Após o diagnóstico de DMG, ofereça à mulher uma reavaliação em uma clínica conjunta de diabetes e cuidados pré-natais em até uma semana e assegure-se de informar sua equipe de atenção primária.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Para pacientes diagnosticadas com DMG, o principal objetivo do trabalho de parto é um controle glicêmico satisfatório durante a gestação, para reduzir o risco de macrossomia fetal, trauma durante o parto (para a mãe e o bebê), indução do trabalho de parto e/ou parto cesáreo, hipoglicemia neonatal e óbito perinatal.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
[23]Metzger BE, Lowe LP, Dyer AR, et al; HAPO Study Cooperative Research Group. Hyperglycemia and adverse pregnancy outcomes. N Engl J Med. 2008 May 8;358(19):1991-2002.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0707943
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18463375?tool=bestpractice.com
Além disso, o tratamento do diabetes mellitus gestacional (DMG) reduz o risco de pré-eclâmpsia e transtornos hipertensivos na gestação.[56]Falavigna M, Schmidt MI, Trujillo J, et al. Effectiveness of gestational diabetes treatment: a systematic review with quality of evidence assessment. Diabetes Res Clin Pract. 2012 Dec;98(3):396-405.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23031412?tool=bestpractice.com
[57]Hartling L, Dryden DM, Guthrie A, et al. Benefits and harms of treating gestational diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis for the U.S. Preventive Services Task Force and the National Institutes of Health Office of Medical Applications of Research. Ann Intern Med. 2013 Jul 16;159(2):123-9.
https://annals.org/aim/fullarticle/1691700/benefits-harms-treating-gestational-diabetes-mellitus-systematic-review-meta-analysis
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23712381?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática Cochrane sobre o efeito de várias estratégias de manejo nos desfechos da mãe e do bebê determinou que o tratamento específico para DMG leve, incluindo orientação dietética e insulina, reduziu o risco de morbidade materna e perinatal, embora tenha sido associado a um risco maior de indução do trabalho de parto.[58]Martis R, Crowther CA, Shepherd E, et al. Treatments for women with gestational diabetes mellitus: an overview of Cochrane systematic reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 14;(8):CD012327.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD012327.pub2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30103263?tool=bestpractice.com
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For women with gestational diabetes, what are the effects of lifestyle, dietary, and exercise interventions?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3014/fullMostre-me a resposta
Caso a mulher com DMG apresente hiperglicemia ou doença aguda, realize o teste de cetonemia com urgência.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Educação
O primeiro passo para tratar o diabetes gestacional é discutir as implicações do diagnóstico (em curto e longo prazo) para a mulher e para o bebê:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Explique que o controle adequado da glicose sanguínea durante a gestação reduz o risco de macrossomia fetal, trauma durante o parto (para a mãe e o bebê), indução do trabalho de parto e/ou parto cesáreo, hipoglicemia neonatal e óbito perinatal.[Evidência C]93eaf5d5-e894-4efa-bdf7-a703c4075037guidelineCQuais são os efeitos do controle mais rígido da glicose sanguínea comparado a um controle menos rígido em gestantes com diabetes gestacional?[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Explique que as intervenções de estilo de vida, incluindo educação sobre automanejo do diabetes, alimentação saudável, atividade física e automonitoramento dos níveis glicêmicos, são essenciais para as mulheres com DMG.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
[59]Brown J, Alwan NA, West J, et al. Lifestyle interventions for the treatment of women with gestational diabetes. Cochrane Database Syst Rev. 2017 May 4;(5):CD011970.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011970.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28472859?tool=bestpractice.com
Dependendo das regulações de onde você atua, isso pode incluir orientações locais sobre dirigir com diabetes para as pacientes que necessitarem de tratamento farmacológico (por exemplo, regras da Driver and Vehicle Licensing Agency [DVLA] do Reino Unido).
DVLA: diabetes and driving
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Monitorização de glicose
A automonitorização da glicose sanguínea é iniciada para avaliar a glicemia de jejum e pós-prandial e para guiar a terapia.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda o seguinte:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Oriente todas as mulheres com DMG a realizarem testes do nível de glicose capilar em jejum e 1 hora após a refeição todos os dias
Caso a mulheres com DMG aplique várias injeções de insulina ao dia, oriente-a a medir o nível de glicose antes das refeições e ao deitar.
