Diagnósticos diferenciais
Trombocitose (reativa) secundária
SINAIS / SINTOMAS
Pessoas com trombocitose secundária ou reativa geralmente têm história de cirurgia recente, trauma, neoplasia maligna, infecção, esplenectomia prévia e presença de anemia ferropriva.
A trombocitose é geralmente transitória e retrocede quando o estímulo primário é interrompido. Apesar da contagem plaquetária elevada, complicações trombóticas e/ou hemorrágicas são incomuns.
Investigações
O baixo nível de ferritina sérica (por exemplo, <27 picomoles/L [<12 nanogramas/mL]; varia entre diretrizes) é diagnóstico de deficiência de ferro e pode explicar a trombocitose.
Marcadores inflamatórios elevados (por exemplo, os reagentes de fase aguda: proteína C-reativa, velocidade de hemossedimentação, fibrinogênio) podem sugerir trombocitose reativa.
Trombocitose espúria
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes geralmente são assintomáticos.
Pacientes com crioglobulinemia mista podem apresentar um aumento dependente de temperatura na contagem plaquetária e leucocitária quando as amostras de sangue são examinadas a temperaturas ≤30 °C (≤86 °F). O dobro da contagem plaquetária pode ser observado.
Investigações
Testes repetidos feitos à temperatura do corpo devem ser normais.
Trombocitemia essencial familiar
SINAIS / SINTOMAS
Pode não haver diferenças nos sinais e sintomas.
Esse é um distúrbio raro que é transmitido em um padrão autossômico dominante podendo, portanto, haver uma história familiar.
Investigações
Testes genéticos para mutações nos genes da trombopoetina e seu receptor (c-MPL) podem identificar a TE familiar.[26]
Síndrome mielodisplásica (SMD)
SINAIS / SINTOMAS
Ausência de esplenomegalia.
Investigações
O hemograma completo revela eritrócitos normocrômicos ou macrocíticos e anormalidades morfológicas tais como eritrócitos macrocíticos ovais e granulócitos com a pseudoanomalia de Pelger-Huët (granulócitos hipolobulados e hipogranulares). Aproximadamente 40% dos pacientes apresentam neutropenia e >30% apresentam trombocitopenia.
A histopatologia da medula óssea demonstra displasia em uma porcentagem de mieloblastos indiferenciados.
A coloração de ferro com azul da Prússia do aspirado da medula óssea pode revelar sideroblastos em anel; esses são células precursoras eritroides anormais que apresentam grânulos ao redor do núcleo.
Policitemia vera
SINAIS / SINTOMAS
Prurido aquagênico (prurido após contato com água morna) e pletora.
Investigações
O hemograma completo mostra eritrocitose.
Massa de eritrócitos, hematócrito e volume plasmático elevados. O volume de sangue total aumenta, algumas vezes, até o dobro do normal.
Mielofibrose primária
SINAIS / SINTOMAS
Anemia, sintomas constitucionais e dor óssea.
Investigações
O hemograma completo mostra anemia e/ou leucocitose.
O esfregaço de sangue periférico mostra leucoeritroblastose.
A biópsia e a histopatologia da medula óssea mostram fibrose da medula.
Leucemia mieloide crônica (LMC)
SINAIS / SINTOMAS
Pode não haver diferenças nos sinais e sintomas.
Pacientes sintomáticos com LMC se apresentam mais comumente com anemia, facilidade para formar hematomas, febre baixa e suscetibilidade para infecções. O achado de exame físico mais comum na LMC é a esplenomegalia, e o paciente pode se queixar de preenchimento na região subcostal esquerda.
Investigações
O hemograma completo revela que todos os pacientes com LMC apresentam contagem leucocitária elevada e metade apresenta contagem leucocitária >100 × 10⁹/L (>100,000/microlitro). O esfregaço de sangue periférico mostra que a maioria dos leucócitos são neutrófilos, mas a contagem de basófilos e eosinófilos também é comumente elevada e demonstra aumento nas células mieloides em vários estágios de maturação. Aproximadamente 45% dos pacientes com LMC apresentam anemia, e 15% a 30% apresentam trombocitose >600 x 10⁹/L (>600,000/microlitro).
O teste citogenético (hibridização in situ fluorescente [FISH] ou reação em cadeia da polimerase) é positivo para BCR::ABL1 (cromossomo Filadélfia)
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal