História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem etnia branca e ascendência judaica asquenaze, história familiar de DC e idade entre 15 e 40 anos ou entre 50 e 60 anos.

dor abdominal

Pode ser dor em cólica ou constante.

As regiões do quadrante inferior direito e periumbilical são localizações comuns se há presença de ileíte. Pode ser parcialmente aliviada com defecação.

A colite de Crohn produz dor abdominal difusa, que pode ser acompanhada por muco, sangue e pus nas fezes.

diarreia prolongada

Diarreia intermitente com ou sem presença de sangue é uma queixa comum em DC.

Pode ocorrer diarreia noturna.

lesões perianais

Aproximadamente 25% dos pacientes com DC podem ter lesões perianais, incluindo acrocórdones, fístulas, abscessos, cicatrizes ou fissuras.[10]

Outros fatores diagnósticos

comuns

obstrução intestinal

Causada por edema inflamatório agudo e espasmo do intestino ou cicatrização crônica e estenose.

Manifesta-se como distensão abdominal, dilatação, dores abdominais do tipo cólica, borborigmo alto, vômitos, constipação e obstipação.

sangue nas fezes

Exame de fezes positivo para guáiaco é comum na DC.

Sangramento macroscópico é mais comum em colite de Crohn.

febre

Induzida pela inflamação da DC ou por uma complicação como perfuração, abscesso ou fístula.

fadiga

Causada por desnutrição, perda de peso e inflamação.

desconforto abdominal

O desconforto abdominal é uma manifestação comum da DC. Ela pode ser secundária a inflamação, coleções localizadas ou estenoses, que causam obstrução do intestino delgado ou, mais raramente, obstrução cólica ou constipação proximal.

Inflamação do íleo terminal pode se apresentar com dor localizada no quadrante inferior direito e sensibilidade.

Incomuns

perda de peso

Retardo do crescimento pôndero-estatural é comum em crianças, e pode ser uma manifestação muito precoce da doença. Ele resulta da evitação intencional de alimentos para aliviar a dor nos segmentos obstrutivos do intestino inflamado.

Má absorção é uma causa tardia do estado de desnutrição.

lesões orais

Pacientes com DC podem ter envolvimento oral com úlceras aftosas recorrentes e dor na boca e gengiva.

massa abdominal

Inflamação do íleo terminal pode se apresentar como uma massa sensível no quadrante inferior direito.

Constipação proximal também pode ser palpável como massa de fezes irregulares no exame abdominal.

manifestações extraintestinais (por exemplo, eritema nodoso ou pioderma gangrenoso)

Manifestações extraintestinais ocorrem em 20% a 40% dos pacientes com DC.[77]

As manifestações podem incluir sintomas e sinais de artropatia, lesões cutâneas (por exemplo, eritema nodoso, pioderma gangrenoso) e sintomas e sinais oculares (por exemplo, uveíte ou episclerite).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Braços e mãos de um paciente mostrando a presença de eritema nodosoCDC/ Margaret Renz [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@489a0fc7

Fatores de risco

Fortes

etnia branca e ascendência judaica asquenaze

A DC parece ser mais comum em indivíduos brancos e em pessoas de origem judaica asquenaze.[10][16][17]

Judeus asquenazes apresentam um risco 2 a 4 vezes mais elevado de DC.[1][2]

idade de 15-40 ou 50-60 anos

Distribuição etária bimodal: normalmente, o início da DC ocorre na segunda a quarta décadas de vida, com um pico menor dos 50 aos 60 anos.[10][11][12]

história familiar de DC

Cerca de 10% a 25% dos pacientes afetados têm um parente de primeiro grau com DC.[18][19]

Fracos

tabagismo

Fumantes têm probabilidade duas vezes maior de desenvolver DC que não fumantes.[20][21] Isso contrasta com a colite ulcerativa, na qual o tabagismo reduz em até 40% o risco de desenvolver a doença.[49][50]

dieta com alto teor de açúcar refinado

Associada com o aumento da incidência de DC em alguns estudos.[1]​​[19][33]

dieta com baixo teor de fibras

Dietas pobres em frutas, vegetais e fibras foram associadas ao aumento da incidência de DC.[31][32]

dieta com alto teor de alimentos ultraprocessados

Estudos de coorte prospectivos de grande porte relatam uma associação entre o consumo maior de alimentos ultraprocessados (inclusive refrigerantes, carne processada, alimentos com alto teor de açúcar refinado e petiscos salgados) e o aumento da incidência de DC.[33][34]

pílula contraceptiva oral

Uma metanálise de estudos de coorte e de caso-controle relatou um aumento de 24% no risco de desenvolver DC em mulheres que tomam pílula contraceptiva oral (PCO), comparadas a mulheres que não tomam PCO.[30]

não amamentados

Crianças com DC tiveram probabilidade 3 a 4 vezes menor de terem sido amamentadas.[31][32][51]

anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

Alguns estudos demonstraram que os AINEs aumentam o risco de DC.[52][53]

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