Critérios

5ª edição da classificação de tumores hematolinfoides da Organização Mundial da Saúde (OMS): neoplasias mieloides e histiocíticas/dendríticas[2]​​

Critérios primários

  1. Contagem plaquetária ≥450 x 10⁹/L (≥450,000/microlitro)

  2. Biópsia da medula óssea mostrando proliferação principalmente da linhagem dos megacariócitos com aumento do número de megacariócitos maduros e aumentados com núcleos hiperlobulados. Nenhum aumento significativo ou deslocamento à esquerda na granulopoiese de neutrófilos ou eritropoiese e, muito raramente, discreto aumento (grau 1) nas fibras de reticulina.

  3. Não atender aos critérios da OMS para BCR::ABL1+, leucemia mieloide crônica (LMC), policitemia vera (PV), mielofibrose primária (MFP), síndromes mielodisplásicas (SMD) ou outras neoplasias mieloides.

  4. Mutações genéticas no Janus quinase 2 (JAK2), calreticulina (CALR) ou oncogene do vírus da leucemia mieloproliferativa (MPL).

Critério menor

  • Presença de um marcador clonal ou ausência de evidência de trombocitose reativa.

O diagnóstico de trombocitemia essencial (TE) requer que todos os 4 critérios primários sejam atendidos ou os 3 primeiros critérios primários e o critério secundário.

Classificação de Consenso Internacional de neoplasias mieloides e leucemias agudas[1]

Critérios primários

  1. Contagem plaquetária ≥450 x 10⁹/L (≥450,000/microlitro)

  2. Biópsia de medula óssea mostrando proliferação principalmente da linhagem megacariocítica, com número aumentado de megacariócitos maduros e aumentados com núcleos coraliformes hiperlobulados, aglomerados raramente densos; nenhum aumento significativo ou deslocamento à esquerda na granulopoiese de neutrófilos ou eritropoiese; ausência de fibrose relevante da medula óssea (muito raramente, um discreto aumento nas fibras de reticulina pode ocorrer no diagnóstico inicial [grau 1])

  3. Critérios de diagnóstico para LMC, PV, FMP ou outras neoplasias mieloides positivas para BCR::ABL1 não são atendidos

  4. Mutações genéticas de JAK2, CALR ou MPL.

Critérios secundários

  • Presença de um marcador clonal ou ausência de evidências de trombocitose reativa.

O diagnóstico de TE requer todos os critérios primários ou os 3 primeiros critérios primários associados aos critérios secundários.

Critérios diagnósticos do British Committee for Standards in Haematology para trombocitemia essencial (modificado em 2014)[42]

  • A1: contagem plaquetária sustentada ≥450 × 10⁹/L (≥450,000/microlitro).

  • A2: presença de uma mutação patogenética adquirida (por exemplo, nos genes JAK2, CALR ou MPL).

  • A3: Nenhuma outra neoplasia mieloide, especialmente as seguintes:

    • PV (excluída por um hematócrito normal em um paciente em estado repleto de ferro)

    • FMP (indicada pela presença de fibrose significativa da medula óssea [≥2/3 ou 3/4 de reticulina] com esplenomegalia palpável, anormalidades no esfregaço [células progenitoras circulantes e células em forma de lágrima] ou anemia inexplicada)

    • LMC (descartada pela ausência da fusão do gene BCR-ABL1 na medula óssea ou sangue periférico)

    • SMD (descartada pela ausência de displasia ao exame de esfregaço e de aspirado de medula óssea).

  • A4: nenhuma causa reativa para trombocitose e estoques normais de ferro.

  • A5: aspirado de medula óssea e biópsia por trefina mostrando aumento nos números de megacariócitos, revelando um espectro de morfologia com predominância de megacariócitos grandes com núcleos hiperlobulados e citoplasma abundante. A reticulina geralmente não está aumentada (graus 0 a 2/4 ou grau 0/3).

O diagnóstico requer A1 a A3 ou A1 mais A3 a A5.

Escore revisado do International Prognostic Scoring System para trombocitemia essencial (IPSET-thrombosis)[43][44]

​Risco muito baixo

  • Idade ≤60 anos, sem história de trombose, sem mutação de JAK2 V617F.

Baixo risco

  • Idade ≤60 anos, sem história de trombose, com mutação de JAK2 V617F.

Médio risco

  • Idade >60 anos, sem história de trombose, sem mutação de JAK2 V617F.

Alto risco

  • História de trombose em qualquer idade ou idade >60 anos com mutação em JAK2 V617F.

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