Abstinência alcoólica
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- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
benzodiazepínico ou clometiazol
Os benzodiazepínicos são agentes de primeira linha para o tratamento farmacológico dos sintomas da abstinência alcoólica e das convulsões relacionadas a esta.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72.
https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668
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[7]Bråthen G, Ben-Menachem E, Brodtkorb E, et al. Chapter 29: alcohol-related seizures. EFNS guidelines of alcohol-related seizures. In: Gilhus NE, Barnes MP, Brainin M, eds. European handbook of neurological management. 2nd ed, v1. Oxford, UK: Blackwell Publishing; 2011:429-36.[15]Schmidt KJ, Doshi MR, Holzhausen JM, et al. Treatment of severe alcohol withdrawal. Ann Pharmacother. 2016 May;50(5):389-401.
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[92]Amato L, Minozzi S, Vecchi S, et al. Benzodiazepines for alcohol withdrawal. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD005063.
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How do different pharmacological interventions compare for the treatment of alcohol withdrawal syndrome?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1409/fullMostre-me a resposta[Evidência B]84c127c1-483c-478a-891b-d56956fe8485ccaBQuais as diferenças entre as diversas intervenções farmacológicas para o tratamento da síndrome da abstinência alcoólica? As diretrizes da European Federation of Neurological Societies para convulsões relacionadas ao álcool, e outras fontes, recomendam lorazepam e diazepam como medicamentos de primeira escolha.[7]Bråthen G, Ben-Menachem E, Brodtkorb E, et al. Chapter 29: alcohol-related seizures. EFNS guidelines of alcohol-related seizures. In: Gilhus NE, Barnes MP, Brainin M, eds. European handbook of neurological management. 2nd ed, v1. Oxford, UK: Blackwell Publishing; 2011:429-36.[89]Long D, Long B, Koyfman A. The emergency medicine management of severe alcohol withdrawal. Am J Emerg Med. 2017 Jul;35(7):1005-11.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28188055?tool=bestpractice.com
Em pacientes com convulsões devido à abstinência alcoólica, os benzodiazepínicos são mais eficazes que placebo.[92]Amato L, Minozzi S, Vecchi S, et al. Benzodiazepines for alcohol withdrawal. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD005063.
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What are the effects of benzodiazepines in people with alcohol withdrawal?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.493/fullMostre-me a resposta[Evidência B]6219db1b-fe29-4a20-9bc0-a97ce6792f1fccaBQuais são os efeitos dos benzodiazepínicos, em comparação com placebo, em indivíduos com abstinência alcoólica? Nenhum benzodiazepínico isolado é superior a outro, embora alguns dados (não significativos) sugiram que o clordiazepóxido (disponível somente como formulação oral no Reino Unido, nos EUA e em alguns outros países) possa ser mais efetivo que outros agentes.[92]Amato L, Minozzi S, Vecchi S, et al. Benzodiazepines for alcohol withdrawal. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD005063.
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[93]Scheuermeyer FX, Miles I, Lane DJ, et al. Lorazepam versus diazepam in the management of emergency department patients with alcohol withdrawal. Ann Emerg Med. 2020 Dec;76(6):774-81.
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Os medicamentos por via oral são adequados para abstinência leve, mas a administração intravenosa (IV) de benzodiazepínicos é preferível para a síndrome da abstinência alcoólica (SAA) moderada a grave. A administração intramuscular de lorazepam pode ser adequada antes de se obter um acesso IV. Em pacientes com insuficiência hepática, deve-se preferir o lorazepam ao clordiazepóxido, para se evitar o risco de sedação prolongada.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72.
