Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

convulsões agudas repetitivas (crianças >1 mês de idade)

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1ª linha – 

benzodiazepínico

Não existe uma definição bem estabelecida de convulsões agudas repetitivas, o que aumenta o desafio de reconhecê-las.[42]​ Uma definição clínica frequentemente usada é três ou mais convulsões em 24 horas para os pacientes cuja frequência habitual das convulsões é inferior a três convulsões por dia, com retorno ao estado de alerta total entre elas. As outras definições incluem duas ou mais convulsões em 6 horas, duas ou mais convulsões em 24 horas ou duas a quatro convulsões em menos de 48 horas.[42]

Uma criança que tiver uma crise convulsiva deve ser imediatamente deitada de lado para evitar lesões, e as vias aéreas devem ser desobstruídas. Os pais e outros cuidadores da criança devem ser treinados para administrar tratamentos o mais rapidamente possível na comunidade quando forem identificados ataques de convulsões, sem a necessidade de o paciente comparecer ao hospital.

As opções de tratamento incluem diazepam retal ou intranasal, ou midazolam bucal ou intranasal. Essas formulações de benzodiazepínicos têm demonstrado eficácia razoável, igual ou melhor que a das formulações intravenosas, na maioria dos pacientes. Benzodiazepínicos orais (por exemplo, lorazepam) podem ser usados se as formulações acima não estiverem disponíveis, desde que o paciente esteja acordado e cooperativo e que o risco de aspiração seja baixo ou não seja preocupante.[40][41]

O paciente deve continuar com uma formulação oral adequada de um anticonvulsivante uma vez estabilizado.

Opções primárias

diazepam retal: crianças de 2-5 anos de idade: 0.5 mg/kg por via retal em dose única; crianças de 6-11 anos de idade: 0.3 mg/kg por via retal em dose única; crianças ≥12 anos de idade: 0.2 mg/kg por via retal em dose única

Mais

ou

diazepam por via nasal: crianças de 6 a 11 anos de idade e peso corporal de 10-18 kg: 5 mg por via intranasal em dose única; crianças de 6 a 11 anos de idade e peso corporal de 19-37 kg: 10 mg por via intranasal em dose única; crianças de 6 a 11 anos de idade e peso corporal de 38-55 kg: 15 mg por via intranasal em dose única; crianças de 6 a 11 anos de idade e peso corporal de 56-74 kg: 20 mg por via intranasal em dose única; crianças ≥12 anos de idade e peso corporal de 14-27 kg: 5 mg por via intranasal em dose única; crianças ≥12 anos de idade e peso corporal 28-50 kg: 10 mg por via intranasal em dose única; crianças ≥12 anos de idade e peso corporal 51-75 kg: 15 mg por via intranasal em dose única; crianças ≥12 anos de idade e peso corporal ≥76 kg: 20 mg por via intranasal em dose única

Mais

ou

midazolam por via nasal: crianças ≥12 anos de idade: 5 mg (1 aplicação) por via intranasal em dose única

Mais

ou

midazolam: crianças ≥1 mês de idade: 0.2 mg/kg por via bucal em dose única, máximo de 10 mg/dose

Mais

Opções secundárias

lorazepam: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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1ª linha – 

benzodiazepínico ou anticonvulsivante parenteral

Não existe uma definição bem estabelecida de convulsões agudas repetitivas, o que aumenta o desafio de reconhecê-las.[42]​ Uma definição clínica frequentemente usada é três ou mais convulsões em 24 horas para os pacientes cuja frequência habitual das convulsões é inferior a três convulsões por dia, com retorno ao estado de alerta total entre elas. As outras definições incluem duas ou mais convulsões em 6 horas, duas ou mais convulsões em 24 horas ou duas a quatro convulsões em menos de 48 horas.[42]

A criança deve ser imediatamente deitada de lado para evitar lesões, e as vias aéreas devem ser desobstruídas.

Em um cenário hospitalar, benzodiazepínicos intravenosos (por exemplo, diazepam, lorazepam), ou formulações intravenosas de anticonvulsivantes como fenitoína (ou fosfenitoína), valproato, fenobarbital, levetiracetam, lacosamida e brivaracetam podem ser usados para tratar as convulsões agudas repetitivas. O paciente deve continuar com uma formulação oral adequada de um anticonvulsivante uma vez estabilizado.

