Colangite esclerosante primária
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
doença inicial
observação e mudanças de estilo de vida
Os pacientes assintomáticos precisam apenas de observação, mudanças de estilo de vida em geral (incluindo manter uma dieta e peso saudáveis, e limitar o consumo de bebidas alcoólicas) e monitoramento para eventuais complicações.
O exame de densidade mineral óssea é sugerido a todos os pacientes no momento do diagnóstico e em intervalos de 2 a 3 ou 4 anos (com base nos fatores de risco) para descartar osteoporose.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com [30]Chapman R, Fevery J, Kalloo A, et al. Diagnosis and management of primary sclerosing cholangitis. Hepatology. 2010 Feb;51(2):660-78. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.23294 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20101749?tool=bestpractice.com [34]Lindor KD, Kowdley KV, Harrison ME; American College of Gastroenterology. ACG clinical guideline: primary sclerosing cholangitis. Am J Gastroenterol. 2015 May;110(5):646-59. https://gi.org/guideline/primary-sclerosing-cholangitis http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25869391?tool=bestpractice.com [38]Zein CO, Jorgensen RA, Clarke B, et al. Alendronate improves bone mineral density in primary biliary cirrhosis: a randomized placebo-controlled trial. Hepatology. 2005 Oct;42(4):762-71. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.20866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16175618?tool=bestpractice.com [39]Collier J. Bone disorders in chronic liver disease. Hepatology. 2007 Oct;46(4):1271-8. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.21852 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17886334?tool=bestpractice.com Os pacientes diagnosticados com osteoporose devem receber o tratamento adequado. Consulte Osteoporose.
Pacientes recém-diagnosticados com colangite esclerosante primária devem ser submetidos a ileocolonoscopia com biópsia, independente de terem ou não um diagnóstico de doença inflamatória intestinal (DII). A ileocolonoscopia deve ser repetida (orientações dos EUA) ou considerada (diretrizes europeias) a cada 5 anos se não houver presença de DII ou sempre que o paciente apresentar sintomas que sugerem DII.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com [3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com A partir dos 15 anos de idade, os pacientes com DII coexistente devem se submeter regularmente a uma colonoscopia de vigilância devido ao risco elevado de câncer colorretal.[30]Chapman R, Fevery J, Kalloo A, et al. Diagnosis and management of primary sclerosing cholangitis. Hepatology. 2010 Feb;51(2):660-78. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.23294 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20101749?tool=bestpractice.com [34]Lindor KD, Kowdley KV, Harrison ME; American College of Gastroenterology. ACG clinical guideline: primary sclerosing cholangitis. Am J Gastroenterol. 2015 May;110(5):646-59. https://gi.org/guideline/primary-sclerosing-cholangitis http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25869391?tool=bestpractice.com [61]Chapman MH, Thorburn D, Hirschfield GM, et al. British Society of Gastroenterology and UK-PSC guidelines for the diagnosis and management of primary sclerosing cholangitis. Gut. 2019 Aug;68(8):1356-78. https://gut.bmj.com/content/68/8/1356 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31154395?tool=bestpractice.com As orientações dos EUA sugerem intervalos de vigilância de 1 a 2 anos, enquanto as diretrizes europeias recomendam a vigilância anualmente, com intervalos de 1 a 2 anos se não houver atividade inflamatória.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com [3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [30]Chapman R, Fevery J, Kalloo A, et al. Diagnosis and management of primary sclerosing cholangitis. Hepatology. 2010 Feb;51(2):660-78. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.23294 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20101749?tool=bestpractice.com [34]Lindor KD, Kowdley KV, Harrison ME; American College of Gastroenterology. ACG clinical guideline: primary sclerosing cholangitis. Am J Gastroenterol. 2015 May;110(5):646-59. https://gi.org/guideline/primary-sclerosing-cholangitis http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25869391?tool=bestpractice.com [40]Vleggaar FP, Lutgens MW, Claessen MM, et al. Review article: the relevance of surveillance endoscopy in long-lasting inflammatory bowel disease. Aliment Pharmacol Ther. 2007 Dec;26 Suppl 2:47-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18081648?tool=bestpractice.com As crianças com colangite esclerosante primária podem ser submetidas a um rastreamento inicial não invasivo para DII por meio da medição dos níveis de calprotectina fecal, sendo a avaliação endoscópica reservada para aqueles com níveis elevados ou sintomas de calprotectina fecal.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
Estenose dominante ou relevante ou obstrução deve ser descartada por ressonância nuclear magnética/colangiopancreatografia por ressonância magnética (RNM/CPRM) em pacientes com colangite esclerosante primária e novo episódio de prurido, e qualquer estenose deve ser tratada por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Se não houver presença de estenose relevante, o tratamento deve ser iniciado evitando calor, com emolientes e anti-histamínicos.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com Caso essas medidas sejam inefetivas os pacientes podem ser tratados com farmacoterapia.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
alívio do prurido
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Com base principalmente em experiência clínica, os sequestrantes de ácidos biliares (por exemplo, colestiramina) foram considerados por muitos anos como agentes de primeira linha para o alívio do prurido, e são efetivos.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [54]Carey JB Jr, Williams G. Relief of the pruritus of jaundice with a bile-acid sequestering resin. JAMA. 1961 May 6;176:432-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13690773?tool=bestpractice.com Entretanto, a interferência na absorção de outros medicamentos e a constipação limitam seu uso e indicam o uso de agentes alternativos.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [55]Khurana S, Singh P. Rifampin is safe for treatment of pruritus due to chronic cholestasis: a meta-analysis of prospective randomized-controlled trials. Liver Int. 2006 Oct;26(8):943-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16953834?tool=bestpractice.com [56]Terg R, Coronel E, Sordá J, et al. Efficacy and safety of oral naltrexone treatment for pruritus of cholestasis, a crossover, double blind, placebo-controlled study. J Hepatol. 2002 Dec;37(6):717-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12445410?tool=bestpractice.com [57]Mayo MJ, Handem I, Saldana S, et al. Sertraline as a first-line treatment for cholestatic pruritus. Hepatology. 2007 Mar;45(3):666-74. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.21553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17326161?tool=bestpractice.com
Agentes alternativos incluem rifampicina, naltrexona e inibidores seletivos da recaptação de serotonina.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [55]Khurana S, Singh P. Rifampin is safe for treatment of pruritus due to chronic cholestasis: a meta-analysis of prospective randomized-controlled trials. Liver Int. 2006 Oct;26(8):943-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16953834?tool=bestpractice.com [56]Terg R, Coronel E, Sordá J, et al. Efficacy and safety of oral naltrexone treatment for pruritus of cholestasis, a crossover, double blind, placebo-controlled study. J Hepatol. 2002 Dec;37(6):717-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12445410?tool=bestpractice.com [57]Mayo MJ, Handem I, Saldana S, et al. Sertraline as a first-line treatment for cholestatic pruritus. Hepatology. 2007 Mar;45(3):666-74. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.21553 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17326161?tool=bestpractice.com O fenobarbital, a fototerapia ou a plasmaférese podem ser usados nos pacientes que não apresentam resposta a rifampicina, naltrexona e inibidores seletivos de recaptação de serotonina.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
Essas opções se baseiam nas diretrizes da American Association for the Study of Liver Diseases.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com No entanto, as recomendações podem ser diferentes em outros países. Por exemplo, o bezafibrato é a opção de primeira linha recomendada nas diretrizes europeias (consulte Novos tratamentos). As diretrizes europeias apoiam o uso de rifampicina e naltrexona, mas não colestiramina, sertralina ou fenobarbital. Consulte as diretrizes locais para obter opções.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
Opções primárias
colestiramina: crianças >6 anos de idade: 80 mg/kg por via oral três vezes ao dia; adultos: 4-16 g/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas
Opções secundárias
rifampicina: crianças e adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dia
ou
naltrexona: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
ou
sertralina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 75-100 mg por via oral uma vez ao dia
Opções terciárias
fenobarbital: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ácido ursodesoxicólico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O ácido ursodesoxicólico está licenciado em alguns países para uso em pacientes com colangite esclerosante primária.
As diretrizes europeias não fazem recomendações firmes, mas declaram que o ácido ursodesoxicólico pode ser administrado a pacientes com colangite esclerosante primária, pois pode melhorar os testes de função hepática e marcadores substitutos de prognóstico.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
As orientações práticas da American Association for the Study of Liver Diseases afirmam que o ácido ursodesoxicólico pode ser considerado para os pacientes com colangite esclerosante primária que apresentarem níveis persistentemente elevados de fosfatase alcalina ou gama-glutamiltransferase, caso não tenham interesse ou não sejam elegíveis para ensaios clínicos, e que ele pode ser continuado por mais de 12 meses se os sintomas melhorarem e/ou se houver redução significativa ou normalização da fosfatase alcalina (adultos) ou gama-glutamiltransferase (crianças) à ocasião.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ácido ursodesoxicólico: 12-16 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas
Mais ácido ursodesoxicólicoDoses mais altas podem ser recomendadas pelas diretrizes.
