Prevenção primária

Prevenir futuras exacerbações da asma e minimizar as visitas ao pronto-socorro ou hospitalizações são os objetivos fundamentais do tratamento da asma que podem ser alcançados através de tratamento e adesão adequados.[7][48]​​​ As diretrizes internacionais da Global Initiative for Asthma sugerem as seguintes etapas para pacientes que apresentam controle insuficiente dos sintomas e/ou exacerbações, apesar do tratamento:[7]

  • Verifique a técnica do inalador do paciente e mostre a ele a técnica correta

  • Discuta a adesão ao tratamento e quaisquer barreiras

  • Verifique se o paciente tem um plano de ação para asma personalizado por escrito

  • Confirme o diagnóstico de asma, se houver alguma dúvida

  • Remover ou mitigar quaisquer fatores de risco ou fatores desencadeantes, se possível

  • Manejar as comorbidades

  • Considerar intensificar o tratamento em longo prazo

  • Considerar o encaminhamento para especialista.

Os planos de manejo da asma ajudam os pais e as crianças a reconhecer quando a asma está se agravando e como responder adequadamente: por exemplo, aumentando o tratamento habitual de alívio e de manutenção, iniciando um ciclo curto de corticosteroides orais e determinando quando procurar ajuda médica.[7] Intervenções de automanejo da asma nas escolas, envolvimento no processo de tomada de decisão e até mesmo o uso de intervenções digitais (por exemplo, rastreadores ou lembretes) podem ajudar.[49][50][51]​​​​[52]

Estratégias personalizadas de mitigação de alérgenos também podem ser benéficas em indivíduos expostos a alérgenos relevantes (por exemplo, ácaros ou pelos de gato) e com história de sintomas associados ou testes positivos para alergias (por exemplo, testes cutâneos ou IgE específica).[53] Intervenções de múltiplos componentes com alérgenos são recomendadas com base na experiência de que intervenções de componente único muitas vezes não funcionam.[53][54] Um plano de manejo da asma adequado e devidamente implementado pode eliminar a necessidade de evitar fatores desencadeantes conhecidos (por exemplo, alérgenos ou má qualidade do ar), embora muitas crianças continuem a ter exacerbações induzidas por vírus, apesar de um bom controle.[7]

Consulte o tópico Asma em crianças para obter mais informações sobre como manter o controle da asma.

Prevenção secundária

Pacientes que continuam a apresentar exacerbações de asma apesar do tratamento podem precisar intensificar o tratamento. Antes que isso aconteça, os médicos precisam verificar a adesão dos pacientes ao tratamento e à técnica de uso do inalador, assegurar-se de que os pacientes tenham um plano de ação para asma por escrito, confirmar o diagnóstico de asma (se houver dúvidas), considerar o encaminhamento para especialista e avaliar a exposição persistente a alérgenos, fatores desencadeantes e comorbidades.[7]​ Consulte Asma em crianças.

As infecções virais são desencadeadores significativos das exacerbações agudas da asma. Embora a vacinação contra a gripe (influenza) seja recomendada em muitos países para crianças com asma, os estudos não conseguiram demonstrar um efeito benéfico nas taxas de exacerbação da asma ou no declínio da função pulmonar.[157] No entanto, os dados sugerem que ela é bem tolerada e não desencadeia a exacerbação.[157][158]​ Não há evidências suficientes para dar suporte a um papel benéfico da vacinação pneumocócica em crianças com asma.[159]

Melhorar o controle das comorbidades relacionadas, como a rinite alérgica, pode ser benéfico para o controle da asma.[160] As taxas de recidiva após a alta são maiores naqueles com atopia.[161]​ Foi demonstrado que as intervenções para reduzir a exposição à fumaça de tabaco no ambiente são benéficas para as crianças em alto risco de exacerbações da asma.[162][163]​ A filtração de ar de alta eficência contra particulados (HEPA) reduz a poluição atmosférica dos ambientes internos e os aeroalérgenos, melhorando os sintomas da asma.[18]​ As campanhas de educação pública parecem ter efeitos positivos sobre o uso ou a intenção de usar produtos eletrônicos de administração de nicotina.[29]

Uma revisão Cochrane mostrou que os corticosteroides orais podem reduzir as taxas de recidiva, embora isso tenha sido baseado principalmente em ensaios clínicos randomizados e controlados realizados em adultos.[164] A corticoterapia inalatória de alta dose mostrou uma eficácia semelhante aos corticosteroides orais, mas não é tão custo-efetiva.[48]

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