O valproato é contraindicado em pacientes com distúrbios do ciclo da ureia e alguns distúrbios mitocondriais, especialmente aqueles causados pela DNA polimerase gama mitocondrial, e deve ser evitado nas crianças menores de 2 anos, a menos que essas causas sejam descartadas.​[79][81]​​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Opções primárias

diazepam: crianças ≥1 mês de idade: 0.15 a 0.2 mg/kg por via intravenosa em dose única, pode-se repetir a dose em 15 minutos, máximo de 10 mg/dose

ou

lorazepam: 0.05 a 0.1 mg/kg por via intravenosa em dose única, pode-se repetir 0.05 mg/kg após 10-15 minutos de acordo com a resposta, máximo de 4 mg/dose

Opções secundárias

fenitoína: 15-20 mg/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguida por uma dose adicional de 5-10 mg/kg após 10-20 minutos de acordo com a resposta, máximo de 1500 mg/dia

ou

fosfenitoína: 15-20 mg (equivalentes de fenitoína)/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por uma dose adicional de 5-10 mg (equivalentes de fenitoína)/kg após 10-20 minutos de acordo com a resposta, máximo de 1500 mg (equivalentes de fenitoína)/dia

Mais

ou

fenobarbital: 15-20 mg/kg por via intravenosa em dose única, seguidos por 5-10 mg/kg a cada 15-30 minutos de acordo com a resposta, máximo de 1000 mg/dose de ataque e 40 mg/kg/dose total

ou

valproato de sódio: 40 mg/kg por via intravenosa em dose única, máximo de 3000 mg/dose

ou

levetiracetam: 60 mg/kg por via intravenosa em dose única, máximo de 4500 mg/dose

ou

lacosamida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

brivaracetam: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

CONTÍNUA

síndromes epilépticas com início na infância (1 mês a 2 anos)

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1ª linha – 

piridoxina e/ou anticonvulsivantes

Esforços cuidadosos para identificar a etiologia genética, metabólica e/ou estrutural são necessários para orientar os tratamentos específicos para a etiologia.

A epilepsia dependente de piridoxina é uma causa importante e potencialmente tratável de epilepsia resistente à terapia de início precoce. O reconhecimento imediato é importante para o tratamento e o prognóstico. Bebês com epilepsia resistente à terapia de início precoce de causa desconhecida devem receber piridoxina com ou sem anticonvulsivantes adicionais até que a epilepsia dependente de piridoxina seja totalmente descartada por análise metabólica e/ou genética.[66]

Os anticonvulsivantes convencionais são opções para o tratamento da EIDEE, mas sua eficácia é limitada. A zonisamida, a vigabatrina, o topiramato e altas doses de fenobarbital podem ter algum valor.[67][68][69]

A vigabatrina pode causar perda permanente da visão e tem distribuição restrita em alguns países.

Medicamentos bloqueadores dos canais de sódio, como a oxcarbazepina, devem ser considerados a terapia ideal quando há suspeita de que a encefalopatia epiléptica seja devida a variantes patogênicas de ganho de função de SCN2A/SCN8A ou variantes de perda de função de KCNQ2.

A quinidina tem sido usada para tratar a epilepsia associada a variantes do KCNT1 com ganho de função, mas os estudos produziram resultados contraditórios.[70][71]

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

piridoxina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

zonisamida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

vigabatrina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

topiramato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

fenobarbital: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

oxcarbazepina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

sulfato de quinidina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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2ª linha – 

dieta cetogênica ou cirurgia

As dietas cetogênicas devem ser consideradas para os pacientes com epilepsia refratária. O uso requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.​​[60]​​[61] [ Cochrane Clinical Answers logo ] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​​​​

A cirurgia (ressecção, desconexão) pode ser efetiva se a maioria das convulsões for focal e devida a uma causa estrutural identificada. É importante identificar a etiologia estrutural potencial e considerar a cirurgia precocemente se as convulsões forem refratárias ao tratamento medicamentoso.[72]

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1ª linha – 

corticosteroide ou corticotropina (ACTH) ou vigabatrina

Os espasmos epiléticos são resistentes à maioria dos anticonvulsivantes. Um corticosteroide oral, ACTH ou vigabatrina (tratamento de escolha para pacientes com complexo de esclerose tuberosa) deve ser usado como tratamento inicial assim que espasmos epilépticos infantis forem diagnosticados, pois todos demonstraram eficácia em estudos.[73][74][75][76]

O ACTH e os corticosteroides têm eficácias relatadas semelhantes: 46% e 44% dos pacientes, respectivamente, mostraram resposta ao tratamento em um estudo. As taxas de resposta à vigabatrina foram de 62% para os lactentes com complexo da esclerose tuberosa e 29% para aqueles com outras causas de espasmos infantis.[77]​ A presença ou ausência de hipsarritmia não deve afetar as decisões de tratamento.[78]

A vigabatrina pode causar perda permanente da visão e tem distribuição restrita em alguns países.

As recomendações sobre o esquema medicamentoso, as doses e a duração do tratamento variam. O esquema mais comum é o ACTH, seguido por um corticosteroide (geralmente prednisolona). Pode ser necessário aumentar rapidamente a dose de tratamento em uma tentativa de interromper os espasmos e melhorar o eletroencefalograma (EEG). Um especialista deve ser consultado para orientação quanto à escolha do esquema terapêutico

Se o primeiro tratamento for inefetivo, deve-se tentar uma medicação alternativa das opções iniciais que tenha um mecanismo de ação diferente, pois são mais efetivas que o uso de anticonvulsivantes padrão: ou seja, vigabatrina se a prednisolona ou o ACTH foram usados como opção primária, e prednisolona ou ACTH se a vigabatrina for usada como opção primária.[79]​ De forma alternativa, a prednisolona ou o ACTH podem ser usados em combinação com a vigabatrina; há algumas evidências de melhora no controle das convulsões com a terapia combinada, mas não há boas evidências de que isso altere os desfechos em longo prazo.[80]

Opções primárias

prednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

corticotropina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

vigabatrina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

prednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

corticotropina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

--E--

vigabatrina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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2ª linha – 

anticonvulsivantes alternativos, ou dieta cetogênica, ou cirurgia

As evidências da efetividade de outros tratamentos para a IESS refratária são limitadas. A escolha do tratamento deve ser feita de acordo com cada paciente individualmente.

Não há evidências suficientes da eficácia de outros anticonvulsivantes no tratamento de espasmos infantis refratários. Os medicamentos utilizados incluem topiramato, clobazam, valproato, zonisamida, levetiracetam e fenobarbital. O valproato é contraindicado em pacientes com distúrbios do ciclo da ureia e alguns distúrbios mitocondriais, especialmente aqueles causados pela DNA polimerase gama mitocondrial, e deve ser evitado em crianças menores de 2 anos, a menos que essas causas sejam descartadas.[79][81]

A piridoxina é algumas vezes usada como opção de tratamento, embora um estudo tenha relatado que a adição de piridoxina foi inefetiva.[82][83][84]

As dietas cetogênicas são uma opção efetiva para os espasmos epilépticos intratáveis.[61]​ No entanto, os efeitos podem ser temporários, por isso o uso é reservado para os casos resistentes aos hormônios. O uso requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.[60][61]

Para crianças com espasmos epilépticos resistentes a medicamentos que apresentam anomalias cerebrais localizadas (especialmente quando se correlacionam com a localização do EEG), a cirurgia (ressecção, desconexão) é considerada apropriada. Anormalidades estruturais (por exemplo, tumores, porencefalia, hemimegalencefalia) são indicações para cirurgia com potencial para um bom desfecho. A displasia cortical focal também é uma indicação, especialmente se correlacionada a achados do EEG. A cirurgia precoce é sugerida em casos de resistência a medicamentos porque a intervenção precoce pode levar a um melhor prognóstico cognitivo.

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A monoterapia com valproato geralmente é considerada efetiva nos pacientes com EML.[85][86]​​​ O valproato é contraindicado em pacientes com distúrbios do ciclo da ureia e alguns distúrbios mitocondriais, especialmente aqueles causados pela DNA polimerase gama mitocondrial, e deve ser evitado nas crianças menores de 2 anos, a menos que essas causas sejam descartadas. O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

As outras opções de tratamento incluem o topiramato, a lamotrigina, o clonazepam e o levetiracetam.[67]

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

Foi sugerido que os atrasos no início do tratamento possam causar problemas cognitivos posteriormente durante a vida.[87]

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

Opções secundárias

clonazepam: crianças <10 anos de idade ou peso corporal <30 kg: 0.01 a 0.03 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.2 mg/kg/dia; crianças ≥10 anos de idade ou peso corporal ≥30 kg: 0.5 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

topiramato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

levetiracetam: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

O valproato e o clobazam são recomendados como terapias iniciais.[21][88][89]

O valproato é contraindicado em pacientes com distúrbios do ciclo da ureia e alguns distúrbios mitocondriais, especialmente aqueles causados pela DNA polimerase gama mitocondrial, e deve ser evitado em crianças menores de 2 anos, a menos que essas causas sejam descartadas. O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade apresentam aumento do risco); testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco de vida.

Se o valproato e o clobazam forem insuficientemente efetivos, devem-se considerar o estiripentol e/ou a fenfluramina.[21][88][89]

O estiripentol (um inibidor do citocromo P450 que aumenta os níveis sanguíneos de outros anticonvulsivantes) é efetivo quando adicionado ao clobazam, e quando usado como monoterapia (off-label). Ele foi aprovado para uso como terapia adjuvante ao clobazam para a síndrome de Dravet em crianças a partir de 6 meses de idade.​[21][89][90]​​ O estiripentol pode causar neutropenia e trombocitopenia; exames hematológicos devem ser realizados antes e durante o tratamento.

A fenfluramina (um agonista do receptor de serotonina) foi aprovada para tratar as convulsões relacionadas à síndrome de Dravet em pacientes com 2 anos ou mais. Ela pode ser usada como monoterapia ou em combinação com outros medicamentos. Em ensaios clínicos randomizados e controlados, a fenfluramina resultou em uma redução significativamente maior na frequência de crises convulsivas em comparação com o placebo.[21][91][92]​ A fenfluramina está associada a valvopatia cardíaca e hipertensão arterial pulmonar; um ECG deve ser realizado antes e durante o tratamento.

