Monitoramento

Toda criança com epilepsia deve ser examinada por um especialista pelo menos uma vez por ano, mas a frequência pode ser a cada 3 meses, dependendo das circunstâncias da criança.[27]​ Cada criança deve ter um plano de cuidados individualizado e abrangente, acordado entre o paciente (se tiver idade suficiente), a família, o médico de atenção primária e o especialista.

Quando a epilepsia está bem controlada, o único monitoramento necessário é o controle contínuo das convulsões e dos efeitos adversos da medicação. Deve ser dada atenção especial aos efeitos adversos sedativos, cuja determinação é especialmente difícil nos lactentes e nas crianças mentalmente comprometidas.[45]

O rastreamento regular da cognição, do comportamento e do humor é recomendado para as crianças com epilepsia.[127][176]

O monitoramento dos níveis séricos dos medicamentos não é recomendado de maneira rotineira, mas pode ser útil nos casos de convulsões resistentes à medicação, quando houver suspeita de efeitos tóxicos, quando as interações farmacocinéticas puderem influenciar a eficácia ou quando comorbidades puderem alterar o metabolismo do medicamento.[27] A medição basal e o monitoramento regular de vários parâmetros (ou seja, TFHs, hemograma completo) podem ser úteis no monitoramento dos efeitos adversos associados a alguns anticonvulsivantes (por exemplo, valproato, carbamazepina) e para os pacientes que tomam anticonvulsivantes indutores de enzimas.

O eletroencefalograma (EEG) anormal pode ser um preditor de recidiva, embora alguns autores relatem remissões prolongadas apesar da atividade paroxística remanescente. Portanto, o EEG exerce um papel secundário na regulação do tratamento clínico. Não há regulamentos rigorosos sobre a frequência de realização desse exame.

Os pacientes que alcançam a ausência das convulsões podem consequentemente desejar descontinuar os medicamentos anticonvulsivantes. Consulte "Descontinuação dos medicamentos" em Abordagem de manejo.

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