História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem história familiar de porfiria aguda, gênero feminino, alterações nutricionais (por exemplo, jejum, dieta), enfermidades intercorrentes e exposição a medicamentos ou hormônios que comprovadamente provocam ataques de porfiria aguda intermitente (PAI).

dor abdominal

Sintomas desproporcionais ao exame físico e não explicados pelas causas comuns.

Costuma vir acompanhada de íleo paralítico e retenção urinária.

taquicardia

Achados físicos comuns.

hipertensão

Achados físicos comuns. Às vezes se torna crônico.[6]

urina escura ou vermelha

Excreção urinária das porfirinas e produtos de degradação do porfobilinogênio.

Outros fatores diagnósticos

comuns

náuseas

Acompanha dor abdominal e íleo paralítico.

vômitos

Acompanha dor abdominal e íleo paralítico.

distensão abdominal

Acompanha dor abdominal e íleo paralítico.

constipação

Acompanha dor abdominal e íleo paralítico.

hesitação urinária e disúria

Reflete uma disfunção neurológica na bexiga.

dor nos membros, nas costas e no tórax

Refletem envolvimento do nervo periférico.

fraqueza muscular proximal

Em ataques graves. Neuropatia motora precoce.

hiperestesia dolorosa

Reflete envolvimento sensorial, e pode-se manifestar sobretudo por dor nos membros.

sintomas mentais

Podem variar de alterações comportamentais menores e insônia até depressão, agitação e confusão.

convulsões

Manifestação do sistema nervoso central de um ataque de porfiria ou em decorrência de uma hiponatremia que, geralmente, resulta da síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético.

Incomuns

diarreia

Ocorre em 5% a 12% dos pacientes.[6] Menos comum que a obstipação.

quadriparesia

Pode ocorrer durante a evolução de um ataque grave e prolongado, especialmente se o diagnóstico e o tratamento forem tardios.

insuficiência respiratória

Pode ocorrer em ataques graves e prolongados devido à neuropatia motora avançada que causa fraqueza dos músculos respiratórios. Geralmente recomenda-se a detecção precoce da insuficiência respiratória e monitoramento na unidade de terapia intensiva.

Fatores de risco

Fortes

história familiar

A porfiria aguda intermitente (PAI) resulta da herança autossômica dominante de uma deficiência no porfobilinogênio deaminase, a terceira enzima na via biossintética do heme. Como a penetrância é baixa, a história familiar normalmente é negativa. Muito raramente, uma forma mais grave e distinta de distúrbio é herdada de ambos os pais (doença homozigótica).

sexo feminino

Os sintomas se desenvolvem mais comumente em mulheres que em homens.[4] Isso não está totalmente explicado, embora os hormônios femininos (especialmente a progesterona) tenham sido implicados.

medicamentos

Certos medicamentos (por exemplo, barbitúricos, fenitoína, progestinas, metoclopramida, antibióticos sulfonamídicos) exacerbam a PAI, e a maioria induz a ácido delta-aminolevulínico sintetase e as enzimas citocromo P450 no fígado.[4]

níveis elevados de progesterona

Os níveis elevados de progesterona durante a fase lútea parecem estar relacionados aos ataques cíclicos. Alguns metabólitos da progesterona e da testosterona também podem ser implicados na causa dos ataques.[4][10]

diminuição calórica ou ingestão de carboidratos

A restrição de calorias e carboidratos pode exacerbar as porfirias agudas. A ligação mecanicística é realizada por meio da ácido delta-aminolevulínico sintetase. A indução dessa enzima controladora de taxa é elevada em jejum e reprimida com doses de carboidratos.[11][12][13] A ácido delta-aminolevulínico sintetase é suprarregulada pelo cofator 1-alfa ativado por proliferadores de peroxissoma (PGC-1-alfa), um coativador de receptores nucleares e fatores de transcrição, em grande parte regulados pela dieta e pelo quadro nutricional.[13]

tabagismo

O tabagismo induz a síntese do heme e as enzimas citocromo P450 no fígado, e o tabagismo compulsivo em pacientes com PAI foi relacionado a ataques mais frequentes.[14]

idade >13 anos

Os sintomas dessa doença hereditária são raros antes da puberdade.[3][4]

Fracos

bebidas alcoólicas

A ingestão de bebidas alcoólicas pode exacerbar a PAI através da indução da ácido delta-aminolevulínico sintetase.

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