Novos tratamentos
Ensaios clínicos
Vários ensaios clínicos em andamento avaliam todos os diferentes estádios da doença. National Cancer Institute: clinical trials Opens in new window A participação em ensaios clínicos é especialmente encorajada.[1]
Pelareorepe
Pelareorepe, uma variante do tipo selvagem do reovírus, funciona ativando o sistema imunológico e desencadeando respostas imunes antitumor.Um ensaio clínico de fase 2 que avaliou pelareorepe associado a gencitabina em pacientes com adenocarcinoma pancreático avançado relatou sobrevida global mediana de 10.2 meses, com taxa de sobrevida em 1 ano de 45% e taxa de sobrevida em 2 anos de 24%.[141] A combinação de pelareorepe, atezolizumabe, gencitabina e nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina recebeu designação de tramitação rápida pela Food and Drug Administration dos EUA, após uma taxa de resposta objetiva de 69% e resposta completa em 13 pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático avançado/metastático inscritos no estudo de fase 1/2 GOBLET.
Zenocutuzumabe
O zenocutuzumabe é um anticorpo do tipo IgG1 humanizado e biespecífico que se liga aos receptores HER2 e HER3, impedindo a interação com a neuregulina 1 (NRG). Um estudo de fase 1 e 2 para avaliar sua eficácia e segurança em pacientes com câncer de pâncreas que abrigam uma fusão NRG1 está em andamento.[142] Zenocutuzumabe recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer de pâncreas.
Racemetirosina
A racemetirosina oral (também conhecida como SR-88), um inibidor oral da enzima tirosina 3-monooxigenase, está sob investigação como tratamento para câncer de pâncreas progressivo ou recorrente.[143][144] Em estudos pré-clínicos, a racemetirosina parece aumentar o estresse oxidativo em células cancerosas, interromper a autofagia e modular o microambiente tumoral, reduzindo as populações de macrófagos M2 e linfócitos T reguladores.[145] A racemetirosina recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer de pâncreas.
CEND-1
O CEND-1 (também conhecido como iRGD) é um peptídeo que se liga preferencialmente às integrinas na vasculatura tumoral. O CEND-1 ligado é clivado por proteases para liberar um fragmento que estimula uma nova via de captação de medicamentos, aumentando a penetração do medicamento nas células tumorais. O CEND-1 recebeu a designação de tramitação rápida ("fast track") da FDA. Um estudo de fase 2 investigando a adição de CEND-1 à gencitabina associada a nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina (nab-paclitaxel) para pacientes com câncer de pâncreas metastático está em andamento.[146]
Efineptaquina alfa
A efineptaquina alfa é uma proteína de fusão de interleucina-7 humana de ação prolongada que atua promovendo o desenvolvimento de células T. Um ensaio clínico multicêntrico, aberto, de fase 1B/2A, avaliando a segurança e a eficácia de efineptaquina alfa associada a pembrolizumabe em pacientes com tumores sólidos avançados, incluindo câncer de pâncreas, está em andamento.[147] A efineptaquina alfa recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer de pâncreas.
Eletroporação irreversível
A eletroporação irreversível é um procedimento de ablação não térmica para o tratamento de câncer de pâncreas irressecável localmente avançado (estádio 3), que pode ser usado na proximidade de estruturas sensíveis, como veias, parede intestinal e ducto biliar.[148][149][150] Ela pode induzir uma resposta imune e foi considerada eficiente para eliminar células cancerígenas em estudos in vitro e in vivo.[150] Foi observada uma melhora na sobrevida global mediana de até 30 meses em pacientes com câncer de pâncreas irressecável localmente avançado.[149] Poucos centros no Reino Unido oferecem, atualmente, eletroporação irreversível a pacientes selecionados. Um ensaio clínico avaliando a combinação de eletroporação irreversível associado a imunoterapia para benefícios sinérgicos está em andamento.[151]
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