Complicações
Os pacientes podem ser incapazes de proteger as vias aéreas, possivelmente devido ao estado mental alterado.
A cabeceira do leito deve ser mantida a 30° para ajudar a evitar a aspiração e proteger as vias aéreas. O paciente deve ser intubado, caso necessário.
A inflamação pode ser devida à pneumonite química ou à infecção bacteriana (geralmente anaeróbica).
A antibioticoterapia deve ser dirigida para anaeróbios (sobretudo em pacientes com pouca dentição).
A EH manifesta está fortemente associada à nova internação hospitalar dentro de 30 e 90 dias.[60]
A EH aumenta o risco de quedas. Em um estudo com pacientes com cirrose que procuraram o pronto-socorro após uma queda, a EH estava associada a lesões graves (incluindo hemorragia intracraniana, fratura craniana e fratura pélvica).[59]
Alguns pacientes apresentam déficits neurológico persistente e não reversível em longo prazo, incluindo o aumento do tônus muscular, disartria ou apraxia, demência, parkinsonismo ou mielopatia. Perder o emprego, parar de dirigir e não ser capaz de realizar o autocuidado também são complicações, particularmente se os episódios forem recorrentes.
O comprometimento persistente da memória de trabalho, inibição da resposta e aprendizagem ocorre após um episódio de EH evidente, mesmo depois que o estado de alerta e a orientação voltam ao normal.[57] O número de hospitalizações em decorrência da EH evidente está relacionado à gravidade do comprometimento residual.[56] Os pacientes em tratamento para EH evidente recente apresentam comprometimento do desempenho em simulações de condução e aumento da fadiga ao dirigir.[58]
Ao contrário da insuficiência hepática aguda, na qual o edema cerebral é comum, na EH sem insuficiência hepática aguda essa é uma complicação extremamente rara.[61]
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