História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco para infecção criptocócica incluem infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), imunossupressão e outras comorbidades (por exemplo, diabetes, doença pulmonar crônica).

sintomas constitucionais

A criptococose pulmonar aguda se apresenta com pirexia, tosse produtiva, dispneia, dor torácica, perda de peso e fadiga.

O comprometimento do sistema nervoso central também causa letargia e pirexia.

dispneia

A criptococose pulmonar aguda se apresenta com pirexia, tosse produtiva, dispneia, dor torácica, perda de peso e fadiga.

tosse produtiva

A criptococose pulmonar aguda se apresenta com pirexia, tosse produtiva, dispneia, dor torácica, perda de peso e fadiga.

macicez à percussão

Macicez à percussão, diminuição dos murmúrios vesiculares e estertores no lado afetado representam derrame pleural, infiltrados intersticiais e alveolares difusos ou lesões endobrônquicas.

murmúrio vesicular diminuído

Macicez à percussão, diminuição dos murmúrios vesiculares e estertores no lado afetado representam derrame pleural, infiltrados intersticiais e alveolares difusos ou lesões endobrônquicas.

estertores

Macicez à percussão, diminuição dos murmúrios vesiculares e estertores no lado afetado representam derrame pleural, infiltrados intersticiais e alveolares difusos ou lesões endobrônquicas.

cefaleia

Cefaleia, pirexia, neuropatias cranianas, alterações da consciência, letargia, irritação meníngea e coma representam envolvimento do sistema nervoso central, e podem se apresentar por vários dias ou meses.

Deve-se manter um alto índice de suspeita em pacientes infectados por HIV e pacientes imunocomprometidos, mesmo quando apresentarem somente cefaleia, devido ao início subagudo e à apresentação inespecífica da meningoencefalite nesses pacientes.

alteração da consciência

Cefaleia, pirexia, neuropatias cranianas, alterações da consciência, letargia, irritação meníngea e coma representam envolvimento do sistema nervoso central, e podem se apresentar por vários dias ou meses.

irritação meníngea

Cefaleia, pirexia, neuropatias cranianas, alterações da consciência, letargia, irritação meníngea e coma representam envolvimento do sistema nervoso central, e podem se apresentar por vários dias ou meses.

Observa-se rigidez da nuca, fotofobia e vômitos em um quarto a um terço dos pacientes HIV-positivos com meningoencefalite.[1][2][4][35]

papiledema

O papiledema é um sinal de aumento da pressão intracraniana, que pode resultar de inflamação meníngea, criptococoma ou hidrocefalia. Ele ocorre em quase 50% dos pacientes HIV-negativos e HIV-positivos com meningite criptocócica, e complica o manejo, causando perda auditiva ou visual.[35]

lesões cutâneas

Infecções cutâneas resultantes da inoculação direta ou secundária à doença disseminada são o terceiro local clínico mais comum de criptococose, sobretudo em pacientes imunocomprometidos.

Lesões cutâneas comuns em pacientes HIV-positivos são lesões do tipo molusco contagioso e acneiformes. Também foram descritos púrpura, vesículas, nódulos, abscessos, úlceras, granulomas, drenagens sinusais e celulite.[1]

Incomuns

coma

Cefaleia, pirexia, neuropatias cranianas, alterações da consciência, letargia, irritação meníngea e coma representam envolvimento do sistema nervoso central, e podem se apresentar por vários dias ou meses.

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

dor torácica

A criptococose pulmonar aguda se apresenta com pirexia, tosse produtiva, dispneia, dor torácica, perda de peso e fadiga.

neuropatia craniana

Cefaleia, pirexia, neuropatias cranianas, alterações da consciência, letargia, irritação meníngea e coma representam envolvimento do sistema nervoso central, e podem se apresentar por vários dias ou meses.

manifestações oculares

A meningoencefalite criptocócica pode se apresentar com sinais e sintomas oculares, incluindo papiledema.

As manifestações oculares mais comuns incluem hemorragias retinianas e peripapilares, e outras lesões retinianas, todas podendo resultar em perda da visão.[1]

Fatores de risco

Fortes

Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)

Os pacientes com comprometimento da imunidade celular apresentam maior risco de contrair criptococose, particularmente aqueles com contagem de CD4 <100 células/mm³.[20] A infecção por HIV está associada a >80% dos casos de criptococose no mundo todo.[1][9][11][21][22] O uso de terapia antirretroviral (TAR) foi associado a uma menor incidência de criptococose.[20] Entretanto, em países com infecção por HIV descontrolada, acesso limitado à TAR ou pouca adesão aos cuidados, como na África e na Ásia, a incidência da criptococose e a mortalidade relacionada são extremamente elevadas.[11]

A criptococose associada à infecção por HIV é caracterizada por maior envolvimento extrapulmonar e do sistema nervoso central e por apresentar uma carga superior de organismos.[1] Ela também está associada a uma baixa reação inflamatória no local da infecção.[1] A mortalidade permanece alta em pessoas com infecção por HIV e meningite criptocócica, com aproximadamente 70% de mortalidade em países de baixa renda.[10][23]

imunossupressão

Embora a exposição a espécies de Cryptococcus seja comum, o desenvolvimento de uma doença sintomática geralmente requer imunossupressão. Transplante de órgãos, uso de corticosteroides ou outros agentes imunossupressores e anticorpos monoclonais (por exemplo, alentuzumabe e infliximabe), linfocitopenia CD4 idiopática, doença hepática, lúpus eritematoso sistêmico, diabetes mellitus e neoplasias hematológicas podem resultar em imunossupressão e permitir a reativação de uma infecção criptocócica.[1]

Em pacientes imunossuprimidos, a disseminação hematogênica pode ocorrer em diversos órgãos, incluindo sistema nervoso central (SNC), pele, próstata, olhos, ossos, trato urinário e sangue.[1] Um total de 53% a 72% dos casos de doença criptocócica entre receptores de transplante de órgãos apresentaram envolvimento do SNC ou disseminado. O tratamento agressivo da doença criptocócica precoce pode prevenir a perda do órgão transplantado.[14][24][25]

Em uma epidemia de Cryptococcus na variante gattii, embora um pequeno número de pacientes estivesse manifestamente imunossuprimido, uma proporção significativa teve exposição prévia a corticosteroides.[4][13][16]

Fracos

exposição a espécies de Cryptococcus

Atividades externas e exposição a fezes de pássaros e plantações de eucalipto podem estar envolvidas na transmissão do fungo.[1][5][13]

Os sorotipos A e D do Cryptococcus neoformans estão associados a fezes de pássaros, sobretudo de pombas.[1][2] As pombas podem carregar o fungo nos bicos, penas e patas, contribuindo, assim, para a distribuição mundial dessas cepas. O Cryptococcus neoformans também foi isolado do cerne da madeira de diversas espécies de árvores.[4]

Há poucas evidências de que isso seja um fator de risco significativo para infecção humana.

sexo masculino

Demonstrou-se uma predominância masculina entre pacientes com criptococose infectados ou não pelo HIV.[11][12]

gestação e período pós-parto

Meningite criptocócica, lesões no sistema nervoso central (SNC), nódulos pulmonares e/ou infiltrados, infecções dos tecidos moles e infecções osteoarticulares foram descritas durante a gravidez e o período pós-parto.[26] Isso foi atribuído à reversão das células T auxiliares (Th2 e Th1) durante o período pós-parto.[1][27][28][29]

Também houve relatos de casos de transmissão de criptococose de mãe para filho. Uma síndrome inflamatória de reconstituição imune pode ocorrer em mulheres na fase pós-parto.[27]

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