos padrões microbianos em uma comunidade particular.
O isolamento de organismos como Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus ou estreptococos do grupo A por cultura de escarro e hemocultura, e a resposta à terapia típica, confirmam o diagnóstico.
Os achados da radiografia torácica para pneumonia típica são compatíveis com condensação.
Testes positivos específicos para o vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) não descartam a coinfecção, embora a maioria dos casos de IAAP A(H5N1) não tenham identificado coinfecção bacteriana adquirida na comunidade, exceto em pacientes intubados com pneumonia associada à ventilação mecânica. A infecção por vírus da influenza sazonal com coinfecção bacteriana é mais comum.
Pneumonia atípica
SINAIS / SINTOMAS
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação.
Investigações
Confirmação da infecção por patógenos atípicos (incluindo patógenos da pneumonia atípica como Mycoplasma pneumoniae e Legionella pneumophila) por cultura de escarro, hemocultura ou outros testes específicos.
O diagnóstico de pneumonia atípica não descarta infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1), mas uma coinfecção com o vírus da IAAP A(H5N1) e patógenos da pneumonia atípica não foi relatada.
Infecção por vírus da influenza sazonal
SINAIS / SINTOMAS
Causa mais comum de morbidade grave em crianças pequenas, adultos mais velhos e pessoas com afecções clínicas crônicas subjacentes (por exemplo, doença cardiopulmonar, imunossuprimidos).
É mais provável que seja uma condição autolimitada com sintomas mais leves entre pessoas previamente saudáveis. Pode ocorrer doença grave do trato respiratório inferior entre crianças previamente saudáveis, adultos jovens, gestantes e pessoas com obesidade de classe III.
Investigações
Os exames diagnósticos confirmando a infecção por outro vírus respiratório não descartam infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1), mas a coinfecção com o vírus da IAAP A(H5N1) e outros vírus respiratórios é incomum.
Infecção pelo vírus da influenza aviária A (H7N9)
SINAIS / SINTOMAS
A epidemia tem se focado geograficamente na China.
A maioria dos pacientes requerem hospitalização para o tratamento da pneumonia e/ou insuficiência respiratória e frequentemente se apresentam logo após o início dos sintomas, em contraste com a apresentação tardia frequentemente observada na infecção pelo vírus A(H5N1).
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação.
Investigações
A reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) é positiva para RNA viral específico para H7.
Infecções respiratórias endêmicas
SINAIS / SINTOMAS
As infecções respiratórias devido a patógenos endêmicos na região onde ocorreu a infecção devem ser consideradas (por exemplo, infecção micótica endêmica, melioidose em partes do Sudeste Asiático).
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação.
Investigações
Exames diagnósticos confirmando a infecção por uma pneumonia atípica não descartam a infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1), mas não foi relatada coinfecção com IAAP A(H5N1) e infecções respiratórias endêmicas.
Infecção pelo vírus sincicial respiratório
SINAIS / SINTOMAS
Causa mais comum de infecção do trato respiratório inferior em crianças com idade inferior a 1 ano.
Causa significativa e frequentemente não reconhecida de infecção do trato respiratório inferior em pacientes mais velhos e imunossuprimidos.
Dá origem a sintomas do trato respiratório superior e inferior atingindo a intensidade máxima em 3-5 dias e remitindo em 7-10 dias.
Investigações
Os ensaios rápidos usando tecnologia de captura de antígeno são a base do algoritmo de diagnóstico, visto que a identificação pela cultura pode levar de 4 dias a 2 semanas.
Os exames diagnósticos confirmando a infecção por outro vírus respiratório não descartam infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1), mas a coinfecção com o vírus da IAAP A(H5N1) e outros vírus respiratórios é incomum.
Síndrome respiratória aguda grave (SARS)
SINAIS / SINTOMAS
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação.
Ambos podem ter início rápido de febre, tosse e pneumonia.
A ausência de casos confirmados desde 2004 torna o diagnóstico de SARS fora do ressurgimento do vírus muito improvável.
Investigações
O diagnóstico de SARS requer uma suspeita clínica elevada e deve ser informado pela vigilância global para infecções pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV). Testes para vírus da influenza são negativos. Reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) em tempo real é positiva para SARS-CoV.
Síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)
SINAIS / SINTOMAS
A maioria dos casos está epidemiologicamente associada à Península Arábica. Muitos casos estão associados à transmissão nosocomial. Ocorreram casos de transmissão zoonótica de camelos dromedários e transmissão limitada e não sustentada entre humanos.
Nenhum sinal/sintoma de diferenciação. Os sintomas comuns são doença respiratória grave e aguda com febre, tosse, dispneia e dificuldades respiratórias. A maioria dos pacientes apresenta pneumonia, insuficiência respiratória e síndrome do desconforto respiratório agudo. Muitos também apresentam sintomas gastrointestinais (incluindo diarreia), enquanto outros apresentam insuficiência renal.
Investigações
A reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) em tempo real é positiva para o coronavírus da MERS. O exame pode ser encontrado em alguns laboratórios de saúde pública internacionais, particularmente em regiões afetadas pela MERS.
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