História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem o contato próximo com aves infectadas e a exposição ambiental ao vírus H5N1 da influenza aviária A altamente patogênica (IAAP).

tosse

Pode ser seca ou produtiva. Hemoptise foi descrita, mas não é comum.

doença semelhante à gripe (influenza)

Alguns sintomas inespecíficos consistentes com enfermidade do tipo influenza foram relatados (incluindo rinorreia, cefaleia, faringite, mialgia e fadiga).

conjuntivite

Foram relatados sintomas inespecíficos, consistentes com doença influenza-símile, inclusive conjuntivite.

A conjuntivite faz parte da atual definição de caso nos EUA, e foi o único sintoma em alguns dos casos relacionados ao surto em gado leiteiro nos EUA em 2024-2025.[45]​​[44]​​

Há evidências limitadas descrevendo as características clínicas de pacientes com conjuntivite causada por influenza A(H5).[127]

dispneia

Varia de leve a grave.

febre

Geralmente, temperatura >38 °C (100.4 °F) ocorre no início da evolução da doença e muitas vezes persiste, especialmente na doença grave.

estertores, roncos

Achado na ausculta descrito em pacientes com infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1).

sibilo

Achado na ausculta descrito em pacientes com infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1).

murmúrios vesiculares reduzidos

Achado na ausculta descrito em pacientes com infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1).

taquipneia

Geralmente se desenvolve dentro de 5 dias após o início da doença em pacientes com doença grave.

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

dor abdominal, vômitos, diarreia

Diversos sintomas gastrointestinais primários inespecíficos foram relatados em crianças e adultos com infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1).

estado mental alterado

Sintomas neurológicos inespecíficos foram relatados.

convulsões

Sintomas neurológicos inespecíficos foram relatados.

Fatores de risco

Fortes

contato próximo com aves ou aves domésticas infectadas

Contato direto (toque) ou exposição próxima (≤1 metro [≤3 pés]) com aves de criação doentes ou mortas ou outras aves com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) é um fator de risco para infecção.[26][75][76][77]

A maioria das pessoas com infecção pelo vírus da IAAP A(H5N1) foi exposta direta ou proximamente sem proteção a aves de criação infectadas doentes ou mortas antes do início da doença, mas a exposição parece raramente resultar em infecção por vírus da IAAP A(H5N1). Todos os anos, muitas pessoas são expostas ao vírus da IAAP A(H5N1), mas somente uma proporção muito pequena é infectada.

contato próximo com animais ou mamíferos infectados

Outras espécies animais diferentes de aves podem ser infectadas pelo vírus da influenza A, incluindo porcos, vacas, mamíferos marinhos e terrestres silvestres, cavalos, cachorros, gatos e morcegos.[74]

A transmissão de animais ou mamíferos para humanos pode ser possível, mas acredita-se que seja rara. O primeiro caso de provável transmissão de mamífero para humano foi relatado no Texas, EUA, em abril de 2024.[3]​ A pessoa desenvolveu conjuntivite como único sintoma após exposição a gado leiteiro presumivelmente infectado pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1).[43]​​[44] Outros casos de transmissão proveniente de gado leiteiro foram relatados nos EUA desde então.

viagem recente a um país com surtos do vírus H5N1

Uma história recente de viagem para um país com surtos do vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) em aves (ou outros animais) deve levar à consideração da infecção pelo vírus da IAAP A(H5N1) no diagnóstico diferencial de um paciente que apresentar febre e sintomas respiratórios, especialmente se houver história de exposição a aves de criação ou aves silvestres doentes ou mortas, ou de visita a mercados de aves de criação vivas. Por exemplo, um viajante que retornou ao Canadá após visitar a China apresentou febre, dor torácica pleurítica e dor abdominal, tendo evoluído para doença do trato respiratório inferior com meningoencefalite e falecido vítima de infecção pelo vírus H5N1 da IAAP.[29]

exposição ambiental ao vírus H5N1

O contato direto (toque) com superfícies contaminadas com fezes de aves de criação e a visita a um mercado de aves vivas em países endêmicos para o vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) são fatores de risco para infecção.[78][79][80]​ A inalação de material aerossolizado (por exemplo, fezes) contendo vírus infeccioso é uma provável via de transmissão de aves para humanos. O consumo de aves crus ou produtos lácteos também pode ser um fator de risco potencial.[107]

A exposição à água de lagos em regiões onde o vírus da IAAP A(H5N1) foi disseminado entre as aves também foi sugerida como um possível fator de risco.[81]

Fracos

contato próximo com humanos infectados

O contato próximo desprotegido com um caso humano sintomático de infecção pelo vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) pode ser um fator de risco. O risco é definido como um contato desprotegido direto ou próximo prolongado (1-2 metros [3-6 pés]) com pessoa doente com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus H5N1 da IAAP. No entanto, a transmissão entre humanos ainda é rara e, no momento, não há evidências de transmissão continuada entre humanos do vírus H5N1 da IAAP.[83][84][85][86][87]

O risco é maior entre membros da família aparentados, geralmente em cuidadores de um membro da família doente e geneticamente relacionado.[85] Embora limitada, a transmissão não sustentada entre indivíduos membros da família geneticamente relacionados ocorreu normalmente em domicílios antes de um paciente doente ser hospitalizado, e isso também foi relatado em hospitais.[1][2]

Foi relatada a transmissão nosocomial do vírus da IAAP A(H5N1) de um paciente para um profissional da saúde.[1][2][88]​ No entanto, pesquisas sorológicas em profissionais da saúde, sem equipamento de proteção individual ou com equipamento inadequado ao tratar pacientes com infecção pelo vírus da IAAP A(H5N1) confirmada, demonstraram risco muito baixo de transmissão.[108][109][110]

rotina laboratorial com o vírus H5N1

Não foi documentada a transmissão do vírus da influenza aviária altamente patogênica (IAAP) A(H5N1) para profissionais de laboratório que usam técnicas adequadas e equipamento de proteção individual seguindo precauções de biossegurança apropriadas. Uma pequena pesquisa de sorologia, em profissionais de laboratório expostos ao vírus da IAAP A(H5N1) com uso de equipamento de proteção individual incompleto e adesão às precauções de biossegurança, não demonstrou evidências sorológicas de infecção pregressa pelo vírus da IAAP A(H5N1).[111]

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