Epidemiologia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 43% da população mundial consumam álcool, sendo que 18.2% dos consumidores de bebidas alcoólicas têm mais de 15 anos de idade e envolvem-se com consumo episódico excessivo de bebidas alcoólicas.[13] Em 2016, a prevalência global dos transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas, definido como uso prejudicial de álcool ou dependência alcoólica, foi de 5.1% entre os consumidores com mais de 15 anos.[13]

Nos EUA, a National Survey on Drug Use and Health de 2020 relatou que 10.3% dos adultos com mais de 26 anos, 15.6% dos adultos entre 18 e 25 anos e 2.8% dos jovens (entre 12 e 17 anos) sofrem de transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas.[14]

Estima-se que destes pacientes com dependência alcoólica, aproximadamente 50% terão sintomas de abstinência alcoólica com a redução do consumo de álcool.[11][15]

Aproximadamente 8% de todos os pacientes internados nos hospitais correm risco de abstinência alcoólica.[16][17] Entre os pacientes de unidades de terapia intensiva (UTI), alguns estudos mostraram que 16% a 31% correm risco de abstinência alcoólica; 31% dos pacientes de trauma podem correr risco de abstinência alcoólica.[18][19][20][21] Em estudos subsequentes, a incidência da síndrome da abstinência alcoólica (SAA) entre pacientes de trauma foi inferior a 1%.[22][23] Entretanto, a maioria dos pacientes de trauma com SAA (53%) já enfrentou SAA intensa, incluindo delirium por abstinência alcoólica (11%).[23]

Até 25% dos pacientes com SAA apresentaram alucinações, e cerca de 10% dos pacientes tiveram convulsões.[24] Se a SAA não for tratada ou for tratada de forma inadequada, em 5% dos pacientes evoluirá para delirium por abstinência alcoólica (também conhecido como delirium tremens), geralmente 48-72 horas após a última dose.[11][25][26] A mortalidade relacionada ao delirium por abstinência alcoólica é inferior a 1% se o tratamento precoce e adequado for oferecido.[11][16]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal