Complicações
Embora os derrames pleurais sejam comuns, os empiemas ocorrem em somente 5% a 10% dos pacientes com derrame.[133] As infecções podem se disseminar direta ou hematogenicamente do tecido intraparenquimatoso para o espaço pleural.
Todos os derrames devem causar suspeita de empiema, particularmente se forem unilaterais, não forem removidos com diurese e não estiverem no contexto da insuficiência cardíaca.
Uma tomografia computadorizada (TC) poderá diferenciar um derrame de edema pulmonar, mas uma toracocentese diagnóstica é exigida para descartar um empiema ou abscesso. Existem diretrizes para o manejo de derrames parapneumônicos.[134]
A sepse pode ocorrer hematogenicamente de um patógeno que causa a pneumonia hospitalar. Dois conjuntos de hemoculturas devem ser verificados com um intervalo de pelo menos 30 minutos para detectar a presença da bacteremia persistente, que respaldaria um diagnóstico de endocardite.
Uma hemocultura diferencial deve ser obtida manualmente com hemograma completo para determinar o grau de formação de neutrófilos.
Deve-se seguir as diretrizes para o controle da sepse.[135]
A embolia pulmonar é difícil de diagnosticar porque se manifesta por sintomas vagos (principalmente falta de ar e taquicardia). Além disso, levar um paciente gravemente doente à radiologia para que lhe seja realizada uma tomografia computadorizada (TC) espiral pode ser complicado e perigoso.
A colite por Clostridium difficile geralmente ocorre depois do uso de um antibiótico de amplo espectro. É prudente solicitar o exame de fezes. Pode ser necessário repetir o exame se testes de toxina ou antígeno forem usados, pois a sensibilidade é de apenas 80% (dependendo do kit comercial usado). Se a suspeita for elevada, o tratamento deve ser administrado.
A leucocitose alta também pode ocorrer, portanto um hemograma completo deve ser solicitado. Se houver suspeita de megacólon tóxico, uma TC do abdome deve ser realizada e um cirurgião chamado. A infecção por C difficile pode ser evitada limitando-se o uso do antimicrobiano.
Obter um segundo exame de fazes para investigar a toxina não é apropriado, pois os pacientes liberaram toxina por semanas depois da colite; portanto, a decisão se houve remissão é clínica.
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