História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem: malignidade subjacente, idade acima de 65 anos, imunocomprometimento, hemodiálise, alcoolismo e diabetes mellitus.
temperatura alta (>38 °C) ou baixa (<36 °C)
A temperatura não deve ser usada como o único preditor de sepse e não deve ser usada para confirmar nem descartar a sepse.
A febre pode não estar aparente nos seguintes grupos de pessoas com sepse: idosos ou pessoas muito frágeis, pessoas submetidas a tratamento para câncer, pessoas imunocomprometidas e pessoas gravemente doentes com sepse.
O aumento da temperatura pode ser resultante de uma resposta fisiológica (por exemplo, após cirurgia ou trauma).
taquicardia
Frequência cardíaca >90 bpm (>100 bpm em gestantes).
taquipneia
Frequência respiratória >20 respirações/minuto.
estado mental alterado agudamente
Devido ao comprometimento da perfusão cerebral e citocinas inflamatórias.
enchimento capilar lentificado, pele com manchas vermelhas e roxas variadas ou com aspecto acinzentado
Sinais de insuficiência circulatória[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tempo de enchimento capilar. Imagem superior: tom de pele normal; imagem do meio: pressão aplicada por 5 segundos; imagem inferior: tempo medido até a hiperemiaDo acervo de Ron Daniels, MB, ChB, FRCA; usado com permissão [Citation ends].
sinais associados à causa específica de infecção
A fonte da infecção pode ficar imediatamente evidente; por exemplo, com sinais e sintomas clássicos de pneumonia (escarro purulento, dispneia, taquipneia, cianose) ou peritonismo (dor abdominal, rigidez, distensão, sensibilidade, ausência de ruídos hidroaéreos). Entretanto, em muitos pacientes, é necessário investigar ativamente a fonte.
baixa saturação de oxigênio
Sinal de insuficiência circulatória.
hipotensão arterial
Pressão arterial (PA) sistólica <90 mmHg, pressão arterial média <65 mmHg ou redução da PA sistólica >40 mmHg em relação à linha basal.
Pode estar presente quando a sepse causa disfunção orgânica.
O uso de agentes vasopressores para corrigir a hipotensão não descarta o choque.
débito urinário diminuído
Débito urinário <0.5 mL/kg/hora por pelo menos 2 horas ou micção ausente nas últimas 18 horas.
Pode estar presente quando a sepse causa disfunção orgânica.
cianose
Sinal de insuficiência circulatória.
Outros fatores diagnósticos
comuns
púrpura fulminante
Sinal de disfunção orgânica.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Púrpura fulminante grave, mais comumente associada à septicemia pneumocócicaDo acervo de Ron Daniels, MB, ChB, FRCA; usado com permissão [Citation ends].
Incomuns
icterícia
Sinal de disfunção orgânica.
íleo paralítico
Pode estar presente quando a sepse causa disfunção orgânica.
Fatores de risco
Fortes
idade >65 anos
imunocomprometimento
Associado a um aumento do risco de sepse.
O imunocomprometimento pode surgir por conta de tratamento (por exemplo, quimioterapia, corticosteroides ou outros imunossupressores), doença subjacente (por exemplo, diabetes, célula falciforme, neoplasia maligna) ou cirurgia (por exemplo, esplenectomia).[5][35][58]
sondas intravenosas ou vesicais de demora
O risco de sepse é alto em pessoas com acessos venosos ou cateteres.[5]
cirurgia recente ou outros procedimentos invasivos
hemodiálise
Associada a um aumento do risco de sepse (RR = 208.7, IC de 95% = 142.9 a 296.3).[15]
diabetes mellitus
Resistência a infecções reduzida, complicações do diabetes e aumento de complicações cirúrgicas exercem um papel importante (RR = 5.9, IC de 95% = 4.4 a 7.8).[15]
uso de substâncias por via intravenosa
O risco de sepse é alto em pessoas que fazem uso de substâncias por via intravenosa.[5]
transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas
Associado ao aumento do risco de sepse (RR = 5.6, IC de 95% = 3.8 a 8.0).[15]
integridade cutânea prejudicada
O risco de sepse é alto em pessoas com algum prejuízo à integridade cutânea (por exemplo, cortes, queimaduras, vesículas ou infecção cutânea).[5]
gestação
A gravidez ou gravidez recente é um fator de risco para o desenvolvimento de sepse.[5] No Reino Unido, relatou-se uma incidência estimada de sepse na gravidez de 47 casos por 100,000 gestações ao ano, ao passo que a incidência anual estimada entre pessoas com idade entre 18-19 na população geral é de cerca de 29.6 casos por 100,000.[16][60]
O risco de sepse entre mulheres pode ser maior se elas apresentarem imunidade comprometida, diabetes gestacional, diabetes (ou outra comorbidade clínica), se precisaram passar por procedimentos invasivos durante a gravidez (por exemplo, parto cesáreo, parto com fórceps, remoção de produtos de concepção retidos), tiveram ruptura prolongada das membranas durante a gravidez, tiveram pré-eclâmpsia ou hemorragia pós-parto, se têm ou tiveram contato próximo com pessoas com infecção por estreptococos do grupo A (por exemplo, escarlatina) ou se tiverem sangramento vaginal contínuo ou um corrimento vaginal anormal com odor.[5][40]
Fracos
residência em área urbana
Pode predispor ao aumento da exposição às infecções e patógenos resistentes a medicamentos (RR = 2.4, IC de 95% = 1.2 a 5.6).[15]
doença pulmonar
Fracamente associada à sepse (RR = 3.8, IC de 95% = 2.6 a 5.4).[15]
sexo masculino
Pode ter um risco maior (RC = 1.28, IC de 95% = 1.24 a 1.32).[11]
ascendência não branca
Pode ter um aumento do risco (RC = 1.90, IC de 95% = 1.80 a 2.00).[11]
estação do inverno
Infecções sazonais (por exemplo, infecções respiratórias no inverno) estão fracamente associadas à sepse.
A sepse tem probabilidade 1.4 vez maior de ocorrer no inverno que no outono.[23]
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