O desfecho bem sucedido da aspergilose invasiva (AI) depende de:
Com a disponibilidade de ferramentas para o diagnóstico precoce (por exemplo, tomografia computadorizada de alta resolução, biomarcadores fúngicos), o panorama melhorou consideravelmente. Além disso, os medicamentos antifúngicos como o voriconazol são mais eficazes e melhor tolerados que a anfotericina B.[2]Patterson TF, Thompson GR 3rd, Denning DW, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of aspergillosis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Aug 15;63(4):e1-e60.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4967602
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27365388?tool=bestpractice.com
Estabelecer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento também são fundamentais para melhorar o prognóstico da aspergilose pulmonar crônica (APC).[127]Lowes D, Al-Shair K, Newton PJ, et al. Predictors of mortality in chronic pulmonary aspergillosis. Eur Respir J. 2017 Feb 8;49(2):1601062.
https://erj.ersjournals.com/content/49/2/1601062.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28179437?tool=bestpractice.com
Risco de morte
Foi relatado que os seguintes fatores aumentam o risco de morte por AI:
Após transplante de células-tronco hematopoiéticas: doença do enxerto contra o hospedeiro; neutropenia; soropositividade para citomegalovírus; uso prolongado de corticosteroides; imunossupressão prolongada; AI disseminada; presença de derrame pleural e contagem de monócitos <120 células/mm³
Após transplante de coração, pulmão, fígado e rim: hiperimunossupressão; insuficiência renal; evolução pós-operatória tempestuosa; infecção bacteriana recorrente; idade avançada.[1]Barnes PD, Marr KA. Aspergillosis: spectrum of disease, diagnosis, and treatment. Infect Dis Clin North Am. 2006 Sep;20(3):545-61,
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16984868?tool=bestpractice.com
Em um estudo de coorte de pacientes com APC, a sobrevida em 1, 5 e 10 anos foi de 86%, 62% e 47%, respectivamente.[127]Lowes D, Al-Shair K, Newton PJ, et al. Predictors of mortality in chronic pulmonary aspergillosis. Eur Respir J. 2017 Feb 8;49(2):1601062.
https://erj.ersjournals.com/content/49/2/1601062.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28179437?tool=bestpractice.com
Os seguintes fatores foram relatados como responsáveis por aumentar o risco de morte:
Infecção micobacteriana não tuberculosa, DPOC, comprometimento pleural, doença cavitária, presença de aspergiloma, dispneia, baixa atividade física e pouca massa corporal.
Em pacientes com aspergiloma, a hemoptise grave não tratada frequentemente é fatal.
Recorrência
Após tratamento bem-sucedido da aspergilose invasiva, o Aspergillus permanece quiescente/latente até ser reiniciada a imunossupressão. Em pacientes com história prévia de aspergilose invasiva, a infecção pode reaparecer quando a terapia imunossupressora é reintroduzida ou aumentada. Nesses casos, poderá ser razoável uma profilaxia secundária com terapia antifúngica.[2]Patterson TF, Thompson GR 3rd, Denning DW, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of aspergillosis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Aug 15;63(4):e1-e60.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4967602
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27365388?tool=bestpractice.com
[128]Sipsas NV, Kontoyiannis DP. Clinical issues regarding relapsing aspergillosis and the efficacy of secondary antifungal prophylaxis in patients with hematological malignancies. Clin Infect Dis. 2006 Jun 1;42(11):1584-91.
https://academic.oup.com/cid/article/42/11/1584/282801
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16652316?tool=bestpractice.com
A recidiva da APC é relativamente comum após a interrupção da terapia antifúngica e pode ser necessário tratamento em longo prazo.[3]Denning DW, Cadranel J, Beigelman-Aubry C, et al. Chronic pulmonary aspergillosis: rationale and clinical guidelines for diagnosis and management. Eur Respir J. 2016 Jan;47(1):45-68.
https://erj.ersjournals.com/content/47/1/45.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26699723?tool=bestpractice.com
[4]Kosmidis C, Denning DW. The clinical spectrum of pulmonary aspergillosis. Thorax. 2015 Mar;70(3):270-7.
https://thorax.bmj.com/content/70/3/270.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25354514?tool=bestpractice.com
[129]Bongomin F, Otu A, Harris C, et al. Risk factors for relapse of chronic pulmonary aspergillosis after discontinuation of antifungal therapy. Clin Infect Pract. 2020 Apr;5:100015.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2590170220300029