Doença renal diabética
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
diabetes do tipo 1 com nefropatia: sem diálise
controle glicêmico
Em todos os pacientes com diabetes do tipo 1, independentemente de estarem em diálise ou não, o tratamento com insulina é necessário. A insulina geralmente é administrada por via subcutânea. Consulte Diabetes do tipo 1.
Os pacientes com diabetes do tipo 1 e doença renal crônica (DRC) correm o risco de desenvolver hipoglicemia em decorrência do comprometimento da metabolização da insulina e da gliconeogênese renal.
As diretrizes da American Diabetes Association recomendam manter a HbA1c em <53 mmol/mol (<7%) para os adultos com diabetes, observando que definir uma meta glicêmica durante as consultas provavelmente melhorará os desfechos dos pacientes.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes do Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que as metas individualizadas de HbA1c devem variar de <48 mmol/mol a <64 mmol/mol (<6.5% a <8.0%) para os pacientes com diabetes e DRC não tratados com diálise.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Metas nessa faixa foram associadas a melhoras na sobrevida, desfechos cardiovasculares e desfechos microvasculares, bem como a menor risco de progressão da DRC.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com O atingimento seguro das metas no limite inferior deste intervalo (por exemplo, <48 mmol/mol ou <53 mmol/mol [<6.5% ou <7.0%]) pode ser facilitado pelo monitoramento contínuo da glicose ou pelo automonitoramento da glicose sanguínea e pela seleção de agentes redutores da glicose que não estejam associados a hipoglicemia.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
As diretrizes do Reino Unido recomendam estabelecer metas individualizadas de HbA1c de maneira conjunta com o paciente. Uma meta de 48 mmol/mol (6.5%) é adequada para a maioria dos adultos. Uma meta de 53 mmol/mol (7.0%) pode ser usada para os adultos que fizerem uso de medicamentos associados a hipoglicemia.[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28
Estudos randomizados de grande porte demonstraram que a redução intensiva da glicose sanguínea com o objetivo de atingir níveis próximos à normoglicemia retarda o início e a progressão da albuminúria e retarda o declínio da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) em pessoas com diabetes dos tipos 1 e 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
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How does tight glycemic control compare with non-tight control for preventing diabetic kidney disease and its progression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1791/fullMostre-me a resposta Metas menos rígidas podem ser adequadas para as crianças pequenas, idosos, pessoas com fragilidade, pessoas com história de hipoglicemia grave e pessoas com expectativa de vida limitada, complicações micro ou macrovasculares avançadas ou comorbidades.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Os objetivos do tratamento devem ser individualizados, levando-se em consideração idade, progressão da doença e risco macrovascular, assim como o estilo de vida do paciente e as habilidades de manejo da doença.[80]Fullerton B, Jeitler K, Seitz M, et al. Intensive glucose control versus conventional glucose control for type 1 diabetes mellitus. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Feb 14;(2):CD009122.
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O principal dano associado a metas mais baixas de HbA1c é a hipoglicemia; os benefícios do controle rigoroso precisam ser equilibrados com o risco de dano para cada paciente.
modificações de estilo de vida e de fatores de risco
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Abandono do hábito de fumar: o abandono do hábito de fumar é altamente recomendado, visto que estudos documentam uma relação entre o tabagismo e a perda da TFG. Os mecanismos subjacentes aos efeitos adversos renais do tabagismo ainda não estão completamente compreendidos. Além do seu efeito sobre a evolução da insuficiência renal, o tabagismo também é um fator de risco cardiovascular importante nos pacientes com doença renal crônica (DRC).[185]Orth SR, Ritz E. The renal risks of smoking: an update. Curr Opin Nephrol Hypertens. 2002 Sep;11(5):483-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12187311?tool=bestpractice.com As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) não apoiam os cigarros eletrônicos como uma alternativa ao tabagismo nem para facilitar o abandono do hábito de fumar.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Consulte Abandono do hábito de fumar.
Nutrição: recomenda-se terapia nutricional clínica realizada por um nutricionista licenciado para as pessoas com diabetes do tipo 1 ou do tipo 2.[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
https://diabetesjournals.org/care/article/42/5/731/40480/Nutrition-Therapy-for-Adults-With-Diabetes-or
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com
[179]Wanner C, Krane V, Marz W, et al. Atorvastatin in patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis. N Engl J Med. 2005 Jul 21;353(3):238-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034009?tool=bestpractice.com
Uma série inicial de 3 a 4 encontros resulta em desfechos positivos, incluindo reduções na HbA1c, nos lipídios e no peso, um ajuste positivo nos medicamentos, e uma redução nas comorbidades. Os pacientes devem passar por consultas de acompanhamento anualmente.[179]Wanner C, Krane V, Marz W, et al. Atorvastatin in patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis. N Engl J Med. 2005 Jul 21;353(3):238-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034009?tool=bestpractice.com
As dietas ricas em proteínas devem ser evitadas.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[4]Alicic RZ, Rooney MT, Tuttle KR. Diabetic kidney disease: challenges, progress, and possibilities. Clin J Am Soc Nephrol. 2017 May 18;12(12):2032-45.
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[27]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com
Cada paciente deve ser avaliado individualmente para ponderar os benefícios de uma dieta moderada em proteínas (e a evitação associada da aminoacidúria e da hiperfiltração). As dietas com baixo teor de proteína (0.6 g/kg) devem ser evitadas devido aos riscos de desnutrição e à falta de evidências de benefício sobre a progressão da DRC.[28]Jiang S, Fang J, Li W. Protein restriction for diabetic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 3;(1):CD014906.
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[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
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[180]Baigent C, Landray MJ, Reith C, et al; SHARP Investigators. The effects of lowering LDL cholesterol with simvastatin plus ezetimibe in patients with chronic kidney disease (Study of Heart and Renal Protection): a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2011 Jun 25;377(9784):2181-92.
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Para os indivíduos com DRC que não dependem de diálise, a ingestão de proteína alimentar deve ser de aproximadamente 0.8 g/kg de peso corporal por dia (a ingestão diária recomendada).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127.
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Uma ingestão limitada de gorduras saturadas e de colesterol é benéfica.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
A restrição alimentar de sódio (para <2300 mg/dia) pode ser útil para controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular, e a individualização do potássio alimentar pode ser necessária para controlar as concentrações séricas de potássio.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[188]Hodson EM, Cooper TE. Altered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 16;(1):CD006763.
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What are the effects of lowered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4251/fullMostre-me a resposta Embora um polivitamínico seja recomendado, altas doses de vitaminas B resultam em maior incidência de eventos vasculares.[187]Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, et al; DASH-Sodium Collaborative Research Group. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med. 2001 Jan 4;344(1):3-10.
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Atividade física: as diretrizes recomendam que os indivíduos com doença renal diabética realizem atividade física de intensidade moderada por uma duração cumulativa de pelo menos 150 minutos por semana, ou em um nível compatível com sua tolerância cardiovascular e física.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Pacientes com sobrepeso/obesidade comórbida: as diretrizes da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam a perda de peso para os pacientes com obesidade, diabetes e DRC, particularmente aqueles com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) ≥30 mL/minuto por 1.73 m².[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Além disso, a perda de peso será necessária para aqueles que excederem os limites de índice de massa corporal (IMC) para a lista de transplante de rim.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
controle de lipídios
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As pessoas com doença renal diabética têm um alto risco de eventos cardiovasculares. O manejo de risco cardiovascular deve, portanto, ser uma consideração importante para reduzir a mortalidade por doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA). O colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) é o fator de risco modificável associado à DCVA mais amplamente estudado. Há fortes evidências de que ele é um fator causal na fisiopatologia da DCVA, e a redução do risco de DCVA é proporcional à redução absoluta e relativa do LDL-C alcançada.[175]Ference BA, Ginsberg HN, Graham I, et al. Low-density lipoproteins cause atherosclerotic cardiovascular disease. 1. Evidence from genetic, epidemiologic, and clinical studies. A consensus statement from the European Atherosclerosis Society Consensus Panel. Eur Heart J. 2017 Aug 21;38(32):2459-72. https://academic.oup.com/eurheartj/article/38/32/2459/3745109 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28444290?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da American Diabetes Association (ADA) e da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam uma estatina para todos os pacientes com diabetes do tipo 1 e doença renal crônica (DRC); terapia com estatina de intensidade moderada para a prevenção primária de DCVA; e terapia com estatina de alta intensidade para os pacientes com DCVA conhecida e alguns pacientes com múltiplos fatores de risco para DCVA.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com A Endocrine Society recomenda que todos os adultos com diabetes com DRC em estágios 1-4 e pós-transplante renal devem receber terapia com estatinas, independentemente de seu escore de risco cardiovascular.[176]Newman CB, Blaha MJ, Boord JB, et al. Lipid management in patients with endocrine disorders: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2020 Dec 1;105(12):3613-82. https://academic.oup.com/jcem/article/105/12/3613/5909161 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32951056?tool=bestpractice.com As diretrizes do American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA) recomendam que o tratamento lipídico seja orientado pelo risco de DCV.[177]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam oferecer terapia com estatina de alta intensidade (ou seja, atorvastatina na extremidade inferior da faixa de dose de alta intensidade) para as pessoas com DRC para prevenção primária e secundária de DCV, com a dose sendo aumentada se as metas lipídicas não forem atingidas.[178]National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Dec 2023 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng238 Vale ressaltar que o NICE difere da ADA e da ACC/AHA em relação ao limite de dosagem no qual classifica certas estatinas como de alta intensidade ou moderada intensidade; as diretrizes locais devem ser consultadas.
Para prevenção primária em adultos com diabetes sem DCVA estabelecida, as diretrizes da ADA recomendam: terapia com estatina de intensidade moderada em todas as pessoas com idade entre 40 e 75 anos; consideração de terapia com estatina de intensidade moderada nos pacientes com idade entre 20 e 39 anos com fatores de risco adicionais para DCVA; terapia com estatina de alta intensidade nas pessoas com idade entre 40 e 75 anos com maior risco cardiovascular, incluindo aquelas com um ou mais fatores de risco para DCVA, para reduzir o LDL-C em ≥50% da linha basal e atingir uma meta de LDL-C <1.81 mmol/L (<70 mg/dL); a adição de ezetimiba ou um anticorpo monoclonal inibidor da proproteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK9) (por exemplo, alirocumabe, evolocumabe) à terapia máxima tolerada com estatina deve ser considerada nas pessoas com idade entre 40 e 75 anos com maior risco cardiovascular, especialmente aquelas com múltiplos fatores de risco para DCV e LDL-C ≥1.81 mmol/L (≥70 mg/dL); para os adultos com idade >75 anos já estabelecidos em terapia com uma estatina, é razoável manter o tratamento com estatina e pode ser razoável iniciar uma terapia com estatina de intensidade moderada após discussão dos potenciais benefícios e riscos; nas pessoas intolerantes à terapia com estatinas, o tratamento com ácido bempedoico é recomendado como uma terapia alternativa para redução do colesterol.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Considerando que a DRC e a albuminúria são classificadas como fatores de risco para DCVA, a maioria dos pacientes com doença renal diabética com mais de 20 anos de idade deve ser tratada com uma estatina com base nesta orientação.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes para o manejo dos lipídios diferem para os pacientes com diabetes que têm doença cardiovascular estabelecida (ou seja, prevenção secundária). Para obter informações adicionais, consulte Doença cardiovascular diabética.
As estatinas são provavelmente benéficas em virtude das suas propriedades anti-inflamatórias e da correlação da inflamação na DRC com morbidade cardiovascular associada. Elas podem diminuir a taxa de redução na TFG e diminuir moderadamente o aumento progressivo da proteinúria na DRC.[26]Geng Q, Ren J, Song J, et al. Meta-analysis of the effect of statins on renal function. Am J Cardiol. 2014 Aug 15;114(4):562-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25001155?tool=bestpractice.com Deve-se considerar o clearance renal da estatina. A pitavastatina, a pravastatina e a rosuvastatina têm, pelo menos, clearance parcial pelo rim, enquanto a atorvastatina, a fluvastatina, a lovastatina e a sinvastatina são depuradas pelo fígado. Todas as estatinas precisam de ajustes de dosagem na DRC, exceto a atorvastatina e a fluvastatina.[176]Newman CB, Blaha MJ, Boord JB, et al. Lipid management in patients with endocrine disorders: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2020 Dec 1;105(12):3613-82. https://academic.oup.com/jcem/article/105/12/3613/5909161 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32951056?tool=bestpractice.com
O etil icosapente pode ser considerado nos pacientes com fatores de risco cardiovascular adicionais que estiverem tomando estatina e tiverem um LDL-C controlado, mas triglicerídeos elevados (1.53 a 5.64 mmol/L [135 a 499 mg/dL]).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Foi demonstrado que ele reduz modestamente os eventos cardiovasculares.[182]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al; American Heart Association Council on Lifestyle and Cardiometabolic Health and Council on Clinical Cardiology. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com [183]Bhatt DL, Steg PG, Miller M, et al; REDUCE-IT Investigators. Cardiovascular risk reduction with icosapent ethyl for hypertriglyceridemia. N Engl J Med. 2019 Jan 3;380(1):11-22. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1812792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30415628?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
Opções secundárias
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
ezetimiba: 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea a cada 2 semanas; ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea a cada 2 semanas, ou 300 mg por via subcutânea a cada 4 semanas
ou
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
icosapent etílico: 2 g por via oral duas vezes ao dia
Opções terciárias
ácido bempedoico: 180 mg por via oral uma vez ao dia
inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) e do Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II para todos os pacientes com albuminúria e hipertensão coexistente (pressão arterial [PA] ≥130/80 mmHg).[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com Entretanto, o KDIGO também recomenda considerar a terapia farmacológica com um desses agentes nos pacientes com albuminúria e PA normal.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido também recomendam tratamento para todos os pacientes com albuminúria, independentemente da PA.[26]Geng Q, Ren J, Song J, et al. Meta-analysis of the effect of statins on renal function. Am J Cardiol. 2014 Aug 15;114(4):562-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25001155?tool=bestpractice.com [136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng203
A ADA recomenda que todos os indivíduos com diabetes do tipo 1 e PA ≥130/80 mmHg devem se qualificar para terapia farmacológica para reduzir a PA para <130/80 mmHg (desde que essa meta possa ser atingida com segurança).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Ela recomenda uma abordagem individualizada para as metas de PA, entretanto orientando que os pacientes e os médicos se envolvam em um processo de decisão compartilhada para determinar as metas individuais para a PA, reconhecendo que os benefícios e riscos das metas intensivas para a PA são incertos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Metas de PA mais baixas podem ser adequadas em alguns casos, especialmente em pacientes com albuminúria gravemente elevada (RAC ≥30 mg/mmol [≥300 mg/g]), desde que os benefícios e riscos individuais do paciente tenham sido levados em consideração.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes da KDIGO recomendam uma meta de PA sistólica mais baixa de <120 mmHg (quando tolerada) nos adultos com hipertensão e doença renal crônica (DRC), observando que as evidências dos benefícios do controle intensivo da PA são menos certas nos pacientes com diabetes do que naqueles sem diabetes.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com [139]Bress AP, King JB, Kreider KE, et al; SPRINT Research Group. Effect of intensive versus standard blood pressure treatment according to baseline prediabetes status: a post hoc analysis of a randomized trial. Diabetes Care. 2017 Aug 9;40(10):1401-8. https://diabetesjournals.org/care/article/40/10/1401/29526/Effect-of-Intensive-Versus-Standard-Blood-Pressure http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28793997?tool=bestpractice.com [140]Beddhu S, Chertow GM, Greene T, et al. Effects of intensive systolic blood pressure lowering on cardiovascular events and mortality in patients with type 2 diabetes mellitus on standard glycemic control and in those without diabetes mellitus: reconciling results from ACCORD BP and SPRINT. J Am Heart Assoc. 2018 Sep 18;7(18):e009326. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/JAHA.118.009326 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371182?tool=bestpractice.com
O tratamento de primeira linha dos pacientes com diabetes, hipertensão e albuminúria deve ser realizado com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, se um inibidor da ECA não for tolerado, ajustado para a maior dose aprovada tolerada (pode ser necessária uma redução da dose nos pacientes com comprometimento renal).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90.
https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
[133]Whelton PK, Carey RM, Aronow WS, et al. 2017 ACC/AHA/AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA Guideline for the prevention, detection, evaluation, and management of high blood pressure in adults: executive summary: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Hypertension. 2018 Jun;71(6):1269-324.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/HYP.0000000000000066
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29133354?tool=bestpractice.com
[136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng203
[141]National Institute for Health and Care Excellence. Hypertension in adults: diagnosis and management. Nov 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng136
Foi demonstrado que o tratamento com esses medicamentos reduz a proteinúria e desacelera a progressão da doença renal diabética em pacientes com diabetes do tipo 1 e tipo 2 com albuminúria moderadamente elevada.[142]Viberti G, Mogensen CE, Groop LC, et al. Effect of captopril on progression to clinical proteinuria in patients with insulin-dependent diabetes mellitus and microalbuminuria. European Microalbuminuria Captopril Study Group. JAMA. 1994 Jan 26;271(4):275-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8295285?tool=bestpractice.com
[143]Ravid M, Lang R, Rachmani R, et al. Long-term renoprotective effect of angiotensin-converting enzyme inhibition in non-insulin-dependent diabetes mellitus. A 7-year follow-up study. Arch Intern Med. 1996 Feb 12;156(3):286-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8572838?tool=bestpractice.com
[144]Natale P, Palmer SC, Navaneethan SD, et al. Angiotensin-converting-enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers for preventing the progression of diabetic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2024 Apr 29;(4):CD006257.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006257.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38682786?tool=bestpractice.com
[ ]
In people with diabetic kidney disease, is there randomized controlled trial evidence to support the use of angiotensin converting enzyme inhibitors and angiotensin II receptor antagonists to prevent progression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.100/fullMostre-me a resposta O estudo ONTARGET demonstrou que os antagonistas do receptor de angiotensina II e os IECAs são iguais no que diz respeito à prevenção da morbidade e da mortalidade cardiovasculares, do infarto do miocárdio e do AVC.[145]Yusuf S, Teo KK, Pogue J, et al; ONTARGET Investigators. Telmisartan, ramipril, or both in patients at high risk for vascular events. N Engl J Med. 2008 Apr 10;358(15):1547-59.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0801317
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18378520?tool=bestpractice.com
[146]Mann JF, Schmieder RE, McQueen M, et al; ONTARGET investigators. Renal outcomes with telmisartan, ramipril, or both, in people at high vascular risk (the ONTARGET study): a multicentre, randomised, double-blind, controlled trial. Lancet. 2008 Aug 16;372(9638):547-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18707986?tool=bestpractice.com
As diretrizes do NICE do Reino Unido recomendam que todos os pacientes (incluindo aqueles com PA normal) com diabetes do tipo 1 ou tipo 2 e DRC com razão albumina/creatinina (RAC) ≥3 mg/mmol (≥30 mg/g) devem receber um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, ajustado para a dose mais alta licenciada que a pessoa puder tolerar (desde que atendam aos critérios da autorização de comercialização, incluindo os limiares de taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] relevantes).[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28 [136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng203
Embora as diretrizes da ADA e da KDIGO especifiquem que os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II devem ser usados nos pacientes com albuminúria que apresentarem hipertensão coexistente, as diretrizes da KDIGO observam que, para os pacientes com diabetes, albuminúria e PA normal, o tratamento com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II pode ser considerado.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Os dados disponíveis sugerem que os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II não são benéficos para os pacientes que não têm albuminúria nem PA elevada.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A ADA comenta que, embora os inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II sejam frequentemente prescritos para a albuminúria moderadamente elevada (RAC de 3-29 mg/mmol [30-299 mg/g]) sem hipertensão, não foram realizados ensaios neste cenário para determinar se eles melhoram os desfechos renais.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Além disso, dois estudos duplo-cegos de longo prazo não demonstraram efeito renoprotetor dos inibidores da ECA ou dos antagonistas do receptor de angiotensina II entre pessoas com diabetes dos tipos 1 e 2 que eram normotensas, com ou sem albuminúria moderadamente elevada.[147]Weil EJ, Fufaa G, Jones LI, et al. Effect of losartan on prevention and progression of early diabetic nephropathy in American Indians with type 2 diabetes. Diabetes. 2013 Sep;62(9):3224-31. https://diabetesjournals.org/diabetes/article/62/9/3224/34027/Effect-of-Losartan-on-Prevention-and-Progression http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23545707?tool=bestpractice.com [148]Mauer M, Zinman B, Gardiner R, et al. Renal and retinal effects of enalapril and losartan in type 1 diabetes. N Engl J Med. 2009 Jul 2;361(1):40-51. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0808400 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19571282?tool=bestpractice.com
Os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II são geralmente bem tolerados. No entanto, a tosse seca é um efeito adverso conhecido do tratamento com inibidores da ECA, afetando cerca de 10% dos pacientes.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com O angioedema também foi associado ao uso de inibidores da ECA.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Foi postulado que esses efeitos adversos são devidos à inibição da degradação da bradicinina dependente de ECA, e pode-se considerar a troca dos pacientes afetados para um antagonista do receptor de angiotensina II.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A incidência de angioedema com os antagonistas do receptor de angiotensina II não é significativamente diferente daquela do placebo.[153]Makani H, Messerli FH, Romero J, et al. Meta-analysis of randomized trials of angioedema as an adverse event of renin-angiotensin system inhibitors. Am J Cardiol. 2012 Aug 1;110(3):383-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22521308?tool=bestpractice.com Os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II também podem causar hipotensão, hipercalemia e aumento da creatinina sérica. Consequentemente, a PA, o potássio sérico e a creatinina sérica devem ser monitorados nos pacientes que estiverem iniciando o uso desses medicamentos, ou sempre que houver alteração na dose do medicamento. As alterações na PA, no potássio e na função renal geralmente são reversíveis se a medicação for interrompida ou as doses forem reduzidas.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Opções primárias
captopril: 25-50 mg por via oral duas a três vezes ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
enalapril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
lisinopril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
ramipril: 1.25 a 20 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
trandolapril: 0.5 a 4 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
Opções secundárias
losartana: 25-100 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
valsartana: 80-320 mg por via oral uma vez ao dia
ou
candesartana: 8-32 mg por via oral uma vez ao dia
terapia anti-hipertensiva adicional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na maioria dos pacientes, é necessária terapia anti-hipertensiva adicional para alcançar as metas de PA.[154]de Boer IH, Bangalore S, Benetos A, et al. Diabetes and hypertension: a position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2017 Sep;40(9):1273-84. https://diabetesjournals.org/care/article/40/9/1273/36772/Diabetes-and-Hypertension-A-Position-Statement-by http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28830958?tool=bestpractice.com [155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos, diuréticos do tipo tiazida ou betabloqueadores são comumente usados como agentes complementares aos inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II, e podem ser usados em combinação como terapia tripla (ou seja, com um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II) se necessário.[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com [156]Schroeder EB, Chonchol M, Shetterly SM, et al. Add-on antihypertensive medications to angiotensin-aldosterone system blockers in diabetes: a comparative effectiveness study. Clin J Am Soc Nephrol. 2018 Mar 23;13(5):727-34. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5969476 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29572286?tool=bestpractice.com
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia, mas podem ser usados como tratamento complementar em pacientes que necessitam de vários agentes para alcançar as metas de PA ou naqueles com outra indicação para uso de betabloqueadores (por exemplo, cardiopatia isquêmica).[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os diuréticos quase sempre são necessários para controlar a PA na doença renal diabética avançada. Embora os diuréticos de alça tenham sido a base da terapia há muito tempo nesses pacientes, o ensaio clínico CLICK demonstrou que a clortalidona (um diurético semelhante à tiazida), com ou sem um diurético de alça, também é efetiva.[157]Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for hypertension in advanced chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Dec 30;385(27):2507-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34739197?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da Joint American Diabetes Association (ADA)/Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que os antagonistas de aldosterona (por exemplo, espironolactona, eplerenona) podem ser usados nos pacientes com hipertensão resistente (PA acima da meta apesar de inibidores da ECA/antagonistas do receptor de angiotensina II, bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos), mas apenas se a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) for ≥45 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
A escolha da terapia anti-hipertensiva adicional depende de vários fatores clínicos e do paciente.
Inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II ou bloqueador dos canais de cálcio ou diurético tiazídico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A American Diabetes Association (ADA) recomenda que todos os indivíduos com diabetes do tipo 1 e pressão arterial (PA) ≥130/80 mmHg devem se qualificar para terapia farmacológica para reduzir a PA para <130/80 mmHg (desde que essa meta possa ser atingida com segurança).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Ela recomenda uma abordagem individualizada para as metas de PA, entretanto orientando que os pacientes e os médicos se envolvam em um processo de decisão compartilhada para determinar as metas individuais para a PA, reconhecendo que os benefícios e riscos das metas intensivas para a PA são incertos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Metas de PA mais baixas podem ser adequadas em alguns casos, especialmente em pacientes com albuminúria gravemente elevada (RAC ≥30 mg/mmol [≥300 mg/g]), desde que os benefícios e riscos individuais do paciente tenham sido levados em consideração.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Vale ressaltar que as diretrizes da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam uma meta de PA sistólica mais baixa de <120 mmHg (quando tolerada) nos adultos com hipertensão e doença renal crônica (DRC), observando que as evidências dos benefícios do controle intensivo da PA são menos certas nos pacientes com diabetes do que naqueles sem diabetes.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com [139]Bress AP, King JB, Kreider KE, et al; SPRINT Research Group. Effect of intensive versus standard blood pressure treatment according to baseline prediabetes status: a post hoc analysis of a randomized trial. Diabetes Care. 2017 Aug 9;40(10):1401-8. https://diabetesjournals.org/care/article/40/10/1401/29526/Effect-of-Intensive-Versus-Standard-Blood-Pressure http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28793997?tool=bestpractice.com [140]Beddhu S, Chertow GM, Greene T, et al. Effects of intensive systolic blood pressure lowering on cardiovascular events and mortality in patients with type 2 diabetes mellitus on standard glycemic control and in those without diabetes mellitus: reconciling results from ACCORD BP and SPRINT. J Am Heart Assoc. 2018 Sep 18;7(18):e009326. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/JAHA.118.009326 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371182?tool=bestpractice.com
Os pacientes com diabetes e hipertensão têm um risco menor de progressão da DRC quando a excreção de albumina na urina é normal (RAC <3 mg/mmol [<30 mg/g]), e as evidências existentes não demonstram benefício clínico claro da inibição do sistema renina-angiotensina para a progressão da DRC nessa população.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A redução do risco cardiovascular é o objetivo mais importante do controle da PA com excreção normal de albumina na urina, e várias classes de agentes anti-hipertensivos (incluindo inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos) são opções de primeira linha apropriadas nesse cenário.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Exemplos de inibidores da ECA adequados (por exemplo, captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, trandolapril), antagonistas do receptor de angiotensina II (por exemplo, losartana, valsartana, candesartana), bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos (por exemplo, anlodipino, felodipino, nifedipino) e diuréticos do tipo tiazida (por exemplo, hidroclorotiazida, clortalidona) estão incluídos aqui. No entanto, esta lista não é exaustiva e você deve consultar sua fonte local de informações sobre medicamentos para obter mais opções.
Opções primárias
captopril: 25-50 mg por via oral duas a três vezes ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
enalapril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
lisinopril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
ramipril: 1.25 a 20 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
trandolapril: 0.5 a 4 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
losartana: 25-100 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
valsartana: 80-320 mg por via oral uma vez ao dia
ou
candesartana: 8-32 mg por via oral uma vez ao dia
ou
anlodipino: 2.5 a 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
felodipino: 2.5 a 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
nifedipino: 30-120 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
hidroclorotiazida: 12.5 a 50 mg por via oral uma vez ao dia
ou
clortalidona: 12.5 a 25 mg por via oral uma vez ao dia
terapia anti-hipertensiva adicional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na maioria dos pacientes, é necessária terapia anti-hipertensiva adicional para alcançar as metas de PA.[154]de Boer IH, Bangalore S, Benetos A, et al. Diabetes and hypertension: a position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2017 Sep;40(9):1273-84. https://diabetesjournals.org/care/article/40/9/1273/36772/Diabetes-and-Hypertension-A-Position-Statement-by http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28830958?tool=bestpractice.com [155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Se um paciente já estiver tomando um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico e/ou um diurético do tipo tiazida e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla (ou seja, agentes de duas dessas três classes são usados com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II), se necessário.[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com [156]Schroeder EB, Chonchol M, Shetterly SM, et al. Add-on antihypertensive medications to angiotensin-aldosterone system blockers in diabetes: a comparative effectiveness study. Clin J Am Soc Nephrol. 2018 Mar 23;13(5):727-34. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5969476 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29572286?tool=bestpractice.com
Se um paciente já estiver tomando um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico como tratamento de primeira linha, um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II e/ou um diurético do tipo tiazida e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla.
Se um paciente já estiver tomando um diurético do tipo tiazida como tratamento de primeira linha, um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II e/ou um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla.