https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
As convulsões decorrentes da abstinência alcoólica são, geralmente, autolimitantes. Convulsões recorrentes ou estado de mal epiléptico devem ser tratadas com benzodiazepínicos, mas também devem levar à investigação de outras causas das convulsões. Para o tratamento inicial do estado de mal epiléptico relacionado ao álcool, o lorazepam intravenoso é considerado seguro e eficaz.[7]Bråthen G, Ben-Menachem E, Brodtkorb E, et al. Chapter 29: alcohol-related seizures. EFNS guidelines of alcohol-related seizures. In: Gilhus NE, Barnes MP, Brainin M, eds. European handbook of neurological management. 2nd ed, v1. Oxford, UK: Blackwell Publishing; 2011:429-36.[89]Long D, Long B, Koyfman A. The emergency medicine management of severe alcohol withdrawal. Am J Emerg Med. 2017 Jul;35(7):1005-11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28188055?tool=bestpractice.com O diazepam intravenoso é uma boa alternativa.[7]Bråthen G, Ben-Menachem E, Brodtkorb E, et al. Chapter 29: alcohol-related seizures. EFNS guidelines of alcohol-related seizures. In: Gilhus NE, Barnes MP, Brainin M, eds. European handbook of neurological management. 2nd ed, v1. Oxford, UK: Blackwell Publishing; 2011:429-36.[89]Long D, Long B, Koyfman A. The emergency medicine management of severe alcohol withdrawal. Am J Emerg Med. 2017 Jul;35(7):1005-11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28188055?tool=bestpractice.com
As complicações da terapia com benzodiazepínicos incluem sedação excessiva e, com menos frequência, depressão respiratória. Portanto, uma avaliação frequente é necessária. Dá-se preferência aos benzodiazepínicos de ação prolongada, mas em pacientes com doença hepática, são usados os de ação curta para evitar a sobressedação. Os médicos devem estar cientes dos riscos de efeitos viciantes dos agentes de ação mais prolongada; múltiplas doses administradas em um curto período podem causar sedação excessiva e depressão respiratória, principalmente em pacientes que fizeram uso de outros depressores respiratórios, como opioides.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Pode ocorrer obstrução das vias aéreas em indivíduos que perdem o tônus muscular faríngeo, principalmente se houver índice de massa corporal elevado ou história de apneia obstrutiva do sono.[94]Wang SH, Chen WS, Tang SE, et al. Benzodiazepines associated with acute respiratory failure in patients with obstructive sleep apnea. Front Pharmacol. 2019 Jan 7;9:1513. https://www.doi.org/10.3389/fphar.2018.01513 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30666205?tool=bestpractice.com
Há três abordagens para o tratamento da SAA com benzodiazepínicos:[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com [95]Skinner RT. Symptom-triggered vs. fixed-dosing management of alcohol withdrawal syndrome. Medsurg Nurs. 2014 Sep-Oct;23(5):307-15, 329. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26292436?tool=bestpractice.com (1) sintomas desencadeados: tratamento com medicamentos quando os escores do Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol, versão revisada (CIWA-Ar) estão acima de 8 pontos; este é o método de dosagem de primeira escolha; (2) esquema de dosagem fixa: as doses são administradas em intervalos de tempo específicos, podendo-se administrar doses adicionais se necessário, de acordo com os sintomas; (3) esquema de carga inicial para pacientes com alto risco de abstinência grave: uma alta dose de medicamento de ação prolongada é administrada para alcançar o controle rápido dos sintomas.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Os medicamentos recomendados para o esquema de carga inicial são diazepam ou clordiazepóxido.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Essa abordagem de tratamento demonstrou reduzir a incidência de convulsão por abstinência alcoólica e delirium em pacientes de alto risco.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Um esquema de carga inicial pode ser recomendado para pacientes com alto risco de abstinência grave.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Pode ser administrada uma única dose para pacientes com história de SAA grave, queixa clínica ou cirúrgica aguda concomitante, doença arterial coronariana grave ou em pacientes que apresentam evidências clínicas de SAA com nível de etanol no sangue positivo.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Os pacientes com comorbidades cardiovasculares significativas precisam de tratamento agressivo para a abstinência, devido aos efeitos potencialmente prejudiciais da hiperatividade autonômica.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Geralmente, os esquemas ambulatoriais são esquemas de dosagem fixa para reduzir o risco de sintomas súbitos ou de efeito rebote.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Nos pacientes cujo tratamento ambulatorial falhar, podem ser necessárias doses mais elevadas de benzodiazepínicos ou medicamentos alternativos; os pacientes podem precisar ser internados para tratamento adicional.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Como alternativa a um benzodiazepínico, pode ser usado clometiazol. Este deve ser usado com cuidado, apenas em pacientes hospitalizados e de acordo com a bula.[8]National Institute for Health and Care Excellence. Alcohol-use disorders: diagnosis and clinical management of alcohol-related physical complications. Apr 2017 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg100
Para minimizar o risco de dependência ou uso indevido de benzodiazepínicos, os pacientes tratados em ambiente ambulatorial devem receber prescrição da quantidade mínima de medicamentos; a prescrição deve ser descontinuada imediatamente, assim que o tratamento for concluído.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Os pacientes que fazem uso de benzodiazepínicos devem ser informados sobre os efeitos colaterais, como torpor, e interações medicamentosas com outros depressores do sistema nervoso central e/ou quando combinados com bebidas alcoólicas. Os pacientes também devem ser orientados a não dirigir ou operar maquinário pesado enquanto tomarem benzodiazepínicos.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Um subconjunto de pacientes com SAA grave é descrito como resistente a benzodiazepínicos e pode requerer agentes adjuvantes para o tratamento da SAA.[85]Martin K, Katz A. The role of barbiturates for alcohol withdrawal syndrome. Psychosomatics. 2016 Jul-Aug;57(4):341-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27207572?tool=bestpractice.com [86]Brotherton AL, Hamilton EP, Kloss HG, et al. Propofol for treatment of refractory alcohol withdrawal syndrome: a review of the literature. Pharmacotherapy. 2016 Apr;36(4):433-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26893017?tool=bestpractice.com Clinicamente, considerada-se que pacientes que requerem ≥50 mg de diazepam intravenoso na primeira hora de tratamento apresentam SAA resistente a benzodiazepínicos.[87]Hack JB, Hoffmann RS, Nelson LS. Resistant alcohol withdrawal: does an unexpectedly large sedative requirement identify these patients early? J Med Toxicol. 2006 Jun;2(2):55-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18072114?tool=bestpractice.com
Opções primárias
clordiazepóxido: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
ou
diazepam: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
ou
lorazepam: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
Opções secundárias
clometiazol: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os principais objetivos do tratamento são: reduzir os sintomas da abstinência, ajudar na abstinência de longo prazo e detectar e tratar afecções clínicas ou psiquiátricas concomitantes.[83]Alcohol withdrawal syndrome: how to predict, prevent, diagnose and treat it. Prescrire Int. 2007 Feb;16(87):24-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17323538?tool=bestpractice.com O tratamento também deve incluir a prevenção da recidiva. As recidivas podem ser tratadas por meio de estratégias de aconselhamento ou com farmacoterapia.
Os cuidados de suporte são essenciais e devem incluir educação do paciente sobre o processo de abstinência alcoólica e os sintomas comuns, tranquilização regular e reorientação, e cuidados de enfermagem adequados, bem como avaliação psicológica frequente e reavaliação do risco de suicídio.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Pacientes com síndrome da abstinência alcoólica (SAA) leve, com escore do Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol, versão revisada (CIWA-Ar) <10, podem ser tratados de maneira ambulatorial com precauções de acompanhamento. Pacientes com um ambiente doméstico instável ou SAA grave requerem manejo hospitalar consistindo em intervenções farmacológicas e de suporte.
A internação hospitalar para abstinência alcoólica com assistência médica deve ser oferecida às seguintes pessoas:[8]National Institute for Health and Care Excellence. Alcohol-use disorders: diagnosis and clinical management of alcohol-related physical complications. Apr 2017 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg100 aqueles com SAA moderada a grave, considerados de alto risco para desenvolver convulsão por abstinência alcoólica ou delirium por abstinência alcoólica; jovens com menos de 16 anos com SAA moderada a grave; alguns indivíduos vulneráveis com SAA moderada a grave (por exemplo, aqueles que são frágeis, que têm comprometimento cognitivo ou múltiplas comorbidades, que não têm apoio social; que têm dificuldades de aprendizagem e que estão na faixa etária de 16 ou 17 anos de idade).
