Carcinoma hepatocelular
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
Estádio 0-A da Barcelona Clinic Liver Cancer (BCLC) (doença muito inicial 0 ou inicial A): possível candidato cirúrgico (boa função hepática)
considerar ressecção ou ablação térmica
A ressecção cirúrgica é o tratamento curativo ideal para CHC em pacientes com CHC solitário sem invasão vascular e funções normais da síntese hepática sem evidência de hipertensão portal.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com [56]European Association for the Study of the Liver. EASL 2017 clinical practice guidelines on the management of hepatitis B virus infection. J Hepatol. 2017 Aug;67(2):370-98. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(17)30185-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28427875?tool=bestpractice.com [84]Margarit C, Escartin A, Castells L, et al. Resection for hepatocellular carcinoma is a good option in Child-Turcotte-Pugh class A patients with cirrhosis who are eligible for liver transplantation. Liver Transpl. 2005 Oct;11(10):1242-51. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/lt.20398 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16184539?tool=bestpractice.com A American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) recomenda que a ressecção cirúrgica seja o tratamento de primeira escolha para o CHC localizado na ausência de cirrose subjacente.[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com
Ela também pode ser considerada nos pacientes com cirrose com carga tumoral limitada, cirrose bem compensada sem hipertensão portal clinicamente significativa e um remanescente hepático futuro adequado (tipicamente >40%).[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com A ressecção hepática também é a opção de primeira escolha para os pacientes com CHC induzido pela hepatite B sem cirrose.
Os critérios de ressecção com base no estadiamento do BCLC incluem: CHC solitário confinado ao fígado; nenhuma evidência radiográfica de invasão das vasculaturas hepáticas; nenhuma evidência radiográfica de metástase contígua ou distante; função hepática bem preservada, sem hipertensão portal.[84]Margarit C, Escartin A, Castells L, et al. Resection for hepatocellular carcinoma is a good option in Child-Turcotte-Pugh class A patients with cirrhosis who are eligible for liver transplantation. Liver Transpl. 2005 Oct;11(10):1242-51. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/lt.20398 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16184539?tool=bestpractice.com
Estabelecer reserva hepática suficiente antes de considerar a ressecção do CHC é importante; existe o risco de potencial insuficiência hepática após ressecção em fígados cirróticos. A taxa de sobrevida em 5 anos é de até 90% em pacientes cuidadosamente selecionados.[85]Poon RT, Fan ST, Lo CM, et al. Long-term survival and pattern of recurrence after resection of small hepatocellular carcinoma in patients with preserved liver function: implications for a strategy of salvage transplantation. Ann Surg. 2002 Mar;235(3):373-82. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1422443 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11882759?tool=bestpractice.com
A hemorragia pós-operatória e a insuficiência hepática são as complicações mais comuns após a ressecção. Essas complicações são mais comuns em pacientes com cirrose e reserva funcional deficiente. Metanálises mostraram que a hepatectomia laparoscópica é segura e praticável em pacientes selecionados de CHC; os pacientes que a fizeram têm menos necessidade de transfusão de sangue, permanências mais curtas no hospital e menos complicações pós-operatórias.[86]Zhou YM, Shao WY, Zhao YF, et al. Meta-analysis of laparoscopic versus open resection for hepatocellular carcinoma. Dig Dis Sci. 2011 Jul;56(7):1937-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21259071?tool=bestpractice.com [87]Li N, Wu YR, Wu B, et al. Surgical and oncologic outcomes following laparoscopic versus open liver resection for hepatocellular carcinoma: a meta-analysis. Hepatol Res. 2012 Jan;42(1):51-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988222?tool=bestpractice.com
O tratamento de pacientes com comorbidades deve ser decidido com base em cada caso e depende da gravidade da comorbidade e do estado funcional do paciente.