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia, mas podem ser usados como tratamento complementar em pacientes que necessitam de vários agentes para alcançar as metas de PA ou naqueles com outra indicação para uso de betabloqueadores (por exemplo, cardiopatia isquêmica).[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os diuréticos quase sempre são necessários para controlar a PA na doença renal diabética avançada. Embora os diuréticos de alça tenham sido a base da terapia nesses pacientes por muito tempo, o ensaio clínico CLICK demonstrou que a clortalidona (um diurético semelhante à tiazida) com ou sem um diurético de alça também é efetivo.[157]Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for hypertension in advanced chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Dec 30;385(27):2507-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34739197?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da Joint American Diabetes Association (ADA)/Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que os antagonistas de aldosterona (por exemplo, espironolactona, eplerenona) podem ser usados nos pacientes com hipertensão resistente (PA acima da meta apesar de inibidores da ECA/antagonistas do receptor de angiotensina II, bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos tiazídicos), mas apenas se a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) for ≥45 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
A escolha da terapia anti-hipertensiva adicional depende de vários fatores clínicos e do paciente.
diabetes do tipo 2 com nefropatia: sem diálise
controle glicêmico
As diretrizes da American Diabetes Association recomendam manter a HbA1c em <53 mmol/mol (<7%) para os adultos com diabetes, observando que definir uma meta glicêmica durante as consultas provavelmente melhorará os desfechos dos pacientes.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que as metas individualizadas de HbA1c devem variar de <48 mmol/mol a <64 mmol/mol (<6.5% a <8.0%) para os pacientes com diabetes e doença renal crônica (DRC) não tratados com diálise.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Metas nessa faixa foram associadas a melhoras na sobrevida, em desfechos cardiovasculares e desfechos microvasculares, bem como a um menor risco de progressão da DRC.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com O atingimento seguro das metas no limite inferior deste intervalo (por exemplo, <48 mmol/mol ou <53 mmol/mol [<6.5% ou <7.0%]) pode ser facilitado pelo monitoramento contínuo da glicose ou pelo automonitoramento da glicose sanguínea e pela seleção de agentes redutores da glicose que não estejam associados a hipoglicemia.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Estudos randomizados de grande porte demonstraram que a redução intensiva da glicose sanguínea com o objetivo de atingir níveis próximos à normoglicemia retarda o início e a progressão da albuminúria e retarda o declínio da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) em pessoas com diabetes dos tipos 1 e 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[69]de Boer IH, Sun W, Cleary PA, et al; DCCT/EDIC Research Group. Intensive diabetes therapy and glomerular filtration rate in type 1 diabetes. N Engl J Med. 2011 Dec 22;365(25):2366-76.
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[70]DCCT/EDIC research group. Effect of intensive diabetes treatment on albuminuria in type 1 diabetes: long-term follow-up of the Diabetes Control and Complications Trial and Epidemiology of Diabetes Interventions and Complications study. Lancet Diabetes Endocrinol. 2014 Oct;2(10):793-800.
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[71]UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) Group. Intensive blood-glucose control with sulphonylureas or insulin compared with conventional treatment and risk of complications in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33). Lancet. 1998 Sep 12;352(9131):837-53.
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How does tight glycemic control compare with non-tight control for preventing diabetic kidney disease and its progression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1791/fullMostre-me a resposta Metas menos rígidas podem ser adequadas para as crianças pequenas, idosos, pessoas com fragilidade, pessoas com história de hipoglicemia grave e pessoas com expectativa de vida limitada, complicações micro ou macrovasculares avançadas ou comorbidades.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Os objetivos do tratamento devem ser individualizados, levando-se em consideração idade, progressão da doença e risco macrovascular, assim como o estilo de vida do paciente e as habilidades de manejo da doença.[80]Fullerton B, Jeitler K, Seitz M, et al. Intensive glucose control versus conventional glucose control for type 1 diabetes mellitus. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Feb 14;(2):CD009122.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009122.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24526393?tool=bestpractice.com
O principal dano associado a metas mais baixas de HbA1c é a hipoglicemia; os benefícios do controle rigoroso precisam ser equilibrados com o risco de dano para cada paciente.
Os tratamentos e as combinações de medicamentos usados precisam ser individualizados para cada paciente. Para obter mais informações, consulte Diabetes do tipo 2 em adultos. Consideração especial deve ser dada ao uso de agentes que reduzam tanto o risco de progressão da DRC quanto de eventos cardiovasculares.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Os pacientes podem começar com metformina se a TFGe for ≥30 mL/minuto/1.73 m². Um inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) é uma opção de segunda linha razoável (com algumas ressalvas).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[66]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86.
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[67]Zelniker TA, Wiviott SD, Raz I, et al. Comparison of the effects of glucagon-like peptide receptor agonists and sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors for prevention of major adverse cardiovascular and renal outcomes in type 2 diabetes mellitus: systematic review and meta-analysis of cardiovascular outcomes trials. Circulation. 2019 Apr 23;139(17):2022-31.
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What are the effects of sodium glucose co‐transporter‐2 (SGLT2), dipeptidyl peptidase‐4 (DPP‐4) inhibitors and glucagon‐like peptide‐1 (GLP‐1) agonists for adults with diabetes and chronic kidney disease (CKD)?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2335/fullMostre-me a resposta
Metformina: eliminada pela filtração renal, e níveis circulantes muito altos (por exemplo como resultado de superdosagem ou insuficiência renal aguda) foram associados a acidose láctica. Entretanto, sabe-se agora que a ocorrência desta complicação é muito rara, e a metformina pode ser usada com segurança nas pessoas com TFGe ≥30 mL/minuto/1.73 m².[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A metformina é contraindicada se a TFGe for <30 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com [81]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA revises warnings regarding use of the diabetes medicine metformin in certain patients with reduced kidney function. Apr 2016 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-drug-safety-communication-fda-revises-warnings-regarding-use-diabetes-medicine-metformin-certain A redução da dose deve ser considerada quando a TFGe for <45 mL/minuto/1.73 m² nos pacientes que continuarem em uma terapia já existente. Entretanto, a metformina não deve ser iniciada nos pacientes com TFGe de 30-45 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com [66]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com A redução da dose também pode ser considerada em alguns pacientes com TFGe de 45-59 mL/minuto/1.73 m² que tiverem alto risco de acidose láctica.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com Uma revisão Cochrane não encontrou evidências suficientes para mostrar que a metformina teve algum efeito sobre a função renal, com os autores concluindo que mais evidências na forma de ensaios clínicos randomizados grandes e bem elaborados são necessárias para avaliar de forma mais robusta se a metformina pode ser um tratamento protetor de longo prazo nas pessoas com DRC.[82]El-Damanawi R, Stanley IK, Staatz C, et al. Metformin for preventing the progression of chronic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2024 Jun 4;(6):CD013414. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013414.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38837240?tool=bestpractice.com
Inibidores de SGLT2: além de reduzirem a hiperglicemia, esses medicamentos têm benefícios renais por meio de efeitos independentes sobre a reabsorção renal tubular da glicose, o peso, a pressão arterial (PA), as pressões intraglomerulares, a albuminúria e a redução da velocidade de perda da TFGe.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [84]Augusto GA, Cassola N, Dualib PM, et al. Sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors for type 2 diabetes mellitus in adults: an overview of 46 systematic reviews. Diabetes Obes Metab. 2021 Oct;23(10):2289-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34142426?tool=bestpractice.com Eles são moderada a altamente efetivos para o controle glicêmico e são muito efetivos para reduzir a proteinúria e desacelerar a evolução da doença renal diabética.[67]Zelniker TA, Wiviott SD, Raz I, et al. Comparison of the effects of glucagon-like peptide receptor agonists and sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors for prevention of major adverse cardiovascular and renal outcomes in type 2 diabetes mellitus: systematic review and meta-analysis of cardiovascular outcomes trials. Circulation. 2019 Apr 23;139(17):2022-31. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.118.038868 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30786725?tool=bestpractice.com [85]Alicic RZ, Neumiller JJ, Johnson EJ, et al. Sodium-glucose cotransporter 2 inhibition and diabetic kidney disease. Diabetes. 2019 Feb;68(2):248-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30665953?tool=bestpractice.com [86]Heerspink HJ, Desai M, Jardine M, et al. Canagliflozin slows progression of renal function decline independently of glycemic effects. J Am Soc Nephrol. 2017 Jan;28(1):368-75. https://journals.lww.com/jasn/fulltext/2017/01000/canagliflozin_slows_progression_of_renal_function.38.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27539604?tool=bestpractice.com Eles reduzem o risco de hipercalemia grave nas pessoas com diabetes do tipo 2 e DRC sem aumentarem o risco de hipocalemia.[93]Neuen BL, Oshima M, Agarwal R, et al. Sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors and risk of hyperkalemia in people with type 2 diabetes: a meta-analysis of individual participant data from randomized, controlled trials. Circulation. 2022 May 10;145(19):1460-70. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.121.057736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35394821?tool=bestpractice.com [94]Neuen BL, Oshima M, Perkovic V, et al. Effects of canagliflozin on serum potassium in people with diabetes and chronic kidney disease: the CREDENCE trial. Eur Heart J. 2021 Dec 21;42(48):4891-901. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/48/4891/6356221 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34423370?tool=bestpractice.com Em comparação com o tratamento habitual ou placebo, eles também reduzem o risco de mortalidade por todas as causas em 12%, os eventos cardíacos adversos graves (MACE; infarto do miocárdio não fatal, AVC não fatal e mortalidade cardiovascular) em 10% e as hospitalizações por insuficiência cardíaca congestiva em 36%.[95]Qaseem A, Obley AJ, Shamliyan T, et al. Newer pharmacologic treatments in adults with type 2 diabetes: a clinical guideline From the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2024 May;177(5):658-66. https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M23-2788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38639546?tool=bestpractice.com Foi descoberto que eles reduzem o risco de desfechos de insuficiência renal e cardíaca para todas as categorias de TFGe, embora os maiores benefícios em termos de proteção renal possam ser alcançados com seu início precoce nas pessoas com TFGe preservada.[96]Maddaloni E, Cavallari I, La Porta Y, et al. Impact of baseline kidney function on the effects of sodium-glucose co-transporter-2 inhibitors on kidney and heart failure outcomes: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Diabetes Obes Metab. 2023 May;25(5):1341-50. https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.14986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36700422?tool=bestpractice.com [97]Butler J, Packer M, Siddiqi TJ, et al. Efficacy of empagliflozin in patients with heart failure across kidney risk categories. J Am Coll Cardiol. 2023 May 16;81(19):1902-14. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2023.03.390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37164523?tool=bestpractice.com
A iniciação de um inibidor de SGLT2 geralmente não é recomendada (ou deve ser feita com cautela) nos pacientes com TFGe <20 mL/minuto/1.73 m².[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 No entanto, uma vez iniciado o tratamento com um inibidor de SGLT2, é razoável continuá-lo mesmo que a TFGe caia abaixo de 20 mL/minuto/1.73 m², a menos que não seja tolerado ou seja iniciada terapia renal substitutiva.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com No entanto, os pacientes devem ser monitorados e, às vezes, pode ser necessária uma redução da dose. As preocupações no sentido de que esses agentes podem causar lesão renal aguda foram refutadas por ensaios de desfechos clínicos da DRC avançada.[98]Perkovic V, Jardine MJ, Neal B, et al. Canagliflozin and renal outcomes in type 2 diabetes and nephropathy. N Engl J Med. 2019 Jun 13;380(24):2295-306. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1811744 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30990260?tool=bestpractice.com As indicações para o uso dos inibidores de SGLT2 estão aumentando com rapidez e não se limitam mais ao diabetes mellitus ou à albuminúria; alguns inibidores de SGLT2 agora são indicados para ajudar na preservação da função renal e a proteger contra a doença renal em estágio terminal (DRET), mesmo na ausência de diabetes mellitus e albuminúria, bem como para proteger contra a morte cardiovascular e a hospitalização por insuficiência cardíaca.[103]Yau K, Dharia A, Alrowiyti I, et al. Prescribing SGLT2 inhibitors in patients with CKD: expanding indications and practical considerations. Kidney Int Rep. 2022 Jul;7(7):1463-76. https://www.kireports.org/article/S2468-0249(22)01372-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35812300?tool=bestpractice.com No entanto, as recomendações do fabricante para uso desses medicamentos em pacientes com comprometimento renal podem variar, dependendo do medicamento, da indicação e do país de aprovação; portanto, é importante consultar as orientações locais. O uso dos inibidores da SGLT2 não é indicado nos pacientes com DRET que estejam em diálise.
Agonistas do receptor de GLP-1: esses medicamentos se ligam seletivamente e ativam o receptor de GLP-1, o alvo para o GLP-1 nativo, e são medicamentos antidiabéticos altamente efetivos que demonstraram reduzir os riscos de mortalidade por todas as causas e de eventos cardiovasculares adversos graves.[95]Qaseem A, Obley AJ, Shamliyan T, et al. Newer pharmacologic treatments in adults with type 2 diabetes: a clinical guideline From the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2024 May;177(5):658-66.
https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M23-2788
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[107]Giugliano D, Scappaticcio L, Longo M, et al. GLP-1 receptor agonists and cardiorenal outcomes in type 2 diabetes: an updated meta-analysis of eight CVOTs. Cardiovasc Diabetol. 2021 Sep 15;20(1):189.
https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-021-01366-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34526024?tool=bestpractice.com
De forma notável, eles mantêm a eficácia glicêmica e a segurança mesmo em estágios avançados da DRC.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Eles também podem melhorar os desfechos renais, independentemente do efeito redutor da glicose, e podem ter benefícios adicionais de perda do peso.[108]Htike ZZ, Zaccardi F, Papamargaritis D, et al. Efficacy and safety of glucagon-like peptide-1 receptor agonists in type 2 diabetes: a systematic review and mixed-treatment comparison analysis. Diabetes Obes Metab. 2017 Apr;19(4):524-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27981757?tool=bestpractice.com
[109]Mann JFE, Ørsted DD, Brown-Frandsen K, et al; LEADER Steering Committee and Investigators. Liraglutide and renal outcomes in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2017 Aug 31;377(9):839-48.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1616011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28854085?tool=bestpractice.com
[110]Kristensen SL, Rørth R, Jhund PS, et al. Cardiovascular, mortality, and kidney outcomes with GLP-1 receptor agonists in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of cardiovascular outcome trials. Lancet Diabetes Endocrinol. 2019 Oct;7(10):776-85.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31422062?tool=bestpractice.com
Seu efeito benéfico sobre os desfechos renais parece ser inferior ao dos inibidores de SGLT2, embora o estudo de referência FLOW tenha revelado que o tratamento com semaglutida subcutânea uma vez por semana resultou em uma redução do risco de 24% nos principais desfechos renais em comparação com o placebo.[111]Kawai Y, Uneda K, Yamada T, et al. Comparison of effects of SGLT-2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists on cardiovascular and renal outcomes in type 2 diabetes mellitus patients with/without albuminuria: a systematic review and network meta-analysis. Diabetes Res Clin Pract. 2022 Jan;183:109146.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34780865?tool=bestpractice.com
[114]Perkovic V, Tuttle KR, Rossing P, et al; FLOW Trial Committees and Investigators. Effects of semaglutide on chronic kidney disease in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2024 Jul 11;391(2):109-21.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38785209?tool=bestpractice.com
Os agonistas do receptor de GLP-1 têm o benefício adicional de perda de peso leve a moderada.[68]Lo C, Toyama T, Wang Y, et al. Insulin and glucose-lowering agents for treating people with diabetes and chronic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Sep 24;(9):CD011798.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011798.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30246878?tool=bestpractice.com
[109]Mann JFE, Ørsted DD, Brown-Frandsen K, et al; LEADER Steering Committee and Investigators. Liraglutide and renal outcomes in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2017 Aug 31;377(9):839-48.
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What are the effects of sodium glucose co‐transporter‐2 (SGLT2), dipeptidyl peptidase‐4 (DPP‐4) inhibitors and glucagon‐like peptide‐1 (GLP‐1) agonists for adults with diabetes and chronic kidney disease (CKD)?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2335/fullMostre-me a resposta
Foi relatada lesão renal aguda com a semaglutida.[115]Leehey DJ, Rahman MA, Borys E, et al. Acute kidney injury associated with semaglutide. Kidney Med. 2021 Mar-Apr;3(2):282-5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8039426 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33851124?tool=bestpractice.com A liraglutida, a albiglutida, a dulaglutida e a semaglutida não são excretadas pelos rins, e são os agentes preferenciais nesta classe. A exenatida é eliminada por excreção renal e não deve ser usada em pacientes com comprometimento renal grave; a formulação de liberação imediata não deve ser usada em pacientes com TFGe <30 mL/minuto/1.73 m², enquanto a formulação de liberação prolongada não deve ser utilizada em pacientes com uma TFGe <45 mL/minuto/1.73 m².
Agonista duplo dos receptores de polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP)/GLP-1: a tirzepatida é o primeiro e único medicamento desta classe a receber aprovação. Ela foi aprovada como um adjuvante da dieta e dos exercícios para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes do tipo 2. Ela é adequada para os pacientes com sobrepeso ou obesidade sem gastroparesia que desejam perder peso, estão dispostos a tomar injeções e podem tolerar o efeito adverso comum de náusea inicial. Foi demonstrado que ela tem um efeito maior nos níveis de glicose e no controle do peso do que os agonistas seletivos do receptor de GLP-1, sem aumento do risco de hipoglicemia.[118]Rosenstock J, Wysham C, Frías JP, et al. Efficacy and safety of a novel dual GIP and GLP-1 receptor agonist tirzepatide in patients with type 2 diabetes (SURPASS-1): a double-blind, randomised, phase 3 trial. Lancet. 2021 Jul 10;398(10295):143-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34186022?tool=bestpractice.com [119]Frías JP, Davies MJ, Rosenstock J, et al; SURPASS-2 Investigators. Tirzepatide versus semaglutide once weekly in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2021 Aug 5;385(6):503-15. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2107519 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34170647?tool=bestpractice.com [120]Frias JP, Nauck MA, Van J, et al. Efficacy and safety of LY3298176, a novel dual GIP and GLP-1 receptor agonist, in patients with type 2 diabetes: a randomised, placebo-controlled and active comparator-controlled phase 2 trial. Lancet. 2018 Nov 17;392(10160):2180-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30293770?tool=bestpractice.com Estão em andamento ensaios clínicos da segurança cardiovascular. Ela pode ser usada em pacientes com comprometimento renal de qualquer grau, sem necessidade de ajuste da dose.
Inibidores de dipeptidil peptidase-4 (DPP-4): esses medicamentos também podem ser usados nos pacientes com doença renal diabética, mas a dose pode precisar ser ajustada dependendo do grau de disfunção renal.[124]Mega C, Teixeira-de-Lemos E, Fernandes R, et al. Renoprotective effects of the dipeptidyl peptidase-4 inhibitor sitagliptin: a review in type 2 diabetes. J Diabetes Res. 2017;2017:5164292. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1155/2017/5164292 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29098166?tool=bestpractice.com Estudos relatam que os inibidores de DPP-4 podem ser renoprotetores, embora as evidências para renoproteção sejam fracas em comparação com as dos inibidores de SGLT2.[124]Mega C, Teixeira-de-Lemos E, Fernandes R, et al. Renoprotective effects of the dipeptidyl peptidase-4 inhibitor sitagliptin: a review in type 2 diabetes. J Diabetes Res. 2017;2017:5164292. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1155/2017/5164292 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29098166?tool=bestpractice.com Eles demonstraram efeitos pleiotrópicos em modelos in vitro, reduzindo a inflamação, a fibrose e os danos oxidativos, o que sugere potenciais efeitos renoprotetores.[125]Daza-Arnedo R, Rico-Fontalvo JE, Pájaro-Galvis N, et al. Dipeptidyl peptidase-4 inhibitors and diabetic kidney disease: a narrative review. Kidney Med. 2021 Nov-Dec;3(6):1065-73. https://www.kidneymedicinejournal.org/article/S2590-0595(21)00205-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34939016?tool=bestpractice.com Embora os ensaios existentes sugiram um possível benefício sobre a progressão da doença renal diabética, estudos adicionais são necessários para demonstrar os benefícios específicos para os rins dos inibidores de DPP-4.[125]Daza-Arnedo R, Rico-Fontalvo JE, Pájaro-Galvis N, et al. Dipeptidyl peptidase-4 inhibitors and diabetic kidney disease: a narrative review. Kidney Med. 2021 Nov-Dec;3(6):1065-73. https://www.kidneymedicinejournal.org/article/S2590-0595(21)00205-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34939016?tool=bestpractice.com A ADA e a European Association for the Study of Diabetes (EASD) relatam que, em um nível de classe, os inibidores de DPP-4 têm um efeito neutro sobre a progressão da doença renal diabética.[66]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com
A sitagliptina, a saxagliptina e a alogliptina podem ser usadas nos pacientes com doença renal diabética, mas as doses devem ser ajustadas a depender do grau de disfunção renal. A linagliptina também pode ser usada nos pacientes com doença renal diabética, incluindo a doença renal em estágio terminal, embora haja experiência limitada com seu uso. A linagliptina não é eliminada pelos rins e, portanto, não é necessário ajuste da dose.
Sulfonilureias e meglitinidas: se outros agentes forem necessários para o controle glicêmico, a glipizida é a sulfonilureia de escolha devido ao seu metabólito ter pouca ou nenhuma atividade hipoglicêmica.[65]National Kidney Foundation. KDOQI clinical practice guideline for diabetes and CKD: 2012 update. Am J Kidney Dis. 2012 Nov;60(5):850-86. https://www.ajkd.org/article/S0272-6386(12)00957-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23067652?tool=bestpractice.com A glimepirida também é aceitável, mas a gliburida não deve ser usada, devido ao acúmulo de metabólitos ativos e aumento do risco de hipoglicemia. A nateglinida é uma meglitinida não depurada pelos rins e é considerada dentro de sua classe de medicamentos a mais segura para DRC.[127]Hatorp V. Clinical pharmacokinetics and pharmacodynamics of repaglinide. Clin Pharmacokinet. 2002;41(7):471-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12083976?tool=bestpractice.com
Tiazolidinedionas: embora haja evidências mostrando que as tiazolidinedionas (por exemplo, pioglitazona) reduzem a hiperglicemia, a albuminúria e a proteinúria nas pessoas com diabetes, o significado clínico desse achado não está claro.[128]Sarafidis PA, Stafylas PC, Georgianos PI, et al. Effect of thiazolidinediones on albuminuria and proteinuria in diabetes: a meta-analysis. Am J Kidney Dis. 2010 May;55(5):835-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20110146?tool=bestpractice.com A ADA/EASD relatam que elas têm um efeito neutro sobre a evolução da doença renal diabética.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [66]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com As tiazolidinedionas são associadas à retenção de fluidos e devem ser evitadas nos pacientes com DRC avançada e nos pacientes em diálise.
Insulina: o tratamento com insulina é necessário se houver evidência de catabolismo continuado (perda de peso, hipertrigliceridemia e cetose), sintomas de hiperglicemia (poliúria e polidipsia) ou quando os níveis de HbA1c ou glicose sanguínea estiverem muito altos (ou seja, HbA1c >10% e/ou glicose sanguínea ≥16.7 mmol/L [≥300 mg/dL]), independentemente da terapia hipoglicemiante de base ou do estágio da doença.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A intensificação da insulina também é uma opção para os indivíduos que não estiverem atingindo suas metas glicêmicas com outros agentes anti-hiperglicêmicos; ela é necessária em pelo menos 20% a 30% das pessoas com diabetes do tipo 2 para atingir as metas de tratamento recomendadas. Vale ressaltar que a ADA recomenda que um agonista do receptor de GLP-1 ou um agonista duplo dos receptores de GIP/GLP-1 sejam considerados antes da insulina se a terapia injetável for necessária e o paciente ainda não estiver sendo tratado com um desses medicamentos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Se a insulina for usada, a terapia combinada com um agonista do receptor de GLP-1 ou agonista duplo dos receptores de GIP/GLP-1 é recomendada para maior eficácia glicêmica, bem como os efeitos benéficos desses medicamentos na redução do peso e do risco de hipoglicemia (já que doses menores de insulina podem ser usadas), na redução dos eventos cardiovasculares (agonistas do receptor de GLP-1) e desaceleração da progressão da DRC (semaglutida).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Nos pacientes com DRC, há um risco de hipoglicemia em razão do clearance renal comprometido de medicamentos como a insulina (dois terços da insulina são degradados pelo rim) ou as sulfonilureias, e devido à gliconeogênese renal comprometida. Deve-se ter cautela ao usar esses medicamentos, e os pacientes devem ser orientados sobre o risco de hipoglicemia.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Pacientes com sobrepeso/obesidade comórbido: ao selecionar um agente anti-hiperglicêmico para pacientes com diabetes mellitus do tipo 2, DRC e sobrepeso/obesidade, um agonista do receptor de GLP-1 ou a tirzepatida podem ser preferíveis para promover a perda de peso intencional.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
modificações de estilo de vida e de fatores de risco
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Abandono do hábito de fumar: o abandono do hábito de fumar é altamente recomendado, visto que estudos documentam uma relação entre o tabagismo e a perda da taxa de filtração glomerular (TFG). Os mecanismos subjacentes aos efeitos adversos renais do tabagismo ainda não estão completamente compreendidos. Além do seu efeito sobre a evolução da insuficiência renal, o tabagismo também é um fator de risco cardiovascular importante nos pacientes com doença renal crônica (DRC).[185]Orth SR, Ritz E. The renal risks of smoking: an update. Curr Opin Nephrol Hypertens. 2002 Sep;11(5):483-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12187311?tool=bestpractice.com As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) não apoiam os cigarros eletrônicos como uma alternativa ao tabagismo nem para facilitar o abandono do hábito de fumar.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Consulte Abandono do hábito de fumar.
Nutrição: recomenda-se terapia nutricional clínica realizada por um nutricionista licenciado para as pessoas com diabetes do tipo 1 ou do tipo 2.[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
https://diabetesjournals.org/care/article/42/5/731/40480/Nutrition-Therapy-for-Adults-With-Diabetes-or
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com
[179]Wanner C, Krane V, Marz W, et al. Atorvastatin in patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis. N Engl J Med. 2005 Jul 21;353(3):238-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034009?tool=bestpractice.com
Uma série inicial de 3 a 4 encontros resulta em desfechos positivos, incluindo reduções na HbA1c, nos lipídios e no peso, um ajuste positivo nos medicamentos, e uma redução nas comorbidades. Os pacientes também devem passar por uma consulta de acompanhamento anualmente.[179]Wanner C, Krane V, Marz W, et al. Atorvastatin in patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis. N Engl J Med. 2005 Jul 21;353(3):238-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034009?tool=bestpractice.com
Dietas ricas em proteínas devem ser evitadas.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[4]Alicic RZ, Rooney MT, Tuttle KR. Diabetic kidney disease: challenges, progress, and possibilities. Clin J Am Soc Nephrol. 2017 May 18;12(12):2032-45.
https://journals.lww.com/cjasn/fulltext/2017/12000/diabetic_kidney_disease__challenges,_progress,_and.17.aspx
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[27]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com
Todo paciente deve ser avaliado individualmente para se ponderarem os benefícios de uma dieta moderada em proteínas (e a evitação da aminoacidúria e da hiperfiltração associada); as dietas hipoproteicas (0.6 g/kg) devem ser evitadas devido aos riscos de desnutrição.[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
https://diabetesjournals.org/care/article/42/5/731/40480/Nutrition-Therapy-for-Adults-With-Diabetes-or
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com
[180]Baigent C, Landray MJ, Reith C, et al; SHARP Investigators. The effects of lowering LDL cholesterol with simvastatin plus ezetimibe in patients with chronic kidney disease (Study of Heart and Renal Protection): a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2011 Jun 25;377(9784):2181-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21663949?tool=bestpractice.com
Para os indivíduos com DRC que não dependerem de diálise, a ingestão de proteína alimentar deve ser de aproximadamente 0.8 g/kg de peso corporal por dia (a ingestão diária recomendada).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127.
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Uma revisão sistemática não conseguiu mostrar o benefício da restrição proteica na insuficiência renal.[28]Jiang S, Fang J, Li W. Protein restriction for diabetic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 3;(1):CD014906.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD014906.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36594428?tool=bestpractice.com
A limitação da ingestão de gorduras saturadas e de colesterol é benéfica.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
A restrição alimentar de sódio (para <2300 mg/dia) pode ser útil para controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular, e a individualização do potássio alimentar pode ser necessária para controlar as concentrações séricas de potássio.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[188]Hodson EM, Cooper TE. Altered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 16;(1):CD006763.
