Monitoramento

Todos os pacientes precisam de monitoramento rigoroso para delirium, de acordo com as diretrizes locais, reposição de eletrólitos e infusão de fluidoterapia intravenosa conforme indicado, bem como sinais vitais regulares, ingestão e excreção de líquidos e eletrólitos séricos.[5]

A internação na unidade de terapia intensiva para monitoramento mais rigoroso é indicada para pacientes com instabilidade hemodinâmica, anormalidades eletrolíticas graves, doença cardíaca, desconforto respiratório, possíveis infecções graves, hipertermia persistente, sinais de patologia gastrointestinal, evidência de rabdomiólise, insuficiência renal, necessidade de doses frequentes ou altas de sedativos (inclusive benzodiazepínicos e barbitúricos), ou intubação endotraqueal, ou com sintomas de abstinência apesar da concentração elevada de etanol sérico.[89]

Outros grupos de pacientes que requerem monitoramento intensivo incluem:

  • Aqueles com convulsão por abstinência alcoólica; reavaliar a cada 1-2 horas por 6-24 horas.[5] Esses pacientes devem ser monitorados como pacientes hospitalizados por, pelo menos, 36-48 horas após a convulsão para assegurar que não haja convulsões adicionais nem desenvolvimento de delirium por abstinência alcoólica.[88]

  • Pacientes agitados ou delirantes; devem receber observação contínua e individualizada.[5]

  • Pacientes que precisam de farmacoterapia ou com síndrome da abstinência alcoólica (SAA) moderada a grave; monitore rigorosamente e reavalie a cada 1-4 horas, conforme indicação clínica.[5]

A redução gradual na frequência de monitoramento pode ocorrer quando o paciente estiver clinicamente estável. Em pacientes com sintomas leves e risco baixo de SAA grave ou complicada, o monitoramento pode ser suspenso após 36 horas, pois é muito improvável que ocorra uma abstinência mais grave.[5] O monitoramento deve ser facilitado por uma escala de avaliação validada, em conjunto com a análise do estado psicológico e emocional, dos sinais vitais e dos efeitos colaterais do tratamento, como sedação ou depressão respiratória. Os pacientes com transtorno relacionado ao uso de opioides ou benzodiazepínicos atual ou prévio podem precisar de monitoramento mais rigoroso.[5]

Após o tratamento bem-sucedido dos sintomas da abstinência, os pacientes devem ser incentivados a procurar aconselhamento. Isso pode ser na forma de um grupo de apoio ou fornecido por um profissional de saúde em sua prática familiar. O tratamento da dependência alcoólica é necessário para facilitar a abstinência.[1][6]

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