A ablação por radiofrequência (ARF) é um tratamento curativo que pode ser considerado como uma terapia alternativa de primeira linha para CHC em estádio muito precoce (BCLC-0) e precoce (BCLC-A).[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com [6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com [80]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2018 Jul;69(1):182-236. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)30215-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29628281?tool=bestpractice.com Uma metanálise constatou que a sobrevida global em 5 anos e as taxas de recorrência foram semelhantes em pacientes com CHC em estádio muito precoce tratados com ARF, em comparação com pacientes tratados com ressecção cirúrgica.[88]Wang Y, Luo Q, Deng S, et al. Radiofrequency ablation versus hepatic resection for small hepatocellular carcinomas: a meta-analysis of randomized and nonrandomized controlled trials. PLoS One. 2014 Jan 3;9(1):e84484. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0084484 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24404166?tool=bestpractice.com
Uma revisão Cochrane não encontrou evidências de diferenças na mortalidade por todas as causas no acompanhamento máximo entre a cirurgia e a ARF em indivíduos com CHC em estádio muito inicial ou inicial que eram elegíveis para cirurgia.[89]Majumdar A, Roccarina D, Thorburn D, et al. Management of people with early- or very early-stage hepatocellular carcinoma: an attempted network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Mar 28;(3):CD011650.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011650.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28351116?tool=bestpractice.com
[ ]
How does surgery compare with radiofrequency ablation in people with early- or very early-stage hepatocellular carcinoma?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1815/fullMostre-me a resposta A mortalidade relacionada ao câncer foi menor no grupo da cirurgia, em comparação com o grupo da ARF (razão de chances 0.35, intervalo de confiança [IC] de 95% 0.19 a 0.65). Os eventos adversos graves foram maiores no grupo da cirurgia, em comparação com o grupo da ARF (razão de chances 17.96, IC de 95% 2.28 a 141.60). De maneira geral, a qualidade das evidências foi baixa, e recomenda-se a realização de ensaios clínicos randomizados e controlados adicionais.[89]Majumdar A, Roccarina D, Thorburn D, et al. Management of people with early- or very early-stage hepatocellular carcinoma: an attempted network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Mar 28;(3):CD011650.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011650.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28351116?tool=bestpractice.com
A ablação por micro-ondas (AMO) é uma forma alternativa de ablação térmica. A AMO é menos afetada pelo efeito dissipador de calor, em comparação com a ARF, significando que a eficácia do tratamento é menos afetada por vasos localizados perto do tumor.[90]American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria®. Management of liver cancer. 2022 [internet publication]. https://acsearch.acr.org/docs/69379/Narrative Até o momento, nenhuma boa evidência favorece uma forma de ablação térmica em detrimento da outra. Uma metanálise que incluiu apenas ensaios clínicos randomizados e controlados constatou que a AMO pode reduzir a recorrência em longo prazo e melhorar a sobrevida em 5 anos, em comparação com a ARF.[91]Facciorusso A, Abd El Aziz MA, Tartaglia N, et al. Microwave ablation versus radiofrequency ablation for treatment of hepatocellular carcinoma: a meta-analysis of randomized controlled trials. Cancers (Basel). 2020 Dec 16;12(12). https://www.mdpi.com/2072-6694/12/12/3796 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33339274?tool=bestpractice.com Outra metanálise constatou que há maior ablação total e menor progressão do tumor local com AMO, em comparação com a ARF, sem diferença nas duas modalidades de sobrevida.[92]Dou Z, Lu F, Ren L, et al. Efficacy and safety of microwave ablation and radiofrequency ablation in the treatment of hepatocellular carcinoma: a systematic review and meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2022 Jul 29;101(30):e29321. https://journals.lww.com/md-journal/Fulltext/2022/07290/Efficacy_and_safety_of_microwave_ablation_and.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35905207?tool=bestpractice.com Os desfechos da AMO laparoscópica e percutânea e da AMO e ARF foram comparados em pacientes com CHC e metástases hepáticas colorretais com lesões <5 cm.[93]Abdalla M, Collings AT, Dirks R, et al. Surgical approach to microwave and radiofrequency liver ablation for hepatocellular carcinoma and colorectal liver metastases less than 5 cm: a systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2023 May;37(5):3340-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36542137?tool=bestpractice.com [94]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com Embora as evidências sejam limitadas, perfis de segurança e viabilidade semelhantes foram observados para AMO e ARF, e qualquer uma das técnicas pode ser considerada em pacientes adequadamente selecionados.[94]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com Desfechos semelhantes foram observados com AMO laparoscópica e percutânea.[93]Abdalla M, Collings AT, Dirks R, et al. Surgical approach to microwave and radiofrequency liver ablation for hepatocellular carcinoma and colorectal liver metastases less than 5 cm: a systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2023 May;37(5):3340-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36542137?tool=bestpractice.com [94]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com Enquanto a AMO laparoscópica apresentou melhor controle local, a AMO percutânea apresentou menores taxas de complicação, sugerindo que qualquer abordagem pode ser usada dependendo de fatores específicos do paciente.[94]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com
Estádio 0-A da BCLC (doença muito inicial 0 ou inicial A): não candidato à ressecção hepática
transplante de fígado
O transplante de fígado traz ao paciente a possibilidade de cura do câncer e da doença hepática subjacente. Ele é uma opção para os pacientes que têm um alto escore no modelo para doença hepática terminal (Model End-Stage Liver Disease, MELD), com CHC dentro dos critérios de Milão. São eles uma lesão única ≤5 cm, ou 2-3 lesões sendo todas ≤3 cm, ausência de evidência de invasão vascular macroscópica, ausência de metástase para linfonodos regionais ou extra-hepática à distância e com boa capacidade funcional para atividade.[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com [69]Mazzaferro V, Regalia E, Doci R, et al. Liver transplantation for the treatment of small hepatocellular carcinomas in patients with cirrhosis. N Engl J Med. 1996 Mar 14;334(11):693-9. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199603143341104 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8594428?tool=bestpractice.com
Muitos pacientes elegíveis para o transplante de fígado podem se tornar inelegíveis devido a uma deterioração no quadro clínico (como consequência do período prolongado de espera na lista de espera de doador cadáver). Portanto, o transplante de doador vivo é uma alternativa. Uma revisão sistemática contatou que o transplante de fígado de doador vivo para CHC tem desfechos de sobrevida e perioperatórios comparáveis ao da doação de doadores falecidos.[95]Zhu B, Wang J, Li H, et al. Living or deceased organ donors in liver transplantation for hepatocellular carcinoma: a systematic review and meta-analysis. HPB (Oxford). 2019 Feb;21(2):133-47. https://www.hpbonline.org/article/S1365-182X(18)34533-7/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30503300?tool=bestpractice.com
quimioembolização transarterial (TACE) ou radioembolização transarterial (TARE) e/ou terapia-ponte de ablação por radiofrequência (ARF)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A TACE ou TARE e/ou ARF pode ser usada como terapia-ponte para minimizar o risco de evolução do tumor enquanto os pacientes aguardam o transplante, principalmente se o tempo de espera for superior a 3-6 meses.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com
A TACE usa gelatina para obstruir o suprimento de sangue arterial do tumor e induzir a necrose isquêmica do tumor.
A TARE envolve uma injeção transarterial de microesferas marcadas com ítrio-90 que emitem partículas beta prejudiciais; isso causa a morte celular induzida por radiação local, minimizando os danos ao tecido circundante.[90]American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria®. Management of liver cancer. 2022 [internet publication]. https://acsearch.acr.org/docs/69379/Narrative
O princípio básico na ARF é a geração de calor, que induz a necrose coagulativa do tumor.
