Complicações
A hipertensão materna geralmente complica o DMG. Avaliações de rotina da pressão arterial e da proteína urinária são necessárias.[21] Também ocorre um aumento da pré-eclâmpsia no DMG, e o risco está relacionado ao aumento dos níveis de glicose maternos.
O tratamento do DMG pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia e transtornos hipertensivos na gestação.[57][56]
As taxas de parto cesáreo não eletivo são maiores no DMG.[107] A macrossomia fetal explica apenas parcialmente esse aumento na taxa.[21] O conhecimento do DMG de uma paciente pode influenciar na decisão sobre a via de parto e aumentar as taxas de parto cesáreo devido às preocupações em relação à macrossomia fetal e outras complicações fetais.
O risco aumenta com controle inadequado da glicose materna.[56]
O risco de hipoglicemia aumenta com o grau de hiperglicemia materna, principalmente durante o trabalho de parto. Uma comparação de caso-controle encontrou hipoglicemia em 5% dos neonatos de mães com DMG em contraposição a <1% dos controles.[22] A monitorização e o controle glicêmico durante o trabalho de parto são necessários.
A prevalência é de três a quatro vezes maior e complica de 10% a 20% das gestações com envolvimento de diabetes.[22]
O DMG aumenta o risco de hiperbilirrubinemia em cerca de 17%, praticamente o dobro da taxa presente em controles não diabéticos.[22]
A hipocalcemia foi documentada em quase 5% das gestações complicadas pelo DMG, quase o dobro da taxa presente nos controles sem diabetes.[22]
Gestações de mulheres com hiperglicemia de jejum e controle glicêmico inadequado têm maior risco.[108] O risco provavelmente não é maior em mulheres com DMG controlado adequadamente apenas com dieta. O risco de complicações perinatais graves, inclusive morte fetal, foi reduzido pelo tratamento em um ensaio clínico randomizado.[109]
A hipoglicemia frequentemente complica a terapia de pacientes tratadas com insulina e geralmente apresenta gravidade leve.[103]
Avise todas as mulheres que fazem uso de insulina sobre os riscos de hipoglicemia e a falta de consciência da hipoglicemia durante a gestação.[4] Gestantes que fazem uso de insulina sempre devem ter uma forma de glicose de ação rápida disponível (por exemplo, comprimidos de dextrose ou bebidas com glicose).
O diabetes mellitus gestacional (DMG) apresenta recorrência em 30% a 84% das gestações subsequentes.[17] A grande amplitude das taxas de recorrência é influenciada pela variabilidade de novos testes formais em gestações subsequentes.
A maioria das mulheres com DMG chega a desenvolver diabetes do tipo 2, mas o diabetes pode ser protelado por alterações no estilo de vida ou pela metformina.[100][101][102][104][105] As mulheres com DMG prévios devem ser aconselhadas sobre modificações saudáveis do estilo de vida. As pacientes com história de DMG requerem uma monitorização rigorosa em relação ao desenvolvimento de diabetes do tipo 2.[3][106] Por exemplo, a American Diabetes Association recomenda o rastreamento de mulheres com história de DMG para pré-diabetes ou diabetes do tipo 2 a cada 1 a 3 anos.[3]
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal