O reconhecimento e o tratamento precoces da sepse são essenciais para melhorar os desfechos. A Surviving Sepsis Campaign (SSC) produziu diretrizes de tratamento que constituem ainda hoje o padrão mais amplamente aceite.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
As boas práticas atuais baseiam-se nas evidências de pacotes de cuidados na sepse.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[122]Levy MM, Rhodes A, Phillips GS, et al. Surviving Sepsis Campaign: association between performance metrics and outcomes in a 7.5-year study. Intensive Care Med. 2014 Nov;40(11):1623-33.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00134-014-3496-0
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25270221?tool=bestpractice.com
[123]Seymour CW, Gesten F, Prescott HC, et al. Time to treatment and mortality during mandated emergency care for sepsis. N Engl J Med. 2017 Jun 8;376(23):2235-44.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1703058
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28528569?tool=bestpractice.com
[124]Kahn JM, Davis BS, Yabes JG, et al. Association between state-mandated protocolized sepsis care and in-hospital mortality among adults with sepsis. JAMA. 2019 Jul 16;322(3):240-50.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2738290
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31310298?tool=bestpractice.com
[125]Levy MM, Evans LE, Rhodes A. The Surviving Sepsis Campaign bundle: 2018 update. Intensive Care Med. 2018 Jun;44(6):925-8.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00134-018-5085-0
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29675566?tool=bestpractice.com
A SSC recomenda:
Obter hemoculturas antes da administração de antibióticos.
Administrar antimicrobianos imediatamente, preferencialmente dentro de 1 hora após o reconhecimento (em adultos com possível choque séptico ou alta probabilidade de sepse).
Administração de antimicrobianos empíricos com cobertura de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em pacientes com sepse ou choque séptico com alto risco de MRSA.
Administrar rapidamente 30 mL/kg de cristaloides (em até 3 horas) na presença de hipotensão ou lactato ≥4 mmol/L (≥36 mg/dL), se não houver contraindicação.
Obter medição seriada do lactato sanguíneo.
Almejar uma pressão arterial média (PAM) de 65 mmHg em pacientes com choque séptico.
Usar medidas dinâmicas para orientar a ressuscitação fluídica em relação ao exame físico ou a medidas estáticas isoladas. Os parâmetros dinâmicos incluem resposta à elevação passiva do membro inferior ou fluidoterapia em bolus, usando o volume sistólico (VS), a variação do volume sistólico (VVS), a variação da pressão de pulso (VPP) ou a ecocardiografia, quando disponível.
Para adultos com possível (ou seja, menos probabilidade) sepse sem choque, se a preocupação relativa à infecção persistir, a SSC recomenda administrar antibióticos até 3 horas após o reconhecimento inicial da sepse.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Cuidados de suporte padrão na UTI
Todos os pacientes com sepse devem ser considerados para internação na unidade de alta dependência de cuidados ou na UTI.[61]Rivers E, Nguyen B, Havstad S, et al. Early goal-directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. N Engl J Med. 2001 Nov 8;345(19):1368-77.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa010307
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11794169?tool=bestpractice.com
[126]Hollenberg SM, Ahrens TS, Annane D, et al. Practice parameters for hemodynamic support of sepsis in adult patients; 2004 update. Crit Care Med. 2004 Sep;32(9):1928-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15343024?tool=bestpractice.com
As medidas gerais de cuidados intensivos incluem a profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas de receptores de histamina H2 ou inibidores da bomba de prótons (em pacientes em risco de hemorragia gastrointestinal), profilaxia de trombose venosa profunda (com heparina e meias de compressão), nutrição enteral ou parenteral e controle glicêmico.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[127]Trzeciak S, Dellinger RP. Other supportive therapies in sepsis: an evidence-based review. Crit Care Med. 2004 Nov;32(suppl 11):S571-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15542966?tool=bestpractice.com
[128]Nguyen HB, Rivers EP, Abrahamian FM, et al; Emergency Department Sepsis Education Program and Strategies to Improve Survival (ED-SEPSIS) Working Group. Severe sepsis and septic shock: review of the literature and emergency department management guidelines. Ann Emerg Med. 2006 Jul;48(1):28-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16781920?tool=bestpractice.com
[129]Wang Y, Ye Z, Ge L, et al. Efficacy and safety of gastrointestinal bleeding prophylaxis in critically ill patients: systematic review and network meta-analysis. BMJ. 2020 Jan 6;368:l6744.
https://www.bmj.com/content/368/bmj.l6744
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31907166?tool=bestpractice.com
Pode ser necessária a transfusão de concentrados de hemácias; recomenda-se uma concentração de hemoglobina de 70 g/L (7 g/dL).[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[130]Holst LB, Haase N, Wetterslev J, et al; TRISS Trial Group; Scandinavian Critical Care Trials Group. Lower versus higher hemoglobin threshold for transfusion in septic shock. N Engl J Med. 2014 Oct 9;371(15):1381-91.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1406617
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25270275?tool=bestpractice.com
[131]Hébert PC, Wells G, Blajchman MA, et al. A multicenter, randomized, controlled clinical trial of transfusion requirements in critical care. N Engl J Med. 1999 Feb 11;340(6):409-17.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199902113400601
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9971864?tool=bestpractice.com
Pode ser necessário um nível de hemoglobina mais alto em algumas circunstâncias (isquemia miocárdica, hipoxemia grave ou hemorragia aguda).[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Na fase ressuscitativa inicial, pode ser apropriado um nível de hematócrito mais alto ≥30%.[61]Rivers E, Nguyen B, Havstad S, et al. Early goal-directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. N Engl J Med. 2001 Nov 8;345(19):1368-77.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa010307
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11794169?tool=bestpractice.com
Pacientes que requerem suporte ventilatório prolongado devem receber ventilação pulmonar protetora usando as menores pressões inspiratórias máximas (<30 cmH₂O) e hipercapnia permissiva para limitar especificamente o comprometimento pulmonar.[132]Brower RG, Matthay MA, Morris A, et al; Acute Respiratory Distress Syndrome Network. Ventilation with lower tidal volumes as compared with traditional tidal volumes for acute lung injury and the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 2000 May 4;342(18):1301-8.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005043421801
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10793162?tool=bestpractice.com
A fração de oxigênio inspirado (FiO₂) deve ser ajustada aos níveis mais baixos que sejam eficazes para evitar a toxicidade do oxigênio e manter a tensão de oxigênio venosa central. Uma revisão sistemática de pacientes adultos agudamente enfermos, inclusive pacientes com sepse, relatou aumento da mortalidade entre aqueles que receberam suplementação de oxigênio liberada, em comparação com aqueles que receberam suplementação conservadora de oxigênio. Foi sugerido um intervalo alvo de saturação capilar de oxigênio (SpO₂) de 94% a 96% para todos os pacientes com doença crítica.[133]Chu DK, Kim LH, Young PJ, et al. Mortality and morbidity in acutely ill adults treated with liberal versus conservative oxygen therapy (IOTA): a systematic review and meta-analysis. Lancet. 2018 Apr 28;391(10131):1693-705.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29726345?tool=bestpractice.com
Para os pacientes gravemente doentes com febre, o uso rotineiro de medicamentos antipiréticos deve ser evitado para o fim específico de reduzir a temperatura.[81]O'Grady NP, Alexander E, Alhazzani W, et al. Society of Critical Care Medicine and the Infectious Diseases Society of America guidelines for evaluating new fever in adult patients in the ICU. Crit Care Med. 2023 Nov 1;51(11):1570-86.
https://journals.lww.com/ccmjournal/fulltext/2023/11000/society_of_critical_care_medicine_and_the.13.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37902340?tool=bestpractice.com
No entanto, embora a redução da febre seja necessária para o conforto do paciente, recomenda-se o uso de antipiréticos em vez de métodos não farmacológicos para reduzir a temperatura corporal.[81]O'Grady NP, Alexander E, Alhazzani W, et al. Society of Critical Care Medicine and the Infectious Diseases Society of America guidelines for evaluating new fever in adult patients in the ICU. Crit Care Med. 2023 Nov 1;51(11):1570-86.
https://journals.lww.com/ccmjournal/fulltext/2023/11000/society_of_critical_care_medicine_and_the.13.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37902340?tool=bestpractice.com
Os “Seis da sepse
Um pacote que inclui terapias básicas, os “Seis da sepse”, tem melhorado os desfechos nos pacientes sépticos. Quando os seis fatores são concluídos na primeira hora após o reconhecimento da sepse, relata-se que a mortalidade associada se reduz em até 50%.[65]Daniels R, Nutbeam I, McNamara G, et al. The sepsis six and the severe sepsis resuscitation bundle: a prospective observational cohort study. Emerg Med J. 2011 Jun;28(6):507-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21036796?tool=bestpractice.com
Os seis fatores são os seguintes:
Administrar oxigênio para manter as saturações-alvo de oxigênio acima de 94% (ou 88% a 92% nas pessoas com risco de insuficiência respiratória hipercápnica)
Coletar hemoculturas e considerar outras amostras
Administrar antibióticos por via intravenosa
Começar a ressuscitação fluídica intravenosa
Verificar o nível de lactato seriado
Monitorar o débito urinário a cada hora.
Os pacientes refratários aos tratamento iniciais, especialmente os com choque séptico, podem precisar de monitoramento invasivo e consideração para suporte de órgãos (por exemplo, cateter venoso central e vasopressores), por isso pode ser necessário o manejo em uma unidade de alta dependência de cuidados ou unidade de terapia intensiva (UTI).
Um aspecto da intervenção básica, a administração de uma prova volêmica rápida, é restaurar o desequilíbrio entre o suprimento de oxigênio e a demanda tecidual. Os pacientes que não respondem ao fornecimento rápido e adequado de volumes de fluidoterapia intravenosa estão em choque séptico. A prioridade imediata nesse grupo de pacientes é a restauração da circulação e do fornecimento de oxigênio.
O monitoramento dos sinais vitais e da resposta à fluidoterapia é essencial. A SSC recomenda que a ressuscitação fluídica seja orientada por procedimentos operacionais padrão da sepse.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
A avaliação da oxigenação pela oximetria de pulso e medições de lactato seriadas podem ser úteis, além do monitoramento do débito urinário. A falha na melhora do lactato com a terapia é indicativo de desfecho desfavorável. O clearance de lactato mostrou uma boa correlação com a sobrevida.[90]Nguyen HB, Rivers EP, Knoblich BP, et al. Early lactate clearance is associated with improved outcome in severe sepsis and septic shock. Crit Care Med. 2004 Aug;32(8):1637-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15286537?tool=bestpractice.com
Em todos os pacientes que recebem vasopressores, deve-se inserir um cateter arterial o mais rápido possível para auxiliar no monitoramento mais preciso da pressão arterial.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática de pacientes adultos agudamente enfermos, inclusive pacientes com sepse, relatou aumento da mortalidade entre aqueles que receberam suplementação de oxigênio liberada, em comparação com aqueles que receberam suplementação conservadora de oxigênio. Foi sugerido um intervalo alvo de saturação capilar de oxigênio (SpO₂) de 94% a 96% para todos os pacientes com doença crítica.[133]Chu DK, Kim LH, Young PJ, et al. Mortality and morbidity in acutely ill adults treated with liberal versus conservative oxygen therapy (IOTA): a systematic review and meta-analysis. Lancet. 2018 Apr 28;391(10131):1693-705.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29726345?tool=bestpractice.com
Antibioticoterapia
Deve-se administrar antibióticos intravenosos de amplo espectro antes de identificar o patógeno.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[150]Kumar A, Ellis P, Arabi Y, et al. Initiation of inappropriate antimicrobial therapy results in a fivefold reduction of survival in human septic shock. Chest. 2009 Nov;136(5):1237-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19696123?tool=bestpractice.com
[151]Kumar A, Roberts D, Wood KE, et al. Duration of hypotension prior to initiation of effective antimicrobial therapy is the critical determinant of survival in human septic shock. Crit Care Med. 2006 Jun;34(6):1589-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16625125?tool=bestpractice.com
Para cada hora de atraso no início do antibiótico para choque séptico, há um aumento de 7.5% a 10.0% na mortalidade.[151]Kumar A, Roberts D, Wood KE, et al. Duration of hypotension prior to initiation of effective antimicrobial therapy is the critical determinant of survival in human septic shock. Crit Care Med. 2006 Jun;34(6):1589-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16625125?tool=bestpractice.com
[152]Kalil AC, Johnson DW, Lisco SJ, et al. Early goal-directed therapy for sepsis: a novel solution for discordant survival outcomes in clinical trials. Crit Care Med. 2017 Apr;45(4):607-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28067711?tool=bestpractice.com
Devem ser iniciados antibióticos quando houver suspeita de sepse, preferencialmente após a coleta das culturas.[5]National Institute for Health and Care Excellence. Sepsis: recognition, diagnosis and early management. Sep 2017 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng51
[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
A administração oportuna de antibióticos adequados é essencial para maximizar as chances de sobrevida.[65]Daniels R, Nutbeam I, McNamara G, et al. The sepsis six and the severe sepsis resuscitation bundle: a prospective observational cohort study. Emerg Med J. 2011 Jun;28(6):507-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21036796?tool=bestpractice.com
[153]Gaieski DF, Mikkelsen ME, Band RA, et al. Impact of time to antibiotics on survival in patients with severe sepsis or septic shock in whom early goal-directed therapy was initiated in the emergency department. Crit Care Med. 2010 Apr;38(4):1045-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20048677?tool=bestpractice.com
[154]Johnston AN, Park J, Doi SA, et al. Effect of immediate administration of antibiotics in patients with sepsis in tertiary care: a systematic review and meta-analysis. Clin Ther. 2017 Jan;39(1):190-202;e6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28062114?tool=bestpractice.com
[155]National Institute for Health Research. NIHR Alert: giving immediate antibiotics reduces deaths from sepsis. Apr 2017 [internet publication].
https://evidence.nihr.ac.uk/alert/giving-immediate-antibiotics-reduces-deaths-from-sepsis
[156]Sherwin R, Winters ME, Vilke GM, et al. Does early and appropriate antibiotic administration improve mortality in emergency department patients with severe sepsis or septic shock? J Emerg Med. 2017 Oct;53(4):588-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28916120?tool=bestpractice.com
[157]Baghdadi JD, Brook RH, Uslan DZ, et al. Association of a care bundle for early sepsis management with mortality among patients with hospital-onset or community-onset sepsis. JAMA Intern Med. 2020 May 1;180(5):707-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32250412?tool=bestpractice.com
[158]Bisarya R, Song X, Salle J, et al. Antibiotic timing and progression to septic shock among patients in the ED with suspected infection. Chest. 2022 Jan;161(1):112-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34186038?tool=bestpractice.com
[159]Bassetti M, Rello J, Blasi F, et al. Systematic review of the impact of appropriate versus inappropriate initial antibiotic therapy on outcomes of patients with severe bacterial infections. Int J Antimicrob Agents. 2020 Dec;56(6):106184.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33045353?tool=bestpractice.com
Deve-se administrar os antibióticos direcionados ao local presumido de infecção. Se não houver evidências clínicas sugerindo um local específico de infecção e ainda houver suspeita de sepse, antibióticos empíricos de amplo espectro ainda devem ser administrados.
Uma revisão sistemática constatou que a infusão prolongada de antibióticos betalactâmicos antipseudomonas por pelo menos 3 horas (em vez de bolus ou em até 60 minutos) reduziu a mortalidade em até 30% em pacientes com sepse submetidos a cuidados intensivos.[160]Vardakas KZ, Voulgaris GL, Maliaros A, et al. Prolonged versus short-term intravenous infusion of antipseudomonal β-lactams for patients with sepsis: a systematic review and meta-analysis of randomised trials. Lancet Infect Dis. 2018 Jan;18(1):108-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29102324?tool=bestpractice.com
Entretanto, o prolongamento dos tempos de infusão é off-label, já que a maioria das recomendações de administração do fabricante recomendam a infusão de antibióticos betalactâmicos ao longo de 15 a 60 minutos.
O conhecimento de patógenos prevalentes localmente e de seus padrões de resistência a antibióticos é importante para decidir a terapia empírica.[150]Kumar A, Ellis P, Arabi Y, et al. Initiation of inappropriate antimicrobial therapy results in a fivefold reduction of survival in human septic shock. Chest. 2009 Nov;136(5):1237-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19696123?tool=bestpractice.com
[161]Angus DC, Linde-Zwirble WT, Lidicker J, et al. Epidemiology of severe sepsis in the United States: analysis of incidence, outcome, and associated costs of care. Crit Care Med. 2001 Jul;29(7):1303-10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11445675?tool=bestpractice.com
As recomendações para antibióticos empíricos serão necessariamente individualizadas no nível institucional, de acordo com os protocolos locais de antibióticos. Quando os resultados das culturas e de sensibilidade estiverem disponíveis, os antibióticos poderão ser ajustados de acordo com os patógenos conhecidos.
As culturas devem ser repetidas (por exemplo, em intervalos de 6 a 8 horas) se houver picos de febre repetidos ou persistentes ou a identificação de um novo local de infecção.
Deve-se limitar os antibióticos empíricos assim que um patógeno tiver sido identificado e que as sensibilidades forem disponibilizadas.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[162]Paul M, Dickstein Y, Raz-Pasteur A. Antibiotic de-escalation for bloodstream infections and pneumonia: systematic review and meta-analysis. Clin Microbiol Infect. 2016 Dec;22(12):960-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27283148?tool=bestpractice.com
As fluoroquinolonas devem ser evitadas quando alternativas eficazes e adequadas estiverem disponíveis e puderem ser oferecidas imediatamente. As fluoroquinolonas foram associadas a efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis, incluindo tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso.[163]European Medicines Agency. Quinolone- and fluoroquinolone-containing medicinal products. Nov 2018 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/quinolone-fluoroquinolone-containing-medicinal-products
[164]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA updates warnings for oral and injectable fluoroquinolone antibiotics due to disabling side effects. Jul 2016 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-drug-safety-communication-fda-updates-warnings-oral-and-injectable-fluoroquinolone-antibiotics
Além disso, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção de aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental em pacientes que tomam fluoroquinolonas.[165]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA warns about increased risk of ruptures or tears in the aorta blood vessel with fluoroquinolone antibiotics in certain patients. Dec 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-increased-risk-ruptures-or-tears-aorta-blood-vessel-fluoroquinolone-antibiotics
[166]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA reinforces safety information about serious low blood sugar levels and mental health side effects with fluoroquinolone antibiotics; requires label changes. Jul 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-reinforces-safety-information-about-serious-low-blood-sugar-levels-and-mental-health-side
Causa respiratória
As infecções respiratórias são responsáveis por aproximadamente 30% a 50% dos casos. Os esquemas de tratamento devem incluir patógenos respiratórios comuns e organismos atípicos como Legionella pneumophila.
Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
As diretrizes da American Thoracic Society/Infectious Diseases Society of America (ATS/IDSA) recomendam que a terapia combinada para pacientes internados no hospital inclua um betalactâmico, como cefotaxima, ceftriaxona, ceftarolina ou ampicilina/sulbactam, combinado com um macrolídeo, como azitromicina.[167]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Embora as diretrizes da ATS/IDSA recomendem claritromicina para esses pacientes, ela só está disponível como formulação oral nos EUA, então é improvável que seja útil nesse quadro. Uma combinação de betalactâmico e fluoroquinolona respiratória (por exemplo, moxifloxacino, levofloxacino) também pode ser administrada em pacientes com pneumonia grave adquirida na comunidade. Há evidências mais fortes para a combinação de betalactâmicos associados a macrolídeos.
Os fatores de risco para a presença de Pseudomonas aeruginosa resistente a múltiplos medicamentos e para MRSA afetarão a escolha dos agentes antimicrobianos e devem ser avaliados. Isso inclui hospitalização, isolamento prévio desses organismos (especialmente do trato respiratório) ou uso de antibióticos sistêmicos nos 90 dias anteriores.[167]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Em pacientes com risco de MRSA que têm pneumonia grave, ou que já tiveram isolamento respiratório de MRSA prévio, vancomicina ou linezolida pode ser acrescentada ao esquema combinado empírico de betalactâmicos.[167]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Os pacientes com infecção por Pseudomonas que apresentam pneumonia grave, ou que tiveram isolamento respiratório prévio a P aeruginosa, devem ser tratados com piperacilina/tazobactam, cefepima, ceftazidima, imipeném/cilastatina, meropeném ou aztreonam, além de um esquema combinado de betalactâmicos. A cobertura para Enterobacteriaceae produtoras de betalactamases de espectro estendido deve ser considerada apenas com base em dados do paciente ou em dados microbiológicos locais.[167]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Causa do trato urinário
As infecções do trato urinário são responsáveis por aproximadamente 10% a 20% dos casos. É vital garantir a desobstrução do trato urinário. O tratamento deve incluir coliformes gram-negativos e Pseudomonas. Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
Um esquema de tratamento adequado é usar uma combinação de ampicilina ou uma cefalosporina, como cefotaxima, com gentamicina. O ciprofloxacino é uma alternativa adequada em pacientes com alergia à penicilina; ele continua sendo recomendado para casos de pielonefrite aguda ou infecção do trato urinário complicada (considerar questões de segurança).
Fonte abdominal
A infecção decorrente de focos abdominais é responsável por aproximadamente 20% a 25% dos casos. Deve-se tratar organismos Gram-positivos e Gram-negativos incluindo anaeróbios. Peritonite ou abscessos intraperitoniais exigem drenagem cirúrgica urgente ou drenagem percutânea (se apropriado).[168]Sartelli M, Coccolini F, Kluger Y, et al. WSES/GAIS/SIS-E/WSIS/AAST global clinical pathways for patients with intra-abdominal infections. World J Emerg Surg. 2021 Sep 25;16(1):49.
https://wjes.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13017-021-00387-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34563232?tool=bestpractice.com
Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
Um regime adequado é o tratamento com ampicilina ou cefotaxima com metronidazol e gentamicina, ou com piperacilina/tazobactam com gentamicina. Um regime de tigeciclina e gentamicina é uma escolha adequada em pacientes com alergia a penicilina.[168]Sartelli M, Coccolini F, Kluger Y, et al. WSES/GAIS/SIS-E/WSIS/AAST global clinical pathways for patients with intra-abdominal infections. World J Emerg Surg. 2021 Sep 25;16(1):49.
https://wjes.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13017-021-00387-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34563232?tool=bestpractice.com
Pacientes com perfuração recorrente do intestino grosso apresentam um aumento do risco de fungemia invasiva. Deve-se associar um derivado imidazólico, como fluconazol, ou uma equinocandina, como micafungina, ao tratamento antibacteriano. Espécies de Candida não albicans são cada vez mais resistentes aos derivados azólicos.[43]Solomkin JS, Mazuski J. Intra-abdominal sepsis: newer interventional and antimicrobial therapies. Infect Dis Clin North Am. 2009 Sep;23(3):593-608.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19665085?tool=bestpractice.com
[44]Montravers P, Dupont H, Gauzit R, et al. Candida as a risk factor for mortality in peritonitis. Crit Care Med. 2006 Mar;34(3):646-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16505648?tool=bestpractice.com
[169]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50.
https://academic.oup.com/cid/article/62/4/e1/2462830
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com
Fonte nos tecidos moles e articulações
Esse grupo de infecções heterogêneo inclui artrite séptica, infecções de feridas, celulite e superinfecções agudas decorrentes de ulceração crônica e é responsável por aproximadamente 5% a 10% dos casos.
Deve ter um alto índice de suspeita também para fasciite necrosante, que requer intervenção cirúrgica imediata (assim como artrite séptica). A maioria das infecções são polimicrobianas e deve-se empregar a cobertura de amplo espectro contra organismos Gram-positivos e Gram-negativos incluindo anaeróbios.
Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
Um regime adequado é flucloxacilina, ou tigeciclina, (em pacientes com alergia a penicilina) junto com metronidazol. Opcionalmente, pode-se usar clindamicina. Se o paciente tiver fatores de risco para MRSA, a vancomicina (ou linezolida) deve ser incluída.
Se houver suspeita de fasciite necrosante, uma opção razoável seria clindamicina junto com flucloxacilina ou tigeciclina.
Foco do sistema nervoso central (SNC)
As infecções do SNC são relativamente incomuns, mas uma causa potencialmente devastadora de sepse, responsável por menos de 5% dos casos. A septicemia meningocócica pode ser rapidamente fatal e, se o paciente sobreviver, pode causar uma morbidade maior que as outras formas. É essencial a antibioticoterapia imediata nos casos suspeitos.
Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
A meningite ou septicemia meningocócica suspeita deve ser tratada imediatamente empregando uma cefalosporina da terceira geração, como ceftriaxona ou cefotaxima. Para pacientes com alergia a penicilina, vancomicina com cloranfenicol é uma alternativa adequada. Alguns sugerem a inclusão de rifampicina ao esquema para auxiliar a penetração.
Para pacientes com mais de 50 anos e história de alcoolismo ou outra doença debilitante, com imunidade celular reduzida ou com aumento do risco de infecção por Listeria (por exemplo, gestantes), as cefalosporinas em monoterapia não fornecem um tratamento adequado. Deve-se acrescentar ampicilina ao regime, desde que o paciente não seja alérgico a penicilina. Para os alérgicos a penicilina, pode-se substituí-la por eritromicina ou sulfametoxazol/trimetoprima.
Pacientes com um início mais insidioso dos sintomas do SNC devem ser motivos de suspeita de encefalite viral. Os vírus causam sepse muito raramente, mas o emprego precoce de agentes antivirais, como aciclovir, pode melhorar o desfecho.
Corticosteroides para meningite bacteriana podem melhorar os desfechos neurológicos.[170]Brouwer MC, McIntyre P, Prasad K, et al. Corticosteroids for acute bacterial meningitis. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Sep 12;(9):CD004405.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004405.pub5/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26362566?tool=bestpractice.com
Sepse de origem desconhecida
Deve-se empregar todos os esforços, incluindo exames de imagem, para tentar avaliar a causa da infecção. Um tratamento de amplo espectro urgente que inclua patógenos comuns deve ser administrado.
Os antibióticos listados são sugeridos apenas como orientação. A política local e nacional, que pode levar em conta o conhecimento do especialista sobre padrões de sensibilidade, deve ser consultada e seguida quando possível.
Os carbapenêmicos fornecem um amplo tratamento apropriado, tendo imipeném/cilastatina ou meropeném como boas opções. Piperacilina/tazobactam com gentamicina é uma alternativa. Se o paciente tiver fatores de risco para MRSA, a vancomicina deverá ser incluída.
Ressuscitação fluídica
É necessária ressuscitação fluídica precoce e vigorosa em caso de hipoperfusão induzida por sepse (iniciada até 1 hora após a suspeita de sepse) com pelo menos 30 mL/kg de peso corporal de cristaloide administrados nas primeiras 3 horas.[125]Levy MM, Evans LE, Rhodes A. The Surviving Sepsis Campaign bundle: 2018 update. Intensive Care Med. 2018 Jun;44(6):925-8.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00134-018-5085-0
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29675566?tool=bestpractice.com
Pode ser necessário fluido adicional, mas isso deve ser orientado por avaliação clínica minuciosa do estado hemodinâmico do paciente.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Fluido cristaloide em bolus repetidos (volume típico de 500 mL) administrado ao longo de 5 a 30 minutos pode ser eficaz para corrigir a hipotensão secundária à hipovolemia. Uma solução coloide administrada em bolus (volume típico de 250-300 mL) pode ser usada como alternativa, mas faltam evidências que corroborem o uso de coloides em vez de outros fluidos, como cristaloides ou solução de albumina.[171]Choi PTL, Yip G, Quinonez LG, et al. Crystalloids vs. colloids in fluid resuscitation: a systematic review. Crit Care Med. 1999 Jan;27(1):200-10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9934917?tool=bestpractice.com
[172]Finfer S, Bellomo R, Boyce N, et al; the SAFE Study Investigators. A comparison of albumin and saline for fluid resuscitation in the intensive care unit. N Engl J Med. 2004 May 27;350(22):2247-56.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa040232
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15163774?tool=bestpractice.com
[173]Lewis SR, Pritchard MW, Evans DJ, et al. Colloids versus crystalloids for fluid resuscitation in critically ill people. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 3;(8):CD000567.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000567.pub7/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30073665?tool=bestpractice.com
[174]Roberts I, Blackhall K, Alderson P, et al. Human albumin solution for resuscitation and volume expansion in critically ill patients. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Nov 9;(11):CD001208.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001208.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22071799?tool=bestpractice.com
[175]Rochwerg B, Alhazzani W, Sindi A, et al. Fluid resuscitation in sepsis: a systematic review and network meta-analysis. Ann Intern Med. 2014 Sep 2;161(5):347-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25047428?tool=bestpractice.com
[
]
How do colloids compare with crystalloids for fluid resuscitation in critically ill people?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2307/fullMostre-me a resposta
Cristaloides e albumina devem ser administrados de acordo com os protocolos locais. Evidências atuais sugerem que a ressuscitação usando soluções com albumina é segura, mas as evidências sobre a sua eficácia são insuficientes para recomendar seu uso em vez de cristaloides.[175]Rochwerg B, Alhazzani W, Sindi A, et al. Fluid resuscitation in sepsis: a systematic review and network meta-analysis. Ann Intern Med. 2014 Sep 2;161(5):347-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25047428?tool=bestpractice.com
[176]Patel A, Laffan MA, Waheed U, et al. Randomised trials of human albumin for adults with sepsis: systematic review and meta-analysis with trial sequential analysis of all-cause mortality. BMJ. 2014 Jul 22;349:g4561. [Erratum in: BMJ. 2014;349:g4850.]
https://www.bmj.com/content/349/bmj.g4561
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25099709?tool=bestpractice.com
[177]Delaney AP, Dan A, McCaffrey J, et al. The role of albumin as a resuscitation fluid for patients with sepsis: a systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2011 Feb;39(2):386-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21248514?tool=bestpractice.com
[178]Zou Y, Ma K, Xiong JB, et al. Comparison of the effects of albumin and crystalloid on mortality among patients with septic shock: systematic review with meta-analysis and trial sequential analysis. Sao Paulo Med J. 2018 Sep-Oct;136(5):421-32.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-31802018000500421&lng=en&tlng=en
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30570093?tool=bestpractice.com
Cristaloides balanceados podem ser preferíveis à solução salina normal em pacientes em estado crítico na terapia intensiva.[179]Semler MW, Self WH, Wanderer JP, et al. Balanced crystalloids versus saline in critically ill adults. N Engl J Med. 2018 Mar 1;378(9):829-39.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29485925?tool=bestpractice.com
A Surviving Sepsis Campaign desaconselha o uso de soluções contendo hidroxietilamido (HES) para os pacientes com sepse e choque séptico.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
As soluções que contêm HES estão associadas com desfechos adversos, incluindo lesão renal e morte, principalmente nos pacientes em estado crítico e naqueles com sepse.[173]Lewis SR, Pritchard MW, Evans DJ, et al. Colloids versus crystalloids for fluid resuscitation in critically ill people. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 3;(8):CD000567.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000567.pub7/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30073665?tool=bestpractice.com
[180]Zarychanski R, Abou-Setta AM, Turgeon AF, et al. Association of hydroxyethyl starch administration with mortality and acute kidney injury in critically ill patients requiring volume resuscitation: a systematic review and meta-analysis. JAMA. 2013 Feb 20;309(7):678-88.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1653505
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23423413?tool=bestpractice.com
Diante dos riscos graves causados a essas populações de pacientes, o Pharmacovigilance Risk Assessment Committee da European Medicines Agency, em fevereiro de 2022, recomendou suspender as soluções com HES para infusão na Europa.[181]European Medicines Agency. PRAC recommends suspending hydroxyethyl-starch solutions for infusion from the market. Feb 2022 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/news/prac-recommends-suspending-hydroxyethyl-starch-solutions-infusion-market-0
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA) divulgou alterações em alertas de segurança, em julho de 2021, para soluções que contêm HES, declarando que produtos com HES não devem ser usados, a menos que uma alternativa adequada de tratamento não esteja disponível.[182]Food and Drug Administration. Labeling changes on mortality, kidney injury, and excess bleeding with hydroxyethyl starch products. Jul 2021 [internet publication].
https://www.fda.gov/vaccines-blood-biologics/safety-availability-biologics/labeling-changes-mortality-kidney-injury-and-excess-bleeding-hydroxyethyl-starch-products
A transfusão de plasma ou eritrócitos pode ser considerada para tratar de deficiências específicas, mas não deve ser usada para aumento da volemia. Não foi demonstrado que a transfusão agressiva de eritrócitos melhore os desfechos.[130]Holst LB, Haase N, Wetterslev J, et al; TRISS Trial Group; Scandinavian Critical Care Trials Group. Lower versus higher hemoglobin threshold for transfusion in septic shock. N Engl J Med. 2014 Oct 9;371(15):1381-91.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1406617
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25270275?tool=bestpractice.com
Os pacientes devem ser monitorados rigorosamente em relação aos sinais de sobrecarga hídrica (por exemplo, edema pulmonar ou sistêmico).[126]Hollenberg SM, Ahrens TS, Annane D, et al. Practice parameters for hemodynamic support of sepsis in adult patients; 2004 update. Crit Care Med. 2004 Sep;32(9):1928-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15343024?tool=bestpractice.com
A SSC recomenda usar medidas dinâmicas para orientar a ressuscitação fluídica em relação ao exame físico ou a medidas estáticas isoladas. Os parâmetros dinâmicos incluem resposta à elevação passiva do membro inferior ou fluidoterapia em bolus, usando o volume sistólico (VS), a variação do volume sistólico (VVS), a variação da pressão de pulso (VPP) ou a ecocardiografia, quando disponível.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Controle glicêmico dos criticamente enfermos
Há uma mudança de opinião e prática em relação ao controle glicêmico em pacientes em estado crítico, de um controle glicêmico rígido para alvos glicêmicos mais convencionais. Evidências sugerem um aumento nos eventos adversos (por exemplo, hipoglicemia grave) em pacientes tratados com controle glicêmico rigoroso (glicose sanguínea alvo de 6.1 mmol/L).[183]Brunkhorst FM, Engel C, Bloos F, et al; German Competence Network Sepsis (SepNet). Intensive insulin therapy and pentastarch resuscitation in severe sepsis. N Engl J Med. 2008 Jan 10;358(2):125-39.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa070716#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18184958?tool=bestpractice.com
[184]Wiener RS, Wiener DC, Larson RJ. Benefits and risks of tight glucose control in critically ill adults: a meta-analysis. JAMA. 2008 Aug 27;300(8):933-44.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/182432
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18728267?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado e controlado internacional demonstrou um aumento do risco absoluto de morte em 90 dias de 2.6 pontos percentuais no grupo de pacientes tratados com controle glicêmico intensivo em comparação ao grupo tratado com controle glicêmico convencional (valor-alvo glicêmico de 10 mmol/L [180 mg/dL]).[185]Finfer S, Chittock DR, Yu-Shuo Su S, et al; NICE-SUGAR Study Investigators. Intensive versus conventional glucose control in critically ill patients. N Engl J Med. 2009 Mar 26;360(13):1283-97.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810625
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19318384?tool=bestpractice.com
A American Diabetes Association recomenda uma meta de glicose geral de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) em pacientes diabéticos criticamente enfermos, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina.[186]American Diabetes Association Professional Practice Committee. 16. diabetes care in the hospital: standards of care in diabetes-2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(suppl 1):S295-306.
https://diabetesjournals.org/care/article/47/Supplement_1/S295/153950/16-Diabetes-Care-in-the-Hospital-Standards-of-Care
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38078585?tool=bestpractice.com
A SSC recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (180 mg/dL).[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Instabilidade hemodinâmica persistente
Se a hipotensão persistir, com PAM <65 mmHg, deve-se iniciar um vasopressor.[66]Yealy DM, Mohr NM, Shapiro NI, et al. Early care of adults with suspected sepsis in the emergency department and out-of-hospital environment: a consensus-based task force report. Ann Emerg Med. 2021 Jul;78(1):1-19.
https://www.annemergmed.com/article/S0196-0644(21)00117-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33840511?tool=bestpractice.com
[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
A seleção dos agentes vasoativos apropriados deve ocorrer apenas sob supervisão de especialistas em cuidados intensivos e pode variar de acordo com a preferência do médico e as diretrizes de prática locais. A noradrenalina administrada com um cateter venoso central é o medicamento de primeira escolha, uma vez que aumenta a PAM.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[187]Avni T, Lador A, Lev S, et al. Vasopressors for the treatment of septic shock: systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2015 Aug 3;10(8):e0129305.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0129305
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26237037?tool=bestpractice.com
[188]Møller MH, Claudius C, Junttila E, et al. Scandinavian SSAI clinical practice guideline on choice of first-line vasopressor for patients with acute circulatory failure. Acta Anaesthesiol Scand. 2016 Nov;60(10):1347-66.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/aas.12780
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27576362?tool=bestpractice.com
A vasopressina pode ser adicionada à noradrenalina para alcançar a PAM alvo (≥65 mmHg).[66]Yealy DM, Mohr NM, Shapiro NI, et al. Early care of adults with suspected sepsis in the emergency department and out-of-hospital environment: a consensus-based task force report. Ann Emerg Med. 2021 Jul;78(1):1-19.
https://www.annemergmed.com/article/S0196-0644(21)00117-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33840511?tool=bestpractice.com
[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Todas as infusões de medicamentos vasoativos para corrigir o choque devem ser administradas por meio de um cateter seguro em uma veia central com alto fluxo, como um cateter venoso central. Os vasopressores podem ser iniciados por meio de uma linha venosa periférica se houver algum atraso na obtenção de um acesso venoso central.[66]Yealy DM, Mohr NM, Shapiro NI, et al. Early care of adults with suspected sepsis in the emergency department and out-of-hospital environment: a consensus-based task force report. Ann Emerg Med. 2021 Jul;78(1):1-19.
https://www.annemergmed.com/article/S0196-0644(21)00117-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33840511?tool=bestpractice.com
[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Terapias adjuvantes
Em pacientes com débito cardíaco baixo apesar de ressuscitação fluídica adequada, podem-se adicionar inotrópicos (por exemplo, dobutamina). A seleção dos agentes vasoativos apropriados deve ocorrer apenas sob supervisão de especialistas em cuidados intensivos e pode variar de acordo com a preferência do médico e as diretrizes de prática locais. A suspeita de débito cardíaco baixo no exame clínico (tempo de enchimento capilar prolongado, baixo débito urinário, baixa perfusão periférica) pode ser confirmada pelo monitoramento do débito cardíaco ou pela amostragem de sangue arterial pulmonar ou venoso central para medir a saturação de oxigênio. A frequência cardíaca deve ser mantida <100 bpm para minimizar a demanda de oxigênio miocárdico.[189]Rivers PE, McIntyre L, Morro DC, et al. Early and innovative interventions for severe sepsis and septic shock: taking advantage of a window of opportunity. CMAJ. 2005 Oct 25;173(9):1054-65.
https://www.cmaj.ca/content/173/9/1054.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16247103?tool=bestpractice.com
As evidências em prol da administração de corticosteroides em pacientes com sepse ou choque séptico são mistas, e as recomendações das diretrizes variam.[66]Yealy DM, Mohr NM, Shapiro NI, et al. Early care of adults with suspected sepsis in the emergency department and out-of-hospital environment: a consensus-based task force report. Ann Emerg Med. 2021 Jul;78(1):1-19.
https://www.annemergmed.com/article/S0196-0644(21)00117-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33840511?tool=bestpractice.com
[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
[190]Annane D, Pastores SM, Rochwerg B, et al. Guidelines for the diagnosis and management of critical illness-related corticosteroid insufficiency (CIRCI) in critically ill patients (Part I): Society of Critical Care Medicine (SCCM) and European Society of Intensive Care Medicine (ESICM) 2017. Crit Care Med. 2017 Dec;45(12):2078-88.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28938253?tool=bestpractice.com
[191]Annane D, Bellissant E, Bollaert PE, et al. Corticosteroids for treating sepsis in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Dec 6;(12):CD002243.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002243.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31808551?tool=bestpractice.com
[192]Kalil AC, Sun J. Low-dose steroids for septic shock and severe sepsis: the use of Bayesian statistics to resolve clinical trial controversies. Intensive Care Med. 2011 Mar;37(3):420-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21243334?tool=bestpractice.com
[193]Rygård SL, Butler E, Granholm A, et al. Low-dose corticosteroids for adult patients with septic shock: a systematic review with meta-analysis and trial sequential analysis. Intensive Care Med. 2018 Jul;44(7):1003-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29761216?tool=bestpractice.com
[
]
What are the effects of corticosteroids for people with sepsis?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2908/fullMostre-me a resposta[Evidência A]69fa97b6-fdde-4c97-a6ce-ffbd259a676dccaAQuais são os efeitos dos corticosteroides para as pessoas com sepse?
Uma diretriz de prática clínica, informada por uma metanálise, relatou que os corticosteroides podem reduzir a mortalidade (em aproximadamente 2%) e aumentar o risco de fraqueza neuromuscular, mas as evidências não são definitivas.[194]Lamontagne F, Rochwerg B, Lytvyn L, et al. Corticosteroid therapy for sepsis: a clinical practice guideline. BMJ. 2018 Aug 10;362:k3284.
https://www.bmj.com/content/362/bmj.k3284.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30097460?tool=bestpractice.com
[195]Rochwerg B, Oczkowski SJ, Siemieniuk RAC, et al. Corticosteroids in sepsis: an updated systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2018 Sep;46(9):1411-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29979221?tool=bestpractice.com
Esse efeito foi observado na sepse, com e sem choque; no entanto, o maior benefício dos corticosteroides foi entre aqueles com choque séptico. As diretrizes de prática clínica concluíram que tanto as abordagens de tratamento com corticosteroide como as abordagens sem corticosteroide são adequadas, e sugeriram que os valores e preferências do paciente podem orientar a decisão.[194]Lamontagne F, Rochwerg B, Lytvyn L, et al. Corticosteroid therapy for sepsis: a clinical practice guideline. BMJ. 2018 Aug 10;362:k3284.
https://www.bmj.com/content/362/bmj.k3284.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30097460?tool=bestpractice.com
Os pacientes que priorizam o tempo de vida em vez da qualidade de vida provavelmente optariam pelo tratamento com corticosteroides; enquanto aqueles que valorizam mais a prevenção da deterioração funcional e a maximização da qualidade de vida do que evitar a morte, podem ser mais propensos a optar por não receber corticosteroides.[194]Lamontagne F, Rochwerg B, Lytvyn L, et al. Corticosteroid therapy for sepsis: a clinical practice guideline. BMJ. 2018 Aug 10;362:k3284.
https://www.bmj.com/content/362/bmj.k3284.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30097460?tool=bestpractice.com
[195]Rochwerg B, Oczkowski SJ, Siemieniuk RAC, et al. Corticosteroids in sepsis: an updated systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2018 Sep;46(9):1411-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29979221?tool=bestpractice.com
A diretriz da SSC de 2021 inclui uma recomendação fraca para administrar corticosteroides intravenosos em adultos com choque séptico e necessidade contínua de terapia com vasopressores.[69]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143.
https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
BMJ Rapid Recommendations: corticosteroid therapy for sepsis - a clinical practice guideline
Opens in new window
MAGICapp: recommendations, evidence summaries and consultation decision aids
Opens in new window
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Recomendações rápidas da BMJ: corticosteroides intravenosos mais cuidados habituais apenas em relação ao tratamento usualLamontagne F, et al. BMJ 2018;362:k3284 [Citation ends].
Banhar os pacientes com clorexidina pode reduzir o risco de infecções hospitalares.[196]Climo MW, Yokoe DS, Warren DK, et al. Effect of daily chlorhexidine bathing on hospital-acquired infection. N Engl J Med. 2013 Feb 7;368(6):533-42.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1113849
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23388005?tool=bestpractice.com
Ficou comprovado que a N-acetilcisteína intravenosa como terapia adjuvante na SRIS e na sepse é ineficaz, e seu uso não é recomendado.[197]Szakmany T, Hauser B, Radermacher P. N-acetylcysteine for sepsis and systemic inflammatory response in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Sep 12;(9):CD006616.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006616.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22972094?tool=bestpractice.com