ARF
A ARF é o padrão de assistência para o CHC em estádio muito inicial ou inicial (BCLC em estádio 0-A) nos pacientes que não são candidatos a ressecção ou transplante.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com [80]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2018 Jul;69(1):182-236. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)30215-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29628281?tool=bestpractice.com
Os critérios para transplante de fígado são: lesão única ≤5 cm, ou 2-3 lesões, todas ≤3 cm, ausência de evidência de invasão vascular macroscópica, ausência de metástase para linfonodos regionais ou extra-hepática à distância e com boa capacidade funcional para atividade.[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com [69]Mazzaferro V, Regalia E, Doci R, et al. Liver transplantation for the treatment of small hepatocellular carcinomas in patients with cirrhosis. N Engl J Med. 1996 Mar 14;334(11):693-9. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199603143341104 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8594428?tool=bestpractice.com
O princípio básico é a geração de calor, que induz a necrose coagulativa do tumor. A ablação térmica é mais eficaz em tumores ≤3 cm e é contraindicada em lesões em locais específicos, como no domo do fígado, perto de grandes vasos, perto da árvore biliar ou perto de órgãos como a vesícula biliar, devido ao risco de lesão a essas estruturas.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com
TACE ou TARE ou injeção percutânea de etanol (IPE)
A TACE pode beneficiar pacientes assintomáticos selecionados com função hepática preservada (estádio A da BCLC para estádio B da BCLC de doença inicial intermediária) com carga tumoral baixa, que não são candidatos a cirurgia ou ablação local.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com
A TACE usa gelatina para obstruir o suprimento de sangue arterial do tumor e induzir a necrose isquêmica do tumor.
A TARE é um tratamento alternativo para pacientes com doença de baixo volume, com resultados semelhantes a outras estratégias de tratamento com intenção curativa, como a ablação. A TARE envolve uma injeção transarterial de microesferas marcadas com ítrio-90 que emitem partículas beta prejudiciais; isso causa a morte celular induzida por radiação local, minimizando os danos ao tecido circundante.[90]American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria®. Management of liver cancer. 2022 [internet publication]. https://acsearch.acr.org/docs/69379/Narrative
A IPE é uma alternativa razoável para pacientes com CHC em estádio 0-A da BCLC que não são candidatos para cirurgia ou ablação térmica.[80]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines: management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2018 Jul;69(1):182-236. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)30215-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29628281?tool=bestpractice.com [87]Li N, Wu YR, Wu B, et al. Surgical and oncologic outcomes following laparoscopic versus open liver resection for hepatocellular carcinoma: a meta-analysis. Hepatol Res. 2012 Jan;42(1):51-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988222?tool=bestpractice.com
O princípio básico da IPE é a destruição do tumor por substâncias químicas.
A IPE é eficaz para CHC menor de 2 cm; a IPE pode não causar necrose suficiente de grandes tumores devido ao tamanho e volume. Constatou-se que 96% dos pacientes com tumores ≤2 cm alcançam resposta completa à IPE, em comparação com 78% dos pacientes com tumores de 2.1 cm a 3.0 cm e 56% dos pacientes com tumores >3 cm.[98]Sala M, Llovet JM, Vilana R, et al; Barcelona Clínic Liver Cancer Group. Initial response to percutaneous ablation predicts survival in patients with hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2004 Dec;40(6):1352-60. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.20465 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15565564?tool=bestpractice.com
BCLC de estádio B: doença intermediária
TACE ou TARE
A TACE geralmente é o tratamento para os pacientes com CHC multinodular sem invasão vascular ou disseminação extra-hepática e com função hepática relativamente bem preservada (ou seja, doença em estádio B da BCLC).[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com
Ficou comprovado que a TACE melhora a sobrevida de 2 anos em pacientes com CHC irressecável com bom status funcional e cirrose compensada.[99]Llovet JM, Bruix J; Barcelona-Clínic Liver Cancer Group. Systematic review of randomized trials for unresected hepatocellular carcinoma: chemoembolization improves survival. Hepatology. 2003 Feb;37(2):429-42. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1053/jhep.2003.50047 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12540794?tool=bestpractice.com
A TACE é baseada no princípio de causar a obstrução arterial do tumor usando gelatina através da angiografia para induzir a necrose isquêmica do tumor. A injeção de agentes quimioterápicos localizados (cisplatina, doxorrubicina ou mitomicina C) por TACE eleva os níveis desses agentes dentro do tumor, enquanto minimiza a toxicidade sistêmica. Uma microesfera farmacológica foi desenvolvida para melhorar a administração do medicamento no tumor e reduzir a disponibilidade sistêmica.[100]Lammer J, Malagari K, Vogl T, et al; PRECISION V Investigators. Prospective randomized study of doxorubicin-eluting-bead embolization in the treatment of hepatocellular carcinoma: results of the PRECISION V study. Cardiovasc Intervent Radiol. 2010 Feb;33(1):41-52. https://link.springer.com/article/10.1007/s00270-009-9711-7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19908093?tool=bestpractice.com
A trombose da veia porta, a doença hepática descompensada e o câncer hepático em estádio terminal são contraindicações para TACE.
A TARE é outra opção de tratamento para pacientes com CHC multifocal.[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com Estudos que compararam a TARE e a TACE mostraram taxas de sobrevida e de complicações semelhantes, com potencialmente menos dor e toxicidade pelo procedimento com a TARE.[90]American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria®. Management of liver cancer. 2022 [internet publication]. https://acsearch.acr.org/docs/69379/Narrative
ablação percutânea
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A combinação de TACE com a ablação percutânea, a qual inclui a IPE ou a ARF, também é usada nos pacientes com CHC. Uma metanálise demonstrou que a TACE combinada com o tratamento de ablação percutânea melhorou a sobrevida global em 1, 2 e 3 anos, em comparação com a monoterapia.[102]Wang W, Shi J, Xie WF. Transarterial chemoembolization in combination with percutaneous ablation therapy in unresectable hepatocellular carcinoma: a meta-analysis. Liver Int. 2010 May;30(5):741-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20331507?tool=bestpractice.com
BCLC de estádio C: doença avançada
Terapia sistêmica
O atezolizumabe associado a bevacizumabe é recomendado como o tratamento de primeira linha de escolha para pacientes com CHC avançado (estádio C do BCLC) com doença hepática de classe A de Child-Pugh e capacidade funcional 0-1 do Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG), após o tratamento de varizes esofágicas, se presentes.[3]Singal AG, Llovet JM, Yarchoan M, et al. AASLD practice guidance on prevention, diagnosis, and treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2023 Dec 1;78(6):1922-65. https://journals.lww.com/hep/fulltext/2023/12000/aasld_practice_guidance_on_prevention,_diagnosis,.27.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37199193?tool=bestpractice.com [6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com [64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [103]Sonbol MB, Riaz IB, Naqvi SAA, et al. Systemic therapy and sequencing options in advanced hepatocellular carcinoma: a systematic review and network meta-analysis. JAMA Oncol. 2020 Dec 1;6(12):e204930. https://jamanetwork.com/journals/jamaoncology/fullarticle/2771837 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33090186?tool=bestpractice.com [104]National Institute for Health and Care Excellence. Atezolizumab with bevacizumab for treating advanced or unresectable hepatocellular carcinoma. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta666 [105]Su GL, Altayar O, O'Shea R, et al. AGA clinical practice guideline on systemic therapy for hepatocellular carcinoma. Gastroenterology. 2022 Mar;162(3):920-34. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(21)04172-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35210014?tool=bestpractice.com [106]Gordan JD, Kennedy EB, Abou-Alfa GK, et al. Systemic therapy for advanced hepatocellular carcinoma: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2024 May 20;42(15):1830-50. https://ascopubs.org/doi/pdf/10.1200/JCO.23.02745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38502889?tool=bestpractice.com Um estudo de fase 3 (IMbrave150) em pacientes com CHC localmente avançado ou metastático constatou que atezolizumabe associado a bevacizumabe aumentou significativamente a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão após 12 meses, em comparação com sorafenibe.[107]Finn RS, Qin S, Ikeda M, et al. Atezolizumab plus bevacizumab in unresectable hepatocellular carcinoma. N Engl J Med. 2020 May 14;382(20):1894-905. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1915745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32402160?tool=bestpractice.com [108]Li D, Toh HC, Merle P, et al. Atezolizumab plus bevacizumab versus sorafenib for unresectable hepatocellular carcinoma: results from older adults enrolled in the IMbrave150 randomized clinical trial. Liver Cancer. 2022 Dec;11(6):558-71. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9801180 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36589722?tool=bestpractice.com Em um acompanhamento mediano de 15.6 meses, a sobrevida global mediana com a terapia combinada foi significativamente melhor (19.2 vs. 13.4 meses, razão de riscos estimada para morte de 0.66, IC de 95%: 0.52 a 0.85).[109]Cheng AL, Qin S, Ikeda M, et al. Updated efficacy and safety data from IMbrave150: atezolizumab plus bevacizumab vs. sorafenib for unresectable hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2022 Apr;76(4):862-73. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(21)02241-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34902530?tool=bestpractice.com O atezolizumabe/hialuronidase subcutâneo pode substituir o atezolizumabe intravenoso.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O durvalumabe associado ao tremelimumabe também é recomendado como opção de terapia sistêmica de primeira linha de escolha para o tratamento de CHC avançado.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [106]Gordan JD, Kennedy EB, Abou-Alfa GK, et al. Systemic therapy for advanced hepatocellular carcinoma: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2024 May 20;42(15):1830-50. https://ascopubs.org/doi/pdf/10.1200/JCO.23.02745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38502889?tool=bestpractice.com Os resultados positivos foram relatados em um estudo de fase 3, randomizado, aberto e multicêntrico que comparou durvalumabe associado a tremelimumabe, durvalumabe isolado e sorafenibe isolado, para pacientes com CHC irressecável que não receberam terapia sistêmica prévia e que não são elegíveis para terapia locorregional.[110]ClinicalTrials.gov. Study of durvalumab and tremelimumab as first-line treatment in patients with advanced hepatocellular carcinoma (HIMALAYA). NCT03298451. Jul 2022 [internet publication]. https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03298451 O durvalumabe associado ao tremelimumabe demonstrou melhorar significativamente a sobrevida global versus sorafenibe.[111]Abou-Alfa GK, Lau G, Kudo M, et al. for the HIMALAYA Investigators. Tremelimumab plus Durvalumab in unresectable hepatocellular carcinoma. NEJM Evid June 2022;1(8).
Outros esquemas terapêuticos de primeira linha que podem ser oferecidos a pacientes com CHC avançado incluem durvalumabe isolado, lenvatinibe, sorafenibe, tislelizumabe ou pembrolizumabe.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O sorafenibe pode ser considerado em pacientes selecionados com doença hepática de classe B de Child-Pugh.[112]Llovet JM, Ricci S, Mazzaferro V, et al; SHARP Investigators Study Group. Sorafenib in advanced hepatocellular carcinoma. N Engl J Med. 2008 Jul 24;359(4):378-90. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0708857 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18650514?tool=bestpractice.com O sorafenibe melhora a sobrevida global, com um perfil de toxicidade aceitável.[112]Llovet JM, Ricci S, Mazzaferro V, et al; SHARP Investigators Study Group. Sorafenib in advanced hepatocellular carcinoma. N Engl J Med. 2008 Jul 24;359(4):378-90. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0708857 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18650514?tool=bestpractice.com [113]Cheng AL, Kang YK, Chen Z, et al. Efficacy and safety of sorafenib in patients in the Asia-Pacific region with advanced hepatocellular carcinoma: a phase III randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Lancet Oncol. 2009 Jan;10(1):25-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19095497?tool=bestpractice.com
Em um grande ensaio clínico multicêntrico randomizado de fase 3, lenvatinibe não foi inferior a sorafenibe em relação à sobrevida global em pacientes com CHC avançado não tratado.[114]Kudo M, Finn RS, Qin S, et al. Lenvatinib versus sorafenib in first-line treatment of patients with unresectable hepatocellular carcinoma: a randomised phase 3 non-inferiority trial. Lancet. 2018 Mar 24;391(10126):1163-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29433850?tool=bestpractice.com De maneira geral, as taxas de eventos adversos foram similares entre os outros grupos, mas a hipertensão foi mais comum entre os pacientes tratados com lenvatinibe que com sorafenibe.[114]Kudo M, Finn RS, Qin S, et al. Lenvatinib versus sorafenib in first-line treatment of patients with unresectable hepatocellular carcinoma: a randomised phase 3 non-inferiority trial. Lancet. 2018 Mar 24;391(10126):1163-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29433850?tool=bestpractice.com Levatinibe é recomendado no Reino Unido para pacientes com CHC avançado não tratado apenas se tiverem insuficiência hepática com classe de Child-Pugh A e capacidade funcional do ECOG de 0 ou 1.[115]National Institute for Health and Care Excellence. Lenvatinib for untreated advanced hepatocellular carcinoma. Dec 2018 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/TA551
A escolha da terapia de segunda linha pode depender do que foi usado na primeira linha.
