Caso clínico
Caso clínico #1
Um rapaz de 17 anos de idade é trazido ao hospital pela polícia, em decorrência de uma superdosagem de substâncias desconhecidas após uma briga com sua namorada. Inicialmente, o exame físico não mostra nada digno de nota, com exceção de uma PA de 149/99 mmHg e taquicardia sinusal com frequência de 130 bpm. Porém, logo após a chegada ao pronto-socorro, o paciente desenvolveu convulsões e necessitou de intubação. O painel de eletrólitos séricos e a análise da gasometria arterial revelam acidose metabólica com anion gap aumentado. O rastreamento para drogas de abuso e bebidas alcoólicas é negativo. Observa-se que o paciente tem um nível sérico de salicilatos de 94.8 mg/dL.
Caso clínico #2
Uma mulher de 68 anos de idade se apresenta ao pronto-socorro com queixas vagas de sentir-se mal nos últimos dias. Ela relata dores generalizadas no corpo e, consequentemente, tomou um analgésico de venda livre que contém aspirina, bem como paracetamol, difenidramina e vários outros medicamentos para resfriado nas últimas 72 horas. Desde a noite anterior à apresentação, ela parecia confusa e fornecia respostas vagas às perguntas. Além disso, ela não consegue entender que havia ingerido múltiplos medicamentos que incluíam a mesma substância química. Ao exame físico observa-se taquipneia. As investigações laboratoriais revelam um nível sérico de bicarbonato de 9 mmol/L e um nível de salicilato de 50.6 mg/dL.
Outras apresentações
Embora incomuns, há relatos de ocorrência de intoxicação por salicilato fatal decorrente da aplicação tópica de pomadas para as articulações contendo salicilato de metila. A presença de dermatite de contato tem sido uma pista vital nesses casos.
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