Além disso, pacientes com doença clínica descompensada, anormalidades eletrolíticas substanciais, escore CIWA-Ar >15 quando o etanol sérico é <20 mg/dL ou uma história de delirium por abstinência alcoólica ou convulsões por abstinência alcoólica devem ser considerados para internação.[84]Stephens JR, Liles EA, Dancel R, et al. Who needs inpatient detox? Development and implementation of a hospitalist protocol for the evaluation of patients for alcohol detoxification. J Gen Intern Med. 2014 Apr;29(4):587-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24395104?tool=bestpractice.com
Pacientes com SAA grave e quadros clínicos ou psiquiátricos associados exigem altos níveis de cuidados (por exemplo, internação em unidade de terapia intensiva [UTI]) e doses elevadas de benzodiazepínicos. Morbidade e mortalidade são maiores entre esta população de pacientes.
Os pacientes com convulsão por abstinência alcoólica também precisam de monitoramento intensivo; reavaliar a cada 1-2 horas por 6-24 horas.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Esses pacientes devem ser monitorados como pacientes hospitalizados por, pelo menos, 36-48 horas após a convulsão para assegurar que não haja convulsões adicionais nem desenvolvimento de delirium por abstinência alcoólica.[88]Kattimani S, Bharadwaj B. Clinical management of alcohol withdrawal: a systematic review. Ind Psychiatry J. 2013 Jul;22(2):100-8. https://www.doi.org/10.4103/0972-6748.132914 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25013309?tool=bestpractice.com Pacientes agitados ou delirantes devem receber observação contínua e individualizada.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Pacientes que precisam de farmacoterapia ou com SAA moderada a grave devem ser monitorados rigorosamente e reavaliados a cada uma a quatro horas, conforme indicação clínica.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
A redução gradual na frequência de monitoramento pode ocorrer quando o paciente estiver clinicamente estável. Em pacientes com sintomas leves e risco baixo de SAA grave ou complicada, o monitoramento pode ser suspenso após 36 horas, pois é muito improvável que ocorra uma abstinência mais grave.
Para obter mais informações sobre o monitoramento, consulte Monitoramento.
A internação na UTI é indicada para pacientes com instabilidade hemodinâmica, anormalidades eletrolíticas graves, doença cardíaca, desconforto respiratório, possíveis infecções graves, hipertermia persistente, sinais de patologia gastrointestinal, evidência de rabdomiólise, insuficiência renal, necessidade de doses frequentes ou altas de sedativos (inclusive benzodiazepínicos e barbitúricos), ou intubação endotraqueal, ou com sintomas de abstinência apesar da concentração elevada de etanol sérico.[89]Long D, Long B, Koyfman A. The emergency medicine management of severe alcohol withdrawal. Am J Emerg Med. 2017 Jul;35(7):1005-11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28188055?tool=bestpractice.com
Os pacientes internados precisarão de monitoramento cardíaco e oximetria de pulso contínuos e, possivelmente, atendimento na unidade de terapia intensiva (UTI).
As pessoas dependentes de álcool, mas que não estão internadas, devem ser orientadas a evitar redução súbita da ingestão de álcool; elas devem receber informações sobre como entrar em contato com os serviços locais de apoio ao etilista ou devem ser encaminhadas a um programa de tratamento adequado.[8]National Institute for Health and Care Excellence. Alcohol-use disorders: diagnosis and clinical management of alcohol-related physical complications. Apr 2017 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg100
fenobarbital
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Fenobarbital pode ser benéfico para pacientes que precisam de doses elevadas de benzodiazepínicos para controlar a síndrome da abstinência alcoólica (SAA) grave e/ou o delirium por abstinência alcoólica, quando houver alto risco de SAA grave ou complicada, ou se os benzodiazepínicos forem contraindicados.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com [85]Martin K, Katz A. The role of barbiturates for alcohol withdrawal syndrome. Psychosomatics. 2016 Jul-Aug;57(4):341-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27207572?tool=bestpractice.com [96]Hammond DA, Rowe JM, Wong A, et al. Patient outcomes associated with phenobarbital use with or without benzodiazepines for alcohol withdrawal syndrome: a systematic review. Hosp Pharm. 2017 Jul 17;52(9):607-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5735736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29276297?tool=bestpractice.com [97]Gold JA, Rimal B, Nolan A, et al. A strategy of escalating doses of benzodiazepines and phenobarbital administration reduces the need for mechanical ventilation in delirium tremens. Crit Care Med. 2007 Mar;35(3):724-30. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3417045 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17255852?tool=bestpractice.com