A terapia de segunda linha com inibidor de tirosina quinase (ou seja, sorafenibe, lenvatinibe, cabozantinibe ou regorafenibe) pode ser considerada para pacientes que apresentam evolução com a terapia de primeira linha.[6]Vogel A, Cervantes A, Chau I, et al. Hepatocellular carcinoma: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29 (suppl 4):iv238-55. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31711-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30285213?tool=bestpractice.com [7]Vogel A, Martinelli E; ESMO Guidelines Committee. Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2021 Jun;32(6):801-5. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(21)00154-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33716105?tool=bestpractice.com [64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [106]Gordan JD, Kennedy EB, Abou-Alfa GK, et al. Systemic therapy for advanced hepatocellular carcinoma: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2024 May 20;42(15):1830-50. https://ascopubs.org/doi/pdf/10.1200/JCO.23.02745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38502889?tool=bestpractice.com O pembrolizumabe ou o nivolumabe intravenoso associado a ipilimumabe também são opções razoáveis de segunda linha após a progressão na terapia de primeira linha.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [106]Gordan JD, Kennedy EB, Abou-Alfa GK, et al. Systemic therapy for advanced hepatocellular carcinoma: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2024 May 20;42(15):1830-50. https://ascopubs.org/doi/pdf/10.1200/JCO.23.02745 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38502889?tool=bestpractice.com [116]Yau T, Kang YK, Kim TY, et al. Efficacy and safety of nivolumab plus ipilimumab in patients with advanced hepatocellular carcinoma previously treated with sorafenib: the CheckMate 040 randomized clinical trial. JAMA Oncol. 2020 Nov 1;6(11):e204564. https://jamanetwork.com/journals/jamaoncology/fullarticle/2771012 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33001135?tool=bestpractice.com
O nivolumabe está disponível como formulação intravenosa e formulação subcutânea; no entanto, a formulação subcutânea (nivolumabe/hialuronidase) não é aprovada para uso concomitante com ipilimumabe intravenoso.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Regorafenibe, nivolumabe, pembrolizumabe e cabozantinibe fornecem benefício de sobrevida quando prescritos como segunda linha para pacientes que progridem com sorafenibe.[117]Zhu AX, Finn RS, Edeline J, et al. Pembrolizumab in patients with advanced hepatocellular carcinoma previously treated with sorafenib (KEYNOTE-224): a non-randomised, open-label phase 2 trial. Lancet Oncol. 2018 Jul;19(7):940-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29875066?tool=bestpractice.com [118]Abou-Alfa GK, Meyer T, Cheng AL, et al. Cabozantinib in patients with advanced and progressing hepatocellular carcinoma. N Engl J Med. 2018 Jul 5;379(1):54-63. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1717002 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29972759?tool=bestpractice.com [119]El-Khoueiry AB, Sangro B, Yau T, et al. Nivolumab in patients with advanced hepatocellular carcinoma (CheckMate 040): an open-label, non-comparative, phase 1/2 dose escalation and expansion trial. Lancet. 2017 Jun 24;389(10088):2492-502. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28434648?tool=bestpractice.com [120]Bruix J, Qin S, Merle P, et al. Regorafenib for patients with hepatocellular carcinoma who progressed on sorafenib treatment (RESORCE): a randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2017 Jan 7;389(10064):56-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27932229?tool=bestpractice.com [121]Finn RS, Ryoo BY, Merle P, et al; KEYNOTE-240 Investigators. Pembrolizumab as second-line therapy in patients with advanced hepatocellular carcinoma in KEYNOTE-240: a randomized, double-blind, phase III trial. J Clin Oncol. 2020 Jan 20;38(3):193-202. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01307 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31790344?tool=bestpractice.com No Reino Unido, regorafenibe é recomendado para o tratamento de CHC irressecável avançado em adultos que administraram sorafenibe, mas apenas se tiverem insuficiência hepática com classe de Child-Pugh A e capacidade funcional do ECOG de 0 ou 1.[122]National Institute for Health and Care Excellence. Regorafenib for previously treated advanced hepatocellular carcinoma. Jan 2019 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta555 Além disso, com base em evidências de ensaio clínico sobre a eficácia de cabozantinibe e na comparação indireta de cabozantinibe com regorafenibe, o cabozantinibe é recomendado como alternativa a regorafenibe para o tratamento de CHC avançado em adultos que receberam sorafenibe, desde tenham insuficiência hepática de classe A de Child-Pugh A e capacidade funcional do ECOG de 0 ou 1.[123]National Institute for Health and Care Excellence. Cabozantinib for previously treated advanced hepatocellular carcinoma. Dec 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta849 Nenhuma terapia sistêmica demonstrou ser eficaz como terapia adjuvante no CHC após ressecção ou ablação.
Siga as diretrizes do protocolo clínico local para dosagem.
Opções primárias
Atezolizumabe
ou
atezolizumabe/hialuronidase
--E--
bevacizumabe
ou
Durvalumabe
e
tremelimumabe
ou
Durvalumabe
ou
lenvatinibe
ou
sorafenibe
ou
Tislelizumabe
ou
pembrolizumabe
Opções secundárias
sorafenibe
ou
lenvatinibe
ou
cabozantinibe
ou
regorafenibe
ou
nivolumabe
e
ipilimumabe
ou
pembrolizumabe
TARE
A TARE tem sido usada em alguns pacientes com doença avançada para prolongar a sobrevida. Ela se mostrou segura na presença de invasão tumoral limitada da veia porta.[64]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatocellular carcinoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A função hepática subjacente, a capacidade funcional e/ou a derivação hepatopulmonar podem limitar o uso dessa técnica. Os pacientes com doença multifocal geralmente necessitam de tratamento lobar em estágios, o que pode aumentar o risco de doença hepática induzida por radiação.[90]American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria®. Management of liver cancer. 2022 [internet publication]. https://acsearch.acr.org/docs/69379/Narrative
BCLC de estádio D: doença em estágio terminal
cuidados de hospice (± transplante de fígado em candidatos selecionados)
Alguns pacientes com cirrose Child-Pugh classes C e CHC dentro dos critérios de Milão podem ser candidatos para o transplante de fígado.
Caso contrário, não há tratamento específico para o CHC em estágio terminal. Esses pacientes são tipicamente encaminhados para cuidados paliativos.
recidiva
reavaliação para terapia apropriada
A recorrência do tumor pode ser causada pela resposta incompleta ao tratamento, disseminação do CHC original ou pela oncogênese de novo resultante da doença hepática subjacente. O tratamento da recorrência segue os mesmos princípios e diretrizes que os da doença primária. Além disso, a doença hepática subjacente deve ser tratada para reduzir o risco de oncogênese de novo.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal