Há uma falta de dados confiáveis sobre a incidência e a prevalência de sepse. Isso se deve à ausência de uma definição consistente para sepse e às diferenças na prática de codificação entre profissionais e organizações.[6]Singer M, Inada-Kim M, Shankar-Hari M. Sepsis hysteria: excess hype and unrealistic expectations. Lancet. 2019 Oct 26;394(10208):1513-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31657730?tool=bestpractice.com
A sepse é uma das principais causas de morte nos Estados Unidos e no mundo; em 2017, a taxa de mortalidade padronizada por idade para sepse nos EUA foi estimada em 35.1 por 100,000, e a taxa global foi estimada em 148.1 por 100,000.[7]Rudd KE, Johnson SC, Agesa KM, et al. Global, regional, and national sepsis incidence and mortality, 1990-2017: analysis for the Global Burden of Disease Study. Lancet. 2020 Jan 18;395(10219):200-11.
https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(19)32989-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31954465?tool=bestpractice.com
Mundialmente, estima-se que a sepse tenha afetado 49 milhões de pessoas em 2017 e esteja relacionada a 11 milhões de mortes potencialmente evitáveis.[8]World Health Organization. Global report on the epidemiology and burden of sepsis. Sep 2020 [internet publication].
https://www.who.int/publications/i/item/9789240010789
Em 2018, mais de 1 milhão de beneficiários do Medicare nos EUA foram internados com um diagnóstico de sepse.[9]Buchman TG, Simpson SQ, Sciarretta KL, et al. Sepsis among Medicare beneficiaries: 1. The burdens of sepsis, 2012-2018. Crit Care Med. 2020 Mar;48(3):276-88.
https://journals.lww.com/ccmjournal/Fulltext/2020/03000/Sepsis_Among_Medicare_Beneficiaries__1__The.2.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32058366?tool=bestpractice.com
Um estudo de coorte que revisou os prontuários de 568 pacientes internados em seis hospitais norte-americanos mostrou que a sepse esteve presente em 52.8% das internações que culminaram em óbito, e causou diretamente a morte em 34.9% desses pacientes.[10]Rhee C, Jones TM, Hamad Y, et al. Prevalence, underlying causes, and preventability of sepsis-associated mortality in US acute care hospitals. JAMA Netw Open. 2019 Feb 1;2(2):e187571.
https://www.doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2018.7571
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30768188?tool=bestpractice.com
Algumas estimativas de incidência populacional de sepse chegam a 176-380 pessoas em 100,000 por ano.[11]Martin GS, Mannino DM, Eaton S, et al. The epidemiology of sepsis in the United States from 1979 through 2000. N Engl J Med. 2003 Apr 17;348(16):1546-54.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa022139
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12700374?tool=bestpractice.com
[12]Angus DC, Wax RS. Epidemiology of sepsis: an update. Crit Care Med. 2001 Jul;29(suppl 7):S109-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11445744?tool=bestpractice.com
[13]Karlsson S, Varpula M, Ruokonen E. Incidence, treatment, and outcome of severe sepsis in ICU-treated adults in Finland: the Finnsepsis Study. Intensive Care Med. 2007 Mar;33(3):435-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17225161?tool=bestpractice.com
[14]Blanco J, Muriel-Bombin A, Sagredo V, et al. Incidence, organ dysfunction and mortality in severe sepsis: a Spanish multicentre study. Crit Care. 2008;12(6):R158.
https://ccforum.biomedcentral.com/articles/10.1186/cc7157
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19091069?tool=bestpractice.com
Entretanto, as taxas de incidência dependem da definição de sepse, com as taxas no Canadá citadas como 15.7 indivíduos por 100,000 habitantes por ano demandando internação em unidades de terapia intensiva.[15]Laupland KB, Gregson DB, Zygun DA, et al. Severe bloodstream infections: a population-based assessment. Crit Care Med. 2004 Apr;32(4):992-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15071391?tool=bestpractice.com
A maioria dos estudos epidemiológicos revela que a sepse é mais comum em homens que em mulheres. Indivíduos com idade acima de 65 anos são particularmente suscetíveis, com um estudo revelando que quase dois terços dos casos ocorre nessa faixa etária.[16]Martin GS, Mannino DM, Moss M. The effect of age on the development and outcome of adult sepsis. Crit Care Med. 2006 Jan;34(1):15-21.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16374151?tool=bestpractice.com