Oriente as mulheres com DMG a manter a glicose plasmática capilar abaixo dos seguintes níveis alvo:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Em jejum: 5.3 mmol/L (95 mg/dL)
1 hora após as refeições: 7.8 mmol/L (140 mg/dL)
2 horas após as refeições: 6.4 mmol/L (115 mg/dL).
Esses níveis alvo são os mesmos para qualquer gestante com qualquer tipo de diabetes.
Caso os alvos acima não possam ser alcançados sem hipoglicemia problemática, estabeleça alvos individualizados que levem esse risco em consideração.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Mulheres que tomam insulina também devem manter seus níveis de glicose capilar acima de 4 mmol/L (72 mg/dL).[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Em mulheres tratadas para DMG, uma maior mediana da glicose de jejum durante as 2 primeiras semanas de terapia alimentar foi associada a aumento da massa gordurosa neonatal e peptídeo C elevado. Durante as 2 últimas semanas antes do parto, ela foi associada a macrossomia, feto de tamanho grande para a idade gestacional e peptídeo C elevado.[60]Durnwald CP, Mele L, Spong CY, et al. Glycemic characteristics and neonatal outcomes of women treated for mild gestational diabetes. Obstet Gynecol. 2011 Apr;117(4):819-27.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3282599
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21422852?tool=bestpractice.com
Dieta e exercícios
A orientação nutricional é essencial para o controle da DMG, e muitas mulheres são tratadas de maneira adequada apenas com dieta e mudanças no estilo de vida. No entanto, existem dados limitados sobre os diferentes tipos de orientação alimentar.[61]Han S, Middleton P, Shepherd E, et al. Different types of dietary advice for women with gestational diabetes mellitus. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Feb 25;(2):CD009275.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009275.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28236296?tool=bestpractice.com
O NICE recomenda uma tentativa de 1 a 2 semanas de mudanças alimentares e de exercícios isoladamente para mulheres com DMG com glicemia de jejum <7 mmol/L (<126 mg/dL) no diagnóstico (e que não apresentam complicações, como feto grande para a idade gestacional ou hidrâmnios).[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
[Evidência C]0b19eb31-de2b-46ce-ab48-f18eebb286f9guidelineCQuais são os benefícios da dieta e exercício para o manejo do diabetes gestacional?[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Encaminhe todas as mulheres com DMG a um nutricionista licenciado, se disponível.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
[21]Metzger BE, Buchanan TA, Coustan DR, et al. Summary and recommendations of the Fifth International Workshop-Conference on Gestational Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 2007 Jul;30 Suppl 2:S251-60.
https://care.diabetesjournals.org/content/30/Supplement_2/S251.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17596481?tool=bestpractice.com
Opiniões de especialistas sugerem que as mulheres devem ser orientadas a escolher carboidratos de fontes de baixo índice glicêmico e proteínas magras.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
As necessidades calóricas são determinadas pelo peso corporal ideal anterior à gestação de acordo com a opinião de especialistas: 30 kcal/kg para mulheres com peso normal e 35 kcal/kg para pacientes abaixo do peso.[62]Gabbe SG, Graves CR. Management of diabetes mellitus complicating pregnancy. Obstet Gynecol. 2003 Oct;102(4):857-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14551019?tool=bestpractice.com
Evidências sugerem que uma dieta com baixo índice glicêmico pode ser a melhor opção para as mulheres com DMG. Enquanto alguns estudos sugerem que a redução de carboidratos para 40% a 45% do total de calorias diárias reduz a hiperglicemia pós-prandial, uma metanálise de intervenções alimentares concluiu que um índice glicêmico baixo esteve associado a uma necessidade menos frequente de insulina e a pesos de lactentes (ao nascerem) menores que as dietas com restrição de calorias, dietas com baixos carboidratos ou outras dietas.[63]Franz MJ, Bantle JP, Beebe CA, et al. Evidence-based nutrition principles and recommendations for the treatment and prevention of diabetes and related complications. Diabetes Care. 2002 Jan;25(1):148-98.
http://care.diabetesjournals.org/content/25/1/148.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11772915?tool=bestpractice.com
[64]Viana LV, Gross JL, Azevedo MJ. Dietary intervention in patients with gestational diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials on maternal and newborn outcomes. Diabetes Care. 2014 Dec;37(12):3345-55.
http://care.diabetesjournals.org/content/37/12/3345.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25414390?tool=bestpractice.com
A American Diabetes Association recomenda uma dieta com equilíbrio de macronutrientes (isto é, carboidratos, proteínas, gorduras), incluindo alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, legumes, cereais integrais e alimentos que contenham gorduras saudáveis com ácidos graxos n-3 (por exemplo, nozes, sementes, peixes).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
Uma dieta que restrinja muito qualquer classe de macronutrientes deve ser evitada.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
A atividade física de intensidade moderada durante a gestação (por exemplo, caminhada rápida, corrida leve ou natação) é recomendada e tem sido associada a redução dos níveis glicêmicos maternos em alguns estudos, mas não em todos.[65]Harrison AL, Shields N, Taylor NF, et al. Exercise improves glycaemic control in women diagnosed with gestational diabetes mellitus: a systematic review. J Physiother. 2016 Oct;62(4):188-96.
http://www.journalofphysiotherapy.com/article/S1836-9553(16)30053-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27637772?tool=bestpractice.com
O NICE recomenda que as mulheres com DMG sejam orientadas a praticar exercícios regularmente (por exemplo, caminhar por 30 minutos após uma refeição).[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Metformina
As diretrizes diferem em relação ao uso de agentes anti-hiperglicêmicos em mulheres com DMG cujos níveis de glicose não são controlados por dieta e exercício. Seu papel continua sendo objeto de debate, em grande parte devido aos dados historicamente escassos sobre desfechos de longo prazo dos descendentes, embora sejam amplamente usados na prática.[66]Barbour LA, Feig DS. Metformin for gestational diabetes mellitus: progeny, perspective, and a personalized approach. Diabetes Care. 2019 Mar;42(3):396-9.
https://www.doi.org/10.2337/dci18-0055
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30787061?tool=bestpractice.com
Verifique seu protocolo local.
Um grande estudo de coorte baseado em registros realizado na Finlândia não constatou aumento do risco em longo prazo para os descendentes associado com a exposição à metformina durante a gestação, em comparação com a insulina.[67]Brand KMG, Saarelainen L, Sonajalg J, et al. Metformin in pregnancy and risk of adverse long-term outcomes: a register-based cohort study. BMJ Open Diabetes Res Care. 2022 Jan;10(1):e002363.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8734020
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34987051?tool=bestpractice.com
Após uma revisão europeia dos dados desse estudo, as informações relativas à prescrição de metformina agora afirmam que seu uso pode ser considerado durante a gestação e no período periconcepcional, de maneira adicional ou alternativa à insulina, se clinicamente necessária. Assim, embora a metformina não esteja especificamente licenciada no Reino Unido para o tratamento do diabetes gestacional, ela pode ser usada na gestação tanto para o diabetes preexistente quanto para o diabetes gestacional.
O NICE concluiu que a metformina é uma opção segura que pode ajudar algumas mulheres com DMG a alcançarem a euglicemia sem a necessidade de um tratamento com insulina.[Evidência B]25bda786-7ea5-49a4-b5dc-b5c9415094b3guidelineBQuais são os efeitos da metformina, comparada com insulina, em mulheres com diabetes gestacional?[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
O NICE recomenda o seguinte:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Ofereça metformina se o nível de glicose plasmática capilar da mulher estiver persistentemente acima dos níveis alvo após 1 ou 2 semanas de mudanças na dieta e exercícios. Caso a metformina seja contraindicada ou não seja tolerada, ofereça insulina.
Considere metformina como adjuvante para mulheres com DMG tratadas com insulina.
A metformina reduz a hiperglicemia diminuindo a gliconeogênese hepática e a glicogenólise. Há evidências limitadas disponíveis que sugerem que ela reduz o desfecho composto de mortalidade do lactente ou morbidade grave.
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How do different oral anti‐diabetic pharmacological therapies compare for treatment of women with gestational diabetes?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1667/fullMostre-me a resposta Uma revisão sistemática que comparou os desfechos do DMG tratado com agentes anti-hiperglicêmicos orais em relação à insulina constatou que a terapia com metformina e a insulinoterapia produziram desfechos semelhantes.[68]Nicholson W, Bolen S, Witkop CT, et al. Benefits and risks of oral diabetes agents compared with insulin in women with gestational diabetes: a systematic review. Obstet Gynecol. 2009 Jan;113(1):193-205.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19104375?tool=bestpractice.com
Uma metanálise de 35 ensaios clínicos randomizados e controlados (ECRCs) que registraram desfechos da gestação em mulheres que usaram metformina para qualquer indicação constatou que o ganho de peso gestacional foi menor nas mulheres randomizadas para metformina versus outros tratamentos (1.57 kg ± 0.60 kg). O risco de pré-eclâmpsia também foi reduzido (RC 0.69, IC de 95% 0.50 a 0.95), mas o risco de efeitos colaterais gastrointestinais foi maior nas mulheres que tomaram metformina, em comparação com outros grupos de tratamento.[69]Tarry-Adkins JL, Ozanne SE, Aiken CE. Impact of metformin treatment during pregnancy on maternal outcomes: a systematic review/meta-analysis. Sci Rep. 2021 Apr 29;11(1):9240.
https://www.doi.org/10.1038/s41598-021-88650-5
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33927270?tool=bestpractice.com
A metformina cruza livremente a placenta até atingir concentrações mensuráveis no sangue do cordão, similares ou maiores que a concentração materna.[70]Schwartz RA, Rosenn B, Aleksa K, et al. Glyburide transport across the human placenta. Obstet Gynecol. 2015 Mar;125(3):583-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25730219?tool=bestpractice.com
[71]Vanky E, Zahlsen K, Spigset O, et al. Placental passage of metformin in women with polycystic ovary syndrome. Fertil Steril. 2005 May;83(5):1575-8.
https://www.doi.org/10.1016/j.fertnstert.2004.11.051
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15866611?tool=bestpractice.com
[72]Eyal S, Easterling TR, Carr D, et al. Pharmacokinetics of metformin during pregnancy. Drug Metab Dispos. 2010 May;38(5):833-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20118196?tool=bestpractice.com
Apesar disso, dados de acompanhamento não sugeriram efeitos adversos sobre o desenvolvimento e nenhuma diferença na composição corporal geral nos neonatos.[67]Brand KMG, Saarelainen L, Sonajalg J, et al. Metformin in pregnancy and risk of adverse long-term outcomes: a register-based cohort study. BMJ Open Diabetes Res Care. 2022 Jan;10(1):e002363.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8734020
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34987051?tool=bestpractice.com
[73]Rowan JA, Rush EC, Obolonkin V, et al. Metformin in gestational diabetes: the offspring follow-up (MiG TOFU): body composition at 2 years of age. Diabetes Care. 2011 Oct;34(10):2279-84.
http://care.diabetesjournals.org/content/34/10/2279.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21949222?tool=bestpractice.com
[74]Ijäs H, Vääräsmäki M, Saarela T, et al. A follow-up of a randomised study of metformin and insulin in gestational diabetes mellitus: growth and development of the children at the age of 18 months. BJOG. 2015 Jun;122(7):994-1000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25039582?tool=bestpractice.com
Alguns analistas recomendaram que, devido ao potencial de restrição de crescimento ou acidose em caso de insuficiência placentária, a metformina não deve ser usada se o feto correr risco de ambiente isquêmico, incluindo insuficiência placentária, hipertensão, pré-eclâmpsia ou restrição do crescimento.[66]Barbour LA, Feig DS. Metformin for gestational diabetes mellitus: progeny, perspective, and a personalized approach. Diabetes Care. 2019 Mar;42(3):396-9.
https://www.doi.org/10.2337/dci18-0055
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30787061?tool=bestpractice.com
A eficácia da metformina isolada é incerta; em um grande ECRC, 50% das mulheres no grupo tratado com metformina necessitaram de insulina suplementar para a manutenção do controle glicêmico, principalmente aquelas com hiperglicemia de jejum, e quase todas precisaram da dose máxima de metformina.[75]Rowan JA, Hague WM, Gao W, et al; MiG Trial Investigators. Metformin versus insulin for the treatment of gestational diabetes. N Engl J Med. 2008 May 8;358(19):2003-15.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0707193#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18463376?tool=bestpractice.com
Outro estudo concluiu que a metformina pode oferecer controle glicêmico adequado em cerca de dois terços das mulheres com DMG que precisam de terapia farmacológica.[76]Tarry-Adkins JL, Aiken CE, Ozanne SE. Comparative impact of pharmacological treatments for gestational diabetes on neonatal anthropometry independent of maternal glycaemic control: A systematic review and meta-analysis. PLoS Med. 2020 May;17(5):e1003126.
https://www.doi.org/10.1371/journal.pmed.1003126
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32442232?tool=bestpractice.com
Um ECRC que avaliou o uso de insulina associada a metformina ou placebo em mulheres com diabetes do tipo 2 na gestação não encontrou nenhuma diferença entre as mulheres que receberam metformina e aquelas que receberam placebo, em um composto de morbidade e mortalidade neonatais. No entanto, as mulheres tratadas com metformina apresentaram melhor controle glicêmico, menos necessidade de insulina, menos ganho de peso gestacional e um número menor de partos cesáreos que as mulheres no grupo do placebo. Os lactentes de mães tratadas com metformina tiveram peso mais baixo, menor probabilidade de serem extremamente grandes para a idade gestacional (peso ao nascimento > percentil 97) e menor probabilidade de pesarem 4 kg ou mais ao nascer, comparados com os lactentes das mães que receberam placebo. Além disso, os lactentes expostos à metformina apresentaram menor adiposidade e menores espessuras das dobras cutâneas, circunferência abdominal e massa adiposa. No entanto, uma maior proporção de bebês foram pequenos para a idade gestacional (peso ao nascimento < percentil 10) no grupo da metformina do que no grupo do placebo.[77]Feig DS, Donovan LE, Zinman B, et al. Metformin in women with type 2 diabetes in pregnancy (MiTy): a multicentre, international, randomised, placebo-controlled trial. Lancet Diabetes Endocrinol. 2020 Oct;8(10):834-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32946820?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática e metanálise comparando a glibenclamida ou metformina versus insulina ou versus cada uma em mulheres com diabetes gestacional que precisavam de tratamento medicamentoso constatou que a metformina foi superior à glibenclamida. Ficou comprovado que a glibenclamida é inferior à insulina e à metformina, enquanto a metformina (associada a insulina, quando necessária) teve um desempenho levemente melhor que a insulina somente. Os autores concluíram que a glibenclamida não deve ser usada para o tratamento das mulheres com diabetes gestacional.[78]Balsells M, García-Patterson A, Solà I, et al. Glibenclamide, metformin, and insulin for the treatment of gestational diabetes: a systematic review and meta-analysis. BMJ. 2015 Jan 21;350:h102.
https://www.doi.org/10.1136/bmj.h102
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25609400?tool=bestpractice.com
No entanto, há dados limitados comparando a metformina com a glibenclamida.
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How do different oral anti‐diabetic pharmacological therapies compare for treatment of women with gestational diabetes?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1667/fullMostre-me a resposta
Insulinoterapia
O NICE recomenda o início imediato de insulina, com ou sem metformina, para mulheres com DMG que:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Isso é para controlar os níveis de glicose o mais rápido possível. É provável que as pacientes que já iniciaram o tratamento com insulina tenham prescrição de insulina ao longo da gestação.
Além disso, a insulina deve ser oferecida como terapia adicional para mulheres com GJ <7.0 mmol/L (<126 mg/dL) no diagnóstico, que não alcançam um controle glicêmico satisfatório com metformina combinada com alterações na dieta e exercícios.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
As necessidades de insulina são altamente variáveis. Os requisitos aumentam no decorrer da gestação, e a média corresponde a 0.8 unidade/kg/dia no primeiro trimestre, 1 unidade/kg/dia no segundo trimestre e 1.2 unidade/kg/dia no terceiro trimestre.[62]Gabbe SG, Graves CR. Management of diabetes mellitus complicating pregnancy. Obstet Gynecol. 2003 Oct;102(4):857-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14551019?tool=bestpractice.com
A insulinoterapia requer uma titulação altamente individualizada.
Para a hiperglicemia em jejum isolada, use uma insulina de ação intermediária (por exemplo, insulina isofana NPH [protamina neutra de Hagedorn]) ou insulina de ação prolongada (por exemplo, detemir, insulina glargina) ao deitar e ajustar a dose para alcançar um nível de glicemia em jejum <5.3 mmol/L (<95 mg/dL).[79]Brown J, Grzeskowiak L, Williamson K, et al. Insulin for the treatment of women with gestational diabetes. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 5;(11):CD012037.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012037.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29103210?tool=bestpractice.com
Para tratar a hiperglicemia pós-prandial, uma abordagem é usar insulina de ação intermediária ou de ação prolongada uma ou duas vezes ao dia, com uma insulina prandial de ação curta ou rápida (por exemplo, insulina lispro, insulina asparte) ajustada para atingir os alvos glicêmicos.[79]Brown J, Grzeskowiak L, Williamson K, et al. Insulin for the treatment of women with gestational diabetes. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 5;(11):CD012037.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012037.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29103210?tool=bestpractice.com
A insulina é ajustada de acordo com a ingestão alimentar materna, para atingir a meta de nível glicêmico.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
[49]Committee on Practice Bulletins - Obstetrics. ACOG practice bulletin no. 190: gestational diabetes mellitus. Obstet Gynecol. 2018 Feb;131(2):e49-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29370047?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, o NICE recomenda a insulina isofana NPH como opção de primeira linha de insulina basal durante a gestação, administrada uma (para cobertura no período noturno) ou duas vezes ao dia, embora a insulina detemir e a insulina glargina também sejam comumente usadas. O NICE também afirma que as insulinas análogas de ação rápida, insulina lispro e insulina asparte, têm vantagens sobre a insulina humana solúvel durante a gestação.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
As insulinas humanas e análogas são as mais extensivamente estudadas na gestação e, geralmente, são consideradas seguras. Evidências sugerem que as insulinas análogas de ação rápida lispro e asparte também são seguras na gestação. [4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
[21]Metzger BE, Buchanan TA, Coustan DR, et al. Summary and recommendations of the Fifth International Workshop-Conference on Gestational Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 2007 Jul;30 Suppl 2:S251-60.
https://care.diabetesjournals.org/content/30/Supplement_2/S251.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17596481?tool=bestpractice.com
[80]Edson EJ, Bracco OL, Vambergue A, et al. Managing diabetes during pregnancy with insulin lispro: a safe alternative to human insulin. Endocrine Pract. 2010 Nov-Dec;16(6):1020-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20439245?tool=bestpractice.com
[81]Pollex E, Moretti ME, Koren G, et al. Safety of insulin glargine use in pregnancy: a systematic review and meta-analysis. Ann Pharmacother. 2011 Jan;45(1):9-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21205954?tool=bestpractice.com
Essas insulinas de ação rápida oferecem maior comodidade e melhor controle pós-prandial. No entanto, poucas informações embasam a superioridade de qualquer tipo de insulina análoga durante ou fora da gestação.[79]Brown J, Grzeskowiak L, Williamson K, et al. Insulin for the treatment of women with gestational diabetes. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 5;(11):CD012037.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012037.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29103210?tool=bestpractice.com
[82]Singh SR, Ahmad F, Lal A, et al. Efficacy and safety of insulin analogues for the management of diabetes mellitus: a meta-analysis. CMAJ. 2009 Feb 17;180(4):385-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19221352?tool=bestpractice.com
Nenhuma das insulinas humanas atuais atravessa a placenta humana às doses terapêuticas normais.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2023. Diabetes Care. 2023 Jan;46(Suppl 1):S1-291.
