História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco incluem: prematuridade de nascimento, infecção por rubéola materna, sexo feminino e idade <3 meses.
apresentação na primeira infância
Uma persistência do canal arterial muitas vezes se manifesta quando há uma queda de resistência pulmonar, geralmente antes dos 2 ou 3 meses de vida. O diagnóstico na adolescência ou na vida adulta é muito mais incomum, mas ocorre.
Outros fatores diagnósticos
comuns
taquipneia/dispneia
Nas persistências do canal arterial moderadas ou grandes, o hiperfluxo pulmonar geralmente causa aumento do esforço respiratório e dispneia. Nas crianças mais velhas, essa dispneia pode às vezes ser confundida com uma doença reativa das vias aéreas.
retardo do crescimento pôndero-estatural
Nas persistências do canal arterial moderadas ou grandes, o retardo do crescimento pôndero-estatural é um sintoma manifesto comum para lactentes.
intolerância ao exercício
Nas persistências do canal arterial moderadas ou grandes, a intolerância ao exercício é um sintoma manifesto comum para crianças mais velhas.
pressão de pulso ampliada
Com uma derivação hemodinamicamente significativa, uma pressão de pulso ampliada pode ser detectada pela medição da pressão arterial ou pela palpação dos pulsos amplos. Em lactentes prematuros, os pulsos limitados são um preditor independente insatisfatório para a presença de persistência do canal arterial.[45]
sopro contínuo do tipo mecânico/sopro de Gibson em lactentes nascidos a termo
Esse sopro clássico, conhecido como sopro de Gibson ou sopro mecânico, é mais bem auscultado na área infraclavicular esquerda, atinge o pico no final da sístole e continua até a diástole.[40] Entretanto, alguns pacientes com uma pressão pulmonar mais alta na diástole podem ter um sopro confinado à sístole. A falta de sopro contínuo não descarta a persistência do canal arterial.[2] Um sopro é um sinal menos confiável nos bebês prematuros, com alta especificidade mas baixa sensibilidade.[45]
apneia
Pode ser um sintoma nos bebês prematuros.
pressão arterial (PA) diastólica baixa
A PA diastólica baixa com instabilidade circulatória pode mimetizar a sepse em bebês prematuros.
irritabilidade
É um sintoma inespecífico em lactentes nascidos a termo e crianças.
diaforese
É um sintoma inespecífico em lactentes nascidos a termo e crianças.
aumento dos sintomas respiratórios com infecção do trato respiratório superior
Lactentes nascidos a termo e crianças são propensas a essas infecções.
sopro auscultado apenas durante a sístole
É um sinal em neonatos, independentemente do tamanho do ducto.
precórdio hiperdinâmico
É um sinal nas crianças com um ducto moderado a grande.
frêmito sistólico
Um frêmito sistólico pode ser palpável na região paraesternal superior esquerda. É um sinal em crianças com um ducto moderado a grande.
terceira bulha cardíaca auscultada no ápice
É um sinal nas crianças com um ducto moderado a grande.
ruflar mesodiastólico no ápice
É um sinal nas crianças com um ducto moderado a grande.
pulsos periféricos amplos
É um sinal nas crianças com um ducto moderado a grande.
Incomuns
estertores pulmonares
Podem ser auscultados devido ao edema pulmonar ou à congestão venosa causada pela alta pressão do átrio esquerdo.
Fatores de risco
Fortes
prematuridade
A relação entre o fechamento tardio do canal arterial e a prematuridade é conhecida há muito tempo.[26] A incidência de persistência do canal arterial (PCA) em todos os bebês prematuros é de cerca de 8 por 1000 nascimentos, o que é quase 10 vezes a observada em lactentes nascidos a termo.[2] Isso aumenta com a redução da idade gestacional e o peso ao nascer, com uma incidência de até 20% em lactentes prematuros que pesam <1750 g e 64% em lactentes prematuros que pesam <1000 g.[27][28] A idade gestacional está relacionada à sensibilidade ductal ao oxigênio e às prostaglandinas, com uma menor reação ao oxigênio e uma maior sensibilidade às prostaglandinas observadas nos lactentes mais prematuros.[16] A prematuridade está também associada à imaturidade generalizada dos músculos lisos.[9] Há algumas evidências de que o uso de surfactante sintético profilático sem proteínas em bebês prematuros pode aumentar o risco de PCA.[29]
rubéola materna
A infecção materna por rubéola no primeiro trimestre está associada a um aumento da incidência de persistência do canal arterial (PCA).[30] Embora a rubéola materna esteja associada a várias lesões cardíacas congênitas, a PCA é a mais comum, observada em até 50% dos casos em algumas séries iniciais.[31] O ducto persistente nesses pacientes é histologicamente semelhante a um ducto imaturo.[32] O mecanismo dessa relação não é muito conhecido.
sexo feminino
Observado predominantemente em mulheres. Em uma série, 64% da persistência do canal arterial ocorreu em mulheres (uma proporção de quase 2:1).[6]
Fracos
síndrome do desconforto respiratório (SDR)
Parece haver uma associação entre a SDR grave e a persistência do canal arterial (PCA), pois se observa uma incidência muito maior nos bebês prematuros com SDR.[22] A PCA também está associada a uma incidência 4.5 vezes maior de displasia broncopulmonar.[20] Embora essa relação pareça implicar a PCA como fator causador, a diminuição da oxigenação por causa da SDR e da patologia pulmonar pode resultar em queda do metabolismo das prostaglandinas e, assim, contribuir para a continuação da persistência do ducto. Isto levanta a possibilidade de que a PCA seja, na verdade, uma consequência da SDR.[33]
altitudes elevadas
As crianças que vivem em grandes altitudes têm uma prevalência maior.[7] Além disso, o efeito da altitude é progressivo, sendo que níveis de oxigênio ambiente mais baixos provavelmente contribuem para a persistência do ducto.
história familiar
O desenvolvimento é multifatorial com evidências de uma contribuição genética em alguns casos. Os irmãos de pacientes têm um aumento do risco (3%) do defeito.[34] Há uma ocorrência maior com algumas síndromes, como a trissomia do cromossomo 21, 4p e a síndrome de Holt-Oram.[32] Além disso, a síndrome de Char, herança autossômica dominante de persistência do canal arterial, às vezes é observada.[35] Outros investigadores descobriram um locus gênico recessivo que pode estar associado.[36]
raça negra
Estudos realizados nos EUA demonstraram uma diferença racial, com uma maior incidência em crianças negras em comparação com crianças brancas.[4]
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