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[ ]
What are the effects of lowered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4251/fullMostre-me a resposta Embora os polivitamínicos sejam recomendados, doses altas de vitaminas B resultam em uma maior incidência de eventos vasculares.[187]Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, et al; DASH-Sodium Collaborative Research Group. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med. 2001 Jan 4;344(1):3-10.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200101043440101
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Atividade física: as diretrizes recomendam que os indivíduos com doença renal diabética realizem atividade física de intensidade moderada por uma duração cumulativa de pelo menos 150 minutos por semana, ou em um nível compatível com sua tolerância cardiovascular e física.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Pacientes com sobrepeso/obesidade comórbido: o controle do peso seja um objetivo primário do tratamento em pacientes com diabetes do tipo 2 e sobrepeso ou obesidade.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As estratégias para perda de peso podem incluir aconselhamento comportamental e de estilo de vida, farmacoterapia e cirurgia metabólica. A ADA orienta que qualquer quantidade de perda de peso será benéfica, mas que perder de 3% a 7% do peso inicial melhora a glicemia e os outros fatores de risco cardiovascular. Uma perda sustentada de >10% do peso corporal pode resultar em efeitos modificadores da doença e remissão do diabetes tipo 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam a perda de peso para pacientes com obesidade, diabetes e DRC, particularmente aqueles com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) ≥30 mL/minuto por 1.73 m².[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Além disso, a perda de peso será necessária para aqueles que excederem os limites de índice de massa corporal (IMC) para a lista de transplante de rim.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
controle de lipídios
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As pessoas com doença renal diabética têm um alto risco de eventos cardiovasculares. O manejo de risco cardiovascular deve, portanto, ser uma consideração importante para reduzir a mortalidade por doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA). O colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) é o fator de risco modificável associado à DCVA mais amplamente estudado. Há fortes evidências de que ele é um fator causal na fisiopatologia da DCVA, e a redução do risco de DCVA é proporcional à redução absoluta e relativa do LDL-C alcançada.[175]Ference BA, Ginsberg HN, Graham I, et al. Low-density lipoproteins cause atherosclerotic cardiovascular disease. 1. Evidence from genetic, epidemiologic, and clinical studies. A consensus statement from the European Atherosclerosis Society Consensus Panel. Eur Heart J. 2017 Aug 21;38(32):2459-72. https://academic.oup.com/eurheartj/article/38/32/2459/3745109 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28444290?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da American Diabetes Association (ADA) e da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam uma estatina para todos os pacientes com diabetes do tipo 2 e doença renal crônica (DRC); terapia com estatina de intensidade moderada para prevenção primária de DCVA; e terapia com estatina de alta intensidade para os pacientes com DCVA conhecida e alguns pacientes com múltiplos fatores de risco para DCVA.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com A Endocrine Society recomenda que todos os adultos com diabetes com DRC em estágios 1-4 e pós-transplante renal devem receber terapia com estatinas, independentemente de seu escore de risco cardiovascular.[176]Newman CB, Blaha MJ, Boord JB, et al. Lipid management in patients with endocrine disorders: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2020 Dec 1;105(12):3613-82. https://academic.oup.com/jcem/article/105/12/3613/5909161 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32951056?tool=bestpractice.com As diretrizes do American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA) recomendam que o tratamento lipídico seja orientado pelo risco de DCV.[177]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam oferecer terapia com estatina de alta intensidade (ou seja, atorvastatina na extremidade inferior da faixa de dose de alta intensidade) para as pessoas com DRC para a prevenção primária e secundária de DCV, com a dose sendo aumentada se as metas lipídicas não forem atingidas.[178]National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Dec 2023 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng238 Vale ressaltar que o NICE difere da ADA e da ACC/AHA em relação ao limite de dosagem no qual classifica certas estatinas como de alta intensidade ou moderada intensidade; as diretrizes locais devem ser consultadas.
Para prevenção primária em adultos com diabetes sem DCVA estabelecida, as diretrizes da ADA recomendam: terapia com estatina de intensidade moderada em todas as pessoas com idade entre 40 e 75 anos; consideração de terapia com estatina de intensidade moderada nos pacientes com idade entre 20 e 39 anos com fatores de risco adicionais para DCVA; terapia com estatina de alta intensidade nas pessoas com idade entre 40 e 75 anos com maior risco cardiovascular, incluindo aquelas com um ou mais fatores de risco para DCVA, para reduzir o LDL-C em ≥50% da linha basal e atingir uma meta de LDL-C <1.81 mmol/L (<70 mg/dL); a adição de ezetimiba ou um anticorpo monoclonal inibidor da proproteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK9) (por exemplo, alirocumabe, evolocumabe) à terapia máxima tolerada com estatina deve ser considerada nas pessoas com idade entre 40 e 75 anos com maior risco cardiovascular, especialmente aquelas com múltiplos fatores de risco para DCV e LDL-C ≥1.81 mmol/L (≥70 mg/dL); para os adultos com idade >75 anos já estabelecidos em terapia com uma estatina, é razoável manter o tratamento com estatina e pode ser razoável iniciar uma terapia com estatina de intensidade moderada após discussão dos potenciais benefícios e riscos; nas pessoas intolerantes à terapia com estatinas, o tratamento com ácido bempedoico é recomendado como uma terapia alternativa para redução do colesterol.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Considerando que a DRC e a albuminúria são classificadas como fatores de risco para DCVA, a maioria dos pacientes com doença renal diabética com mais de 20 anos de idade deve ser tratada com uma estatina com base nesta orientação.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes para o manejo dos lipídios diferem para os pacientes com diabetes que têm doença cardiovascular estabelecida (ou seja, prevenção secundária). Para obter informações adicionais, consulte Doença cardiovascular diabética.
As estatinas são provavelmente benéficas em virtude das suas propriedades anti-inflamatórias e da correlação da inflamação na DRC com morbidade cardiovascular associada. Elas podem diminuir a taxa de redução na taxa de filtração glomerular (TFG) e diminuir moderadamente o aumento progressivo da proteinúria na DRC.[26]Geng Q, Ren J, Song J, et al. Meta-analysis of the effect of statins on renal function. Am J Cardiol. 2014 Aug 15;114(4):562-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25001155?tool=bestpractice.com Deve-se considerar o clearance renal da estatina. A pitavastatina, a pravastatina e a rosuvastatina têm, pelo menos, clearance parcial pelo rim, enquanto a atorvastatina, a fluvastatina, a lovastatina e a sinvastatina são depuradas pelo fígado. Todas as estatinas precisam de ajustes de dosagem na DRC, exceto a atorvastatina e a fluvastatina.[176]Newman CB, Blaha MJ, Boord JB, et al. Lipid management in patients with endocrine disorders: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2020 Dec 1;105(12):3613-82. https://academic.oup.com/jcem/article/105/12/3613/5909161 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32951056?tool=bestpractice.com
O etil icosapente pode ser considerado nos pacientes com fatores de risco cardiovascular adicionais que estiverem tomando estatina e tiverem um LDL-C controlado, mas triglicerídeos elevados (1.53 a 5.64 mmol/L [135 a 499 mg/dL]).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Foi demonstrado que ele reduz modestamente os eventos cardiovasculares.[182]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al; American Heart Association Council on Lifestyle and Cardiometabolic Health and Council on Clinical Cardiology. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com [183]Bhatt DL, Steg PG, Miller M, et al; REDUCE-IT Investigators. Cardiovascular risk reduction with icosapent ethyl for hypertriglyceridemia. N Engl J Med. 2019 Jan 3;380(1):11-22. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1812792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30415628?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
Opções secundárias
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
ezetimiba: 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea a cada 2 semanas; ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea a cada 2 semanas, ou 300 mg por via subcutânea a cada 4 semanas
ou
atorvastatina: intensidade moderada: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; alta intensidade: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
fluvastatina: intensidade moderada: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, ou 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
--E--
icosapent etílico: 2 g por via oral duas vezes ao dia
Opções terciárias
ácido bempedoico: 180 mg por via oral uma vez ao dia
inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou inibidor duplo de SGLT1/SGLT2 e/ou agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se um paciente ainda não estiver recebendo um inibidor de SGLT2 ou um agonista do receptor de GLP-1 como parte do seu esquema anti-hiperglicêmico, um desses medicamentos deve ser iniciado. A American Diabetes Association recomenda que as pessoas com diabetes do tipo 2 e doença renal crônica (DRC) estabelecida devem usar um inibidor de SGLT2 e/ou um agonista do receptor de GLP-1 com benefício para a doença cardiovascular (DCV) comprovado como parte de seu esquema abrangente de redução de risco cardiovascular, independentemente da HbA1c ou da meta individualizada de HbA1c.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A seleção do agente específico depende das comorbidades e do estágio da DRC. Geralmente os inibidores de SGLT2 devem ser favorecidos para reduzir a progressão da DRC e o risco de eventos cardiovasculares, embora os pacientes possam receber um agonista do receptor de GLP-1 se um inibidor de SGLT2 não for tolerado ou for contraindicado. Os inibidores de SGLT2 podem ser usados em pessoas com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) de 20 mL/minuto/1.73 m².[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [66]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com
Se um paciente estiver tomando um inibidor de SGLT2 ou um agonista do receptor de GLP-1 e precisar de farmacoterapia adicional para redução da glicose, a terapia combinada com um inibidor de SGLT2 associado a um agonista do receptor de GLP-1 pode ser considerada, pois isso pode proporcionar redução adicional no risco de eventos adversos cardiovasculares e renais.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com [116]Triozzi JL, Parker Gregg L, Virani SS, et al. Management of type 2 diabetes in chronic kidney disease. BMJ Open Diabetes Res Care. 2021 Jul;9(1):e002300. https://drc.bmj.com/content/9/1/e002300 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34312158?tool=bestpractice.com [117]Simms-Williams N, Treves N, Yin H, et al. Effect of combination treatment with glucagon-like peptide-1 receptor agonists and sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors on incidence of cardiovascular and serious renal events: population based cohort study. BMJ. 2024 Apr 25;385:e078242. https://www.bmj.com/content/385/bmj-2023-078242 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38663919?tool=bestpractice.com
As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido diferem e apenas recomendam um inibidor de SGLT2 para pacientes com diabetes do tipo 2 e DRC com razão albumina/creatinina (RAC) >30 mg/mmol (>300 mg/g; albuminúria gravemente elevada) que já estejam tomando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II ajustado para a dose mais alta licenciada que possam tolerar (desde que atendam aos critérios da autorização de comercialização, incluindo limites de TFGe relevantes). A terapia com inibidor de SGLT2 pode ser considerada para aqueles com RAC mais baixa (3-30 mg/mmol [30-300 mg/g]; albuminuria moderadamente elevada); no entanto, as diretrizes comentam que há mais incerteza em torno da custo-efetividade clínica neste grupo do que nas pessoas com RAC basal >30 mg/mmol (>300 mg/g).[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28
Os inibidores de SGLT2 com benefício comprovado para a DCV incluem a empagliflozina, a canagliflozina e a dapagliflozina. A sotagliflozina é o primeiro e único inibidor duplo de SGLT1/SGLT2.[104]Cefalo CMA, Cinti F, Moffa S, et al. Sotagliflozin, the first dual SGLT inhibitor: current outlook and perspectives. Cardiovasc Diabetol. 2019 Feb 28;18(1):20. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-019-0828-y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30819210?tool=bestpractice.com Ela está aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para reduzir os riscos de morte cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, e as consultas de urgência para insuficiência cardíaca em adultos com insuficiência cardíaca ou com diabetes mellitus do tipo 2, DRC e outros fatores de risco cardiovascular. A sotagliflozina não foi estudada em pacientes com TFGe <25 mL/minuto/1.73 m².
Os efeitos adversos relatados dos inibidores de SGLT2 incluem taxas maiores de infecções geniturinárias (relatadas como geralmente leves e tratáveis), cetoacidose diabética (CAD), lesão renal aguda, fraturas e/ou amputações.[194]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA revises labels of SGLT2 inhibitors for diabetes to include warnings about too much acid in the blood and serious urinary tract infections. Mar 2022 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-revises-labels-sglt2-inhibitors-diabetes-include-warnings-about-too-much-acid-blood-and-serious [195]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA strengthens kidney warnings for diabetes medicines canagliflozin (Invokana, Invokamet) and dapagliflozin (Farxiga, Xigduo XR). Jun 2016 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-drug-safety-communication-fda-strengthens-kidney-warnings-diabetes-medicines-canagliflozin [196]Filion KB, Lix LM, Yu OH, et al; Canadian Network for Observational Drug Effect Studies (CNODES) Investigators. Sodium glucose cotransporter 2 inhibitors and risk of major adverse cardiovascular events: multi-database retrospective cohort study. BMJ. 2020 Sep 23;370:m3342. https://www.bmj.com/content/370/bmj.m3342 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32967856?tool=bestpractice.com [197]McGill JB, Subramanian S. Safety of sodium-glucose co-transporter 2 inhibitors. Am J Cardiol. 2019 Dec 15;124 Suppl 1:S45-52. https://www.ajconline.org/article/S0002-9149(19)31179-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31741440?tool=bestpractice.com [198]Dawwas GK, Flory JH, Hennessy S, et al. Comparative safety of sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors versus dipeptidyl peptidase 4 inhibitors and sulfonylureas on the risk of diabetic ketoacidosis. Diabetes Care. 2022 Apr 1;45(4):919-27. https://diabetesjournals.org/care/article/45/4/919/144557/Comparative-Safety-of-Sodium-Glucose-Cotransporter http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35147696?tool=bestpractice.com A FDA e a Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido alertam sobre casos de fasciite necrosante do períneo (também conhecida como gangrena de Fournier) observados na vigilância pós-comercialização.[199]US Food and Drug Administration. FDA warns about rare occurrences of a serious infection of the genital area with SGLT2 inhibitors for diabetes. Sep 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-rare-occurrences-serious-infection-genital-area-sglt2-inhibitors-diabetes [200]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. SGLT2 inhibitors: reports of Fournier’s gangrene (necrotising fasciitis of the genitalia or perineum). Feb 2019 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/sglt2-inhibitors-reports-of-fournier-s-gangrene-necrotising-fasciitis-of-the-genitalia-or-perineum Os inibidores de SGLT2 devem ser evitados nos pacientes com condições que aumentam o risco de amputação de membros e em pacientes propensos a infecções genitais ou do trato urinário.
Os agonistas do receptor de GLP-1 com benefício comprovado para DCV incluem a liraglutida, a semaglutida e a dulaglutida.
Os efeitos adversos mais comuns dos agonistas do receptor de GLP-1 são gastrointestinais, particularmente náuseas, vômitos e diarreia; eles são frequentes, mas tendem a diminuir com o tempo.[201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com Uma associação com pancreatite e câncer de pâncreas foi relatada nos ensaios clínicos; esses medicamentos devem ser usados com cautela nos pacientes com história de pancreatite.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com Os agonistas do receptor de GLP-1 têm sido associados a um aumento do risco de doenças da vesícula biliar e das vias biliares, incluindo colelitíase e colecistite.[201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser aconselhados sobre o potencial de íleo paralítico.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 O risco de hipoglicemia aumenta com o uso concomitante de sulfonilureias e insulina. A redução da intensidade do tratamento com esses agentes ou diuréticos, principalmente nos indivíduos idosos e frágeis, é recomendada para evitar a hipoglicemia e a hipovolemia.[201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com A CAD foi relatada em pacientes que tomavam uma combinação de agonista do receptor de GLP-1 e insulina quando a insulina foi rapidamente reduzida ou descontinuada; as reduções da insulina devem, portanto, ser realizadas de forma cautelosa e gradual, com monitoramento da glicose capilar.[201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com [202]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. GLP-1 receptor agonists: reports of diabetic ketoacidosis when concomitant insulin was rapidly reduced or discontinued. Jun 2019 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/glp-1-receptor-agonists-reports-of-diabetic-ketoacidosis-when-concomitant-insulin-was-rapidly-reduced-or-discontinued Em estudos com roedores, os agonistas do receptor de GLP-1 foram associados a câncer de tireoide medular, resultando em um alerta para esses agentes nos pacientes com história pessoal ou familiar de neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 ou câncer de tireoide medular; no entanto, há evidências conflitantes sobre se esse risco se aplica aos humanos.[201]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com [203]Silverii GA, Monami M, Gallo M, et al. Glucagon-like peptide-1 receptor agonists and risk of thyroid cancer: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Diabetes Obes Metab. 2024 Mar;26(3):891-900. https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.15382 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38018310?tool=bestpractice.com [204]Bjerre Knudsen L, Madsen LW, Andersen S, et al. Glucagon-like peptide-1 receptor agonists activate rodent thyroid C-cells causing calcitonin release and C-cell proliferation. Endocrinology. 2010 Apr;151(4):1473-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20203154?tool=bestpractice.com [205]Hu W, Song R, Cheng R, et al. Use of GLP-1 receptor agonists and occurrence of thyroid disorders: a meta-analysis of randomized controlled trials. 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Jul 2023 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/news/ema-statement-ongoing-review-glp-1-receptor-agonists [210]Schoretsanitis G, Weiler S, Barbui C, et al. Disproportionality analysis From World Health Organization data on semaglutide, liraglutide, and suicidality. JAMA Netw Open. 2024 Aug 1;7(8):e2423385. https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2822453 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39163046?tool=bestpractice.com
Opções primárias
empagliflozina: 10 mg por via oral uma vez ao dia, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 25 mg/dia
ou
canagliflozina: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
dapagliflozina: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
sotagliflozina: 200 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia
--E/OU--
liraglutida: 0.6 mg por via subcutânea uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 0.6 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 1.8 mg/dia
ou
dulaglutida: 0.75 mg por via subcutânea uma vez por semana inicialmente, pode-se aumentar para 1.5 mg uma vez por semana se a resposta for inadequada, depois aumentar em incrementos de 1.5 mg/semana a cada 4 semanas de acordo com a resposta, máximo de 4.5 mg/semana
ou
semaglutida: 0.25 mg por via subcutânea uma vez por semana por 4 semanas inicialmente, depois aumentar para 0.5 mg uma vez por semana por, pelo menos, 4 semanas, depois pode-se aumentar para 1 mg uma vez por semana por, pelo menos, 4 semanas se a resposta for inadequada, depois pode-se aumentar para 2 mg uma vez por semana se a resposta for inadequada; 3 mg por via oral uma vez ao dia por 30 dias inicialmente, depois aumentar para 7 mg uma vez ao dia por, pelo menos, 30 dias, depois pode-se aumentar para 14 mg uma vez ao dia se a resposta for inadequada
Mais semaglutidaObservação importante: a formulação subcutânea é administrada uma vez por semana, enquanto a formulação oral é administrada uma vez ao dia.
inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) e do Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II para todos os pacientes com albuminúria e hipertensão coexistente (pressão arterial [PA] ≥130/80 mmHg).[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com Entretanto, o KDIGO também recomenda considerar a terapia farmacológica com um desses agentes nos pacientes com albuminúria e PA normal.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido também recomendam tratamento para todos os pacientes com albuminúria, independentemente da PA.[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28 [136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng203
A ADA recomenda que todos os indivíduos com diabetes do tipo 2 e PA ≥130/80 mmHg devem se qualificar para terapia farmacológica para reduzir a PA para <130/80 mmHg (desde que essa meta possa ser atingida com segurança).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Ela recomenda uma abordagem individualizada para as metas de PA, entretanto orientando que os pacientes e os médicos se envolvam em um processo de decisão compartilhada para determinar as metas individuais para a PA, reconhecendo que os benefícios e riscos das metas intensivas para a PA são incertos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Metas de PA mais baixas podem ser adequadas em alguns casos, especialmente em pacientes com albuminúria gravemente elevada (RAC ≥30 mg/mmol [≥300 mg/g]), desde que os benefícios e riscos individuais do paciente tenham sido levados em consideração.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes do KDIGO recomendam uma meta de PA sistólica mais baixa de <120 mmHg (quando tolerada) em adultos com hipertensão e doença renal crônica (DRC), observando que as evidências dos benefícios do controle intensivo da PA são menos certas em pacientes com diabetes do que naqueles sem diabetes.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com [139]Bress AP, King JB, Kreider KE, et al; SPRINT Research Group. Effect of intensive versus standard blood pressure treatment according to baseline prediabetes status: a post hoc analysis of a randomized trial. Diabetes Care. 2017 Aug 9;40(10):1401-8. https://diabetesjournals.org/care/article/40/10/1401/29526/Effect-of-Intensive-Versus-Standard-Blood-Pressure http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28793997?tool=bestpractice.com [140]Beddhu S, Chertow GM, Greene T, et al. Effects of intensive systolic blood pressure lowering on cardiovascular events and mortality in patients with type 2 diabetes mellitus on standard glycemic control and in those without diabetes mellitus: reconciling results from ACCORD BP and SPRINT. J Am Heart Assoc. 2018 Sep 18;7(18):e009326. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/JAHA.118.009326 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371182?tool=bestpractice.com
O tratamento de primeira linha dos pacientes com diabetes, hipertensão e albuminúria deve ser realizado com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, se um inibidor da ECA não for tolerado, ajustado para a maior dose aprovada tolerada (pode ser necessária uma redução da dose nos pacientes com comprometimento renal).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90.
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[136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication].
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Foi demonstrado que o tratamento com esses medicamentos reduz a proteinúria e desacelera a progressão da doença renal diabética em pacientes com diabetes do tipo 1 e tipo 2 com albuminúria moderadamente elevada.[142]Viberti G, Mogensen CE, Groop LC, et al. Effect of captopril on progression to clinical proteinuria in patients with insulin-dependent diabetes mellitus and microalbuminuria. European Microalbuminuria Captopril Study Group. JAMA. 1994 Jan 26;271(4):275-9.
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In people with diabetic kidney disease, is there randomized controlled trial evidence to support the use of angiotensin converting enzyme inhibitors and angiotensin II receptor antagonists to prevent progression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.100/fullMostre-me a resposta O estudo ONTARGET demonstrou que os antagonistas do receptor de angiotensina II e os IECAs são iguais no que diz respeito à prevenção da morbidade e da mortalidade cardiovasculares, do infarto do miocárdio e do AVC.[145]Yusuf S, Teo KK, Pogue J, et al; ONTARGET Investigators. Telmisartan, ramipril, or both in patients at high risk for vascular events. N Engl J Med. 2008 Apr 10;358(15):1547-59.
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[146]Mann JF, Schmieder RE, McQueen M, et al; ONTARGET investigators. Renal outcomes with telmisartan, ramipril, or both, in people at high vascular risk (the ONTARGET study): a multicentre, randomised, double-blind, controlled trial. Lancet. 2008 Aug 16;372(9638):547-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18707986?tool=bestpractice.com
Ressalte-se que as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam que TODOS os pacientes (incluindo aqueles com PA normal) com diabetes do tipo 1 ou tipo 2 e DRC com razão albumina/creatinina (RAC) ≥3 mg/mmol (≥30 mg/g) devem receber um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, ajustado para a dose mais alta licenciada que a pessoa puder tolerar (desde que atendam aos critérios da autorização de comercialização, incluindo os limiares de taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] relevantes).[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28 [136]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic kidney disease: assessment and management. Nov 2021 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng203
Embora as diretrizes da ADA e da KDIGO especifiquem que os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II devem ser usados nos pacientes com albuminúria que apresentarem hipertensão coexistente, as diretrizes da KDIGO observam que, para os pacientes com diabetes, albuminúria e PA normal, o tratamento com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II pode ser considerado.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Os dados disponíveis sugerem que os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II não são benéficos para os pacientes com albuminúria ou PA elevada.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A ADA comenta que, embora os inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II sejam frequentemente prescritos para a albuminúria moderadamente elevada (RAC de 3-29 mg/mmol [30-299 mg/g]) sem hipertensão, não foram realizados ensaios neste cenário para determinar se eles melhoram os desfechos renais.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Além disso, dois estudos duplo-cegos de longo prazo não demonstraram efeito renoprotetor dos inibidores da ECA ou dos antagonistas do receptor de angiotensina II entre pessoas com diabetes dos tipos 1 e 2 que eram normotensas, com ou sem albuminúria moderadamente elevada.[147]Weil EJ, Fufaa G, Jones LI, et al. Effect of losartan on prevention and progression of early diabetic nephropathy in American Indians with type 2 diabetes. Diabetes. 2013 Sep;62(9):3224-31. https://diabetesjournals.org/diabetes/article/62/9/3224/34027/Effect-of-Losartan-on-Prevention-and-Progression http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23545707?tool=bestpractice.com [148]Mauer M, Zinman B, Gardiner R, et al. Renal and retinal effects of enalapril and losartan in type 1 diabetes. N Engl J Med. 2009 Jul 2;361(1):40-51. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0808400 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19571282?tool=bestpractice.com
Os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II são geralmente bem tolerados. No entanto, a tosse seca é um efeito adverso conhecido do tratamento com inibidores da ECA, afetando cerca de 10% dos pacientes.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com O angioedema também foi associado ao uso de inibidores da ECA.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Foi postulado que esses efeitos adversos são devidos à inibição da degradação da bradicinina dependente de ECA, e pode-se considerar a troca dos pacientes afetados para um antagonista do receptor de angiotensina II.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A incidência de angioedema com os antagonistas do receptor de angiotensina II não é significativamente diferente daquela do placebo.[153]Makani H, Messerli FH, Romero J, et al. Meta-analysis of randomized trials of angioedema as an adverse event of renin-angiotensin system inhibitors. Am J Cardiol. 2012 Aug 1;110(3):383-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22521308?tool=bestpractice.com Os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II também podem causar hipotensão, hipercalemia e aumento da creatinina sérica. Consequentemente, a PA, o potássio sérico e a creatinina sérica devem ser monitorados nos pacientes que estiverem iniciando o uso desses medicamentos, ou sempre que houver alteração na dose do medicamento. As alterações na PA, no potássio e na função renal geralmente são reversíveis se a medicação for interrompida ou as doses forem reduzidas.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Opções primárias
captopril: 25-50 mg por via oral duas a três vezes ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
enalapril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
lisinopril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
ramipril: 1.25 a 20 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
trandolapril: 0.5 a 4 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
Opções secundárias
losartana: 25-100 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
valsartana: 80-320 mg por via oral uma vez ao dia
ou
candesartana: 8-32 mg por via oral uma vez ao dia
terapia anti-hipertensiva adicional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na maioria dos pacientes, é necessária terapia anti-hipertensiva adicional para alcançar as metas de PA.[154]de Boer IH, Bangalore S, Benetos A, et al. Diabetes and hypertension: a position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2017 Sep;40(9):1273-84. https://diabetesjournals.org/care/article/40/9/1273/36772/Diabetes-and-Hypertension-A-Position-Statement-by http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28830958?tool=bestpractice.com [155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos, diuréticos do tipo tiazida ou betabloqueadores são comumente usados como agentes complementares aos inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II, e podem ser usados em combinação como terapia tripla (ou seja, com um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II) se necessário.[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com [156]Schroeder EB, Chonchol M, Shetterly SM, et al. Add-on antihypertensive medications to angiotensin-aldosterone system blockers in diabetes: a comparative effectiveness study. Clin J Am Soc Nephrol. 2018 Mar 23;13(5):727-34. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5969476 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29572286?tool=bestpractice.com
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia, mas podem ser usados como tratamento complementar em pacientes que necessitam de vários agentes para alcançar as metas de PA ou naqueles com outra indicação para uso de betabloqueadores (por exemplo, cardiopatia isquêmica).[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os diuréticos quase sempre são necessários para controlar a PA na doença renal diabética avançada. Embora os diuréticos de alça tenham sido a base da terapia nesses pacientes por muito tempo, o ensaio clínico CLICK demonstrou que a clortalidona (um diurético semelhante à tiazida) com ou sem um diurético de alça também é efetivo.[157]Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for hypertension in advanced chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Dec 30;385(27):2507-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34739197?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da Joint American Diabetes Association (ADA)/Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que os antagonistas de aldosterona (por exemplo, espironolactona, eplerenona) podem ser usados nos pacientes com hipertensão resistente (PA acima da meta apesar de inibidores da ECA/antagonistas do receptor de angiotensina II, bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos semelhantes à tiazida), mas apenas se a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) for ≥45 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
A escolha da terapia anti-hipertensiva adicional depende de vários fatores clínicos e do paciente.
antagonista de receptores de mineralocorticoides não esteroidal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Apesar das terapias orientadas por diretrizes, as pessoas com diabetes do tipo 2 e doença renal crônica (DRC) com albuminúria persistente permanecem com risco aumentado de eventos cardiovasculares e progressão da DRC.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
A finerenona, um antagonista do receptor mineralocorticoide não esteroidal, é o primeiro antagonista de receptor mineralocorticoide a demonstrar desfechos renais e cardiovasculares positivos em pacientes com DRC associada ao diabetes do tipo 2.[173]Mehdi UF, Adams-Huet B, Raskin P, et al. Addition of angiotensin receptor blockade or mineralocorticoid antagonism to maximal angiotensin-converting enzyme inhibition in diabetic nephropathy. J Am Soc Nephrol. 2009 Dec;20(12):2641-50. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2794224 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19926893?tool=bestpractice.com [174]Epstein M, Williams GH, Weinberger M, et al. Selective aldosterone blockade with eplerenone reduces albuminuria in patients with type 2 diabetes. Clin J Am Soc Nephrol. 2006 Sep;1(5):940-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17699311?tool=bestpractice.com Ela também demonstrou benefícios na redução da mortalidade por todas as causas e dos novos desenvolvimentos de hipertensão.[164]Yang S, Shen W, Zhang HZ, et al. Efficacy and safety of finerenone for prevention of cardiovascular events in type 2 diabetes mellitus with chronic kidney disease: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Cardiovasc Pharmacol. 2023 Jan 1;81(1):55-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36027585?tool=bestpractice.com Ao bloquear a ativação excessiva do receptor mineralocorticoide, um fator-chave para a evolução da DRC e da fibrose, a finerenona atua em uma via amplamente desconsiderada pelos tratamentos existentes para a DRC no diabetes do tipo 2. A eficácia da finerenona não é modificada pela HbA1c basal, variabilidade da HbA1c, duração do diabetes, uso basal de insulina ou história basal de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA).[165]McGill JB, Agarwal R, Anker SD, et al; FIDELIO-DKD and FIGARO-DKD investigators. Effects of finerenone in people with chronic kidney disease and type 2 diabetes are independent of HbA1c at baseline, HbA1c variability, diabetes duration and insulin use at baseline. Diabetes Obes Metab. 2023 Jun;25(6):1512-22. https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.14999 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36722675?tool=bestpractice.com
As diretrizes recomendam que, para as pessoas com diabetes do tipo 2 e DRC com albuminúria persistente (≥3 mg/mmol [≥30 mg/g]), apesar das doses máximas toleradas de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II, a finerenona deve ser adicionada.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [166]National Institute for Health and Care Excellence. Finerenone for treating chronic kidney disease in type 2 diabetes. Mar 2023 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta877 Pode ser usada simultaneamente com um inibidor de SGLT2.