imunossupressores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A hepatite autoimune concomitante em pacientes com síndrome de sobreposição de colangite esclerosante primária-hepatite autoimune pode, no entanto, ser tratada com terapia imunossupressora, e os corticosteroides também podem ser considerados.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com [30]Chapman R, Fevery J, Kalloo A, et al. Diagnosis and management of primary sclerosing cholangitis. Hepatology. 2010 Feb;51(2):660-78. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.23294 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20101749?tool=bestpractice.com [60]Manns MP, Czaja AJ, Gorham JD, et al. Diagnosis and management of autoimmune hepatitis. Hepatology. 2010 Jun;51(6):2193-213. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/hep.23584 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20513004?tool=bestpractice.com Consulte Hepatite autoimune.
procedimento intervencionista
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com estenoses dominantes/relevantes (estenoses da árvore biliar extra-hepática) que estiverem agudamente enfermos (icterícia e prurido com rápida progressão, colangite bacteriana aguda, testes da função hepática deteriorados) requerem uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), e dilatação da estenose por balão. Isso pode melhorar a colestase, o prurido e, possivelmente, até as taxas de sobrevida.[62]Gluck M, Cantone NR, Brandaburr JJ, et al. A twenty-year experience with endoscopic therapy for symptomatic primary sclerosing cholangitis. J Clin Gastroenterol. 2008 Oct;42(9):1032-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18580600?tool=bestpractice.com [63]Gotthardt DN, Rudolph G, Klöters-Plachky P, et al. Endoscopic dilation of dominant stenoses in primary sclerosing cholangitis: outcome after long-term treatment. Gastrointest Endosc. 2010 Mar;71(3):527-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20189511?tool=bestpractice.com [64]Aljiffry M, Renfrew PD, Walsh MJ, et al. Analytical review of diagnosis and treatment strategies for dominant bile duct strictures in patients with primary sclerosing cholangitis. HPB (Oxford). 2011 Feb;13(2):79-90. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21241424?tool=bestpractice.com A colocação de uma endoprótese plástica removível na estenose foi associada a aumento das complicações, e a colocação fica a critério do endoscopista.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [65]Kaya M, Petersen BT, Angulo P, et al. Balloon dilation compared to stenting of dominant strictures in primary sclerosing cholangitis. Am J Gastroenterol. 2001 Apr;96(4):1059-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11316147?tool=bestpractice.com [66]Ponsioen CY, Arnelo U, Bergquist A, et al. No superiority of stents vs balloon dilatation for dominant strictures in patients with primary sclerosing cholangitis. Gastroenterology. 2018 May 24;155(3):752-9.e5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29803836?tool=bestpractice.com Se a endoprótese for colocada, geralmente deve ser removida em até 4 semanas.[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://www.doi.org/10.1002/hep.32771 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos comuns associados com a dilatação endoscópica e colocação de endoprótese incluem sangramento e perfuração; as endopróteses também estão associadas com migração, oclusão e pneumonia por aspiração.[67]ASGE Standards of Practice Committee, Coelho-Prabhu N, Forbes N, et al. Adverse events associated with EGD and EGD-related techniques. Gastrointest Endosc. 2022 Sep;96(3):389-401.e1. https://www.doi.org/10.1016/j.gie.2022.04.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35843754?tool=bestpractice.com
A remoção endoscópica dos cálculos primários do ducto biliar (por causa da estase biliar acima das estenoses) também pode proporcionar uma melhora clínica.[62]Gluck M, Cantone NR, Brandaburr JJ, et al. A twenty-year experience with endoscopic therapy for symptomatic primary sclerosing cholangitis. J Clin Gastroenterol. 2008 Oct;42(9):1032-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18580600?tool=bestpractice.com Pacientes com estenoses biliares intra-hepáticas difusas, mas sem estenose biliar extra-hepática focal, têm menos probabilidade de obter benefício do tratamento endoscópico. Antes do procedimento, é recomendável usar antibióticos profiláticos, pois a CPRE em pacientes com colangite esclerosante primária está associada a risco de complicações em torno de 10%.[48]Etzel JP, Eng SC, Ko CW, et al. Complications after ERCP in patients with primary sclerosing cholangitis. Gastrointest Endosc. 