Caso clínico
Caso clínico #1
Um menino de 7 anos de idade é levado ao médico em razão de dificuldades acadêmicas na escola e problemas de comportamento que começaram a chamar a atenção na pré-escola, quando o professor estava preocupado com a agressividade impulsiva. A mãe relata que ele corre o dia todo em casa, pede várias vezes para pegar seus brinquedos e só consegue ficar parado por alguns segundos antes de "se entediar". As anotações do professor relatam que ele não respeita filas, distrai os colegas e esquece-se de fazer os deveres de casa, mas que é inteligente e consegue realizar suas atividades quando recebe supervisão individual. Sua mãe está preocupada porque as outras crianças ficam implicando com ele e o chamam de burro. No entanto, ela relata que ele é um menino doce e motivado que não se dirige de maneira desrespeitosa aos professores ou adultos e não implica com nenhuma criança. No consultório, o menino pula para cima e para baixo na cadeira, apesar de vários pedidos de sua mãe para se sentar quieto. A mãe comenta que seu irmão de 15 anos também era hiperativo quando mais jovem e tem problemas escolares persistentes.
Caso clínico #2
Uma menina de 12 anos é levada ao clínico geral devido a problemas em seu desempenho escolar. Ela frequenta uma escola grande e a professora relatou que ela não tem entregado os deveres de casa e que está ficando para trás nas aulas de matemática. O pai da menina contratou um professor particular e ela parece responder bem à instrução individual, mas não é capaz de aplicar as lições aprendidas na escola. No consultório, observa-se que ela está sentada calmamente, mas está constantemente mexendo em seu celular e se distrai com os brinquedos na sala. Ela diz se sair bem em testes, mas tem dificuldade em se concentrar nos deveres de casa. Mantém, ainda, uma vida social ativa e relata que tem bom humor.
Outras apresentações
Os sintomas manifestos de transtorno de deficit da atenção com hiperatividade (TDAH) mudam à medida que o paciente envelhece, com sintomas proeminentes de hiperatividade em idades mais jovens e sintomas de desatenção mais frequentes em adolescentes e adultos.[10] As apresentações atípicas incluem sintomas recentemente reconhecidos em adolescentes e adultos. Todas as apresentações se correlacionam com diagnósticos de comorbidade, incluindo transtorno desafiador de oposição (TDO) em até 54% a 84% das crianças e adolescentes com TDAH, transtornos de conduta, tabagismo em 15% a 19% dos pacientes, uso de outras substâncias, problemas de aprendizagem ou linguagem em 25% a 35% dos pacientes e transtornos do humor e ansiedade, como depressão e mania.[4][5][6][7][10][11] Cabe salientar que as meninas apresentam mais comumente o tipo desatento de TDAH, apresentando menor comorbidade com TDO e transtorno de conduta.[10] Em todas as apresentações, há sintomas associados comuns, incluindo irritabilidade, aborrecimento e dificuldade nas interações com os colegas.
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