A solução oral de canabidiol está aprovada para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Dravet em pacientes com 1 ano ou mais (2 anos ou mais em alguns países). O canabidiol de qualidade farmacêutica está associado a uma diminuição na frequência de convulsões relacionadas à síndrome de Dravet, embora o mecanismo de ação seja desconhecido.[93][94][95]​ Há evidências de que o canabidiol é efetivo tanto na ausência como na presença do clobazam.[96][97]​ Use o canabidiol com cautela nos pacientes com doença hepática.

Sabe-se que os medicamentos bloqueadores dos canais de sódio, como carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina e fenitoína, exacerbam as convulsões em crianças com síndrome de Dravet, e devem ser evitados.[21][89]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Opções secundárias

estiripentol: crianças ≥6 meses de idade e ≥7 kg de peso corporal: 50 mg/kg/dia por via oral administrados inicialmente em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Mais

e

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

fenfluramina: crianças ≥2 anos de idade: 0.1 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.7 mg/kg/dia ou 26 mg/dia

Mais

Opções terciárias

canabidiol (CBD): crianças ≥1 ano de idade: 2.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia

Mais
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2ª linha – 

topiramato

O topiramato pode ser usado como monoterapia ou como adjuvante. Relatou-se a eficácia do topiramato quando usado como terapia adjuvante.[21][98]

Opções primárias

topiramato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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2ª linha – 

dieta cetogênica

As dietas cetogênicas são eficazes e devem ser consideradas após dois testes anticonvulsivantes malsucedidos, ou antes, em alguns casos. O uso requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.[60][61]

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3ª linha – 

estimulação do nervo vago

A estimulação do nervo vago normalmente resulta em uma redução <50% nas convulsões, mas deve ser considerada somente após outras opções terapêuticas terem sido tentadas.[21]

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

As convulsões geralmente respondem ao tratamento com anticonvulsivantes.[31]​ As opções de tratamento incluem o valproato, a lamotrigina, o levetiracetam ou o topiramato.

O valproato é contraindicado em pacientes com distúrbios do ciclo da ureia e alguns distúrbios mitocondriais, especialmente aqueles causados pela DNA polimerase gama mitocondrial, e deve ser evitado em crianças menores de 2 anos, a menos que essas causas sejam descartadas. O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade apresentam aumento do risco); testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco de vida.

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

levetiracetam: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

topiramato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

síndromes epilépticas com início na infância (2-12 anos)

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1ª linha – 

anticonvulsivante e/ou dieta cetogênica

O valproato é recomendado com mais frequência como terapia de primeira linha.[100][101]​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

As dietas cetogênicas são altamente efetivas para esta síndrome.[101] Em um estudo de uma grande coorte retrospetiva multicêntrica, a terapia com dieta cetogênica foi de longe o tratamento mais efetivo e, portanto, deve ser considerada como terapia inicial.[99]​ O uso requer uma equipe qualificada que inclua um nutricionista, e monitoramento regular.[60][61]

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

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2ª linha – 

anticonvulsivantes alternativos

Os tratamentos com evidência de eficácia são os benzodiazepínicos (por exemplo, clobazam, clonazepam), o levetiracetam, a zonisamida e o topiramato.[101]

A lamotrigina, a etossuximida, a rufinamida, o perampanel e o felbamato também apresentam algumas evidências de efetividade.[101]

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes da dose e às doses mais altas.

O felbamato pode causar anemia aplásica ou insuficiência hepática; testes hematológicos e testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento.

A vigabatrina e os outros medicamentos bloqueadores dos canais de sódio diferentes da lamotrigina devem ser evitados.[101]

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

clonazepam: crianças <10 anos de idade ou peso corporal <30 kg: 0.01 a 0.03 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.2 mg/kg/dia; crianças ≥10 anos de idade ou peso corporal ≥30 kg: 0.5 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

ou

zonisamida: crianças de 1 a 15 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥16 anos de idade: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

ou

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

Mais

Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

etossuximida: crianças de 3 a 6 anos de idade: 250 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade: 250 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Mais

ou

rufinamida: crianças ≥1 ano de idade: 10 mg/kg/dia por via oral administrados inicialmente em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 45 mg/kg/dia ou 3200 mg/dia

Mais

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

Mais

ou

felbamato: crianças de 2 a 14 anos de idade: 15 mg/kg/dia por via oral administrados inicialmente em 3-4 doses fracionadas, aumentar a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 45 mg/kg/dia ou 3600 mg/dia

Mais
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3ª linha – 

estimulação do nervo vago ou calosotomia

A estimulação do nervo vago ou a calosotomia (para a síncope) podem ser consideradas apenas se os medicamentos e as dietas cetogênicas forem insuficientemente efetivas.[101]

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A SLG é significativamente resistente à terapia, e a monoterapia anticonvulsivante raramente é eficaz. Isso geralmente significa que a politerapia em altas doses é necessária, o que pode causar um aumento paradoxal na frequência das convulsões. É necessária uma discussão cuidadosa com os cuidadores sobre os objetivos do tratamento para equilibrar o controle das convulsões com os efeitos adversos dos medicamentos. Os objetivos normalmente são diminuir a carga de convulsões prolongadas ou associadas a lesões, mas a ausência de convulsões é improvável.

O valproato é o agente de primeira linha mais comumente usado. O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade apresentam aumento do risco); testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco de vida.

O clobazam também pode ser considerado de primeira linha como monoterapia ou em combinação com valproato.

Os outros anticonvulsivantes com evidência de eficácia no tratamento de convulsões associadas à SLG incluem a rufinamida, a lamotrigina, o topiramato, o canabidiol e a fenfluramina.[102][103][104][105][106] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

A solução oral de canabidiol está aprovada para o tratamento de convulsões associadas à SLG em pacientes com 1 ano ou mais (2 anos ou mais em alguns países). Em ensaios randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo, a solução oral de canabidiol adjuvante reduziu de maneira efetiva a frequência de convulsões com síncope em comparação com o placebo.[104][107][108]​​[109]​​ Há algumas evidências de que o canabidiol é eficaz tanto na ausência como na presença do clobazam.[96][97]​​ Os efeitos adversos do canabidiol incluem elevação das enzimas hepáticas, intolerância gastrointestinal e distúrbios do sono.​[94][110]​​ Use o canabidiol com cautela nos pacientes com doença hepática.

A fenfluramina está aprovada para o tratamento de convulsões associadas à SLG em pacientes com 2 anos ou mais. Um ensaio clínico randomizado e controlado e um estudo aberto de extensão mostraram que a fenfluramina resultou em uma redução significativamente maior nas convulsões com síncope do que o placebo em pacientes com SLG; este efeito pareceu ser maior nos pacientes com crises tônico-clônicas generalizadas.[111][112]​​ A fenfluramina está associada a valvopatia cardíaca e hipertensão arterial pulmonar; um ECG deve ser realizado antes e durante o tratamento.

Os outros anticonvulsivantes que podem ser considerados incluem o levetiracetam, o perampanel, a zonisamida, o felbamato, a lacosamida, o brivaracetam e o cenobamato (não licenciado para uso em crianças), embora em alguns casos a evidência de efetividade na SLG seja escassa ou incerta.[102][104][105][113]

O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes da dose e às doses mais altas.

O felbamato pode causar anemia aplásica ou insuficiência hepática; testes hematológicos e testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento.

A carbamazepina, a eslicarbazepina, a gabapentina, a oxcarbazepina, a fenitoína, a pregabalina e a vigabatrina podem exacerbar as convulsões associadas à SLG e, portanto, são geralmente evitadas.[105]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

E/OU

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

Mais

ou

canabidiol (CBD): crianças ≥1 ano de idade: 2.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia

Mais

ou

fenfluramina: crianças ≥2 anos de idade: 0.1 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.7 mg/kg/dia ou 26 mg/dia

Mais

ou

rufinamida: crianças ≥1 ano de idade: 10 mg/kg/dia por via oral administrados inicialmente em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 45 mg/kg/dia ou 3200 mg/dia

Mais

Opções terciárias

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

Mais

ou

zonisamida: crianças de 1 a 15 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥16 anos de idade: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

ou

felbamato: crianças de 2 a 14 anos de idade: 15 mg/kg/dia por via oral administrados inicialmente em 3-4 doses fracionadas, aumentar a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 45 mg/kg/dia ou 3600 mg/dia

Mais

ou

lacosamida: crianças ≥4 anos de idade e peso corporal de 11-30 kg: 1 mg/kg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/kg/dia; crianças ≥4 anos de idade e peso corporal de 30-50 kg: 1 mg/kg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 8 mg/kg/dia; crianças ≥4 anos de idade e peso corporal ≥50 kg: 50 mg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia

ou

brivaracetam: crianças ≥1 mês de idade e peso corporal <11 kg: 0.75 a 1.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 6 mg/kg/dia; crianças ≥1 mês de idade e peso corporal 11-20 kg: 0.5 a 1.25 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 5 mg/kg/dia; crianças ≥1 mês de idade e peso corporal de 20-50 kg: 0.5 a 1 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 4 mg/kg/dia; crianças ≥1 mês de idade e peso corporal >50 kg: 25-50 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

cenobamato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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Considerar – 

corticotropina (ACTH) e/ou corticosteroide

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os corticosteroides e/ou o ACTH podem ser indicados para os tratamentos adjuvantes de curta duração em períodos particularmente difíceis (ou seja, no início, no estado de mal epiléptico ou durante os períodos de exacerbação significativa das convulsões). As recomendações sobre o esquema medicamentoso, as doses e a duração do tratamento variam. Um especialista deve ser consultado para que seja obtida orientação sobre a escolha do esquema nessa faixa etária.

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2ª linha – 

terapias não farmacológicas

As terapias não farmacológicas que podem ser tentadas incluem dietas cetogênicas, estimulação do nervo vago, calosotomia ou cirurgia ressectiva (se houver um foco convulsivo dominante e/ou estrutural).​[61][104][114]​​​​ O uso de uma dieta cetogênica requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.[60][61]

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

As crises tônico-clônicas de início generalizado ocorrem em algumas epilepsias do tipo ausência. Nesse caso, o tratamento deve ser direcionado tanto para as crises tônico-clônicas quanto para as ausências.[7]

Nas crianças com crises de ausência apenas, a etossuximida é a opção de primeira linha.[115]

O valproato é o anticonvulsivante de primeira linha recomendado para os pacientes com ausências e crises tônico-clônicas, mas o perfil de efeitos adversos não é tão favorável quanto o da etossuximida.​[115][116][117]​​​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

Uma revisão Cochrane apoia o uso da lamotrigina e do levetiracetam como alternativas adequadas ao valproato, particularmente para pacientes em idade fértil para as quais o valproato pode não ser uma terapia apropriada devido à teratogenicidade.[116] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

A lamotrigina pode ser adicionada à terapia com valproato, ou outra polimedicação pode ser necessária, para os casos refratários.[27][118]​ A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

O topiramato, os benzodiazepínicos (por exemplo, clobazam, clonazepam), o perampanel e a zonisamida são outras opções.[119][120][121]

O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes da dose e às doses mais altas.

A gabapentina não é tão efetiva para esses pacientes, e há evidências que sugerem que a carbamazepina e a vigabatrina podem exacerbar as crises de ausência.[122]​ Portanto, o uso desses agentes não é recomendado.[27]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

etossuximida: crianças de 3 a 6 anos de idade: 250 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade: 250 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Mais

Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Opções terciárias

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

Mais

ou

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

clonazepam: crianças <10 anos de idade ou peso corporal <30 kg: 0.01 a 0.03 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.2 mg/kg/dia; crianças ≥10 anos de idade ou peso corporal ≥30 kg: 0.5 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

Mais

ou

zonisamida: crianças de 1 a 15 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥16 anos de idade: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A EMA é frequentemente refratária aos anticonvulsivantes, e podem ser necessárias combinações de medicamentos (polimedicação).

Os medicamentos comumente usados incluem o valproato, a etossuximida, a lamotrigina, o levetiracetam e os benzodiazepínicos (por exemplo, clobazam, clonazepam).[116][123] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade apresentam aumento do risco); testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco de vida.

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

etossuximida: crianças de 3 a 6 anos de idade: 250 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade: 250 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Mais

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

ou

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

clonazepam: crianças <10 anos de idade ou peso corporal <30 kg: 0.01 a 0.03 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 0.2 mg/kg/dia; crianças ≥10 anos de idade ou peso corporal ≥30 kg: 0.5 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

Esta síndrome tende a ser resistente à terapia medicamentosa, com até 80% dos pacientes desenvolvendo epilepsia clinicamente intratável e necessitando de polimedicação. As crises tônico-clônicas generalizadas geralmente respondem ao tratamento, enquanto a mioclonia palpebral não é totalmente controlada.[32]

O valproato, a lamotrigina e o levetiracetam são recomendados como opções de tratamento de primeira linha, e podem reduzir as convulsões em mais de 50%.[124][125][126]​​​ O levetiracetam e a lamotrigina devem ser particularmente considerados nas pacientes em idade fértil devido aos riscos teratogênicos do valproato.[124][125]

O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (crianças <2 anos de idade apresentam aumento do risco); testes de função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco de vida.

A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

Existem algumas evidências da eficácia da etossuximida e do clobazam.[124][125]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Opções secundárias

etossuximida: crianças de 3 a 6 anos de idade: 250 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade: 250 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

Mais

ou

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

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Considerar – 

terapia com lentes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia com lentes pode ser testada nos pacientes com resposta fotoparoxística, embora as evidências de efetividade sejam limitadas.[124][125]

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2ª linha – 

anticonvulsivantes alternativos e/ou dieta cetogênica

Não há consenso para outros tratamentos para a EEM.[124]

Outros medicamentos anticonvulsivantes (por exemplo, topiramato, brivaracetam, zonisamida, canabidiol, fenfluramina, clonazepam, perampanel, lacosamida e acetazolamida) podem ser tentados, mas há pouca evidência de eficácia na EEM.[124][125]

O canabidiol pode agravar as convulsões, especialmente a mioclonia palpebral, e deve ser usado com cautela.[125]

Os medicamentos bloqueadores dos canais de sódio, exceto a lamotrigina, podem agravar as convulsões e devem ser evitados.[124][125]

Os dados sobre o uso de dietas cetogênicas na EEM são limitados.[124][125]​​ O uso de uma dieta cetogênica requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.[60][61]

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Considerar – 

terapia com lentes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia com lentes pode ser testada nos pacientes com resposta fotoparoxística, embora as evidências de efetividade sejam limitadas.[124][125]

síndromes epilépticas com início em idade variável

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A idade de início é normalmente entre 10 e 25 anos (intervalo de 5 a 40 anos).[7]

O tratamento de primeira linha é o valproato.[116]​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

Uma revisão Cochrane apoia o uso da lamotrigina e do levetiracetam como alternativas adequadas ao valproato, particularmente para pacientes em idade fértil, para as quais o valproato pode não ser uma terapia apropriada devido à teratogenicidade.[116] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​ A lamotrigina também é efetiva como uma terapia adjuvante no controle das crises tônico-clônicas generalizadas primárias.[128]​ A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

O clobazam e o topiramato (monoterapia ou com valproato) também são opções efetivas.[129][130][131]

O perampanel é bem tolerado e melhora o controle das crises tônico-clônicas generalizadas primárias resistentes a medicamentos na epilepsia generalizada idiopática quando usado como adjuvante em pacientes com 12 anos ou mais.​[120][142]​​ O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes de doses e nas doses mais altas.

A carbamazepina pode agravar as convulsões nos pacientes com epilepsias generalizadas idiopáticas, portanto ela não é recomendada.[27]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

levetiracetam: crianças ≥6 anos de idade: 20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata)/intravenosa inicialmente administrada em 2 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia ou 3000 mg/dia; crianças ≥16 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Opções terciárias

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

Mais

ou

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

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Considerar – 

mudanças no estilo de vida

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Mudanças de estilo de vida podem ser necessárias para cessar as convulsões.

Os pacientes devem ser alertados quanto aos fatores precipitantes comuns das convulsões, incluindo privação do sono com despertar precoce e consumo de bebidas alcoólicas.[127]

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2ª linha – 

estimulação do nervo vago ou dieta cetogênica

A estimulação do nervo vago e as dietas cetogênicas são opções de tratamento para os pacientes com epilepsia generalizada idiopática resistente a medicamentos.[58]​​[61][133]​​​ O uso de uma dieta cetogênica requer uma equipe qualificada, incluindo um nutricionista, e monitoramento regular.​[60][61]

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Considerar – 

mudanças no estilo de vida

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Mudanças de estilo de vida podem ser necessárias para cessar as convulsões.

Os pacientes devem ser alertados quanto aos fatores precipitantes comuns das convulsões, incluindo privação do sono com despertar precoce e consumo de bebidas alcoólicas.[127]

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A idade de início é normalmente entre 10 e 24 anos (intervalo de 8 a 40 anos).[7]

A opção de primeira linha é o valproato.[116]​ Ele pode ser usado isoladamente ou associado à lamotrigina nos casos resistentes.[116][134]​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

Uma revisão Cochrane apoia o uso da lamotrigina e do levetiracetam como alternativas adequadas ao valproato, particularmente para pacientes em idade fértil, para as quais o valproato pode não ser uma terapia apropriada devido à teratogenicidade.[116] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Entre os anticonvulsivantes de nova geração, o levetiracetam é considerado o mais seguro e eficaz quando usado como monoterapia.[135][136][137]

A monoterapia com lamotrigina é controversa, pois apesar de sua eficácia no controle de crises de ausência e crises convulsivas tônico-clônicas, há um risco muito alto de agravamento de espasmos mioclônicos.[138]​ A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

As opções de tratamento adicionais incluem o topiramato, a zonisamida e o perampanel.[120][139][140]​​​​ O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes de doses e nas doses mais altas.

A carbamazepina pode agravar as convulsões nos pacientes com epilepsias generalizadas idiopáticas, portanto ela não é recomendada.[27]

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

ou

levetiracetam: crianças de 1 a 12 anos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Opções terciárias

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

Mais

ou

zonisamida: crianças de 1 a 15 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥16 anos de idade: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

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Considerar – 

mudanças no estilo de vida

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Mudanças de estilo de vida podem ser necessárias para cessar as convulsões.

Os pacientes devem ser alertados quanto aos fatores precipitantes comuns das convulsões, incluindo privação do sono com despertar precoce e consumo de bebidas alcoólicas.[127]

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1ª linha – 

anticonvulsivantes

A idade de início é normalmente entre 9 e 13 anos (intervalo de 8 a 20 anos).[7]

O anticonvulsivante de primeira linha é a etossuximida apenas para os pacientes com crises de ausência. Se as crises persistirem com a etossuximida ou se houver crises tônico-clônicas generalizadas, o valproato é preferencial.[116][141]​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

Uma revisão Cochrane apoia o uso da lamotrigina e do levetiracetam como alternativas adequadas ao valproato, particularmente para pacientes em idade fértil, para as quais o valproato pode não ser uma terapia apropriada devido à teratogenicidade.[116] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

As opções de tratamento adicionais incluem o clobazam, o topiramato, a zonisamida e o perampanel.[120][141][142]​​​ O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes de doses e nas doses mais altas.

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

etossuximida: crianças de 3 a 6 anos de idade: 250 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade: 250 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/kg/dia ou 1500 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

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Opções secundárias

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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ou

levetiracetam: crianças de 1 a 12 anos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

Opções terciárias

clobazam: crianças ≥2 anos de idade e peso corporal ≤30 kg: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥2 anos de idade e peso corporal >30 kg: 5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

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ou

zonisamida: crianças de 1 a 15 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥16 anos de idade: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

ou

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

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mudanças no estilo de vida

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Mudanças de estilo de vida podem ser necessárias para cessar as convulsões.

Os pacientes devem ser alertados quanto aos fatores precipitantes comuns das convulsões, incluindo privação do sono com despertar precoce e consumo de bebidas alcoólicas.[127]

síndrome epiléptica não identificada

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anticonvulsivantes

Nem sempre é possível diagnosticar uma síndrome epiléptica. A terapia anticonvulsivante deve ser ajustada a cada paciente com base nos tipos de convulsão, na idade, no sexo e nas comorbidades. A monoterapia é preferível, embora a polimedicação possa ser necessária para o controle das convulsões se a monoterapia for insuficientemente efetiva. Deve-se manter um equilíbrio cuidadoso entre o controle das convulsões e os efeitos adversos dos anticonvulsivantes.[45]

Se as convulsões forem generalizadas ou não se souber se são focais ou generalizadas, são recomendados anticonvulsivantes de amplo espectro. As opções de primeira linha incluem o valproato, a lamotrigina, o levetiracetam e o topiramato.

O valproato é mais bem tolerado que o topiramato e é mais eficaz que a lamotrigina; além disso, permanece como medicamento de primeira escolha para muitos pacientes com epilepsias generalizadas e não classificadas.[143]​ O valproato pode causar insuficiência hepática grave ou fatal (as crianças <2 anos de idade têm risco aumentado); testes da função hepática devem ser realizados antes e durante o tratamento. O valproato também pode causar pancreatite com risco à vida.

A lamotrigina também é efetiva como terapia adjuvante em combinação com outros anticonvulsivantes no controle das crises tônico-clônicas generalizadas primárias.​​[128][134]​ A lamotrigina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica).

O topiramato é bem tolerado e efetivo para crises tônico-clônicas prolongadas quando usado como adjuvante com outro anticonvulsivante, ou para crises tônico-clônicas resistentes quando usado como monoterapia.​[144][145]

A carbamazepina é indicada para as crises tônico-clônicas generalizadas, mas pode agravar as crises de ausência, mioclônicas e tônico-atônicas.[146]​ A carbamazepina pode causar reações dermatológicas graves e com risco à vida (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica), particularmente em pacientes com o alelo HLA-B*1502 (que é encontrado principalmente em pacientes asiáticos). O teste para HLA-B*1502 é recomendado nos pacientes com ascendência geneticamente de risco antes de iniciarem o tratamento. A carbamazepina pode causar anemia aplásica ou agranulocitose, e testes hematológicos devem ser realizados antes e durante o tratamento.

O perampanel é bem tolerado e melhora o controle das crises tônico-clônicas generalizadas primárias resistentes a medicamentos na epilepsia generalizada idiopática quando usado como adjuvante em pacientes com 12 anos ou mais.​[120][142]​​​ O perampanel pode causar reações psiquiátricas e comportamentais graves (por exemplo, agressividade, hostilidade, ideação homicida); monitore os pacientes rigorosamente durante os ajustes de doses e nas doses mais altas.

Para as pacientes em idade fértil, consulte “Considerações para pacientes em idade fértil” em Abordagem de manejo.

Os pacientes podem precisar de monoterapia ou de terapia combinada. A lista de medicamentos aqui apresentada reflete opções que podem ser utilizadas; entretanto, combinações desses medicamentos podem ser necessárias na prática. É importante levar em consideração quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes, e quaisquer interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e qualquer outro medicamento que o paciente possa estar tomando.

Opções primárias

valproato de sódio: 10-15 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia

ou

lamotrigina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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ou

levetiracetam: crianças de 1 a 12 anos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata)/intravenosa duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia

ou

topiramato: crianças ≥2 anos de idade: 1-3 mg/kg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia

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Opções secundárias

carbamazepina: crianças <6 anos de idade: 10-20 mg/kg/dia por via oral (liberação imediata) administrados inicialmente em 2-4 doses fracionadas, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 35 mg/kg/dia; crianças de 6 a 12 anos de idade: 100 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 1000 mg/dia administrados em 2-4 doses fracionadas; crianças ≥12 anos de idade: 200 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 1200 mg/dia administrados em 2-4 doses fracionadas

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Opções terciárias

perampanel: crianças ≥12 anos de idade: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia, inicialmente ao deitar, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

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