História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
Outros fatores diagnósticos
comuns
Incomuns
história familiar de neurofibromatose do tipo 2 (NF2)
As famílias com diagnóstico de NF2 podem carregar genes hereditários de suscetibilidade ao meningioma.[27] No meningioma esporádico, o NF2 é excluído ou mutado em até 50% dos casos.
história de câncer de mama
Observou-se uma associação entre câncer de mama e meningioma.[29]
história de radiação
A radiação ionizante aumenta o risco de meningioma, mesmo com doses baixas de radiação. Os pacientes com exposição prévia a radiação muitas vezes têm meningiomas múltiplos que ocorrem predominantemente na base do crânio e estão associados a taxas de recorrência mais altas.
Fatores de risco
Fortes
radioterapia
A radiação ionizante aumenta o risco de vários tumores intracranianos e, em especial, o risco de meningioma. Os meningiomas que ocorrem em pacientes com exposição à radiação prévia são muitas vezes múltiplos e estão associados a altas taxas de recorrência. Os meningiomas ocorrem em uma idade média de 22 anos após o tratamento com radiação cranioespinhal para câncer infantil.[12] Crianças com essa história devem fazer rastreamento para meningioma.[23] Os meningiomas podem ocorrer com maior frequência associados a uma dose muito baixa de radiação. Observou-se que crianças expostas à radiação de baixa dose (cerca de 1.5 Gy) em Israel há 50 anos, para o tratamento de tinha capilar, apresentaram um risco relativo de quase 10 para meningiomas.[24] Os estudos também relacionaram o número de radiografias periapicais com o risco de meningioma, embora os tamanhos da amostra fossem limitados e alguns estudos posteriores (também pequenos) não tenham confirmado esses achados.[25]
predisposição genética
São poucos os estudos que examinam a relação entre um diagnóstico de meningioma e uma história familiar de meningioma. No entanto, um estudo demonstrou uma associação significativa entre o diagnóstico de meningioma e uma história familiar dessa doença.[26] Podem existir genes hereditários raros, mas penetrantes, para suscetibilidade ao meningioma; no entanto, no momento parece que esses genes podem ser observados principalmente em famílias com neurofibromatose do tipo 2 (NF2).[27] No meningioma esporádico, o NF2 é excluído ou mutado em até 50% dos casos. Em associação com o NF2, os cromossomos 1p, 3p, 6q, 10 e 14q são locais suspeitos para os genes supressores de tumor.[28]
As síndromes genéticas mais raras associadas ao meningioma incluem a schwannomatose familiar (SMARCB1), meningiomas espinhais múltiplos (SMARCE1), síndrome de predisposição ao tumor de BAP1, síndrome de Gorlin (PTCH1/SUFU), síndrome de Rubenstein-Taybi (CREBBP) e síndrome de von Hippel-Lindau (VHL), entre outras.[20]
Além do risco familiar relacionado à presença de meningioma ou em famílias com NF2, observou-se uma associação entre câncer de mama e meningioma em vários estudos.[29] Foram propostas várias explicações para essa associação, incluindo fatores de risco comuns (particularmente, aqueles com um componente hormonal, como a idade na menopausa ou o uso de contraceptivos orais) ou predisposição genética compartilhada.
Fracos
hormônios: endógenos ou exógenos
Uma associação entre hormônios e o risco de meningioma foi sugerido por uma série de achados, incluindo a incidência elevada da doença em mulheres em comparação com homens, uma associação entre o câncer de mama e meningiomas e indicações de que meningiomas mudam significativamente de tamanho durante a gravidez. Foram demonstrados receptores de estrogênio, progesterona e androgênio em alguns meningiomas.
Uma análise da literatura em inglês verificou a associação entre o uso de hormônios exógenos e o risco de meningioma.[30] Não há evidências estatísticas de aumento do risco de meningioma entre usuárias de contraceptivos orais. Os dados sugerem uma associação entre o uso de terapia de reposição hormonal e risco elevado de meningioma.[6][31] Foi relatado aumento na incidência em mulheres expostas a tratamentos de fertilidade e em indivíduos transgênero expostos a altas doses de estrogênio/progesterona, embora os mecanismos e a causalidade ainda não tenham sido determinados.[16][19]
Há uma nova literatura sobre os riscos da exposição a acetato de ciproterona (CPA) e o desenvolvimento e crescimento de meningiomas.[18][32][33] Após a descontinuação de CPA, há relatos de regressão no volume dos meningiomas.[34][35] Pacientes com meningiomas e exposição a hormônio exógeno devem ser encaminhados para neurocirurgiões especializados no tratamento e manejo de meningiomas.
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