O principal risco é a hipercalemia, embora a finerenona tenha um risco menor de hipercalemia e/ou lesão renal aguda em comparação com a espironolactona. As pessoas com baixa taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), níveis de potássio sérico mais altos ou episódios anteriores de hipercalemia têm um aumento do risco de desenvolver hipercalemia. Portanto, a finerenona deve ser usada com cautela e com monitoramento mais frequente nas pessoas com essas características.[170]BMJ Drug Ther Bull. Finerenone for CKD associated with type 2 diabetes. Drug Ther Bull. 2023 Aug;61(8):120-4. https://dtb.bmj.com/content/61/8/dtb-2023-000017 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37495238?tool=bestpractice.com A finerenona não deve ser iniciada se a TFGe for <25 mL/minuto/1.73 m², e deve ser descontinuada nas pessoas que tiverem progredido para doença renal em estágio terminal (TFGe <15 mL/minuto/1.73 m²). Ela não deve ser iniciada se o nível de potássio sérico estiver >5.0mmol/L. O risco de hipercalemia aumenta com medicamentos concomitantes que podem aumentar o potássio sérico, e a finerenona não deve ser administrada com os diuréticos poupadores de potássio ou outros antagonistas mineralocorticoides.[170]BMJ Drug Ther Bull. Finerenone for CKD associated with type 2 diabetes. Drug Ther Bull. 2023 Aug;61(8):120-4. https://dtb.bmj.com/content/61/8/dtb-2023-000017 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37495238?tool=bestpractice.com
Outros efeitos adversos comuns (≥1/100 a <1/10) incluem hipotensão, diminuição da TFGe e prurido.[170]BMJ Drug Ther Bull. Finerenone for CKD associated with type 2 diabetes. Drug Ther Bull. 2023 Aug;61(8):120-4. https://dtb.bmj.com/content/61/8/dtb-2023-000017 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37495238?tool=bestpractice.com
Opções primárias
finerenona: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
Inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II ou bloqueador dos canais de cálcio ou diurético tiazídico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A American Diabetes Association (ADA) recomenda que todos os indivíduos com diabetes do tipo 2 e pressão arterial (PA) ≥130/80 mmHg devem se qualificar para terapia farmacológica para reduzir a PA para <130/80 mmHg (desde que essa meta possa ser atingida com segurança).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Ela recomenda uma abordagem individualizada para as metas de PA, entretanto orientando que os pacientes e os médicos se envolvam em um processo de decisão compartilhada para determinar as metas individuais para a PA, reconhecendo que os benefícios e riscos das metas intensivas para a PA são incertos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Metas de PA mais baixas podem ser adequadas em alguns casos, especialmente em pacientes com albuminúria gravemente elevada (RAC ≥30 mg/mmol [≥300 mg/g]), desde que os benefícios e riscos individuais do paciente tenham sido levados em consideração.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Vale ressaltar que as diretrizes da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam uma meta de PA sistólica mais baixa de <120 mmHg (quando tolerada) nos adultos com hipertensão e doença renal crônica (DRC), observando que as evidências dos benefícios do controle intensivo da PA são menos certas nos pacientes com diabetes do que naqueles sem diabetes.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com [139]Bress AP, King JB, Kreider KE, et al; SPRINT Research Group. Effect of intensive versus standard blood pressure treatment according to baseline prediabetes status: a post hoc analysis of a randomized trial. Diabetes Care. 2017 Aug 9;40(10):1401-8. https://diabetesjournals.org/care/article/40/10/1401/29526/Effect-of-Intensive-Versus-Standard-Blood-Pressure http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28793997?tool=bestpractice.com [140]Beddhu S, Chertow GM, Greene T, et al. Effects of intensive systolic blood pressure lowering on cardiovascular events and mortality in patients with type 2 diabetes mellitus on standard glycemic control and in those without diabetes mellitus: reconciling results from ACCORD BP and SPRINT. J Am Heart Assoc. 2018 Sep 18;7(18):e009326. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/JAHA.118.009326 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371182?tool=bestpractice.com
Os pacientes com diabetes e hipertensão têm um risco menor de progressão da DRC quando a excreção de albumina na urina é normal (RAC <3 mg/mmol [<30 mg/g]), e as evidências existentes não demonstram benefício clínico claro da inibição do sistema renina-angiotensina para a progressão da DRC nessa população.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com A redução do risco cardiovascular é o objetivo mais importante do controle da PA com excreção normal de albumina na urina, e várias classes de agentes anti-hipertensivos (incluindo inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos) são opções de primeira linha apropriadas nesse cenário.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Exemplos de inibidores da ECA adequados (por exemplo, captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, trandolapril), antagonistas do receptor de angiotensina II (por exemplo, losartana, valsartana, candesartana), bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos (por exemplo, anlodipino, felodipino, nifedipino) e diuréticos do tipo tiazida (por exemplo, hidroclorotiazida, clortalidona) estão incluídos aqui. No entanto, esta lista não é exaustiva e você deve consultar sua fonte local de informações sobre medicamentos para obter mais opções.
Opções primárias
captopril: 25-50 mg por via oral duas a três vezes ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
enalapril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
lisinopril: 2.5 a 40 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
ramipril: 1.25 a 20 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
trandolapril: 0.5 a 4 mg por via oral uma vez ao dia; a dose deve ser ajustada de acordo com o nível de comprometimento renal
ou
losartana: 25-100 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
valsartana: 80-320 mg por via oral uma vez ao dia
ou
candesartana: 8-32 mg por via oral uma vez ao dia
ou
anlodipino: 2.5 a 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
felodipino: 2.5 a 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
nifedipino: 30-120 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
hidroclorotiazida: 12.5 a 50 mg por via oral uma vez ao dia
ou
clortalidona: 12.5 a 25 mg por via oral uma vez ao dia
terapia anti-hipertensiva adicional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na maioria dos pacientes, é necessária terapia anti-hipertensiva adicional para alcançar as metas de PA.[154]de Boer IH, Bangalore S, Benetos A, et al. Diabetes and hypertension: a position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2017 Sep;40(9):1273-84. https://diabetesjournals.org/care/article/40/9/1273/36772/Diabetes-and-Hypertension-A-Position-Statement-by http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28830958?tool=bestpractice.com [155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Se um paciente já estiver tomando um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico e/ou um diurético do tipo tiazida e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla (ou seja, agentes de duas dessas três classes são usados com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II), se necessário.[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com [156]Schroeder EB, Chonchol M, Shetterly SM, et al. Add-on antihypertensive medications to angiotensin-aldosterone system blockers in diabetes: a comparative effectiveness study. Clin J Am Soc Nephrol. 2018 Mar 23;13(5):727-34. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5969476 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29572286?tool=bestpractice.com
Se um paciente já estiver tomando um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico como tratamento de primeira linha, um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II e/ou um diurético do tipo tiazida e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla.
Se um paciente já estiver tomando um diurético do tipo tiazida como tratamento de primeira linha, um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II e/ou um bloqueador dos canais de cálcio di-hidropiridínico e/ou um betabloqueador podem ser usados como agentes complementares e podem ser usados em combinação como terapia tripla.
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia, mas podem ser usados como tratamento complementar em pacientes que necessitam de vários agentes para alcançar as metas de PA ou naqueles com outra indicação para uso de betabloqueadores (por exemplo, cardiopatia isquêmica).[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os diuréticos quase sempre são necessários para controlar a PA na doença renal diabética avançada. Embora os diuréticos de alça tenham sido a base da terapia nesses pacientes por muito tempo, o ensaio clínico CLICK demonstrou que a clortalidona (um diurético semelhante à tiazida) com ou sem um diurético de alça também é efetivo.[157]Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for hypertension in advanced chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Dec 30;385(27):2507-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34739197?tool=bestpractice.com
As diretrizes de consenso da Joint American Diabetes Association (ADA)/Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que os antagonistas de aldosterona (por exemplo, espironolactona, eplerenona) podem ser usados nos pacientes com hipertensão resistente (PA acima da meta apesar de inibidores da ECA/antagonistas do receptor de angiotensina II, bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos tiazídicos), mas apenas se a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) for ≥45 mL/minuto/1.73 m².[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
A escolha da terapia anti-hipertensiva adicional depende de vários fatores clínicos e do paciente.
em diálise peritoneal ou hemodiálise
controle glicêmico
Em todos os pacientes com diabetes do tipo 1, independentemente de estarem em diálise ou não, o tratamento com insulina é necessário. As doses são ajustadas para atingir metas glicêmicas individualizadas, mas podem precisar ser diminuídas em comparação com os estágios iniciais da doença renal crônica (DRC) devido à redução do clearance da insulina e outras alterações no metabolismo na DRC avançada.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com Para obter informações adicionais, consulte Diabetes do tipo 1.
Os pacientes com diabetes do tipo 2 que estão em diálise (por exemplo, devido a doença renal em estágio terminal [DRET]) também são preferencialmente tratados com insulina. A insulina geralmente é administrada por via subcutânea. Agentes anti-hiperglicêmicos orais selecionados (abaixo) também podem ser considerados nos pacientes com diabetes do tipo 2. Sempre que possível, os medicamentos que controlem a glicemia sem aumentar o risco de hipoglicemia são preferenciais. Para obter mais informações, consulte Diabetes do tipo 2 em adultos.
Agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1): foram estudados com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) tão baixa quanto 15 mL/minuto/1.73 m², e mantêm a potência de redução da glicemia em toda a faixa de TFGe e entre pacientes em diálise.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com Foi demonstrado que eles reduzem os eventos de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) e albuminúria em grandes ensaios clínicos randomizados e controlados; portanto, eles são teoricamente atraentes para as pessoas com diabetes do tipo 2 e DRC avançada em diálise, mas não foram testados prospectivamente quanto à eficácia ou à segurança cardiovascular nessa população.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com No entanto, os achados de uma metanálise de ensaios clínicos de desfecho cardiovascular mostraram que o risco de DCVA foi reduzido pelo menos de forma semelhante entre os indivíduos com TFGe <60 mL/minuto/1.73 m² em comparação com aqueles com maior TFGe.[129]Sattar N, Lee MMY, Kristensen SL, et al. Cardiovascular, mortality, and kidney outcomes with GLP-1 receptor agonists in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomised trials. Lancet Diabetes Endocrinol. 2021 Oct;9(10):653-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34425083?tool=bestpractice.com Os agonistas do receptor de GLP-1 induzem perda de peso e podem causar náuseas e vômitos, portanto é necessário cuidado em relação aos pacientes com ou em risco de desnutrição. De forma notável, nas pessoas com obesidade que excede os limites do índice de massa corporal (IMC) exigidos para as filas para transplante renal, os agonistas do receptor de GLP-1 podem ser usados para auxiliar na perda do peso, o que pode facilitar a qualificação para o transplante.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Agonistas duplos dos receptores de polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose duplo (GIP) e GLP-1: a tirzepatida pode ser usada nos pacientes com doença renal diabética avançada. Não é necessário ajuste da dose. Não foi observada alteração na farmacocinética da tirzepatida em indivíduos com comprometimento renal, incluindo DRET.[130]Urva S, Quinlan T, Landry J, et al. Effects of renal impairment on the pharmacokinetics of the dual GIP and GLP-1 receptor agonist tirzepatide. Clin Pharmacokinet. 2021 Aug;60(8):1049-59. https://link.springer.com/article/10.1007/s40262-021-01012-2 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33778934?tool=bestpractice.com
Inibidores de dipeptidil peptidase-4 (DPP-4): os inibidores de DPP-4 podem ser usados com uma TFGe <30 mL/minuto/1.73 m² e com diálise, e fornecem uma opção segura e efetiva para o tratamento dos pacientes que não são tratados com agonistas do receptor de GLP-1.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com A saxagliptina, a sitagliptina e a alogliptina requerem ajustes das doses, enquanto a linagliptina não é eliminada pelos rins e, portanto, não é necessário ajuste de dose.
As tiazolidinedionas (por exemplo, pioglitazona) melhoram a sensibilidade à insulina, uma anormalidade comum na DRC avançada, e mantêm os efeitos anti-hiperglicêmicos nessa população. A retenção de líquidos e a insuficiência cardíaca são preocupações com uma TFGe baixa, e requerem monitoramento cuidadoso.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Sulfonilureias e meglitinidas: há evidências que sugerem que a glipizida em baixas doses pode ser usada nos pacientes em diálise com diabetes do tipo 2 (em vez de insulina ou adicionada à insulina). Não há evidências que deem suporte ao uso da repaglinida em pacientes em diálise.
Metformina: contraindicada com uma taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) <30 mL/minuto/1.73 m² e com tratamento dialítico.[48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Inibidores da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2): existem pouquíssimos dados disponíveis avaliando o uso dos inibidores de SGLT2 para pacientes em diálise, e as ações glicosúricas dos inibidores de SGLT2 provavelmente são insignificantes com esse grau de insuficiência renal. Por esse motivo, as diretrizes do Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam que eles sejam descontinuados antes do início do tratamento de diálise.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
As diretrizes do KDIGO afirmam que a faixa ideal de HbA1c na população em diálise é desconhecida.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) recomendam uma meta geral de HbA1c de <53 mmol/mol (<7%) para adultos com diabetes, observando que definir uma meta glicêmica durante as consultas provavelmente melhorará os desfechos dos pacientes.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Eles observam que metas menos rígidas podem ser adequadas para as crianças pequenas, idosos, pessoas com fragilidade, pessoas com história de hipoglicemia grave e pessoas com expectativa de vida limitada, complicações micro ou macrovasculares avançadas ou comorbidades.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Os objetivos do tratamento precisam ser separados, levando em consideração idade, progressão da doença e risco macrovascular, assim como o estilo de vida do paciente e habilidades de manejo da doença.[80]Fullerton B, Jeitler K, Seitz M, et al. Intensive glucose control versus conventional glucose control for type 1 diabetes mellitus. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Feb 14;(2):CD009122. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009122.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24526393?tool=bestpractice.com As diretrizes do Reino Unido recomendam estabelecer metas individualizadas para a HbA1c de maneira conjunta com o paciente. Uma meta de 48 mmol/mol (6.5%) é adequada para a maioria dos adultos. Uma meta de 53 mmol/mol (7.0%) pode ser usada para os adultos que fazem uso de medicamentos associados com hipoglicemia.[83]National Institute for Health and Care Excellence. Type 2 diabetes in adults: management. Jun 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng28
As medições de HbA1c devem ser usadas com precaução em indivíduos com diabetes em diálise, pois podem não refletir de maneira real o controle da glicose; devem ser oferecidas estimativas de glicose diretas por meio do automonitoramento da glicose sanguínea, e o monitoramento contínuo da glicose deve ser considerado.[131]Joint British Diabetes Societies for Inpatient Care. Management of adults with diabetes on dialysis. Mar 2023 [internet publication]. https://abcd.care/sites/default/files/site_uploads/JBDS_Guidelines_Current/JBDS_11_Management_of_adults_with_diabetes%20on_dialysis_with_QR_code_March_2023.pdf
Pacientes com sobrepeso/obesidade comórbido: ao selecionar um agente anti-hiperglicêmico para pacientes com diabetes mellitus do tipo 2, DRC e sobrepeso/obesidade, um agonista do receptor de GLP-1 ou a tirzepatida podem ser preferíveis para promover a perda de peso intencional.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
modificações de estilo de vida e de fatores de risco
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Abandono do hábito de fumar: o abandono do hábito de fumar é altamente recomendado, visto que estudos documentam uma relação entre o tabagismo e a perda da taxa de filtração glomerular (TFG). Os mecanismos subjacentes aos efeitos adversos renais do tabagismo ainda não estão completamente compreendidos. Além do seu efeito sobre a evolução da insuficiência renal, o tabagismo também é um fator de risco cardiovascular importante nos pacientes com doença renal crônica (DRC).[185]Orth SR, Ritz E. The renal risks of smoking: an update. Curr Opin Nephrol Hypertens. 2002 Sep;11(5):483-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12187311?tool=bestpractice.com As diretrizes da American Diabetes Association (ADA) não apoiam os cigarros eletrônicos como uma alternativa ao tabagismo nem para facilitar o abandono do hábito de fumar.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Consulte Abandono do hábito de fumar.