https://diabetesjournals.org/care/issue/46/Supplement_1
[79]Brown J, Grzeskowiak L, Williamson K, et al. Insulin for the treatment of women with gestational diabetes. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 5;(11):CD012037.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012037.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29103210?tool=bestpractice.com
Embora exista uma experiência mais limitada com a insulina detemir e a insulina glargina, de ação prolongada, não há evidências de desfechos maternos ou fetais adversos.[81]Pollex E, Moretti ME, Koren G, et al. Safety of insulin glargine use in pregnancy: a systematic review and meta-analysis. Ann Pharmacother. 2011 Jan;45(1):9-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21205954?tool=bestpractice.com
[83]Wang H, Wender-Ozegowska E, Garne E, et al. Insulin analogues use in pregnancy among women with pregestational diabetes mellitus and risk of congenital anomaly: a retrospective population-based cohort study. BMJ Open. 2018 Feb 24;8(2):e014972.
https://bmjopen.bmj.com/content/8/2/e014972.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29478010?tool=bestpractice.com
[84]Lv S, Wang J, Xu Y. Safety of insulin analogs during pregnancy: a meta-analysis. Arch Gynecol Obstet. 2015 Apr 9;292(4):749-56.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25855052?tool=bestpractice.com
A experiência na gestação com a insulina de ação rápida glulisina é limitada, e essa insulina análoga deve ser usada apenas quando se acreditar que o benefício superará o risco em relação às outras insulinas.[85]Doder Z, Vanechanos D, Oster M, et al. Insulin glulisine in pregnancy - experience from clinical trials and post-marketing surveillance. Eur Endocrinol. 2015 Apr 11;11(1):17-20.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5819056
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29632561?tool=bestpractice.com
Avise todas as mulheres que fazem uso de insulina sobre os riscos de hipoglicemia e a falta de consciência da hipoglicemia durante a gestação.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Monitorização fetal pré-natal
Os protocolos para a monitorização fetal pré-natal de mulheres com DMG variam, então consulte o protocolo local.
No Reino Unido, o NICE recomenda o seguinte:[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
As estimativas ultrassonográficas do peso fetal podem ser úteis no planejamento do momento e da via de parto, com reconhecidas limitações.
O NICE não recomenda o uso de rotina do exame por Doppler da artéria fetal, frequência cardíaca fetal e perfil biofísico antes de 38 semanas de gestação, a menos que haja risco de restrição do crescimento fetal.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Momento e modo de parto
Oriente as mulheres com DMG a darem à luz com, no máximo, 40 semanas e 6 dias de gestação.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Para mulheres com complicações maternas ou fetais, o parto antecipado pode ser indicado.
Algumas maternidades também oferecerão parto antes de 40 semanas e 6 dias para mulheres com DMG que fazem uso de insulina ou metformina.
Ofereça o parto eletivo por indução do trabalho de parto ou (se indicado) por parto cesáreo a mulheres que não deram à luz até 40 semanas e 6 dias.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Caso a ultrassonografia mostre que o feto é grande para a idade gestacional, explique os riscos relativos e benefícios do parto normal, da indução do trabalho de parto e do parto cesáreo para a mulher.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Como o aumento do tamanho do feto está associado a aumento do risco de distocia do ombro e trauma no nascimento, a avaliação do tamanho fetal, tanto clinicamente como por ultrassonografia, pode ser útil no planejamento da via de parto. A ultrassonografia superestima a prevalência de peso fetal grande para a idade gestacional em mulheres com DMG.[87]Scifres CM, Feghali M, Dumont T, et al. Large-for-gestational-age ultrasound diagnosis and risk for cesarean delivery in women with gestational diabetes mellitus. Obstet Gynecol. 2015 Nov;126(5):978-86.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26444129?tool=bestpractice.com
Embora seja razoável oferecer parto cesáreo para reduzir o risco de distocia do ombro se o peso fetal estimado for >4.5 kg, a estimativa do peso fetal é imprecisa, independente da modalidade, e, portanto, as orientações devem ser individualizadas.[88]Macrosomia: ACOG practice bulletin, number 216. Obstet Gynecol. 2020 Jan;135(1):e18-e35.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31856124?tool=bestpractice.com
Trabalho de parto
Oriente as mulheres com DMG a darem à luz em um hospital com capacidade de ressuscitação neonatal avançada 24 horas.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
A glicemia plasmática capilar deve ser monitorada de hora em hora durante o trabalho de parto e o parto ou a partir da manhã do dia da cesárea eletiva.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
[89]Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care Group (JBDS-IP). Managing diabetes and hyperglycaemia during labour and birth. Feb 2023 [internet publication].
https://abcd.care/sites/default/files/site_uploads/JBDS_Guidelines_Current/JBDS_12_Managing_diabetes_and_hyperglycaemia_during_labour_and_birth_with_QR_code_February_2023.pdf
Caso seja usada anestesia geral, deve-se realizar o monitoramento a cada 30 minutos até que a mulher esteja totalmente consciente.[89]Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care Group (JBDS-IP). Managing diabetes and hyperglycaemia during labour and birth. Feb 2023 [internet publication].
https://abcd.care/sites/default/files/site_uploads/JBDS_Guidelines_Current/JBDS_12_Managing_diabetes_and_hyperglycaemia_during_labour_and_birth_with_QR_code_February_2023.pdf
Não há grandes ECRCs que avaliem se o controle glicêmico intraparto, comparado com o controle glicêmico pré-natal, reduz o risco de hipoglicemia neonatal; no entanto, com base em evidências limitadas, recomenda-se evitar a hiperglicemia materna durante o trabalho de parto em mulheres com DMG. Algumas vezes, a insulina intravenosa pode ser necessária para conseguir isso.[90]Curet LB, Izquierdo LA, Gilson GJ, et al. Relative effects of antepartum and intrapartum maternal blood glucose levels on incidence of neonatal hypoglycemia. J Perinatol. 1997 Mar-Apr;17(2):113-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9134508?tool=bestpractice.com
O NICE recomenda que as mulheres com níveis de glicose capilar que não conseguem ser mantidos entre 4 e 7 mmol/L (72-126 mg/dL) devem começar a receber dextrose intravenosa e infusões de insulina.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
A Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care recomenda que a aferição dos níveis de glicose (monitoramento de glicose contínuo, em ondas ou capilar) seja mantida durante o trabalho de parto em qualquer faixa defendida nas diretrizes do NICE (4 a 7 mmol/L [72-126 mg/dL]) ou em uma faixa mais liberal de 5 a 8 mmol/L (90-144 mg/dL), devido à ausência de evidências de ensaios clínicos randomizados e controlados para qualquer uma das metas.[89]Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care Group (JBDS-IP). Managing diabetes and hyperglycaemia during labour and birth. Feb 2023 [internet publication].
https://abcd.care/sites/default/files/site_uploads/JBDS_Guidelines_Current/JBDS_12_Managing_diabetes_and_hyperglycaemia_during_labour_and_birth_with_QR_code_February_2023.pdf
Algumas mulheres com DMG podem precisar de quantidades variáveis de infusão de insulina intravenosa para alcançar os níveis desejados de glicose.[89]Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care Group (JBDS-IP). Managing diabetes and hyperglycaemia during labour and birth. Feb 2023 [internet publication].
https://abcd.care/sites/default/files/site_uploads/JBDS_Guidelines_Current/JBDS_12_Managing_diabetes_and_hyperglycaemia_during_labour_and_birth_with_QR_code_February_2023.pdf
Logo após a expulsão da placenta, ocorre uma grande redução da necessidade de insulina, e isso deve ser previsto para evitar hipoglicemia.
Depois do parto
Suspenda todas as terapias redutoras de glicose após o parto.[4]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetes in pregnancy: management from preconception to the postnatal period. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng3
Repita o monitoramento da glicose sanguínea antes da alta hospitalar, seja como exame único ou como período de monitoramento pós-parto contínuo, para descartar hiperglicemia persistente.
As mulheres devem ser alertadas sobre os sintomas de hiperglicemia, o risco de recorrência em gestações futuras e o risco de desenvolver diabetes do tipo 2 no futuro.
Algumas mulheres com DMG apresentarão hiperglicemia persistente nos dias após o parto, que justificará o tratamento clínico para diabetes e, talvez, hipertensão, microalbuminúria e dislipidemia.[91]Kitzmiller JL, Dang-Kilduff L, Taslimi MM. Gestational diabetes after delivery. Short-term management and long-term risks. Diabetes Care. 2007 Jul;30 Suppl 2:S225-35.
https://www.doi.org/10.2337/dc07-s221
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17596477?tool=bestpractice.com
Consulte Monitoramento.