Em alguns estudos, o fenobarbital foi associado à redução da necessidade de ventilação mecânica e a redução nas internações em unidade de terapia intensiva (UTI) e duração da estadia em UTI/hospital.[96]Hammond DA, Rowe JM, Wong A, et al. Patient outcomes associated with phenobarbital use with or without benzodiazepines for alcohol withdrawal syndrome: a systematic review. Hosp Pharm. 2017 Jul 17;52(9):607-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5735736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29276297?tool=bestpractice.com [97]Gold JA, Rimal B, Nolan A, et al. A strategy of escalating doses of benzodiazepines and phenobarbital administration reduces the need for mechanical ventilation in delirium tremens. Crit Care Med. 2007 Mar;35(3):724-30. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3417045 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17255852?tool=bestpractice.com [98]Rosenson J, Clements C, Simon B, et al. Phenobarbital for acute alcohol withdrawal: a prospective randomized double-blind placebo-controlled study. J Emerg Med. 2013 Mar;44(3):592-8.e2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22999778?tool=bestpractice.com No entanto, outros dados não mostram diferença significativa no curso/desfechos clínicos.[96]Hammond DA, Rowe JM, Wong A, et al. Patient outcomes associated with phenobarbital use with or without benzodiazepines for alcohol withdrawal syndrome: a systematic review. Hosp Pharm. 2017 Jul 17;52(9):607-16. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5735736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29276297?tool=bestpractice.com [99]Sullivan SM, Dewey BN, Jarrell DH, et al. Comparison of phenobarbital-adjunct versus benzodiazepine-only approach for alcohol withdrawal syndrome in the emergency department. Am J Emerg Med. 2018 Oct 11;S0735-6757(18)30821-0. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30414743?tool=bestpractice.com
Fenobarbital parenteral só deve ser usado na UTI ou em áreas com alto nível de monitoramento.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fenobarbital: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
suplementação vitamínica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A suplementação vitamínica deve ser considerada em pacientes com transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas e probabilidade de deficiências de vitaminas.
A suplementação de tiamina reduz o risco de encefalopatia de Wernicke e da síndrome de Korsakoff.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com O consumo crônico de álcool resulta na redução da absorção de tiamina; portanto, a administração intravenosa ou intramuscular é recomendada.[18]Dixit D, Endicott J, Burry L, et al. Management of acute alcohol withdrawal syndrome in critically ill patients. Pharmacotherapy. 2016 Jul;36(7):797-822. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27196747?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser tratados em ambiente monitorado. Se houver suspeita de encefalopatia de Wernicke, uma alta dose de tiamina será administrada.[15]Schmidt KJ, Doshi MR, Holzhausen JM, et al. Treatment of severe alcohol withdrawal. Ann Pharmacother. 2016 May;50(5):389-401. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26861990?tool=bestpractice.com Todos os pacientes com síndrome da abstinência alcoólica (SAA) internados na unidade de terapia intensiva devem receber tiamina.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
A reposição de folato deve ser considerada em pacientes em estado crítico, pois os transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas estão associados com a hiper-homocisteinemia.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Opções primárias
tiamina: 100 mg por via oral/intravenosa/intramuscular uma vez ao dia
Mais tiaminaDoses mais elevadas são recomendadas em alguns protocolos.
ou
ácido fólico: 1 mg por via oral uma vez ao dia
reposição de fluidos e eletrólitos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Corrija as anormalidades eletrolíticas, inclusive glicose, cálcio, potássio, fósforo e magnésio. A desidratação por vômitos, diarreia ou outras perdas insensíveis podem precisar de correção com fluidoterapia intravenosa.
Não há uma dosagem específica de magnésio para corrigir a hipomagnesemia no alcoolismo crônico e em pacientes com arritmias cardíacas, anormalidades eletrolíticas ou história de convulsão por abstinência alcoólica.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Hipomagnesemia grave (<1 mg/dL) e pacientes sintomáticos em situação de emergência podem necessitar de até 2 g/dia de sulfato de magnésio, administrados por infusão intravenosa. O paciente deve ser tratado em ambiente monitorado. Os reflexos tendinosos profundos, bem como a frequência e padrão respiratórios devem ser avaliados periodicamente para monitorar a hipermagnesemia. Manejo adicional da hipomagnesemia deve ser feito sob os cuidados de um médico especialista e de um médico de atenção primária.
A reposição de fósforo é recomendada na presença de deficiência.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com Se a deficiência for leve, a reposição pode ser oral/alimentar, com suplementação intravenosa se os níveis estiverem abaixo de 1 mg/dL.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
Consulte os protocolos locais para determinar a dosagem de reposição eletrolítica.
dexmedetomidina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A dexmedetomidina, um agente sedativo (um agonista alfa-2-adrenérgico), pode ser usado como adjuvante ao benzodiazepínico para o tratamento da síndrome da abstinência alcoólica (SAA) na unidade de terapia intensiva (UTI), caso a hiperatividade autonômica e a ansiedade não sejam controladas de maneira adequada com um benzodiazepínico isolado.[5]American Society of Addiction Medicine. The ASAM clinical practice guideline on alcohol withdrawal management. J Addict Med. 2020 May/Jun;14(3s suppl 1):1-72. https://www.doi.org/10.1097/ADM.0000000000000668 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511109?tool=bestpractice.com
As evidências para o uso de dexmedetomidina na SAA são limitadas. Dados de um pequeno estudo randomizado sugerem que pacientes que recebem dexmedetomidina podem requerer doses reduzidas de benzodiazepínicos.[101]Mueller SW, Preslaski CR, Kiser TH, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled dose range study of dexmedetomidine as adjunctive therapy for alcohol withdrawal. Crit Care Med. 2014 May;42(5):1131-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24351375?tool=bestpractice.com Achados semelhantes foram relatados em uma série de casos.[102]Woods AD, Giometti R, Weeks SM. The use of dexmedetomidine as an adjuvant to benzodiazepine-based therapy to decrease the severity of delirium in alcohol withdrawal in adult intensive care unit patients: a systematic review. JBI Database System Rev Implement Rep. 2015 Jan;13(1):224-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26447017?tool=bestpractice.com
A dexmedetomidina não tem atividade no receptor do ácido gama-aminobutírico (GABA) e não reduz as convulsões relacionadas à abstinência.
Um estudo demonstrou excesso de mortalidade adversa em pacientes em estado crítico com menos de 65 anos que receberam dexmedetomidina como sedação na UTI.[103]Shehabi Y, Serpa Neto A, Howe BD, et al. Early sedation with dexmedetomidine in ventilated critically ill patients and heterogeneity of treatment effect in the SPICE III randomised controlled trial. Intensive Care Med. 2021 Apr;47(4):455-66. https://www.doi.org/10.1007/s00134-021-06356-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33686482?tool=bestpractice.com Portanto, a dexmedetomidina só deve ser prescrita como adjuvante de um benzodiazepínico, e seu uso é considerado de maneira cuidadosa.
Opções primárias
dexmedetomidina injetável: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
propofol
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O propofol, um agente anestésico, é reservado a pacientes resistentes à terapia com benzodiazepínico ou àqueles que necessitam de ventilação mecânica.[104]Sohraby R, Attridge RL, Hughes DW. Use of propofol-containing versus benzodiazepine regimens for alcohol withdrawal requiring mechanical ventilation. Ann Pharmacother. 2014 Apr;48(4):456-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24436457?tool=bestpractice.com Ele parece ser eficaz, mas está associado a aumentos significativos nos cuidados clínicos, incluindo no tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI) e no hospital.[18]Dixit D, Endicott J, Burry L, et al. Management of acute alcohol withdrawal syndrome in critically ill patients. Pharmacotherapy. 2016 Jul;36(7):797-822. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27196747?tool=bestpractice.com [105]Wong A, Benedict NJ, Lohr BR, et al. Management of benzodiazepine-resistant alcohol withdrawal across a healthcare system: benzodiazepine dose-escalation with or without propofol. Drug Alcohol Depend. 2015 Sep 1;154:296-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26205315?tool=bestpractice.com
O propofol pode causar depressão respiratória; pacientes que começaram a tomar propofol devem ser internados na UTI.
Opções primárias
propofol: consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a dosagem
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