Nutrição: recomenda-se terapia nutricional clínica realizada por um nutricionista licenciado para as pessoas com diabetes do tipo 1 ou do tipo 2.[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
https://diabetesjournals.org/care/article/42/5/731/40480/Nutrition-Therapy-for-Adults-With-Diabetes-or
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com
[179]Wanner C, Krane V, Marz W, et al. Atorvastatin in patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis. N Engl J Med. 2005 Jul 21;353(3):238-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034009?tool=bestpractice.com
As dietas ricas em proteínas devem ser evitadas.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[4]Alicic RZ, Rooney MT, Tuttle KR. Diabetic kidney disease: challenges, progress, and possibilities. Clin J Am Soc Nephrol. 2017 May 18;12(12):2032-45.
https://journals.lww.com/cjasn/fulltext/2017/12000/diabetic_kidney_disease__challenges,_progress,_and.17.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28522654?tool=bestpractice.com
[27]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com
Todo paciente deve ser avaliado individualmente para se ponderarem os benefícios de uma dieta moderada em proteínas (e a evitação da aminoacidúria e da hiperfiltração associada); as dietas hipoproteicas (0.6 g/kg) devem ser evitadas devido aos riscos de desnutrição.[29]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54.
https://diabetesjournals.org/care/article/42/5/731/40480/Nutrition-Therapy-for-Adults-With-Diabetes-or
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com
[30]Pan Y, Guo LL, Jin HM. Low-protein diet for diabetic nephropathy: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Clin Nutr. 2008 Sep;88(3):660-6.
https://ajcn.nutrition.org/article/S0002-9165(23)24164-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18779281?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática não conseguiu mostrar o benefício da restrição proteica na insuficiência renal.[28]Jiang S, Fang J, Li W. Protein restriction for diabetic kidney disease. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 3;(1):CD014906.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD014906.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36594428?tool=bestpractice.com
Para os indivíduos com DRC não dependente de diálise, a ingestão de proteína alimentar deve ser de aproximadamente 0.8 g/kg de peso corporal por dia (a ingestão diária recomendada).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127.
https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
No entanto, para os pacientes em diálise, devem-se considerar níveis mais elevados de ingestão proteica na alimentação (1.0 a 1.2 g/kg/dia), pois a desnutrição com perda energético-proteica é um grande problema nesse grupo.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[187]Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, et al; DASH-Sodium Collaborative Research Group. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med. 2001 Jan 4;344(1):3-10.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200101043440101
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11136953?tool=bestpractice.com
A limitação da ingestão de gorduras saturadas e de colesterol é benéfica.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[30]Pan Y, Guo LL, Jin HM. Low-protein diet for diabetic nephropathy: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Clin Nutr. 2008 Sep;88(3):660-6.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18779281?tool=bestpractice.com
A restrição alimentar de sódio (para <2300 mg/dia) pode ser útil para controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular, e a individualização do potássio alimentar pode ser necessária para controlar as concentrações séricas de potássio.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[188]Hodson EM, Cooper TE. Altered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 16;(1):CD006763.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006763.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36645291?tool=bestpractice.com
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What are the effects of lowered dietary salt intake for preventing diabetic kidney disease and its progression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4251/fullMostre-me a resposta Embora os polivitamínicos sejam recomendados, altas doses de vitaminas B resultam em uma maior incidência de eventos vasculares.[187]Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, et al; DASH-Sodium Collaborative Research Group. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med. 2001 Jan 4;344(1):3-10.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200101043440101
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11136953?tool=bestpractice.com
Atividade física: as diretrizes recomendam que os indivíduos com doença renal diabética realizem atividade física de intensidade moderada por uma duração cumulativa de pelo menos 150 minutos por semana, ou em um nível compatível com sua tolerância cardiovascular e física.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Embora faltem ensaios clínicos específicos entre os pacientes em diálise com diabetes, programas simples de exercícios em domicílio demonstraram ser viáveis e oferecem benefícios à saúde daqueles em diálise.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com
Pacientes com sobrepeso/obesidade comórbido: o controle do peso seja um objetivo primário do tratamento em pacientes com diabetes do tipo 2 e sobrepeso ou obesidade.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As estratégias para perda de peso podem incluir aconselhamento comportamental e de estilo de vida, farmacoterapia e cirurgia metabólica. A ADA orienta que qualquer quantidade de perda de peso será benéfica, mas que perder de 3% a 7% do peso inicial melhora a glicemia e os outros fatores de risco cardiovascular. Uma perda sustentada de >10% do peso corporal pode resultar em efeitos modificadores da doença e remissão do diabetes tipo 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan;47(suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 As diretrizes Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) recomendam a perda de peso para pacientes com obesidade, diabetes e DRC, particularmente aqueles com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) ≥30 mL/minuto por 1.73 m².[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com Além disso, a perda de peso será necessária para aqueles que excederem os limites de índice de massa corporal (IMC) para a lista de transplante de rim.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
terapia anti-hipertensiva individualizada
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo da hipertensão é complexo nessa população e requer a revisão de um especialista.[159]Levin NW, Kotanko P, Eckardt KU, et al. Blood pressure in chronic kidney disease stage 5D-report from a Kidney Disease: Improving Global Outcomes controversies conference. Kidney Int. 2009 Dec 16;77(4):273-84. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(15)54258-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20016467?tool=bestpractice.com Não há evidências suficientes de dados na literatura publicada para decidir a melhor forma de controlar a pressão arterial (PA) nas pessoas com diabetes em diálise.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com Muitos fatores afetam a PA nessa população, incluindo a condição fluídica, a ingestão de sal, a atividade do sistema nervoso simpático e o sistema renina-angiotensina-aldosterona.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com As pessoas com diabetes submetidas a hemodiálise frequentemente têm disfunção autonômica, o que aumenta o risco de instabilidades cardiovasculares durante a diálise; causa redução ortostática grave na velocidade do fluxo sanguíneo cerebral e pode subsequentemente aumentar o risco de lesão cerebrovascular após a hemodiálise. Isso torna o controle da hipertensão em pessoas com diabetes em diálise ainda mais desafiador.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com
A orientação da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) não faz recomendações para metas de PA nos pacientes em diálise.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com As diretrizes do Reino Unido sugerem uma PA alvo de <140/90 mmHg entre as sessões de diálise para os pacientes em hemodiálise. A mesma meta é sugerida para os pacientes em diálise peritoneal.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com A individualização da meta de PA pode ser indicada nos pacientes com múltiplas comorbidades para reduzir potenciais eventos adversos da redução da PA. A hipotensão entre as sessões de diálise deve ser evitada nos pacientes em hemodiálise.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com
As diretrizes do Reino Unido sugerem o uso de inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II (mas não em combinação) e/ou bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos e/ou betabloqueadores para reduzir as complicações cardiovasculares nas pessoas com diabetes e hipertensão que estiverem em diálise.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com A terapia combinada é necessária para atingir as metas de PA na maioria dos pacientes.[154]de Boer IH, Bangalore S, Benetos A, et al. Diabetes and hypertension: a position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2017 Sep;40(9):1273-84. https://diabetesjournals.org/care/article/40/9/1273/36772/Diabetes-and-Hypertension-A-Position-Statement-by http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28830958?tool=bestpractice.com [155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com Existem poucos dados sobre a eficácia do bloqueio do sistema renina-angiotensina em pacientes com diabetes e doença renal em estágio terminal; no entanto, o uso desses agentes pode melhorar os desfechos cardiovasculares e reduzir a mortalidade.[161]Lee HF, See LC, Chan YH, et al. End-stage renal disease patients using angiotensin-converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers may reduce the risk of mortality: a Taiwanese nationwide cohort study. Intern Med J. 2018 Sep;48(9):1123-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29808610?tool=bestpractice.com
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia, mas podem ser usados como tratamento complementar em pacientes que necessitam de vários agentes para alcançar as metas de PA ou naqueles com outra indicação para uso de betabloqueadores (por exemplo, cardiopatia isquêmica).[155]Grossman A, Grossman E. Blood pressure control in type 2 diabetic patients. Cardiovasc Diabetol. 2017 Jan 6;16(1):3. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-016-0485-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28056987?tool=bestpractice.com
Os diuréticos também são recomendados para as pessoas com diabetes que estiverem em diálise e tiverem função renal residual.[160]Banerjee D, Winocour P, Chowdhury TA, et al; Association of British Clinical Diabetologists and The Renal Association. Management of hypertension and renin-angiotensin-aldosterone system blockade in adults with diabetic kidney disease: Association of British Clinical Diabetologists and the Renal Association UK guideline update 2021. BMC Nephrol. 2022 Jan 3;23(1):9. https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02587-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34979961?tool=bestpractice.com Eles quase sempre são necessários para controlar a PA na doença renal diabética avançada. Embora os diuréticos de alça tenham sido a base da terapia há muito tempo nesses pacientes, o ensaio clínico CLICK demonstrou que a clortalidona (um diurético semelhante à tiazida) com ou sem um diurético de alça também é efetiva nos pacientes com doença renal crônica (DRC) avançada.[157]Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for hypertension in advanced chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Dec 30;385(27):2507-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34739197?tool=bestpractice.com Embora os diuréticos, em geral, não sejam efetivos para o manejo da PA em pacientes em diálise por conta da insuficiência renal acentuada, em alguns pacientes com função renal residual os diuréticos de alça ainda podem ser eficazes na prevenção da sobrecarga hídrica e da hipertensão como terapia adjuvante à ultrafiltração durante a diálise.[138]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Blood Pressure Work Group. KDIGO 2021 clinical practice guideline for the management of blood pressure in chronic kidney disease. Kidney Int. 2021 Mar;99(3s):S1-87. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(20)31270-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33637192?tool=bestpractice.com
A escolha da terapia anti-hipertensiva específica nesses pacientes depende de vários fatores clínicos e do paciente.
estatina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As pessoas com doença renal diabética têm um alto risco de eventos cardiovasculares. O manejo de risco cardiovascular deve, portanto, ser uma consideração importante nas pessoas com doença renal diabética para reduzir a mortalidade por doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA). O colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) é o fator de risco modificável associado à DCVA mais amplamente estudado. Há fortes evidências de que ele é um fator causal na fisiopatologia da DCVA, e a redução do risco de DCVA é proporcional à redução absoluta e relativa do LDL-C alcançada.[175]Ference BA, Ginsberg HN, Graham I, et al. Low-density lipoproteins cause atherosclerotic cardiovascular disease. 1. Evidence from genetic, epidemiologic, and clinical studies. A consensus statement from the European Atherosclerosis Society Consensus Panel. Eur Heart J. 2017 Aug 21;38(32):2459-72. https://academic.oup.com/eurheartj/article/38/32/2459/3745109 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28444290?tool=bestpractice.com
As estatinas são provavelmente benéficas em virtude das suas propriedades anti-inflamatórias e da correlação da inflamação na doença renal crônica (DRC) com a morbidade cardiovascular associada.
Nos pacientes em diálise que já estiverem tomando uma estatina, recomenda-se manter a terapia. Entretanto, a terapia com estatinas não deve ser iniciada para a prevenção primária de DCVA devido à falta de evidências de benefício em pacientes com doença renal em estágio terminal (DRET).[177]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com [211]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Lipid Work Group. KDIGO clinical practice guideline for lipid management in chronic kidney disease. Kidney Int Suppl. 2013 Nov;3(3):259-305. https://www.kisupplements.org/issue/S2157-1716(13)X3300-3
As diretrizes para o manejo dos lipídios diferem para os pacientes com diabetes que têm doença cardiovascular estabelecida (ou seja, prevenção secundária). Para obter informações adicionais, consulte Doença cardiovascular diabética.
consideração para transplante de pâncreas e rim
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O diabetes é a causa mais comum de doença renal em estágio terminal (DRET) que requer terapia renal substitutiva (TRS). A TRS não apenas demanda tempo e é repleta de efeitos adversos desconfortáveis como cãibras, fadiga e estenose venosa central, mas também está associada a morbidade e mortalidade significativas. O transplante de pâncreas e rim deve ser considerado nos pacientes com diabetes do tipo 1 e em pacientes selecionados com diabetes do tipo 2. O transplante de pâncreas e rim libera o paciente da necessidade de TRS, mas também tem um benefício de sobrevida significativo. Com os protocolos cirúrgicos e imunossupressores modernos, a sobrevida do paciente em 5 anos é de 95%, a sobrevida do rim é de 90% e a sobrevida do pâncreas é superior a 80%.[193]Ollinger R, Margreiter C, Bösmüller C, et al. Evolution of pancreas transplantation: long-term results and perspectives from a high-volume center. Ann Surg. 2012 Nov;256(5):780-6; discussion 786-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23095622?tool=bestpractice.com
Os receptores de transplante simultâneo de pâncreas e rim (TSPR) são geralmente mais jovens (≤60 anos) do que os receptores de transplante renal (≤70 anos). Em geral eles são pacientes com diabetes do tipo 1 com hipoglicemia assintomática ou diabetes acentuadamente não controlado; geralmente fazem insulinoterapia (usualmente <1 unidade/kg/dia) e seu peptídeo C é <2 nanogramas/mL. Os pacientes com diabetes do tipo 2 podem ser considerados se não tiverem resistência insulínica significativa (peptídeo C >2 e índice de massa corporal <30). Além disso, os receptores devem ter uma taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) <20 mL/minuto/1.73 m² ou dependerem de diálise. Eles devem passar por uma rigorosa triagem cardiovascular, psicossocial e anatômica (angiotomografia).[193]Ollinger R, Margreiter C, Bösmüller C, et al. Evolution of pancreas transplantation: long-term results and perspectives from a high-volume center. Ann Surg. 2012 Nov;256(5):780-6; discussion 786-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23095622?tool=bestpractice.com A perda de peso será necessária para aqueles que excederem os limites de índice de massa corporal (IMC) para a lista de transplante de rim.[47]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-127. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36272764?tool=bestpractice.com [48]de Boer IH, Khunti K, Sadusky T, et al. Diabetes management in chronic kidney disease: a consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). Diabetes Care. 2022 Dec 1;45(12):3075-90. https://diabetesjournals.org/care/article/45/12/3075/147614/Diabetes-Management-in-Chronic-Kidney-Disease-A http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36189689?tool=bestpractice.com
Outras estratégias de manejo devem ser continuadas conforme necessário.
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