Monitoramento
Os sobreviventes devem ser submetidos à terapia de reabilitação intensiva com internação após a alta hospitalar se o estado mental e as capacidades funcionais permitirem. A extensão da recuperação funcional deve ser monitorada e documentada para tomar as providências adequadas para cuidados adicionais e situação de vida. Mais especificamente, esses pacientes devem ser monitorados quanto ao desenvolvimento de um transtorno convulsivo e tratados com medicamentos anticonvulsivantes adequados. Alguns pacientes podem desenvolver hidrocefalia e podem se beneficiar de um procedimento de drenagem permanente do líquido cefalorraquidiano, como a colocação de um shunt ventriculoperitoneal. A encefalite pode aumentar o risco de transtorno de deficit da atenção com hiperatividade (TDAH) e problemas cognitivos, principalmente na população pediátrica.[141] Testes neuropsicológicos são recomendados para sobreviventes de encefalite infantil.[127][140]
Pacientes com encefalomielite disseminada aguda (EMDA) devem ser acompanhados com consultas clínicas seriadas (para documentar o aparecimento de novos sintomas). Recomenda-se uma RNM cranioencefálica de acompanhamento em 3 a 6 meses para avaliar a evolução das lesões da EMDA e verificar se elas regridem em um padrão comumente observado na EMDA.[18] Essa imagem de acompanhamento também pode servir como base para comparação de possíveis episódios futuros de desmielinização aguda.[18] O aparecimento de novos sintomas ou novas alterações na RNM alguns meses após o episódio clínico de EMDA levanta a suspeita de uma doença desmielinizante crônica (esclerose múltipla).[151]
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