2008 Apr;67(4):643-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18061595?tool=bestpractice.com [62]Gluck M, Cantone NR, Brandaburr JJ, et al. A twenty-year experience with endoscopic therapy for symptomatic primary sclerosing cholangitis. J Clin Gastroenterol. 2008 Oct;42(9):1032-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18580600?tool=bestpractice.com [68]Stiehl A, Rudolph G, Kloters-Plachky P, et al. Development of dominant bile duct stenoses in patients with primary sclerosing cholangitis treated with ursodeoxycholic acid: outcome after endoscopic treatment. J Hepatol. 2002 Feb;36(2):151-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11830325?tool=bestpractice.com [69]Hirota WK, Petersen K, Baron TH, et al. Guidelines for antibiotic prophylaxis for GI endoscopy. Gastrointest Endosc. 2003 Oct;58(4):475-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14520276?tool=bestpractice.com
Se o acesso endoscópico à árvore biliar não for bem-sucedido, a colangiografia trans-hepática percutânea pode possibilitar a realização de drenagem biliar, a colocação de endoprótese e/ou a dilatação da estenose. Deve-se realizar uma citologia do escovado para descartar um colangiocarcinoma, embora o rendimento seja notadamente baixo, em torno de 18%.[45]Baron TH, Harewood GC, Rumalla A, et al. A prospective comparison of digital image analysis and routine cytology for the identification of malignancy in biliary tract strictures. Clin Gastroenterol Hepatol. 2004 Mar;2(3):214-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15017605?tool=bestpractice.com
Nos casos de estenoses dominantes, pode-se considerar uma terapia cirúrgica em pacientes não cirróticos cuidadosamente selecionados nos quais a terapia endoscópica seja ineficaz.[70]Pawlik TM, Olbrecht VA, Pitt HA, et al. Primary sclerosing cholangitis: role of extrahepatic biliary resection. J Am Coll Surg. 2008 May;206(5):822-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18471705?tool=bestpractice.com
doença hepática em estágio terminal
transplante de fígado
O transplante de fígado é a única opção terapêutica para pacientes com doença hepática em estágio terminal devido à colangite esclerosante primária. Ele é indicado quando a sobrevida esperada após o transplante exceder aquela predita sem esse procedimento. A história natural imprevisível da colangite esclerosante primária, incluindo o desenvolvimento de colangiocarcinoma, faz com que seja difícil determinar o momento ideal para o transplante de fígado, mas as diretrizes europeias recomendam que seja considerado quando os pacientes apresentam cirrose descompensada.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com De modo semelhante a outras causas de doença hepática em estágio terminal, o escore de Mayo End-Stage Liver Disease (MELD) é utilizado para priorizar pacientes com colangite esclerosante primária para transplante de fígado. [ Escore MELDNa (para fins de listagem de transplantes de fígado, não é adequado para pacientes com menos de 12 anos de idade ) (unidades SI) Opens in new window ] O transplante de fígado fornece excelentes resultados em longo prazo, com uma sobrevida de 10 anos de 70%.[71]Graziadei IW. Wiesner RH, Marotta PJ, et al. Long-term results of patients undergoing liver transplantation for primary sclerosing cholangitis. Hepatology. 1999 Nov;30(5):1121-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10534330?tool=bestpractice.com A recorrência da colangite esclerosante primária no enxerto ocorre em 10% a 20% dos pacientes, podendo levar à falha do enxerto, sendo necessário um retransplante.[72]Graziadei IW, Wiesner RH, Batts KP, et al. Recurrence of primary sclerosing cholangitis following liver transplantation. Hepatology. 1999 Apr;29(4):1050-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10094945?tool=bestpractice.com [73]Gordon F. Recurrent primary sclerosing cholangitis: clinical diagnosis and long-term management issues. Liver Transpl. 2006 Nov;12(11 Suppl 2):S73-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17051565?tool=bestpractice.com [74]Alexander J, Lord JD, Yeh MM, et al. Risk factors for recurrence of primary sclerosing cholangitis after liver transplantation. Liver Transpl. 2008 Feb;14(2):245-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18236405?tool=bestpractice.com [75]Campsen J, Zimmerman MA, Trotter JF, et al. Clinically recurrent primary sclerosing cholangitis following liver transplantation: a time course. Liver Transpl. 2008 Feb;14(2):181-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18236392?tool=bestpractice.com
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal