Estatinas
Um grande estudo de coorte com base populacional na Suécia sugere que as estatinas podem diminuir a mortalidade por todas as causas (razão de riscos [HR] 0.68, IC de 95% 0.54 a 0.88) e morte ou transplante de fígado (HR 0.50, IC de 95% 0.28 a 0.66) em pacientes com colangite esclerosante primária.[85]Stokkeland K, Höijer J, Bottai M, et al. Statin use is associated with improved outcomes of patients with primary sclerosing cholangitis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2019 Aug;17(9):1860-6.e1.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30448601?tool=bestpractice.com
Os resultados podem ser úteis para informar as futuras vias de tratamento.
Azatioprina
Um grande estudo de coorte com base populacional na Suécia sugere que o uso da azatioprina está associado com uma menor mortalidade (HR 0.66, IC de 95% 0.52 a 0.84) e risco de morte ou transplante de fígado (HR 0.65, IC de 95% 0.50 a 0.83) em pacientes com colangite esclerosante primária.[85]Stokkeland K, Höijer J, Bottai M, et al. Statin use is associated with improved outcomes of patients with primary sclerosing cholangitis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2019 Aug;17(9):1860-6.e1.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30448601?tool=bestpractice.com
A azatioprina não é recomendada para o tratamento da colangite esclerosante primária, mas os resultados podem ser úteis para informar as futuras vias de tratamento.[34]Lindor KD, Kowdley KV, Harrison ME; American College of Gastroenterology. ACG clinical guideline: primary sclerosing cholangitis. Am J Gastroenterol. 2015 May;110(5):646-59.
https://gi.org/guideline/primary-sclerosing-cholangitis
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25869391?tool=bestpractice.com
Vancomicina
Relatos de caso, estudos-piloto e pequenos ensaios randomizados controlados sugerem que a vancomicina por via oral pode ter um papel no manejo da colangite esclerosante primária.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806.
https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702.
https://www.doi.org/10.1002/hep.32771
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
[86]Hey P, Lokan J, Johnson P, et al. Efficacy of oral vancomycin in recurrent primary sclerosing cholangitis following liver transplantation. BMJ Case Rep. 2017 Sep 25;2017:bcr-2017-221165.
https://casereports.bmj.com/content/2017/bcr-2017-221165.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28951512?tool=bestpractice.com
[87]Tabibian JH, Weeding E, Jorgensen RA, et al. Randomised clinical trial: vancomycin or metronidazole in patients with primary sclerosing cholangitis - a pilot study. Aliment Pharmacol Ther. 2013 Feb 5;37(6):604-12.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/apt.12232
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23384404?tool=bestpractice.com
[88]de Chambrun GP, Nachury M, Funakoshi N, et al. Oral vancomycin induces sustained deep remission in adult patients with ulcerative colitis and primary sclerosing cholangitis. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2018 Oct;30(10):1247-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30052539?tool=bestpractice.com
[89]Davies YK, Cox KM, Abdullah BA, et al. Long-term treatment of primary sclerosing cholangitis in children with oral vancomycin: an immunomodulating antibiotic. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2008 Jul;47(1):61-7.
https://journals.lww.com/jpgn/fulltext/2008/07000/Long_term_Treatment_of_Primary_Sclerosing.10.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18607270?tool=bestpractice.com
No entanto, no momento não há evidências suficientes para recomendar a vancomicina ou qualquer antibiótico na ausência de colangite bacteriana recorrente.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806.
https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
[3]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702.
https://www.doi.org/10.1002/hep.32771
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
Transplante de microbiota fecal
Os resultados de um estudo-piloto aberto com 10 pacientes portadores de colangite esclerosante primária e doença inflamatória intestinal concomitante (9 com colite ulcerativa e 1 com doença de Crohn) sugerem que o transplante de microbiota fecal (TMF) pode ser benéfico.[90]Allegretti JR, Kassam Z, Carrellas M, et al. Fecal microbiota transplantation in patients with primary sclerosing cholangitis: a pilot clinical trial. Am J Gastroenterol. 2019 Jul;114(7):1071-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30730351?tool=bestpractice.com
Três pacientes sofreram uma redução ≥50% nos níveis de fosfatase alcalina (FAL). A diversidade bacteriana no intestino aumentou em todos os pacientes pós-FMT já na semana 1, e a abundância de unidades taxonômicas operacionais nos pacientes enxertados pós-FMT está relacionada com diminuições nos níveis de FAL (P=0.02).
Ácido obeticólico
Um estudo de fase 2 randomizado e controlado por placebo mostrou que o ácido obeticólico, um agonista do receptor farnesoide X, reduziu os níveis séricos de FAL em pacientes com colangite esclerosante primária.[91]Kowdley KV, Vuppalanchi R, Levy C, et al. A randomized, placebo-controlled, phase II study of obeticholic acid for primary sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2020 Jul;73(1):94-101.
https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(20)30160-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32165251?tool=bestpractice.com
No entanto, faltam dados que demonstrem diminuição na mortalidade ou no risco de transplante de fígado.
Ácido nor-ursodesoxicólico
O ácido nor-ursodesoxicólico, um homólogo do ácido ursodesoxicólico, diminui os níveis de FAL de forma dose-dependente em pacientes com colangite esclerosante primária, mas não houve evidência de redução na mortalidade ou no risco de transplante de fígado.[92]Fickert P, Hirschfield GM, Denk G, et al. norUrsodeoxycholic acid improves cholestasis in primary sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2017 Sep;67(3):549-58.
https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2017.05.009
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28529147?tool=bestpractice.com
Bezafibrato
O bezafibrato, um agonista do receptor ativado por proliferadores de peroxissoma, foi considerado efetivo em aliviar o prurido em pacientes com colangite esclerosante primária no ensaio clínico FITCH (fibratos para prurido associado a coléstase).[93]de Vries E, Bolier R, Goet J, et al. Fibrates for Itch (FITCH) in fibrosing cholangiopathies: a double-blind, randomized, Placebo-controlled trial. Gastroenterology. 2021 Feb;160(3):734-43.e6.
https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2020.10.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33031833?tool=bestpractice.com
O tratamento em curto prazo com bezafibrato não apresentou efeitos adversos importantes.[93]de Vries E, Bolier R, Goet J, et al. Fibrates for Itch (FITCH) in fibrosing cholangiopathies: a double-blind, randomized, Placebo-controlled trial. Gastroenterology. 2021 Feb;160(3):734-43.e6.
https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2020.10.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33031833?tool=bestpractice.com
O bezafibrato é recomendado pelas diretrizes da European Association for the Study of the Liver (EASL) para o tratamento do prurido moderado a grave em pacientes com colangite esclerosante primária.[2]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on sclerosing cholangitis. J Hepatol. 2022 Sep;77(3):761-806.
https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2022.05.011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35738507?tool=bestpractice.com
No entanto, ele não está aprovado nos EUA.